terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

RETRATOS DE BAURU (76)

MAESTRO BADÊ, UM MESTRE MUSICAL
Falar de música em Bauru e região é uma obrigatoriedade a citação do nome do maestro Badê, uma unanimidade. Esse está em evidência desde que me conheço por gente, sempre cheio de muitas histórias e um dos poucos por aqui a viver exclusivamente de e para a música. Podem perguntar de qualquer lugar por aí e Badê, com certeza já deve ter tocado por lá. Hoje mesmo citava um desses lugares inusitados, o famoso bordel da Casa da Eny. Isso se vão mais de quarenta anos e lá estava Badê comandando a festa. Nas casas noturnas atuais e nos salões de baile, por todos, ele já marcou presença. Além disso, muitos dos que contrataram um som ao vivo para casamentos já contaram com sua presença. Anos atrás, por reconhecimento a tanto serviço prestado, esse senhor, que na pia batismal recebeu o nome de Edevard Viotto (quem o conhece por esse nome?), recebeu um merecido título de Cidadão Bauruense. Nasceu em Dois Córregos, passou a fase da infância em Pederneiras, onde com menos de dez anos de idade já tocava e encantava. Depois veio para Bauru e aqui fincou raiz. Sua fama já está mais do que espalhada e referendada. Experimentem perguntar para um dos mestres brasileiros do acordeon, Dominguinhos e ouça o que ele tem a dizer sobre seu amigo. Sivuca foi outro que falou muito de Badê. Hoje está com uma frequência muito grande tocando piano no Templo Bar, sempre acompanhado de várias feras. Nesse Carnaval, na banda formada pelo Ralinho Gomaia (tocaram no Alameda de sexta a segunda), quem estava tomando conta dos teclados? Só podia ser ele. E junto dele, duas de suas crias, a filha cantando e o filhão no sopro. Esse respira música vinte e quatro horas por dia. Grande pessoa e um músico a nos encantar.

5 comentários:

Anônimo disse...

Conheci Badê por intermédio do meu pai, que me levou num baile onde ele tocava. E ele me falou naquela oportunidade de quem era aquele músico. Nunca mais me esqueci disso e aprendi a gostar dele.

Daniel Proença

Anônimo disse...

Olá, vi a entrevista e gostaria de convidar o grupo do Maestro Badê e o próprio Maestro a conhecer o trabalho do Grupo Pietra Lincah que leva tão a sério o seu trabalho e o trabalho dos demais artistas.
E que quando amamos o nosso trabalho e a nossa ARTE, não existe inusitações e nem absurdos em prol do desenvolvimento do mesmo.
Lembrando que a proposta foi exatamente homenagear esse grande artista brasileiro que é o Adoniram Barbosa, interpretando através da fusão dessa arte milenar que é a Dança do Ventre sua obra magnífica que é o Samba.
Conheçam o trabalho e comprovem o que estou dizendo.

Anônimo disse...

Realmente o Grupo Pietra Lincah é extremamente profissional, não é a toa que ganharam o Mapa Cultural Paulista.Acho que deveria conhecer mais o Grupo antes de questioná-lo!!

Celso Theodoro disse...

Muita alegria comentar, hoje moro em Angola, tive o previlegio com 16 anos (1966) de idade tocar com o mestre Badê, na boate RIVO do Castilho, Badê nao era do conjunto, ele ia pra Zona e ficava hibernado lá 4,5 ate uma semana, e dava canja a noite inteira, que tempo bom, lá no Formigueiro.
Eu Celso, Vicente, bazão, Fernando Machado, Rubão, Tarzan, Xixau, wellinton, Dirceu, Gobinho, Gobão, BADÊ.
Muita Saudade
Abraço BADÊ

Celso Theodoro

Paulo do efon disse...

Conheci o Maestro Badê em 1976 epoca em que eu fazia parte da Banda do Liceu e para evoluirmos musicalmente nos foi trazido o Badê que deu uma remodelada em nossos arranjos e escreveu varios outros , inclusive uma composição maravilhosa que nos rendeu varios titulos que foi "MOVIMENTOS EM FUGA", Tenho muita sorte de ter vivido tudo aquilo o que contribuiu e muito para meu aprendizado, Parabens Badê por tudo o que voce proporcionou a Banda do Liceu.
Paulo Mauad do Bombardino.