UMA HISTÓRIA DE NOSSOS DIAS
Plágio e plagiadores sempre existiram. Hoje, com o advento da internet só mesmo um louco se arriscaria a cometer algo repetido nesse sentido, pois a facilidade de ser detectado é infinitamente maior. Basta você clicar nos sites de busca um pedaço qualquer de um poema ou trecho de texto e aparecem infinitos lugares onde ele está inserido, foi citado ou até mesmo, copiado. Mesmo assim existem aqueles que gostam de viver perigosamente e arriscam a pele numa aventura mais do que louca, motivado por um desvio lá do seu interior.
Acompanho a descoberta de algo grandioso nessa semana de fim de Carnaval. Adoro navegar no blog de um advogado carioca (tijucano, por favor e brizolista como eu), o Eduardo Goldenberg, http://www.butecodoedu.blogspot.com/ , tantas vezes citado aqui. É um ambiente gostoso onde ele vai narrando suas aventuras por lugares pitorescos cariocas, principalmente botecos, a culinária, o modus vivendi e tudo o que cerca essa antológica maneira de se portar, viver e de ser. Fiquei viciado e são poucos os dias que não vejo as novidades. Gosto tanto, que em alguns casos, já publiquei nesse meu, fotos extraídas de lá e pedaços de texto. Sempre que o fiz, lá está no rodapé a citação da fonte, que faço sempre de forma jocosa: “mais um gilete press internético tirado do...”. Dessa forma estamos sempre quites. É o mínimo.
Não é que o Goldenberg descobriu de um tal de Roberto Chalita, que criou dois blogs (Boteclando e Boteco Pensante) e fica usando seus textos, como se dele fossem e outros eram reproduzidos num jornal de Vinhedo SP. Fez isso durante mais de um ano, de forma continuada e reproduzindo tudo, mas tudo mesmo, de uma forma escandalosa. Fotos dos bares, as receitas das comidinhas de botequins, os lugares pitorescos do Rio, os textos com a mão do pessoal que gosta de bares e sabe descrever a vida que levam. Até uma foto de um cão está lá postado como se fosse do farsante e uma outra foto do avô do plagiado, tirada décadas atrás, dessas amareladas pelo tempo, como sendo seu querido avô. Cópias ipsis literi, na íntegra, sem tirar nem por.
Goldenberg não descreve esses ambientes sozinho, existe junto dele o que denomina de “Tropa de Choque”, ou seja, outros blogs/sites, de amigos cariocas ou não, que seguem na mesma linha. O tal do Chalita de Vinhedo fazia um apanhado de tudo e postava nos seus blogs descaradamente como se levasse aquela vida. Eu me penitencio com o Goldenberg, pois seus relatos são pra lá de saborosos e deve ser mesmo muito bom conviver naqueles ambientes todos (adoro um pé sujo). Ler aquilo tudo causa uma certa inveja, uma vontade de lá estar. Isso até procede. O que não procede é passar desse limite, usar isso como se fosse sua vida, tirar vantagem com relatos alheios, papagaiadas para tentar demonstrar levar uma vida de mentira. Coisa feia e condenável.
Goldenberg, o plagiado, um advogado com certa tarimba está pê da vida e indo a busca de uma reparação judicial. A cada dia surgem mais detalhes da história lá no blog e acompanho tudo com a devida atenção. Chalita, o plagiador, tenta reverter tudo, pedindo clemência e se dizendo boa pessoa. Semana passada um amigo do peito me contou uma história passada aqui. Tempos atrás um livro foi lançado na cidade com muita pompa no lançamento, aquele salamaleque todo. Anos depois o texto foi comparado com outro escrito muito antes, em cima do mesmo tema e parágrafos inteiros são idênticos. Li o primeiro livro e estou para receber o texto anterior. Se constatar o delito, toco no assunto por aqui. Seria um clone do Chalita atuando por aqui?
PS.: Escrevendo sobre tudo isso, domingo, pouco mais de 15h, com um calor de quase 40º aqui dentro do mafuá, desculpem, me retiro e vou tomar uma cervejinha que descobri hoje no Pão de Açucar, uma carioca, a DEVASSA (será que o Eduardo Goldenberg aprova essa?).
6 comentários:
Dois pitacos:
01) meu Goldenberg é com "n"!;
02) a cidade do plagiador não é Valinhos, mas Viinhedo.
Um abraço, obrigado pela força.
Caro Eduardo
Correções feitas...
Continuamos preferindo ver no seu blog as andanças pelo Rio, entre bares, cozinhas, futebol, política, carnaval, Tijuca, do que o furdunço dessa semana. Porém,são inevitáveis.
Abracitos bauruenses
Henrique - direto do mafuá
Domingo, tomando DEVASSA, em casa, sózinho, calor dos diabos...
Não tô entendendo.
Não tem algo errado, não?
Não te atendo amanhã cedo se não trouxer uma dessa tal de DEVASSA e de preferência carioca, viu!!!!!!
Pau nos plagiadores, disso eu gostei.
Daniel Proença
Henrique
Curiosidade mata!
Fiquei curiosa em saber desse livro que faz citação.
Quem poderia ser?
Sei que não vai querer informar aqui sem ter a devida comprovação, mas se te ligar, voce me adianta quem poderia ser?
Gente dessa laia, que gosta de fazer sucesso com o nome alheio existes aos montes. No meio universitário onde atuo, trabalhos de tese são constantemente denunciados por plagios.
É preciso fazer muito estardalhaço e procurar mesmo umareparação na justiça.
Fui conferir o blog do Eduardo e foi mesmo uma vergonha.
Daniela Carbone
plágio é algo vergonhoso!!na Instituição em q trabalho os alunos são reprovados por plágio em trabalhos,monografias,trabalhos de conclusão,não há recursos!!infelizmente é uma prática comum,tem q se assumir as consequencias.qto a Devassa qdo quiser convidar tô dentro pra um bom papo e uma hiper gelada!vinho tudo bem,mas cerveja na minha opinião,não se toma sozinho...bjão.Marisa F.
Concordo contigo Marisa querida , tomar cerveja sozinha não é nada bom...rs... a cia faz a conversa sair mais solta ... também quero estar convidada, não se esqueçam de mim ....
Beijos
Helena Aquino
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