quarta-feira, 8 de setembro de 2010

MEMÓRIA ORAL (93)

FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO DISCUTIDO EM MATIAS BARBOSA
Todo dia somos brindados com o recebimento via e-mail de uma infinidade de textos inaproveitáveis, a maioria preconceituosos, alguns de cunho religioso. O mote do momento, além de cutucarem Lula e Dilma é trazer no seu bojo divagações para amedrontar incautos. Num desses, algo sobre “demonismo”, ou seja, a dupla estaria aliada a um chifrudo de comprovada patente, o vice da candidata, o presidente da atual Câmara dos Deputados, Michel Temer. Esse é um dos vários rostos que o atual fundamentalismo se apresenta no Brasil e para dar uma ampla visão de tudo isso, nada melhor do que discorrer sobre algo ocorrido na viagem que fiz neste último final de semana para Matias Barbosa, cidadezinha mineira há 140 km da cidade do Rio de Janeiro e apenas 15 km de Juiz de Fora, terra de Itamar Franco e do pão de queijo.

Lá nesse bucólico lugar, encravado entre um mar de montanhas, reside um dos maiores pensadores brasileiros e estudiosos na temática “Religiosidade Brasileira”, Zwinglio Mota Dias, 69 anos, doutor em Teologia pela Universidade de Hamburg – Alemanha, professor de Pós-Graduação em Ciência da Religião da UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora, pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil e editor da revista Tempo & Presença. Zwinglio, além de estudioso é um andarilho religioso. Entrou e saiu na UFJF, na primeira vez por causa das viagens assumidas para conhecer novas culturas e religiões mundo afora. Quando voltou, vaga perdida, prestou novo concurso e por lá está, mas não na cidade grande. Comprou pequeno recanto junto ao rio Paraibuna (ainda poluído, porém sempre caudaloso), na vizinha Matias Barbosa, construindo uma espécie de santuário junto à natureza, local de escrevinhações mais tranqüilas e paz consigo mesmo. Junto dele, dois filhos do segundo casamento (tem mais dois do primeiro) e da esposa Eliza Dias, professora de Geografia.

Matias nem imagina residir ali um contestador no quesito religioso, ou melhor, alguém que não mais aceita pacificamente tudo o que acontece com a temática religiosa no mundo e, principalmente no Brasil, “puritano, regionalista e fundamentalista”, como mesmo afirma esse ilustre morador. "Uma regressão. Cada vez mais a igreja é o espelho da tradição brasileira. A mesma igreja que no passado aceitava a união de casais separados, hoje não mais”, me diz. E para entender o que ocorre, tomo uma verdadeira aula, ministrada no sábado à tarde e no domingo pela manhã, respectivamente 04 e 05 de setembro passados. Zwinglio é um dos melhores amigos de seu José Pereira de Andrade (já retratado num Memória Oral, o de nº 90), pai de minha namorada, Ana Bia Andrade. Escolhemos estar junto dele no feriado, para justamente “hablarmos” sobre esse instigante tema. Rodamos 900km para o Rio e mais 140km até lá.

Não o esperem a querer converter ninguém. Pelo contrário. Como uma pessoa que já não deposita uma inabalável fé no direcionamento da maioria das igrejas pode indicar alguma confiável para alguém? “O protestantismo é individualista, prega hoje o puritanismo. Lutero se aliou aos príncipes e Calvino não, esse veio para transformar o mundo. O cristianismo sempre foi secularizador, faz exaltação, fortaleceu a condição humana. Jesus Cristo é uma pessoa como Buda, Zoroastro e ele mesmo percebeu isso, foi modelo. Mas no Ocidente virou o próprio Deus. Ele se intitulava filho do Homem, não de Deus, isso veio bem depois. Na igreja católica, o papa Leão I, cinco séculos depois de sua morte recontou tudo segundo o pensamernto da igreja vigente, ou seja, os donos do poder escrevem a História e os hereges a continuam”, começa sua aula para uma pequena e atenta platéia, essa ministrada numa mesa da choperia Antuérpia, em plena Juiz de Fora. Logo a seguir provamos juntos uma bela cachaça, um néctar mineiro, talvez dos deuses.

Nada foi seguido à risca, tanto que a seguir já falávamos de uma tal igreja “Deus é Humor”, no interior do Paraná (“justo no Paraná”, faz questão de dizer). Depois se lembra de outra, a do “Papagaio Australiano”, seguida pela minha lembrança da “Maradonista” argentina. É inevitável falarmos da “Universal” e ali foi curto e grosso: “Ela é a igreja católica medieval, a dona da verdade de Jesus, uma manipuladora de tudo e de todos”. Entre risos lhe digo se já teve problemas por aí, quando começa a falar das contradições religiosas nas suas palestras. Fala-me de um, bem leve, um exemplo clássico: “Estava no Canadá e ciente de minha postura, um da congregação que me convidou, me chamando a um canto disse para falar o que quisesse aos da congregação, poderia discutir tudo, mas quando o fizesse para os alunos, tivesse comedimento. A teoria só para eles”.

É um pastor sem rebanho e sem igreja para professar seu culto. Quem ouve suas pregações, ou melhor, debate a realidade religiosa são seus alunos na universidade e seus leitores espalhados Brasil e mundo afora. Voltamos para o tema do cristianismo no Brasil: “O catolicismo não conseguiu controlar a religiosidade nacional. Esse seu grande fracasso. Não fez nada de forma intelectualizada e sim, teatral, passa tudo pelas imagens dos seus santos. O Brasil é uma grande religião onde cabe de tudo. Aqui até o futebol é uma religião. O país é um amalgama permanente, uma religião chamada Brasil”. Melhor que tudo é quando usa dos ensinamentos de Marx para explicar um bocadinho da religião: “A religião é o suspiro da criatura oprimida e ninguém vive sem um pouco de ópio”. Então, dá-lhe religião, mas da sua forma, sem as trevas propostas pelos tempos atuais.

Quando perguntado sobre uma provável luz no fim do túnel, diante das barbaridades cometidas em nome de santos e deuses, diz que a "Aliança de Batistas do Brasil", seção Nordeste está com uma perspectiva nova e com um trabalho ecumênico de revisão do conceito de igreja batista vigente hoje em dia. “Tá tudo por ser feito para uma espécie de reivenção do protestantismo no Brasil”, conclui. Matamos saudades de tempos imemoriáveis da igreja no Brasil, com Dom Hélder, Padim, Casaldaliga, cardeal Arns e muitos protestantes, os que resistiram no movimento político contra a ditadura militar. “Isso não é mais possível em quase nenhuma religião. No Brasil não existe mais do que cinco bispos com alguma preocupação social. Tudo reza na cartilha do Ratsinger, conservadores todos”, diz esse protestante, amigo de outro da mesma cepa, Rubem Alves.

Ele mesmo aceitou após insistência de alunos e conhecidos a participação em um grupo de estudos religiosos em Juiz de Fora, com 60 integrantes e uns 20 ativos. Por lá, ecumenismo total, gente de todas as religiões e discussões mensais com temas que surgem no momento. Algo muito lento, enquanto lá fora, proliferam igrejas por todos os cantos. Saio de lá com dois livros de presente. O primeiro, “Os vários rostos do Fundamentalismo”, coletânea de textos do Fórum Ecumênico Brasil, organizado por ele e a “Matriz Religiosa Brasileira”, de seu amigo, José Bittencourt Filho, discorrendo sobre o tema da religiosidade e mudança social, onde escreveu o prefácio. Do primeiro tiro uma frase que poderia ser o motivador para ter ido ao seu encontro em busca de algumas respostas que ainda não conseguia responder: “Os homens insistem com maior veemência sobre suas certezas quando sua segurança a respeito delas foi abalada. A ortodoxia exarcebada é um método para ocultar a dúvida” (Reinhold Niebuhr). E do segundo, outra a explicar os motivos de querer discutir esse tema constantemente: “A primeira condição para quem quer compreender o crente e a sociedade dos crentes é ter, em um momento de sua vida, participado de uma crença” (Roger Bastide). Saio de lá com uma certeza renovada, a de que com as atuais composições das igrejas, continuarei longe de todas e mais perto de quem estuda o que aconteceu com todas elas. Zwinglio, cujo nome foi tirado de um discípulo de Lutero (o mais contestador), passa a constar da minha pequena lista de diletos autores preferidos.

16 comentários:

Anônimo disse...

henrique
mais uma vez, muito obrigada por estar ao meu lado. zwinglio é uma pessos muito especial que queremos estar por Bauru para conversar com alunos e pastores. amigo de papai, companheiro de eliza, pai e avô muito mais que bom. pastor e intelectual de primeira estirpe. fonte primária, como chamamos na academia. contribuições em banca de meu mestrado e doutorado - melhor quase impossível ! é sempre bom estar com pessoas amigas sem preoupação com nadica de nada. é renovar a vida e inventar o dia de hoje e o sempre. ana bia andrade

Anônimo disse...

A fé é fundamentalista em sua essencia, não importa que forma se toma para ela ou suas reinvenções, que são sempre as adaptações das velhas fraudes, assim como o cristianismo um delirio histérico paulinio e suas adaptações de antigas religiões que de tão fraudulentas fazem esta ser uma das mais toscas mitologias escritas. A fé não seria muito grave se o seu preço não fosse tão alto, o esquecimento do real, das evidencias, da ciencia, portanto a condenavel negligencia do unico mundo que existe, enquanto a crença indispõe com a imanencia, o ateismo reconcilia com a vida.
E como o citado Marx, colocando sua frase em todo o contexto que escreveu na "Critica da Filosofia do direito de Hegel", "A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. A religião é o ópio do povo."
Viva Marx, viva Darwin

Marcos Paulo
Comunismo em Ação

Anônimo disse...

Sou um homem de fé e acho que essa mistura de política com religião é prejudicial para quem acredita num ser superior. Não gosto dessa mistura. Eu acredito, mesmo diante das evidências de que muita coisa foi reescrita diante das circunstâncias e para favorecer quem detinha o poder, no caso os papas. Ela é muito forte em mim e na maioria das pessoas e poderia sim, estar mais ao lado das pessoas e não do poder.

André Luiz - Jaú

Anônimo disse...

deixo aqui meu comentario em forma de oração.

espirito santo dos ateus,protegei-me contra toda forma de religião,nao permita que eu caia nas mãos dos avarentos que criaram um deus para te-lo como fonte de renda.
espirito santo dos ateus,protegei-me contra os protestantes que ja nao protestam mais,pois criaram um deus unico e mil maneiras de interpreta-lo.
espirito santo dos ateus,protegei-me contra os catolicos que ama a deus sobre todas as coisas e alguns dogmas sobre todos os deuses.
espirito santo dos ateus,convervai-me livre de toda forma de fanatismo
e hipocrisia para que consciente e altivo eu possa respeitar o proximo
como parte integrante da natureza da qualtambem fui ,sou e serei para todo o sempre.amem.
lazaro carneiro

Anônimo disse...

não quero polemizar portanto me reservo o direito em não assinar.destesto baixarias. incrivel a falta de respeito e sensibilidade dos comunistas marcos e lázaro que insistem em atacar a fé alheia. no caso do marcos muito mais grave com pensamentos que beiram a demencia. procure fazer algo novo rapaz, deixe de ser retrógrado, faça como o henrique que está sempre renovando e aberto as novas idéias, visto que até ele já te acha obsoleto e como amigo pode ajudar muito você a crescer, viva o mundo novo, até o seu coma andante já está tendo lucidez. cuidado quando for para cuba não encontrar uma nova las vegas. boa viagem rapaz.

Mafuá do HPA disse...

Gente
Adoro o debate, sem sentido ou com sentido. Discutir é tudo de bom.
Adorei a oração do amigo Lázaro Carneiro e também a defesa do Marcos Paulo, feita com argumentos. Gosto de gente assim, que é contra, mas possui argumento para a discussão. Não tolero discutir com gente que se diz contra, mas na hora do debate não tem nada a acrescentar. Pessoas com argumentos nunca podem ser consideradas obsoletas.

Respeito as religiões, mas a cada dia me certifico de que não me enquadro em nenhuma delas. E quanto mais leio e me informo como elas funcionam, como reproduzem algo que foi criado pela cabeça dos homens e com intenções nada edificantes, prefiro continuar distante disso tudo.

Conhecer uma pessoa como Zwinglio é sempre muito bom, edificante, pois tem muito conhecimento para transmitir. Papos de imensos proveitos. Gostei muito. Vou longe por causa disso.

Agora discutir com quem faz questão de cutucar Cuba, uma nação altaneira, das poucas do planeta onde toda população tem saúde, educação, lazer e alimentação decente, não faço quando noto falta de consistência do outro lado. Torna-se perda de tempo e disso já estou cansado.

Abracitos aos que ainda me lêem.

Henrique - direto do mafuá

Pastor Celso disse...

Não há nenhum problema com o fundamentalismo! Marxistas e castristas também são fundamentalistas. O socialismo e o ateísmo são duas religiões que cooperam uma com a outra.
O grande, grande problema é a INTOLERÊNCIA com quem pensa diferente!

Anônimo disse...

São fundamentalista aonde pastor Celso??? Pois enquanto o senhor tenta passar receita pronta, com verdades forjadas para seu rebanho, marxistas que são pelo materialismo, pela ciencia, estão sempre a procurá-la.
Procure discutir com fatos, tenha base para argumentar e não fazer comentarios vazios, bom, mas é claro que não espero isso de alguém com visão tão limitada e obscura. Um dia suas ovelhas ainda se voltarão contra pessoas como ti, basta abrirem os olhos seu fundamentalismo cai por terra.

Marcos Paulo
Comunismo em Ação

Eu e o Godião (Uma história entre pai e filho) disse...
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Eu e o Godião (Uma história entre pai e filho) disse...
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Eu e o Godião (Uma história entre pai e filho) disse...
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Eu e o Godião (Uma história entre pai e filho) disse...
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Anônimo disse...

Caros Senhores,
Cheguei aqui através de uma amiga que me enviou um e-mail sobre algo que lhe aflige e, ao discutir com o autor deste blog, me pediu para conhecê-lo. Não postarei como "anônimo", pois quem se preza a falar precisa se fazer conhecido, caso contrário, deve-se calar!
Sou pastor presbiteriano e busco, cada dia, conhecer mais sobre o ser humano e sobre sua relação com o "Absoluto", conforme diz um grande filósofo e teólogo Paul Tillich. Mas, concordo com o referido autor deste blog que para qualquer tipo de discussão deve haver argumentos. Não só argumentos, mas o desejo de estar disposto a aprender com a discussão e não somente para fazer rebates insolentes que levam a lugar nenhum.
Acredito que um dos princípios de um bom diálogo é o respeito e não a tolerância, pois esta já demonstra posição de superioridade enquanto aquela demonstra igualdade! Quando atacamos a crença, atacamos não só o pensamento, mas uma vida baseada em construções que vêm, muitas vezes, de gerações, as quais nos influenciam inconscientemente.
Para mim, o mal deste mundo é o extremismo. Tanto o fundamentalismo (que pensa ser o dono da verdade) como o ateísmo (que ignora qualquer relação "extra-existencial") são nocivos e precisam entender que o Universo transcende nossa limitada existência. Somos pequenos demais para entendermos nossa realidade.
Nenhum discípulo reflete exatamente o seu mestre, assim, não podemos criticar Deus, Cristo, Lutero, Calvino, Hegel, Buda, Gandi, Marx ou mesmo Zwinglio, por aqueles que difundiram seus ideais. Pois se pudéssemos reproduzir um pouco daquilo que eles deixaram como herança, com certeza nossa realidade seria muito melhor.
Se analisarmos bem, a conclusão de todos eles é a mesma: relações humanas baseadas no amor. Não esse amor deturpado por uma sociedade egoísta e mesquinha, mas o amor ágape, que harmoniza com o sentido de caridade e graça. Quiçá difundíssemos essa realidade em nossos relacionamentos, daríamos razão a Gandi, Marx, Hagel, Zwinglio, Buda, Cristo e entenderíamos a essência de Deus, ou seja lá o nome que você queira dar para Ele. Acredito ser esse o caminho para uma boa discussão!
Um grande abraço a todos. Se quiserem, façam uma visita em meu blog: http://andrealvares.blogspot.com
André Álvares, um cristão!

Anônimo disse...

Meu caro André, sou comunista por questionamento das bases de desenvolvimento da sociedade humana, sou darwinista por utilizar da ciencia para buscar fatos.
Começa por aí a grande diferença dos que tem fé, eu nascido em berço cristão fui conduzido a ter fé, mas sempre fui irriquieto, questionador, sempre gostei de estudar, pesquisar e ver o que se aplica ou não na natureza, a razão prática. Olho para trás e vejo o quanto perdi de tempo da minha vida com ilusões, o quanto eu já poderia ter lido, aprendido muito mais se não vivesse sob uma doutrina que faz suas verdades e não procura evidencias.
Não engulo esse papo de que em 2 pontos de vista diferentes a verdade passe no meio das duas, será que não pode ver que um lado pode estar com a razão????
Como escrevi acima a fé não seria tão grave se não tirasse das pessoas justamente essa oportunidade de conhecer seu lugar na natureza e não somos seres pequenos neste universo, pq somos parte dele, matéria complexa de desenvolvimento regidos sob leis da fisica que são imutaveis, um cidadão acima me acusa de obsoleto, de não ser aberto as novas idéias, ora, eu sou pela ciencia que após anos de atraso sob o tacão religioso conseguiu em pouco mais de 200 anos dar saltos primorosos rumo a exploração e o entendimento do universo, e não ficar preso a crenças de 10 mil anos atrás, que muda-se alguns conceitos mas não a cegueira.
Mostra desconhecer o marxismo, pois a obra de Marx não prega amor, alias o q é isso??? Marx nos mostrou com a dialetica materialista como funciona a base social de consciencia e funcionalidade da estrutura social, diferente de Ghandi que tb parece desconhecer pois este nunca ajudou a classe trabalhadora explorada, ao menos existiu, diferente de Cristo que não passa de uma fraude historica religiosa, onde não existem provas arqueológicas e muito menos nenhum documento contemporaneo provando sua existencia, não há tumulo, não há sudario, não há arquivos, com exceção de um sepulcro inventado em 325 por Helena mãe de Constantino. O arquivo cristão decorre de uma fabricação ideológica e mesmo Flavio Josefo, Suetonio e Tacito obedecem a uma falsificação intelectual.
Nunca encontrará consistencia e bom senso num religioso, porque sua necessidade é o simples fato de ter que acreditar em algo, sei os males que causa por ter vivido já dentro dele e tirar a capacidade de escolha de aprender a natureza em detrimento a fé de uma pessoa que cria uma criança com esses valores é comparavel a um abuso sexual infantil.
Eu só construo uma opinião se algo foi testado e provado várias vezes pela ciencia, luto por ampla e livre consciencia das pessoas e a crença não nasceu para isso, o propósito é outro, paga-se caro demais e essa é unica prova que pode tirar dela.

Um jardim é belo por natureza, não há necessidade de achar existir fadas e duendes no meio dele para justificar sua beleza.

Marcos Paulo
Comunismo em Ação

Anônimo disse...

Matou a pau, Marcão.
Acho vc muito mais interessante, convincente quando não agride, não se faz feroz, mas vem com argumentos para defender o que diz ser melhor. Posso não concordar com tudo, mas para para pensar, refletir. Prefiro esse estilo dessa resposta, pois acredito que dessa forma as pessoas não poderão ficar te cutucando. Ou entrão no debate ou caem fora, talvez até por faltarem argumentos.
Um abraço de quem nem te conhece pessoalmente
Marisa

Anônimo disse...

HENRIQUE, ministrei vários cursos de História Medieval na FAFIL antiga.
1o. semestre: Feudalismo
2o. semestre: Civilização islâmica (dava aulas com o Corão na mão - seus surás e aleias - está bibliotéca da hoje USC).
Nessa época foram meus alunos, Silvia Kopachek, Vera Telles Nunes, Paulo Neves, Sonia Moser, Cel. Castilho e muitos outros.
Lembre-se do 620 dC...devemos ler o Corão para conhecer o Islamismo.
Abs.
MURICY