LÁZARO CARNEIRO NA TV e MÁRCIA PESTANA, AGORA APOSENTADA
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O cara é modesto e já avisa aos perfeccionistas que “o primeiro saiu bem feinho, mas no segundo melhorou um pouco. Já temos quatro programas gravados. Pensei que fosse mais fácil unir simplicidade e conteúdo cultural em um só programa”. Desse primeiro reuniu uma dupla de garotos
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Quase não tenho mais visto a TV Preve, pois não tenho lá muito estômago para as entrevistas comandadas pelo Duda. Prefiro ficar sem vê-las, mas o programa do Tuba e da Léa, o “Nota Dez” eu vejo de vez em quando e
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Eu tenho o maior orgulho te ter feito uma exposição com seus guardados, nos tempos que que estava na Cultura Municipal (cartaz ao lado). Entrevista de Lázaro Carneiro versando sobre Nietzsche, Caipiras, Caiporas e relatos mateiros:
http://www.overmundo.com.br/overblog/lazaro-carneiro-o-caipira-que-leu-nietzsche
A DESPEDIDA DE UMA GRANDE E HUMANA PESSOA, MÁRCIA PESTANA:
2. Convivi com a Márcia Pestana
trabalhando na Casa dos Conselhos por muitos anos. Ali um espaço onde é mais do que necessário uma pessoa exatamente como ela, com flexibilidade para o entendimento das questões ali discutidas, o saber encaminhar tudo o que transita naquelas salas e mais, um diálogo franco, sincero, preciso e com sabedoria. Márcia foi a cara da Casa dos Conselhos por décadas e ontem, seu último dia de trabalho, sendo que hoje já está aposentada. É
uma instigadora por natureza, alguém com um discernimento para conduzir algo tão cheio de meandros e entraves, com muitas tendências em jogo e para a boa condução, nada melhor do que alguém que realmente compreenda a importância da existência de um espaço assim dentro de uma cidade. Aprendi a gostar dela logo de cara, nos primeiros diálogos, quando a vi tomando partido nas questões cruciais para o desenvolvimento dessa cidade. Depois, quando a conheci melhor, aprendi a admirar mais. Certa vez a vi comentar algo sobre os problemas políticos de Marília, terra onde moravam seus filhos (talvez acabe mudando para lá ou Vera Cruz) e ajudou a instigar jornalistas da revista mensal Caros Amigos, a investigarem irregularidades lá cometidas. Fez isso a vida
inteira, sem perder a fleuma e o ar de gente que não se deixa enrolar, não faz acordos espúrios, nem entra em dividida por coisas banais. Todos que a conhecem, sabem de sua conduta e a respeitavam exatamente por isso, por ser uma pessoa diferenciada, boníssima, mas dessas que não se enrola, não se passa para trás. Os
que ousaram fazer isso, receberam na lata um chamamento, um “pito” como diria. Ontem, convidado pelo amigo em comum Ademir Elias, fui na festa de despedida e revi junto delas muitas pessoas dessa e de outras administrações, além de conselheiros outros sem vínculo com a Prefeitura. Destaco duas, dona Ruth e Fujica. Duas mulheres da mesma cepa, duas pessoas que para todos os a conhecerem um pouco da história de Bauru nos seus bastidores dispensam apresentações. É um trio de muito brio. Revi ali também o novo responsável pela Casa dos Conselhos, Jaime Luzia, com quem convivi por algum tempo no Museu Histórico. Se ele tiver 30% do que vi nesses anos na postura da Márcia, aquela casa terá uma bela solução de continuidade. Adoro escrever de gente como Márcia, dessas que ao rever vou logo abraçando e elogiando. Ela merece.
2. Convivi com a Márcia Pestana