CARTA (81)
UMA EX-ÁRVORE INCLINADA E PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS - carta publicada na Tribuna do Leitor, página 26, edição de hoje do Jornal da Cidade. Todas as fotos foram tiradas por mim. As primeiras, da árvore em pé clicadas quando do acidente, dia 22 e as demais ontem, quando ouvia da vizinha Zumilde as lamentações pelo descaso e demora no atendimento das promessas que lhe foram feitas.
"Dia 22/02, mais um caminhão atropela a árvore inclinada defronte residência na quadra um da Rua Inconfidência, centro, aqui na vizinhança onde moro. Dona Zumilde Garcia, 83 anos, teve sua história contada na edição do dia seguinte do JC em “Árvore inclinada rasga caminhão” e seu rosto foi visto pela cidade inteira na TV (leiam aqui a matéria: http://www.jcnet.com.br/Bairros/2012/02/rvore-inclinada-rasga-bau-de-caminhao-no-centro-de-bauru.html ). Virou notícia. Queriam que ela cortasse aquela imponência a lhe oferecer gratuitamente uma dadivosa sombra. Ela se recusou, pois com um parco salário, a inesperada despesa geraria um rombo no seu orçamento. Pessoas da prefeitura vieram com um questionário. Constataram a veracidade do que dizia olhando seu holerite e o serviço de corte foi executado já no dia seguinte, 24/02, tudo por conta e risco do pessoal responsável da prefeitura.
Ela ficou a observar de um canto do seu portão o corte, o tronco gerando bancos distribuídos entre vizinhos e toda a folhagem colocada num terreno defronte a seu imóvel, do outro lado da rua. Promessas de que o toco e a raiz seriam também arrancados e todo o entulho gerado retirado no mais curto espaço de tempo.
Hoje, 29/02, o sol bate forte em sua janela e ela nem mais pode permanecer nos finais de tarde a espiar o movimento de uma agitada rua, mão dupla, pois tudo está mais quente no parapeito onde se acomodava nos finais de tarde. Resignada, está agora mais dentro de casa que dantes. A raiz continua em sua calçada, agora incomodando não os caminhões, mas os pedestres, que passam e tropeçam no resultado do corte. A galharia, que disseram seria removida rapidamente, já está seca e continua no mesmo lugar que colocaram. Prometeram também plantar outras árvores no local, uma até em estado mais adiantado, mas sumiram sem dar notícia.
“E agora, que faço?”, pergunta dona Zumilde. Não sei o que lhe responder e o mínimo que posso fazer é tentar resolver pelas vias dessa Tribuna. “Mas será que eles lêem jornal?”, é a pergunta que deixo no ar diante de tanta insensibilidade com minha agora “desarvorada” vizinha".
OUTRA COISA: Recebo de Lázaro Carneiro, meu amigo do peito, o "caipira que leu Nietzsche", o registro de uma instigante entrevista com nada menos VIRGÍNIA LANE, a vedete que encantou gerações e um presidente, Getúlio Vargas. A entrevista foi para a rádio Globo carioca e seria rotineira a versar sobre Carnaval e a participação dela pelos palcos do Rio de Janeiro. Num certo momento ela resolveu falar sobre seu eterno amor, o pelo presidente e sobre algo a modificar a História do Brasil. Ela afirma categoricamente ao estupefato entrevistador Canazio, que GETÚLIO FOI ASSASSINADO POR QUATRO ENCAPUZADOS E ELA ESTARIA COM ELE NO MOMENTO, SENDO ATIRADA PELA JANELA DO PALÁCIO DO CATETE. Corria o ano de 1954 quando dos fatos narrados e a entrevista ocorreu no último dia do Carnaval de 2007, quando Virginia estava com 87 anos. O revelado, portanto, não é novidade, mas o que ainda não foi devidamente esclarecido é se tudo o que disse é verdade ou fruto de sua imaginação. Reproduzo a seguir o audio da entrevista e as conclusões da veracidade ou não ainda são incertas. Vejam clicando a seguir no: http://www.4shared.com/audio/REdDmIGy/Virginia_Lane_Getulio_Vargas.html
quinta-feira, 1 de março de 2012
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Só uma informação: Como num passe de mágica, algo telepático, hoje pela manhã, bem antes do almoço ser posto nas mesas, uma equipe da Prefeitura passou por aqui na vizinhança e recolheram todos os galhos secos postados do outro lado da calçada de dona Zumilde. Deixaram os muitos pedaços de tocos, pois os que carregam galhos, não o fazem com os tocos. Esses deverão passar na sequência, espera-se. Já a raiz deixada fincada na calçada e com um cotoco a fazer tropeçar incautos e desavisados, esse acredito que a espera terá que ser maior, como as novas mudas de árvores. Nada está definitivamente perdido, pois algo já foi feito. Agradecido faço um reconhecimento aqui. Obrigado.
Henrique - direto do mafuá
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