domingo, 15 de junho de 2014

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (60)


MINISTRO DA SAÚDE POR AQUI, O QUE LI, MINHA PARTICIPAÇÃO NO EVENTO E O MÉDICO CUBANO YORANIS CRUZ MATOS

O Ministro da Saúde ARTHUR CHIORO passou por Bauru na última sexta, 13/06 dentro de um evento bancado pelo Ministério da Saúde para explicar e dar mais detalhes sobre o Programa MAIS MÉDICOS. Reuniu lideranças sobre o tema e falou juntamente desses sobre a importância da manutenção do programa e a sua aprovação, hoje contestada só pelo Conselho Médico e alguns reticentes, ainda brigando por reserva de mercado. Dos jornais li isso, Jornal da Cidade, 14/06, “Ministro faz Raio-X do Mais Médicos”: http://www.jcnet.com.br/Geral/2014/06/ministro-faz-raiox-do-mais-medicos.html e do Bom Dia, 14/06, isso: “UPAs de Bauru irão receber R$ 5,3 milhões”: http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/68714/upas-de-bauru-vo-receber-r-53-milhes. Dois momentos no evento, primeiro a fala do ministro e depois um debate entre o Secretário Municipal de Saúde Fernando Monti e um dos doze médicos em atuação há dois meses na cidade, YORANIS CRUZ MATOS. Fiz uma miscelânea disso tudo e conto a seguir.

Da fala do ministro extrai isso: “Nós que queremos valorizar o SUS não podíamos perder a oportunidade de ter equipes completas para atender a população mais carente do país. Não existe hoje como colocar médicos na rede pública, não adianta abrir concursos, construir tantas UPAs, nada resolvia. Os convites para a iniciativa privada se sucediam. R$ 15 mil m~es para o médico e ele não quer ficar no público. A realidade brasileira é outra e isso ocorre não por falta de compromisso dos prefeitos. Temos 1,8 mil médicos por habitantes, porém uma concentração e dificuldades concretas. Impossível lutar com a situação de pleno emprego no setor, com número de postos de trabalho superior aos disponíveis. Os prefeitos lançaram a campanha: ‘Cadê os médicos?’. 4000 municípios cobravam, daí criamos o programa e hoje 14 mil novos médicos consolidados já atuam na área. O Programa não é Provimento Emergencial. Não dá mais para deixar a formação médica na mão de quem hoje a faz, pois não existe um planejamento na formação. As corporações decidem e a decisão não é só pela formação de mais médicos, mas universalizar essa formação. Chega do profissional que só sabe cuidar da PARTE, precisamos cada vez mais do que cuida do GERAL. O programa não é só Troque Seu Médico, viemos para completar, não para sermos os únicos. Foi conseguido colocar médicos onde até então nunca ocorreu. Somente 14 médicos cubanos se desligaram até agora. Os resultados são imediatos com o aumento das consultas e diminuição das internações. A Atenção Básica é resolutiva. Ouvimos muito algo como esse médico toca no meu corpo, cuida de mim como nunca ocorreu e isso não tem preço”.

Daí entra o MONTI e diz: “Bauru com 17 médicos no programa, 12 cubanos e 5 do Provab. Esse um dos programas mais bem assistidos que já presenciei nessa área, com 18 municíos na região e 43 profissionais na região. E tem prefeito aqui hoje (Boracéia um deles), arrependido de não ter pedido antes e aqui agora vendo se ainda pode fazê-lo". Depois dele o cubano de Olguin YORANIS entra em cena e fala de sua experiência, fala da recepção e do local onde atua, a UBS do Bela Vista. Na sequência o debate é aberto e o primeiro a fazer pergunta é o médico vereador bauruense RAUL GONÇALVES DE PAULA: “Queria saber se as faculdades de medicina de Cuba são como as nossas, 6 anos para formação, especialização”. Monti e Yoranis respondem. De Yoranis isso: “A medicina cubana é reconhecida mundialmente e inegável seu papel de qualidade. Tanto lá como cá, tudo muito parecido na formação”. Para mim uma gritante diferença, a HUMANIZAÇÃO do cubano frente a MERCANTILIZAÇÃO do brasileiro. Não me seguro nas calças e tasco uma pergunta provocativa para Monti e Yoranis: “Como viram pela fala do nosso médico vereador, a grande resistência hoje ao Programa vem da classe médica e do seu órgão de classe. Como estão administrando esse relacionamento?”.
Monti diz: “O maior problema hoje que temos não são com os que chegaram, mas com o quadro que tínhamos. O que não pode é a categoria médica ter uma expectativa de que é a sua corporação quem vai ditar a norma da corporação. Ela acha que pode fazer o papel do Estado. A desorganização interessa, pois pode esconder coisas. Aquilo que não tem polêmica não vai a lugar nenhum. Sem polêmica difícil enxergar os avanços”. De Yoranis gravei um vídeo e ele é bem elucidativo: “Fomos muito bem recebidos por todos os funcionários, com os médicos alguns problemas, mas todos sendo sanados".


Conclusão de minha lavra para tudo: O Mais Médicos é um sucesso. Onde foi implantado o atendimento em geral melhorou. O problema persiste no relacionamento entre os que já atuavam e os que chegaram. Sem generalizar, percebe-se que, tudo isso porque foram obrigados a saírem de um CAMPO DE CONFORTO.

5 comentários:

Anônimo disse...

HENRIQUE
A medicina, segundo Hipócrates, é a ciência q deve tratar do ser humano, portanto social por excelência. Não existe a medicina q forma profissionais p/atender somente aqueles q os médicos querem. TODOS, sem exceção tem o direito à vida e à saúde garantidos d forma legal, constitucional. Médicos cubanos estão aqui p/mostrar q a medicina socializada é o objetivo. Temos muito a aprender c/eles. Saludos a los profissionales de la salud. Bienvenidos Camaradas.
CARLOS ROBERTO Pittoli

Anônimo disse...

Nos, Brasileiros, temos muito o que aprender com os médicos cubanos. A diferença de formação é cabal. Enquanto que os médicos brasileiros tem uma formação capitalista, visando o lucro e não a pessoa, o médico cubano tem uma formação humanista, o que o diferencia na lide com as pessoas no dia-a-dia nas unidade básicas de saúde. O sucesso é tamanho entre os usuários do SUS, que tem prefeitura, ligada ao governo do Estado, que não os querem com medo de perder espaço político para o PT. Mal sabe esses infelizes prefeitos, que a presença desses importantes profissionais, em sua rede básica, fará com que a sociedade os olhe de forma diferente. É de se lamentar!... Aqui em Bauru foi preciso a presença do Ministro da Saúde para podermos ver e conversar com um desses personagens cubanos.
Quando esses médicos forem embora, ficara a saúde. Choraremos!...
Ademar Aleixo Camilo

Anônimo disse...

mas se o sistema médico que não é cubano e vc Ademar , define como 'capitalista" e que os médicos cubanos são "humanizados" pela excelência das universidades cubanas...pq quando uma ,autoridade , rei , estadista . astro mundial , marajá , sheik , usurpador , ditador , e milionários ...quando adoecem vão para SÃOPAULO ( quando são brasileiros) e EUROPA ou EUA capitalista (quando são estrangeiros)????....será que nínguem conhece esta capacidade dos cubanos?......quanto os prefeitos da oposição não usarem o sistema cubano em questão vc Ademar ...esta completamente certo....é um absurdo esta safadeza de punir os usuários de um minimo de atenção médica.....estes politicos deveriam ser responsabilizados pela ausência de médicos
paulo brizolla

Anônimo disse...

Sr Henrique
Trabalho com um médico recém chegado a Mineiros do Tietê, Dr. Angel Coello....ouvir a saúde do ponto de vista deles é perfeito...acredito que a saúde pública tem muito a ganhar com a experiência e dinâmica dos médicos cubanos.
Andréia Rocha

Mafuá do HPA disse...

ALGO DO FACEBOOK:

Vanil Souza Se esse programa for realmente bom deverá ser mantido sem as remessas de dinheiro aos Castros. Depois da Dilma.
há 20 horas · Curtir · 1

Henrique Perazzi de Aquino Vanil Souza, informe-se melhor sobre os bem que isso tem proporcionado ao país, depois voltamos a conversar. A grana que volta para lá, se não sabe, não vai para os Castro e sim, para que as universidades de lá continuam formando médicos iguais aos que hoje vemos espalhados mundo afora, uma vez que tudo lé é publico, ou seja, gratuito. Um abraço.
há 20 horas · Curtir · 3

Vanil Souza Conheço lá e discordo. Abraço.
há 20 horas · Curtir · 1