AMIGOS DO PEITO (91)

DOIS AMIGOS BAURUENSES NA DISPUTA PARA O GOVERNO DO ESTADO DE SP

Na verdade, um o foi anos atrás e outro está sendo na eleição desse ano. Reverencio sempre meus amigos e a amizade aqui nesse espaço. Dessa forma assim começo com uma frase de Aristóteles: “UM AMIGO É UM SEGUNDO EU”. Escrevo deles, brigo por eles e algumas vezes até com eles.

Primeiro discorro sobre o amigo que disputou anos atrás a eleição pelo PSB – Partido Socialista Brasileiro, o CARLOS ROBERTO PITTOLI. Um advogado aposentado (fez aniversário por esses dias), ou não querendo mais enfrentar as raias dos tribunais e nem por isso, deixando de enfrentar as demais agruras dessa vida, como o incessante trabalho desenvolvido hoje nas hostes da Comissão da Verdade, Regional Bauru. Tornou-se um gozador, bonachão, não diria um bom vivant, pois isso poderia ofendê-lo, mas é desses que soube e sabe muito bem levar sua vida. Penou um bocado por causa de sua ação nos tempos da ditadura militar, quando preso, torturado, histórias hoje revividas para que nunca mais se repitam. Gosto de ouvi-lo, pois tem retórica, tem cabedal, conhecimento de causa e mais que isso, didática. Descreve tudo com sabedoria e sabe prender a atenção, principalmente da garotada. E nunca envelhecerá nos trajes. Gosto muito dessa foto publicada aqui hoje, a dele em trajes esportivos, de tênis e camiseta, jovial por dentro e quando muito, também por fora. A disputa eleitoral em questão foi em 2002 e aqui reproduzo o que o Sérgio Fleury lá d’O Debate de Santa Cruz do Rio Pardo escreveu dele quando passou por lá em campanha: “O candidato ao governo de São Paulo, economista Carlos Roberto Pittoli (PSB), 56, visitou Santa Cruz do Rio Pardo na noite de sexta-feira, visitando a redação do jornal. À tarde ele fez campanha em Ipaussu e Águas de Santa Bárbara. Pittoli substituiu Jacob Bittar, que desistiu de concorrer ao governo do Estado. O candidato a governador do PSB era sargento durante o regime militar e foi preso e expulso do Exército sob a acusação de integrar a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária). O novo candidato participou do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro) entre os anos 70 e 80, afastando-se da militância no ano 2000, quando ingressou no PSB. Pittoli é casado e tem três filhos. Na redação do DEBATE, ele admitiu que aceitou ser candidato a governador para viabilizar um palanque estadual ao candidato a presidente da Repúblico, Anthony Garotinho”. Obteve exatos 216.639 votos no estado todo. Aqui tudo o que já escrevi dele no Mafuá: http://mafuadohpa.blogspot.com.br/search?q=pittoli

Agora discorro sobre o GILBERTO MARINGONI, nosso amigo, carinhosamente chamado por aqui e alhures de BETO MARINGONI. Viveu boa parte de sua juventude por aqui, deu vôos de avião por aqui, depois bateu asas e foi alçar outros mais significativos. Assim como Mauro Rasi, Bauru ficou pequena demais para ele. Foi ser gauche na vida. Deixou inúmeros amigos do lado de cá, tanto pela militância iniciada aqui, como por além de não tê-la abandonado em Sampa, a incrementou e tornou-se conhecido não só pelo inigualável traço, como pela verve da escrita. Foi também ser professor na vida, aliás essa ainda sua fonte de renda. Volta e meia está aqui por Bauru, para rever alguns, ver como andam os negócios e sempre convidado por Paulo Neves, ministra palestras nos Encontros Latino Americanos do colégio D’Incao. Bate um bolão quando o tema é a Venezuela, tendo livros publicados sobre o tema, virou catedrático no quesito “chavismo” e “bolivarismo”. Em alguns momentos o enxergo mais à esquerda do que mim, mas conseguimos caminhar juntos em muitas lutas e agora isso do convite pelo PSOL, seu atual partido (um dia todos estivemos no PT) e tendo que encarar as feras da mídia nativa, que tanto critica e opina. Gosto quando Maringoni ameniza o acirramento de mágoas antigas e não enfia a faca desmedidamente e gratuitamente na trincheira onde já atuou, mesmo vendo nela uma colcha de retalhos do que já foi um dia. “O inimigo é a velha direita e não o PT, diz candidato do PSOL em SP. Gilberto Maringoni minimiza disputa interna no partido e promete não repetir ataques do PSOL ao PT na disputa em São Paulo. “O petismo pode não ser de esquerda, mas o anti-petismo geralmente é de direita”, enfatiza ele em entrevista que pode ser lida clicando a seguir:http://www.cartacapital.com.br/politica/o-inimigo-e-a-velha-direita-e-nao-o-pt-diz-candidato-do-psol-em-sp-3839.html . Dele o que já escrevi no blog:http://mafuadohpa.blogspot.com.br/search?q=gilberto+maringoni

Eu corroboro da idéia de que ter amigos é essencial à vida. Não sou obrigado a concordar com tudo o que dizem, fazem e praticam e nem eles pra comigo. O bom mesmo é nos entendermos e isso basta para uma amizade ser eterna.