PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (78)

AS MUITAS E MUITAS REAÇÕES AOS MEUS ESCRITOS E COMO OS ESCREVO...
Dia 11/09, sexta, publiquei esse Personagem Sem Carimbo – O Lado B de Bauru no meu facebook, o de nº 506. Leiam o texto:

LUIZA AOS 67 PEDE ESMOLAS NUMA DAS ESQUINAS DE BAURU

O mundo em que vivemos é a própria polêmica. Elas ocorrem indistintamente entre todas as camadas da população, seja pobre, média ou mais bastada. Todos estarão sujeitos a chuvas e trovoadas (algumas tempestades, também), desde que coloquemos o bloco na rua. Ninguém deve ser dono da verdade de nada e na maioria das vezes não venho aqui para espezinhar, mas para relatar algo das ruas, pessoas que vou observando, juntando alguns dados e as incluo como pertencentes ao Lado B dessa cidade. Daí julgar elas é outra coisa, de que lado se encontram, se cometeram atos certos ou errados, isso é outra coisa. Aqui gosto mesmo é de falar das pessoas. Primeiro leiam isso:http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=114592&ano=2007. Depois constatem a observando hoje, onde continua sua sina, de cara limpa, pela queimada de muito sol e tão judiada pela vida como sempre deve ter sido. A labuta é inalterável para essa parcela da população.

Dona LUIZA ROSSI tem hoje exatos 67 anos e permanece quase todos os dias da semana, durante o seu horário comercial, postada na esquina da rua Quinze de Novembro com a Antonio Alves e protegida pela sombra de algumas árvores pedindo esmola aos motoristas dos veículos que param num semáforo existente naquele lugar. Conhecida de muitos, tempos atrás se envolveu numa polêmica, que não gosta de comentar. O fato é que essa moradora do Fortunato Rocha Lima reside num local muito pequeno, nos fundos da casa de uma das irmãs, paga tudo o que come, bebe e veste com o dinheiro ali arrecadado. Vive só (“eu e Deus”), desde a morte do marido há 17 anos (perdeu dois filhos por problemas sanguíneos muito cedo) e diz nada lhe faltar, pois assim como existem aqueles que a espezinham pelo fato de estar ali esmolando, existem muitos que param e lhe oferecem desde água, comida e até uma boa conversa. De algo dela nos jornais no passado, não gosta nem de comentar, diz somente que muito foi ampliado e que ela continua do mesmo jeito, no mesmo lugar de sempre, fazendo o mesmo trajeto de ônibus circular, carregando sua comida numa sacola e sem perturbar ninguém. O que ela quer mesmo, me diz, “é continuar vivendo”. E dessa forma, mais dia, menos dia, lá está dona Luiza abordando a todos com sua voz e cabeça baixa, meio que resignada da vida.

Os comentários foram diversos, prós e contras e estão aqui reunidos: https://www.facebook.com/photo.phpfbid=910286815667995&set=a.233149883381695.72645.100000600555767&type=1. Tudo nos conformes, inclusive o meu posicionamento sobre como entendo os que a querem crucificar sem enxergar algo feito por nós mesmos no nosso dia a dia, porém, o que mais intrigou foi um senhor (não o identificarei), que pelo Bate Papo oculto do facebook veio com algo pelo qual não gostei, retruquei e trocamos farpas. Reproduzo o diálogo:

“Então, se o Sr. tem certeza da pobreza de algumas pessoas, está na hora de pensar em mudar a sua profissão e compartilhar para arrebatar essas pessoas”, PR
“De que falas meu caro? Pode ser explícito...”, HPA
“Não vou perder o meu tempo com a sua pessoa , pois quando eu te encontrar , eu te lembro , novamente, meu caro cidadão bauruense”, PR..

“Nem sei de quem se trata e assim sendo, se não concorda com o que escrevo, por que perde tempo comigo? Incomodo-te em algo? Algo parece ter tocado tão profundamente ti , fazendo batucar besteiras e ameaças para mim... Nem durmo mais...”, HPA
“Vc está nervoso ,?? Não vale a pena , temos que colocar nossas opiniões , deixe o seu equilíbrio falar mais alto, se. Quiser faça vc mesmo. Bom final de semana, mas tenha um bom sono.!!!”, PR
“Nervoso, por que estaria se nem sei o que causou estranheza. O bom da vida é discutir opiniões, principalmente as divergentes, as contrárias, quando as pessoas fogem disso e já partem para algo agressivo, eis a falta absoluta de argumentos. Daí nada mais é possível. Sem stress, meu caro, afinal hoje é sexta...”, HPA
“Realmente, por isso , como eu tenho muita paz na minha vida, não deixo a levar por insinuações desnecessárias”, PR
“Tudo começou por causa do que me escrevinhou "da certeza da pobreza de algumas pessoas". Continuo não entendendo... Mas se prefere assim, inté”, HPA.

E eu só quis postar da tal senhora e colocar mais esse tema à baila. Vamos que vamos.