PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (70)

NA PIAUÍ: PADRE BETO, LAÍS MODELLI, ATENTADO EM BUENOS AIRES E ESSE HPA

Duas coisinhas da revista PIAUÍ que chega hoje às bancas de Bauru. A revista tem isso de em momentos parecer muito de direita e em outros, algo de esquerda, mas inegável, depois de 103 edições, atualmente com deliciosos textos, longos como ninguém mais publica. Uma revista que compro desde seu número 1 e com o passar do tempo já me causa problemas: onde guardar esse monte de papel que trago para dentro de casa? Essa só uma das tantas que junto e as traças, percevejos e cupins adoram. Mais ia escrever da edição de abril e já me desviava do assunto.

FALAÇÃO 1 – Uma delícia ver texto de gente conhecida e amiga sendo publicada em revista de circulação nacional. Na matéria que cursei como aluno especial na Unesp até semanas atrás conheci um jornalista encantadora, LAÍS MODELLI. Acho que me identifiquei de cara por ela seguir uma linha de texto junto a revistas como a Fórum e Caros Amigos, além de textos envolvendo tudo quanto é movimento social daqui e da América Latina. Ela sai por aí, faz e acontece, se infiltra e escreve bem demais. Cliquem o nome dela por aí e saberão do que escrevo. Nessa última Piauí algo mais dessa Bauru (sempre ela) e pela sua ótica. ‘EXCOMUNGADO SUPERSTAR – O padre me deu um iê-iê-iê’, sobre é claro o bauruense padre Beto e suas missas lá no Greb. O texto no link da revista não está disponível inteiro (comprem a revista, uai!), lá só o começo: http://revistapiaui.estadao.com.br/…/…/excomungado-superstar. Uma delícia de escrita. Comprei e já li.

FALAÇÃO 2 – Na mesma edição da revista uma carta minha publicada na devida seção. Na edição passada, a 102, março de 2015, um texto sobre a Argentina, o atentado da AMIA e é claro, do promotor morto recentemente, que a mídia brasileira insiste em cravar como suspeita e incriminar a presidenta. No esclarecedor texto que li, o “Memórias de um buraco - Como o promotor Alberto Nisman entrou no fosso de corrupção, fraude e intriga depois do atentado antissemita de 1994”. No link da revista quase todos os textos da edição passda já disponibilizados e esse ainda não (o mais saboroso): http://revistapiaui.estadao.com.br/…/…/memorias-de-um-buraco. Sai carta minha publicada com esse texto: “ARGENTINA - Parei tudo numa tarde de quinta e fui me deliciar com a leitura da reportagem sobre a morte do promotor argentino Alberto Nisman (“Memórias de um buraco”, piauí_102, março). Tinha a certeza de que iria me decepcionar; estava preparado para isso. Achava que seguiria na mesma ladainha da mídia nativa, colocando asinhas de anjo no promotor. Li de uma só sentada e, ao final, uma constatação: fui surpreendido. Gabriel Pasquini, o autor, expõe de forma nua e crua não só o caso da Amia como a morte do promotor, e mais, a realidade das entranhas argentinas. Valeu muito por causa disso: o texto extrapola o tema. De uma coisa tenho convicção, reforçada pela leitura: os Estados Unidos estão metidos nisso e o culpado está por trás dos personagens que tentam vencer o pleito eleitoral em curso e retomar o poder. Faltou exatamente isso no texto, essa provável ligação quase umbilical do que move as eleições, tentativas de desestabilizar governos e as intermináveis guerras nas entranhas do poder”. Antes de continuar ouvindo e vendo abobrinhas sobre esse tema, ler essa matéria é primordial.

Era isso.

EU GOSTO É DA IRREVERÊNCIA NAS RUAS:
Essa aqui foi gileteada do meu amigo carioca (esse mais do que verdadeiro, Tijucano) Eduardo Goldenberg e vem com a legenda: "Tijuca em estado bruto. Coroa, com chapéu de cowboy (fora da foto para preservar a identidade e a intimidade do tiozão), marca seu estilo na Padaria Milú!". Eu adoro também ir registrando esses flashes dessa gente que não segue modismos, não tem padrão definido e não tem medo algum de parecer ridículo ou algo parecido. O importante é continuar sendo, fazendo e acontecendo. Sigo o exemplo do Eduardo e sempre que algo assim me surge, vejo se vai não vai constranger a pessoa e registro. O mundo é uma delicia quando fora daquela besteira de tudo igualzinho. Quer coisa mais besta do que essa mania de paulista de hoje só ter carro na cor prata (eu tenho um)? A lindeza do bairro de Boca em Buenos Aires são suas cores, uma não combinando com a outra, mas todas juntas e misturadas. Viva isso tudo!!!!