DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (124)

O AJUNTAMENTO DE TRÊS ABARULHAMENTOS OCORRIDOS PELA AÍ

1.) UM DOMINGO AO LADO DO QUE DE MELHOR EXISTE NO SAMBA BAURUENSE
Capitaneado pelo Silvio Bevista, ontem lá Estação da NOB, praça Machado de Mello a comemoração do Dia Nacional do Samba. O evento aconteceu das 14 até mais de 22h e foi um arraso. A estação está se confirmando como um dos locais de eventos mil, muitos alternativos e com uma grande possibilidade do congraçamento humano ser ali possibilitado e com baixos custos. No acontecimento de ontem, algo mais do que boníssimo, a doação dos sambistas dbauruenses com algo em prol da coletividade de sua cidade, ou seja, todos cantaram e encantaram sem cobrar nada, tudo gratuito, possibilitando o maravilhamento presenciado por todos que por lá estiveram. A nata do nosso samba por lá circulou e isso graças aos esforços não só do pessoal da Secretaria Municipal de Cultura, mas também do próprio Silvio, que não mediu esforços, para dia após dia ir construindo o evento. e tudo deu muito certo. Os shows iriam ocorrer na gare da estação, junto aos trilhos, mas devido à instabilidade do tempo pela manhã, com prenúncio de chuva, tudo foi transferido para a àrea do hall de entrada, um também amplo salão, porém com uma reverberação de som, tornando não totalmente audível. Algo a ser entendido e reparado, mas que em nada tirou o brilho do evento. O pessoal da Cultura acertou também na cessão dos espaços para que as escolas de samba de Bauru pudessem montar barracas e ali revender os produtos oferecidos ao público, desde a bebida aos comestíveis. Pelas fotos, um bocadinho do que consegui arrebanhar nas poucas horas em que ali permaneci junto de Ana Bia Andrade e de uma pá de amigos. Gostei muito e incentivo mais e mais a realização de eventos como esse. Sei já de antemão que a Mocidade Vila Falcão estará no final do m~es realizando ali naquele mesmo espaço a escolha de sua rainha, em outro evento para lotar a estação. Que outras escolas também se organizem e façam o mesmo, se utilizem de tão amplo e versátil espaço. E viva o samba!!!

2.) O SINCRETISMO RELIGIOSO É UMA DÁDIVA – EU NA FESTA DO EXU CAVEIRA...

Gosto de colocar em prática isso de experimentações além do que acredito. Nunca as faço para com as bestialidades provocativas, as que promovem a ira, doença de admoestações desnecessárias e atritivas. Gosto mesmo é de um sincretismo religioso beirando os mais simples, cheio de belos símbolos, mensagens subliminares e crenças mais do que populares e sempre passando ao largo desse confronto dos tempos atuais. Gosto mesmo da permissividade e daí minha aproximação com a Umbanda. Um amigo de longa data, Agnaldo Silva, Lulinha me introduziu a participar de alguns cultos da sua crença e não me nego a ir, primeiro para entender, depois para observar, construir algo, buscar o entendimento e o diálogo com os demais e ir juntando tudo, relevando algo, montando uma possibilidade de junção de pessoas, um maravilhamento aceitável, ponderável e porque não dizer, salutar. Por lá também Evandro de Ogum, profundo conhecedor da àrea, daqui e de alhures.

Juntando isso tudo voltei na sexta passada, 27/11/2015 no Terreiro de Umbanda Cacique Rompe Mato, na FESTA DO EXU CAVEIRA, comemorada dia 02/11, Dia de Finados (pelo motivo dele ser Exu de cemitério). Algo em homenagem a todos os Caveiras, desde Exu, Tatá, Sete e outros. Aqui em Bauru só foi possível a realização agora no final de novembro, quando juntaram gente oriunda daqui, de Pirajuí, Ibitinga, Barra Bonita. Macatuba, Dois Córregos e outras cidades. Fui conferir as fotos autorizadas pelo pessoal da Umbanda e as exponho aqui, numa tentativa de ir diminuindo as diferenças e aumentando a aproximação entre os que creem aem algo dessa e de outras naturezas. Lá, dentre tantos conhecidos, algo mais quando me deparei com dois estudantes da Unesp Bauru, concluindo um trabalho de TCC sobre o instigante tema da Umbanda. São eles, Agnes Sofia Guimarães, de Praia Grande e Thales Valeriani, de Caçapava. Me juntei a eles e além do visualizado, apreciamos muito a festa e a comilança, regada a uma boa cerveja e um carneiro no ponto, degustado por todos os presentes. Sai de lá com minhas proteções renovadas e ampliadas.

Informo também que, dia 11/12 o pessoal lá da Umbanda estrão indo para Praia Grande, num grande festa de Iemanjá. Um ônibus já está lotado e outros tantos sendo igualmente preenchidos em diversos pontos de Bauru. Dizem existirem poucas vagas. Fica a dica de ir conhecer o ritual de Iemanjá no mar. Bela experiência.

3.) QUERO COMENTAR ALGO SOBRE A MALDADE CAPITALISTA - EXPERIÊNCIA NA RODOVIÁRIA DE BAURU

O capitalista encontra a cada dia novas formas de usurpar o quanto já ganha e conseguir mais e mais. Isso é inerente ao capitalista. Burlar e encher as burras de mais e mais grana. Só pensam nisso. Conto o motivo de minha incontida ira. Acabo de voltar do guichê do Expresso de Prata no terminal reodoviário de Bauru. Vou ter que viajar com o filho amanhã e optei por não fazê-lo de carro. Compramos as duas passagens de ida e na hora da opção de pagamento informamos ao atendente querer fazer pelo cartão de crédito e em duas vezes. Ele nos disse ter ocorrido uma pequena alteração. Antes faziam sem juros pelo cartão, mas agora só o fazem não mais pelo sistema Loja, onde quem arcava com as despesas era a empresa. Agora, só pelo sistema Banco, ou seja, quem paga é o cliente e com juros bancários. Aceitamos para ver como seria a coisa e lá saiu o montante de 3,9% de juros. A sacanagem está aí. O capitalista não se contenta com o percentual que já ganha e vai criando meios de aumentar o seu e funbicar o consumidor. Aquilo que, até então quem pagava eram eles através do contrato que fizeram com a operadora de cartão, hoje não mais, colocando um banco na parada. Não sei se isso é legal, mas possível é, pois tudo foi fechado e pedi um demonstrativo de tudo e trouxe para casa. Esse querer ganhar cada vez mais, nunca se mostrar satisfeito e invencionar novas fórmulas de espoliação é o grande mal desse sistema, cada vez mais insensível. Credito a isso também uma falta de legislação específica. A quem devo reclamar? Ao PROCON ou a própria sensibilidade da empresa. Se o Prata está a fazer isso, todos os demais já devem ter descoberto a pólvora e daqui por diante que vantagem teremos em optar por pagar algo, por exemplo, em dez parcelas. Levamos na taraqueta, como sempre. Isso me faz lembrar do velho e bom comunista, líder ferroviário Raphael Martinello, que numa de suas passagens por Bauru disse de sua experiência na Europa: "O capitalista brasileiro é insano, ele não se contenta com o seu lucro, quer sempre mais. Estive na Europa e vi que por lá, Bélgica, Holanda, o capitalista tem uma margem de 7% a 10% de lucro e está satisfeito. Aqui não, ele já ganha muito mais de 100%, alguns até 200% em cima do valor e não estão contentes". A cada nova incursão pelos meandros do capital me certifico disso. Esse exemplo de hoje é só mais um. Agora, peçam para esses repassarem isso para o salário dos seus trabalhadores e vejam a resposta. Esse é o Brasil, falido sim, mas de valores humanitários.