quarta-feira, 23 de agosto de 2017

COMENTÁRIO QUALQUER (166)


A LEITURA QUE ROLA NAS CLÍNICAS MÉDICAS DE BAURU
Não sei se isso é também predominante nas demais cidades. Creio que, no dito estado mais rico da federação isso role como praga, uma que desvirtua o pensamento humano. Conto o que vejo. Semana passada e nesta, tanto eu, como Ana estamos peregrinando por clínicas médicas e em todos tenho observado algo em comum. Algo entristecedor. Nas salas de espera, um amontoado de revistas e a a imensa maioria delas, a revista VEJA. Ela bate recordes em todas as clínicas bauruenses. Tirei algumas fotos para exemplificar o que escrevo.

Sei que o governador paulista, o SANTO, também chamado de vez em quando de Geraldo Alckmin, para dar aquela ajuda de amigo pra editora Abril e a Veja, fez assinaturas e distribui graciosamente para todas as escolas da rede pública. E assim, a gurizada se vê obrigada a encontrar pelas escolas o que de pior temos em matéria de informação jornalística. E tudo se repete nas clínicas médicas da cidade. Dificilmente se encontra na cidade uma clínica onde não tenha a tal Veja ali aguardando os que esperam pacientemente serem chamados para consultas e exames variados.

Me recuso a tocar em qualquer uma. Mas por que esse predomínio? Das duas uma. Ou a classe médica toda é influenciável e assinante dessa porcaria jornalística e acredita em tudo o que ali está publicado ou se repete o mesmo que nas escolas públicas. Já ouvi de variadas bocas que, dentro da tiragem da revista uma boa parcela é distribuída exatamente para finalidades como essa, deixar ela em lugares estratégicos, propiciando a leitura de incautos leitores. Pode ser e isso não me assustaria. Como recebe verba publicitária de muitos governantes interessados na produção do sai publicado naquelas páginas, uma parte pode muito bem ser direcionada para distribuição gratuita.

Levo muito em consideração que, a classe médica paulista é conservadora, apoia não só o Alckmin, como apoiou o golpe em vigência e permanece ao lado de Temer e suas estripulias mirabolantes, as que estão afundando o país de vez e de irremediável forma. Daí, deixar uma Veja ali é mais uma tentativa de cooptar incautos e continuar enganando um público leitor que não lê mais quase nada e quando o faz, encontrando pela frente a revista, passa a crer naquilo como verdade absoluta dos fatos. Chamo isso de jogo sujo. Sujíssimo. Colocar a revista ali sem nenhum inetresse, esse a alternativa menos viável.

Ver a revista espalhada pelos consultórios é de uma tristeza incomensurável. Quando me deparo com tudo o que está em curso, com tudo o que está sendo feito para destruir o país, enxergo nitidamente nesta revista um dos pilares do baú de maldades despejado sob nossas cabeças. Daí, quando me deparo nos consultórios com alguém ávido por algo para ler enquanto aguarda ser chamado e o vendo de mão estendida em sua direção, me dá uma vontade imensa de ir em sua direção e lhe alertar dos perigos: “Não faça isso. Além de esmerdear as mãos, fará o mesmo com sua mente. Essa publicação não vale nada, mente e engana quem dela se serve. Aliás, não serve nem para embrulhar peixe ou limpar a bunda”. Tenho feito algumas maldades (ou seria ajuda substancial para engrandecer aqueles ambientes?) em alguns desses lugares e jogo as mesmas na lata do lixo, o único lugar onde merecem estar.

Um comentário:

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK:

Roberto Saab Saab A mim ela não pega

Isa Rinaldi Revista Veja: não compre! Se comprar não Leia! Se ler, não acredite! Se acreditar, desculpe, mas relinche! Isto ocorre direto em todos os consultórios médicos e odontológicos também além Bauru. Nas bibliotecas de universidades públicas também. Afinal todo poder do Estado de SP está há mais de duas décadas nas mãos dos mesmos.

Aparecido Ribeiro Ela está em todas as repartições públicas de SP. A intenção é fazer lavagem cerebral mesmo.
Fatima Brasilia Faria Todos os consultórios tem, é uma praga....

Daniel Dalla Valle Na minha cidade natal, Barra Bonita, é o mesmo cenário. Por ser cidade pequena, muitas vezes fui pra Jaú me consultar: mesmo cenário.

Carlos Norberto Osilieri Não é só em Bauru, em todos os lugares.

Bruno Emmanuel Sanches A veja tem algum tipo de convênio com os médicos.

Camila Govedice Por isso sempre levo a minha própria leitura para todo canto.

Vilma Padilha E a tv ligada na globo.

Antonio Morales A Veja manda a revista de graça por semanas ou meses. Vivem oferecendo para mim, mas como não serve nem como papel higiênico, declino sempre. De graça é cara!

Antonio Morales E é VERDADE. Também observo isso nas salas de espera dos consultórios. Quando não é a Veja são aquelas revistas que os laboratórios usam para divulgar remédios.

Antonio Morales Sem contar que alguns não tem o cuidado nem de trocar as revistas velhas já sem capa e partes. Algumas estraçalhadas.

Geraldo Bergamo Nos consultórios, via de regra, as pessoas encontram-se em situação de fragilidade. Tendem a ver no médico uma solução para suas dores e acreditar em seu saber. Daí a aceitar como "boa" a leitura oferecida pelo seu médico é um passo.

Heloísa Alves Ferreira Leal
Heloísa Alves Ferreira Leal infelizmente, é predominante em outras cidades. Onde se vá, lá estão essas revistas em salas de espera de qualquer tipo. Assim como, onde se vai há uma televisão ligada na Rede Bôbo, em consultórios, lanchonetes, bares, etc. Melhor quando não tem nada.

Hamilton Suaiden Me lembro de vc quando trabalhamos no Bradesco, e arrancava dessa mesma , nos revista criticas de cinema para sua coleção particular, nos consultórios que visitavamos.Realmente a classe medica não tem condição nenhuma de discernir o que é certo ou errado, porque são desinformados ,incultos , massa de manobra;deixando se iludir por uma premissa verdadeiramente falsa .Abcs meu amigo.

Henrique Perazzi de Aquino Simples, meu caro Hamilton Suaiden. Trinta anos se foram. Há 30 anos atrás, a revista Veja, sob direçã ode Mino Carta era digna, honrava o jornalismo, hoje não mais. Virou lixo puro, descartável, desprezível e toda mudança bancada pelos Civita's, seus capos. Escolheram o pior caminho dentro do jornalismo e hoje, credibilidade zero.

Marcelo Cavinato Isso acontece , pelo menos no estado de SP , em todas as cidades que visito , não é só consultório médico, mas tgbém odontológico, advocatício e hotéis. Todas as vezes que tenho oportunidade pego todas e jogo no lixo , que é o lugar onde deveria estar !!!!