MOMENTO IGUAL A ESTE NUNCA VI - PUDERA, ESTAMOS DESEDUCADOS E EMBURRECIDOS - 04/08/2017
A batalha a ser travada é a da educação, mas essa a perdemos e para recuperar, somente com a reconstrução de muitas décadas, onde pouco a pouco, degrau pro degrau, poderíamos ir subindo e reconquistando algo de há muito perdido, que é o conhecimento desse Brasil e do que realmente vale a pena ser levado em consideração para reverter esse quadro atual. Nossa única de reverter o quadro atual é através de uma revolução, onde se sacaria de forma imediata os algozes da nação. Como isso, com, a mentalidade atual é praticamente impossível, resta preparar as gerações futuras e jogar-lhes o peso de devolver esse país à normalidade a esses.
E quando o tema é a Educação, estamos anos luz atrasados de outras nações. Aqui ainda existe vergonha, medo, receio de ensinar para os alunos das escolas públicas quem venha a ser Che Guevara, Lamarca, Prestes,. Antonio Conselheiro, Lima Barreto, Machado de Assis, João Cândido, Zumbi, Marighella, Paulo Freire, Vladimir Herzog, Manoel Fiel Filho, Geraldo Vandré, Jorge Amado, Hugo Chávez, Simon Bolivar, Peron, João Goulart, Glauber Rocha, Lott, Henfil, Gregório de Mattos, João Antonio, Chico Buarque de Hollanda, Jacob Gorender, etc e etc. Existe um incontido medo de educar as massas para quem foram seus verdadeiros heróis. Nunca iremos ganhar essa batalha com os que jogam contra os interesses do povo enquanto algo não for feito para esclarecer, principalmente para a camada dos mais simples, os com menos estudos, quem são seus verdadeiros heróis. Só quando esses deixarem de entender que Caxias não foi tudo aquilo que dizem, que a TV Globo mente mais do que diz a verdade, que 90% dos presidentes que tivemos apunhalaram os interesses populares, nada disso poderá ser revertido.
Volto da Argentina neste exato momento e na algibeira trago comigo algo que muito me sensibilizou. Nas bancas de revistas de toda Buenos Aires exemplares de uma publicação da Editora Sudamérica, com os anti-ídolos nacionais, suas antí-princesas, ou seja, aqueles que de fato deveriam ser endeusados e ter suas histórias contadas e recontadas geração após geração, para que os dessa atual não se deixem levar e não sejam enganados, como sempre o foram durante todo o tempo. Quando me doiu conta, bato os olhos nas publicações feitas para os "niñios", como são denominadas as crianças lá deles, eis que todos esses personagens com suas histórias revisitadas e disponibilizadas para a educação infantil. Babei na fronha e trouxe três títulos, o feito com Paulo Freire, Clarice Lispector e Ediuardo Galeano.
Imaginem a grandiosidade de um obra feita par as crianças, lá na Argentina e valorizando dois grandes aqui do Brasil, Paulo Freire e Clarice Lispector, algo destacado lá fora e aqui no Brasil, desconheço jovens que conheçam algo desses dois. Trouxe os livros e os devorei na viagem de volta. Lie reli. Chorei sózinho pela nossa ineficiência e na constatação de como nossa educação, como é hoje ensinada, nunca irá reverter o estado de golpe hoje institucionalizado. Basta hoje a citação de Paulo FReire aqui pelas redes sociais e o mundo cai, pois uma turba insensata, despreparada, ignóbel e insana os atacará dizendo ser esse comunista e coisa e tal. Na verdade nem sabendo que falam, mas falam e na bestialidade, produzem seguidores também néscios e com quase nenhum conhecimento palatável de nossa História.
Os livrinhos para "niños" argentinos me encantaram e com os que trouxe quero fazer uma revolução e propor a criação de algo assim na aldeia onde moro. Parar de endeusar todos os coronéis que levantaram essa cidade e desgraçaram com a vida da maioria da população, ou seja, como seria de bom alvitre recolocar a história desta Bauru no que de fato ocorreu ao longo de sua história; Eu quero andar com esses livrinhos de baixo do braço e propor fazer alguns recontando a história de Bauru, quiçá brasileira. Essa uma possibilidade de, através da educação tentar reverter e desemburrecer a população, fazendo com que entenda quem seja de fato seus algozes e quem a defenda de fato e de direito. Inadmissível uma escola se ocultando de ensinar quem de fato foi um Che Guevara e, por outro lado, continuando endeusando Caxias, os feitos da Guerra do Paraguai, desconhecendo que tenha sito João Cândido e no caso de Bauru colocando num pedestal um Machado de Mello, por exemplo, dizimador de índios.
A coleção é um tapa de luva de pelica na cara de todos nós e mostra que hoje, estamos na lona, no fundo do poço, sendo governado pelos mais insanos quadros deste país, exatamente pro desconhecermos as noções mínimas de civilizada, de história e de história. Acreditamos na quew nos foi contada e nem contestamos se estava correta ou não. A coleção da Sudamérica é um primor e um bom começo para ensinarmos para as gerações futuras quem de fato fez algo de construtivo para essa nação e quem a apunhalou. Só assim, a população brasileira vai deixar de sair fantasiada de verde-amarelo nas ruas e se dizendo contra a corrupção e toda afoita e contentinha atrás de um pato amarelo. Eu retorno com a carga toda, mais inquieto, intranquilo ecioente de que, fudidos já estamos, daí no que me resta de vida, tudo farei para expor esses ridículos seres que nos goverenam, do quanto são os predadores merecedores de baionetas nos costados. Um povo mais esclarecido não cai tão facilmente e permanece tão quieto diante de tanta atrocidade. Se educados fossemos não estaríamos nessa lastimável situação. Educação de fato começa por ver nossos filhos e a geração surgindo, conhecendo e valorizando quem de fato luta por eles.
Só existe um jeito de não levarmos um golpe nos costados como o ocorrido no país e seré educando os que voirão e reeducando os bestilizados de hoje, os que acreditam que os seus algozes são os seus salvadores. Enquanto bestificados deste nosso mundo endeusarem João Dória como salvador da pátria e continuarem achando que Che Guevara é um cruel criminoso estamos no mato e sem cachorro. Nunca acreditei pudéssemos chegar ao estado de letargia e burrice como o atual, mas chegamos e agora nem sei se conseguiremos mais sair...
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