KEVIN, O ESTUDANTE DE MUITO LONGE E SE INTERESSANDO PELAS COISAS DA ALDEIA BAURUENSE
Passo ontem pela banca da Ilda, aquela lá ao lado do autêntico, original e não falsificado aeroporto bauruense, o na avenida Octávio Pinheiro Brisola e ela me apresenta um rapaz nipônico. Foi muito rápido, apertamos as mãos e ele bate asas. Fico conversando e ela me diz o que venha a ser. Fala de uma matéria feita por ele envolvendo o que descobriu frequentando sua banca, tudo para aproveitamento no curso de Comunicação na FAAC Unesp onde estuda. Ilda me passou os dados e fui conferir. Gosto disso, de estudantes que não divagam e mesmo vindo de longe, como é o caso do KEVIN ACCIOLY KAMADA, Campinas, se debruçou sobre um tema local, da aldeia onde estuda e o destrinchou. Ficou ótimo.
Antes de reproduzir o texto, escrevo algo mais sobre isso, o fato dos estudantes viajarem na maionese em suas dissertações, TCCs, mestrados e mesmo teses de doutorado. Quem me abriu os olhos para algo sobre isso da pessoa estar desplugada do lugar onde vive foi, quando do meu mestrado, minha orientadora e alguns outros mestres. “Surgem os temas para trabalhos os mais tresloucados possíveis e poucos, raros sobre algo do local, pesquisa envolvendo coisas da aldeia onde estamos situados. Preferem falar de coisas pequenas, distantes, vagas, sem repercussão e raramente fazem citações de mestres daqui, preferindo fazê-lo com os de longe, gente conhecida mundialmente. O que quer dizer isso? Primeiro que poucos leem de fato o que se escreve e se publica aqui na cidade, depois ainda vale muito o dito de que ao fazer citação de gente graúda, o trabalho cresce em consistência. Ledo engano, mas...”, foi o comentário feito a mim várias vezes e por vários doutores da universidade.
Kevin chegou aqui faz pouco tempo, ano passado e em tão pouco tempo descobriu algo grandioso, o brilho proveniente de uma banca mais que iluminada, a da Ilda. Escreveu dela e aqui reproduzo o link para quem estiver interessado num texto pra lá de saboroso, o “Entre os jornais e as nuvens – Jornaleira do aeroclube resiste com uma das últimas bancas de Bauru”: http://www.kevinkamada.com.br/…/entre-os-jornais-e-as-nuven…
Ele não é único e o que faz serve como alento para um desabrochar de escritos variados e múltiplos explorando essa terra varonil, também dita como “terra branca”, lugar de instigantes personagens, assim como Ilda, com um algo mais por detrás do que fazem. O exemplo dele é gratificante. Leio e faço questão de divulgar.
UM ARGENTINO TOCANDO PARA BRASILEIROS EM BUENOS AIRES MUITOS ANOS ANTES DOS NEOLIBERAIS QUEBRAREM AQUELE PAÍS E OUTROS DA MESMA LAIA DAREM UM GOLPE NOS NOSSOS COSTADOS
A Argentina em sua versão neoliberal quebrou e feio, com o retorno ao FMI, depois de Nestor Kirchner ter conseguido dez anos atrás, a duras penas pagar tudo e deixar o país de fora desse insano clube, o dos que ficam de quatro pros endinheirados do mundo. Aqui neste vídeo, ano de 2014, quando Cristina Kirchner reinava naquele país e ele era bem diferente do que é hoje, uma turma de brasileiros num bar em Palermo, o La Peña del Colorado, muito bem integrados com os argentinos e esses tocam duas músicas brasileiras para integrar os dois países, com dignos representantes dos dois lados, cantando e dançando em tempos mais alegres, arejados e com alguma dignidade no modo de viver e de deixar viver. Hoje, eles quebrados, nós com um golpe de doer os ossos nos costados e caminhando a passos largos para a mesma situação do país hermano. Relembro com a devida emoção aquela passagem, neste vídeo gravado por mim e ao revê-lo quase choro. O bar de música rural argentina, onde por anos seguidos compareci na estada anual, o La Peña fechou suas portas e a melancolia hoje grassa como praga entre nós. Vale relembrar o quanto éramos felizes e não sabíamos. O neoliberalismo acaba com nossos sonhos, esperanças e alegria de viver. Como ir parea Buenos Aires e quere festar num momento como este? Impossível. Cabeça quente pela situação de ambos os países. Danaram com a vida da Argentina e do Brasil e a culpa é exclusiva da perversidade do neoliberalismo. Cliquem para assistir ao vídeo: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/2107807452582586/
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