sexta-feira, 30 de abril de 2021

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (156)

CONOSCO É ASSIM, QUANDO UM É ATACADO, A DEFESA SE FAZ EM GRUPO E COM RESPOSTA EM NOVE PÁGINAS DE CONSISTENTE ARGUMENTAÇÃO

O advogado e amigo Gilberto Truijo foi ultrajado e aqui postei dias atrás um texto em sua defesa. Muitos outros vieram e agora recebo um longo texto, nove páginas impressas com argumentação bem robusta e consistente, inclusive com citações generalizadas de casos idênticos ocorrendo país afora e também dessa aberração que é a disseminação do Kit Covid Preventivo e de, nessa altura do campeonato, estudos para sua viabilização, quando já foi comprovado sua inutilidade, que na verdade é mais uma peça desse jogo político bolsonarista de poder. Com o texto recebido por mim da advogada e amiga MARIA CRISTINA ZANIN, fico acalentado, contemplado e passo adiante com o intuito de seu aproveitamento para uma infinidade de outros embates nos quais nos enfrentamos dia após dia. Leiam com calma, sem pressa, item por item e sintam como a razão encontra-se do nosso lado, a do bom senso:

CONSIDERAÇÕES EM RESPOSTA AOS COMENTÁRIOS DO ASSESSOR E ADVOGADO BRUNO GONÇALVES PRIMO:

Caro assessor e advogado tenho aqui o seu comentário inicial na íntegra postado na plataforma digital facebook:

“Olha Gilberto Truijo, eu imaginei que seu posicionamento contrário a moção seria feito de uma maneira saudável e inteligente, ainda mais sabendo que o Sr é meu colega de profissão e possui um nome muito conhecido em nossa cidade. Mas pelo visto, o mesmo respeito que a sua colega Estela Almagro teve ao discordar da moção, não é seguido por você, infelizmente seu comentário demonstra o quão pequeno é o seu conhecimento político e cultural. Misturar a religião de determinada pessoa a seu posicionamento político ou cultural seria o mesmo que zombar de sua deficiência física e achar normal Dr. isso não se faz e tenho certeza que se fizessem isso, o Sr ficaria muito chateado com a situação. Coloque-se no lugar do outro, esqueça a religião, pare e pense bem, ser contra determinado posicionamento ou posição é normal e discordar tbm é normal. Zombar de sua religião ou crença é irracional e ridículo. Espero que o Sr repense o seu comentário e paute a sua contradição a moção apenas ao campo político da discussão e não ao campo pessoal. Vamos discutir política com conteúdo e inteligência, acredito que o Sr tenha isso de sobra. Abraços”.

Causou grande incômodo e controvérsia a comparação feita pelo assessor à pessoa do Dr. Truijo. Em síntese diz o seguinte (conforme está escrito acima), que: o Dr. Truijo faltou com o respeito, fazendo comentário na sua página do facebook, e que isso demonstra o quão pequeno é o conhecimento político e cultural do Truijo, bem como, disse que misturou a religião de determinada pessoa (no caso o pastor) a seu posicionamento político ou cultural e que isso seria o mesmo que zombar da sua deficiência física e achar isso normal. Disse mais, que o Dr. Truijo se colocasse no lugar do outro, que esqueça a religião, e que zombar da religião (no caso o pastor) ou crença é irracional e ridículo. Pede ainda ao Truijo que repense o seu comentário para pautar a sua contradição a moção de apelo ao uso de cloroquina, apenas para o campo político da discussão e não ao campo pessoal, e convida o Truijo a discutir política com conteúdo e inteligência.

Senão vejamos.

Caro Bruno G. Primo, ao contrário do que você colocou, tão pequeno foi sua comparação, associando a deficiência física do colega Dr. Truijo, numa clara tentativa, infeliz e desprezível de diminuir sua imagem. Confesso foi muito apelativa. A sua comparação, caro Bruno Primo, além de infeliz, também revela nítida tentativa de intimidação, bem como, passa a ideia de que Dr. Truijo estaria sendo “intolerante a religião” do pastor Ubiratan (essa ideia subjacente). Esse comentário infeliz, desconsidera, a constante luta em defesa e garantia dos direitos das pessoas acometidas por deficiência física. Pessoas que lutam com a vida, guerreiras, esbarram em muitos obstáculos, desde a falta de acessibilidade, mobilidade, discriminação e o preconceito e principalmente as barreiras que não são físicas, mas sociais, ou seja, a mudança de mentalidade de uma sociedade que se revela excludente, injusta, perversa, abusiva, violenta, onde pessoas sem o mínimo constrangimento associa e compara deficiência física com críticas a religião, a política, não só inverte os valores, como também é capaz, de enfraquece-los.

Os comentários são maldosos, e revelam contradição. Sua lógica serve para sustentar o discurso eleitoral, mas nesse momento de crise que estamos enfrentando devido a pandemia e falta de vacina, usar o argumento “ah!!! Falar contra minha religião por ser evangélico”, é nítida manipulação.

Ninguém vai atuar a partir do nada. Acho que a atitude incompatível do pastor vereador Bira, como a prefeita, e tantos outros políticos religiosos, se dá quando olham o Estado e começam a enxergar o projeto de extensão da religião, da sua igreja, a extensão da doutrina religiosa, aí não dá. Compreender a dinâmica da democracia, da República e dos direitos humanos, requer um debate com maior profundidade. Não há neutralidade dentro e fora da experiência religiosa. Todo mundo vai governar a partir de algum lugar.

Por isso sua colocação, caro assessor, quando fala que dr. Truijo misturou a religião com a política, é contraditória. Ora! o próprio vereador eleito que também é Pastor, fez e faz uso da política partidária, atividade política, abordagem política, uma ação política que pode ser a manifestação de opinião. A interpretação de uma norma jurídica, a redação de um artigo científico, a escritura de um texto para circulação, todas estas atividades podem se realizar solitariamente e, ao mesmo tempo, implicar forte sentido político.

A atividade religiosa e a política se misturam - O pastor utiliza sua influência religiosa através da evangelização em massa, nos cultos, para seus fiéis, com uso da pregação da palavra numa relação de troca. Isso é uma realidade, pública e notória. As doações em dinheiro ou bens são presentes colocados no altar de Deus, para conseguir uma bênção para os fiéis. Isso é uma realidade, pública e notória. A fé então é um instrumento de troca; uma mercadoria, e nesta relação, a imagem de Deus torna-se mais próxima e trivializada. Indaga-se: por que um Pastor, um religioso organizado por meio de sua igreja deseja ser vereador? Por que um Pastor deseja interferir no papel do Estado com sua atuação política no espaço público? Qual seu interesse? Por exemplo, o interesse de um vereador que também é pastor deseja estabelecer normas, criar leis ou quando se une a outros vereadores, e fazem uma moção de apelo, cunho eminentemente político, coeso a proposta do governo federal para estimular a utilização da cloroquina, como tratamento precoce junto ao SUS, mas, no entanto, sem amparo científico. Soa estranho? Valer dizer que não há evidência científica disponível indicando que tratamentos precoces baseados em cloroquina, ivermectina ou nitazoxanida sejam eficazes para o tratamento da Covid-19. Por isso eles NÃO estão aprovados ou indicados por agências reguladoras e sociedades médicas de vários países, inclusive o Brasil. Ora! Vale lembrar também sobre a falha do CFM, conselho federal de medicina, que estivesse realmente interessado em proteger a população já teria se manifestado em relação ao presidente Bolsonaro, ao ministro da saúde, aos prefeitos, vereadores (que não são médicos) por recomendarem tratamento precoce e gastar recursos públicos para promovê-lo.

Retornando a questão da atuação política, pastores evangélicos que se tornam vereadores, também querem mudar como já mencionado acima normas do ponto de vista geral, ou específicas, como na educação, na cultura, na saúde, etc. portanto, usam e utilizam a política para almejarem seu projeto de poder. Qualquer Igreja, como entidade, tem até o direito de criticar, mas essa não pode se tornar uma ação do Estado, que tem que garantir a pluralidade, inclusive das manifestações contrárias às religiões, o Estado é laico. E a existência de um Estado Laico protege aqueles que não são da religião predominante ou não predominante. E a quem interessa destruí-lo (o Estado laico)? A quem quer impor sua crença de qualquer maneira. As últimas eleições, demonstram um avanço significativo de pastores das igrejas pentecostais na política, elegendo pastores a cargos políticos. E nessa questão, me permite a seguinte colocação: é que tanto religião quanto política têm em seu núcleo o mesmo composto: o poder. É o poder o princípio de ambas. As Igrejas podem existir, seus líderes podem ter sua liberdade de expressão, mas não podem e não devem se tornar algo que seja específico da esfera do Estado, como vem acontecendo com as chamadas bancadas, bancada evangélica, bancada da bala, bancada do bandido bom é bandido morto, bancada do boi, bancada das armas, do agronegócio etc. As chamadas bancadas, acabam tratando de interesses corporativos, específicos e, muitas vezes, não republicanos.

Caro assessor Bruno Gonçalves Primo, no caso das Igrejas, os interesses são o de aumentar seu poder de influência, seu poder econômico, e seu poder de condução da sociedade. Então, vale dizer que são as Igrejas representadas pelos pastores, e seus conselhos, que demonstram a sua política de como usam a religião para atingir seus próprios interesses, muitas vezes, o de usar a política partidária como um trampolim econômico, financeiro, ocupar cargos no Estado etc. Aqui faço a colocação que a religião deve sim ser respeitada, e ninguém pode querer desmerecer qualquer tipo de religião, desde o candomblé, umbanda, católica, evangélica, espírita, enfim ... Já as igrejas caro assessor e advogado, são instituições e, como tal, elas se organizam com base em estruturas de poder, utilizando a política partidária com objetivo de agir para normatizar seus interesses “religiosos” para mudar a cultura de uma sociedade. Só lembrando que um pastor, uma liderança religiosa, pode fazer política diariamente em suas pregações sem no entanto, estar investido em mandatos. Aliás, a simples decisão de querer ou não se envolver com política por si só já é um ato político.

Por fim, o comentário do dr.Truijo: “AMANHÃ TEM DISTRIBUIÇÃO DE CLOROQUINA NA CÂMARA MUNICIPAL E BENZIDA PELO VEREADOR BIRA”.

Foi uma crítica voltada a atuação dos vereadores de Bauru que assinam moção de apelo para que a prefeita considere o uso de cloroquina e ivermectina para o “tratamento precoce”, o uso Kit-Covid. Dr. Truijo utilizou o que chamamos de humor negro, podendo ser empregado para provocar reflexões sérias sobre questões que normalmente são difíceis de abordar, geralmente utilizado por cartunistas em suas charges, ou jornalistas. Na literatura, o uso de humor negro também pode ser notado, nos romances e contos, na filosofia etc. Ora, convenhamos, a cidade de Bauru apresenta muitos problemas demasiadamente importantes, graves e urgentes, em várias áreas. Como o número de mortes causado pelo COVID-19 aumentando, casos de dengue, falta de água, lixo, falta de limpeza pública, falta de tratamento de esgoto, o colapso na saúde, falta de testes, falta de leitos, equipamentos, falta vacina em massa, enquanto isso os vereadores eleitos e que pertencem a partidos políticos da rede de apoio ao governo federal, e também municipal fazem moção de apelo a prefeita municipal para que a rede pública use medicamentos sem eficácia comprovada para a doença, covid-19, como tratamento precoce, é no mínimo uma atitude incoerente e irresponsável por parte dos vereadores.  

Lembrando que, o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal de ações diretas de inconstitucionalidade —sedimentou o entendimento de que ignorar diretrizes científicas constitui erro grosseiro, o que abre a possibilidade para questionamento judicial e posterior condenação. O periódico científico The Lancet publicou estudo que acompanhou 100 mil pacientes em todo o mundo e que apontou não apenas a ineficácia da cloroquina para combater a Covid-19, mas também o risco de ataque cardíaco nos pacientes, com aumento da mortalidade.  Organização Mundial de Saúde decidiu suspender os testes com o remédio até que sua segurança seja verificada em detalhes. Utilizar ao tratamento da Covid-19, a cloroquina como tratamento precoce, esse debate, nobre assessor, não pode ser contaminado pela discussão política, e sim pela comunidade científica, por médicos infectologistas, pesquisadores.

Segundo o jurista e mestre Lenio Streck,: “Erro grosseiro na medicina ocorre de dois modos: por erro na condução do procedimento ou por ministrar tratamento (medicação) sobre a qual não há comprovação científica. Assim, quem ministrar cloroquina poderá cometer erro grosseiro, sim. Veja: não é que não haja consenso sobre a eficácia. É que as pesquisas mostram que é mais perigoso usar do que não usar. Logo, o médico assume o risco de ser processado se o paciente morrer e ficar comprovado que o foi por causa da cloroquina”. Esse é meu entendimento enquanto advogada e jurista. Também o nobre colega, advogado constitucionalista Paulo Peixoto, tem entendimento semelhante: “Como não há consenso entre os cientistas, tampouco há estudos que atestem uma alta probabilidade de cura ou atenuação dos efeitos do vírus, possível dizer que não há critérios técnicos e científicos que deem respaldo à aplicação do medicamento no combate à Covid-19. Assim, o Estado pode ser responsabilizado objetivamente pela morte ou pelas sequelas dos pacientes, cabendo contra o médico eventual ação regressiva”.

A visão é endossada, ainda, por Luís Inácio Adams, ex-AGU, em artigo publicado. Aparentemente, o elemento catalisador da decisão foi o político e não o técnico. Tudo considerado, o caso do protocolo da cloroquina adotado pelo Ministério da Saúde pode ser o primeiro caso em que venha a ser aplicado o entendimento do Supremo Tribunal Federal do que seja erro grosseiro", afirma. Conforme o colega e nobre advogado Cirval Correia de Almeida em suas considerações: “O uso de medicamentos experimentais que tenham relativa eficácia no seu uso, demonstrada mesmo em casos pontuais já praticado quando receitado pelo médico em casos graves. É o chamado off label. Quanto ao uso de tais medicamentos em casos iniciais, não há definição em lugar algum, porque arriscado o seu uso em função dos efeitos colaterais já conhecidos. Qualquer utilização desses medicamentos em fases iniciais contraria os protocolos médicos em nível mundial e não deveriam ser usados em lugar algum. O que ocorre no Brasil e nos EUA é que os governantes, que não têm nenhum conhecimento técnico ou científico, querem ganhar pontos políticos na eventual eficácia deles, ainda que não comprovada e forçam a classe científica a aceitar o uso deles. Observe-se que, mesmo nos EUA, os auxiliares científicos do governo não indicam nem obrigam o seu uso como ocorre no Brasil. Aqui no Brasil, para não serem perseguidos pela ira do presidente, que não é o melhor indicado para expedir receita médica, acabam sendo pressionados para utilizar o medicamento, mesmo na incerteza da sua eficácia. Na dúvida, mundial, por sinal, a cloroquina não deveria ser utilizada em casos iniciais ou leves. O caso da Lancet já foi descartado, mas existe o da JAMA que continua com seus efeitos. E não adiante pedir o consentimento do paciente, porque em situação como a Covid- ele arrisca até a vida para tentar salvá-la. Enfim, medicamento sem eficácia cientificamente comprovada só pode ser usado em casos graves e, mesmo assim, se houver estudos pontuais da sua eficácia. E, aparentemente, não há. Suposições não tem efeito na medicina, já que oferece risco aparente ao paciente. O estudo clássico de um medicamento é o mesmo usado na obtenção de uma vacina e leva tempo. Até lá, não se usa.”


A França proibiu o uso de hidroxicloroquina para tratar covid-19 após parecer desfavorável do Conselho Superior de Saúde Pública do país sobre o uso da medicação. E a Agência de Remédios da Itália também suspendeu o uso desse medicamento nesta mesma data. Até a Organização Mundial de Saúde – OMS suspendeu em 25 de maio de 2020 seu estudo sobre hidroxicloroquina, por conta dos efeitos adversos demonstrados no último estudo publicado. Assim, caro assessor e advogado, Bruno G. Primo, usar de recursos públicos para a compra de medicamentos sem eficácia no tratamento de pacientes com covid-19, é uma ilegalidade. Ora! Usar recursos do SUS para indicar um medicamento sem eficácia para a Covid-19, chega a ser uma atitude irresponsável, quiçá crime de responsabilidade. Pois é de conhecimento geral os estudos realizados com esses medicamentos têm sido polêmicos em razão dos resultados pouco animadores em relação à eficácia e por causa de outras questões de fragilidade metodológica de algumas investigações, o que compromete as evidências científicas que delas decorrem.

Se uma pessoa comum, desprovida de qualquer proteção como figura pública, fizesse abertamente a mesma pregação, com um tom deliberado de charlatanismo, a polícia, o Ministério Público e o Judiciário seriam acionados. Mas Será que podem prefeitos, vereadores, médicos levar adiante a ideia do governo federal, de Bolsonaro? Faltam remédios básicos nas UTIs dos hospitais da rede pública. E sobram mais de 5 milhões de comprimidos de cloroquina nos estoques do Exército. Distribuem cloroquina para índios, para os fiéis que comparecem a igreja, como se distribuíssem cibalena. Amplia-se o lobby político para que médicos receitem o remédio. Bolsonaro pressiona os deputados, que pressionam os prefeitos, que pressionam os vereadores. E o médico é convidado a participar da rede de distribuição, em nome de uma estranha autonomia. As famílias são convencidas de que não há salvação sem a cloroquina e se configura o que o Jornal Estadão, abordou em editorial como a rede do charlatanismo. A estratégia é enfiar goela abaixo os estoques encalhados de cloroquina. Caro assessor e advogado: aqui a desinformação, ou seja, a falta de conhecimento científico, (que não tem nada com o saber político) abriu as portas para que alguns vereadores de Bauru fizessem essa pregação a favor da cloroquina. A cloroquina, repete a ciência, não vai nos salvar da pandemia, nem amenizar as sequelas da doença. É o que está nos experimentos, e não em casos avulsos. Exemplos soltos são exemplos soltos, não comprovam nada. Esse é um debate vencido. Tanto que a Sociedade Brasileira de Infectologia deu parecer para não recomendar o uso da cloroquina contra Covid-19, e também a OMS. No Brasil manifesta-se o lobby poderoso de alguns médicos que usam a AMB como trincheira, com o discurso de que os profissionais têm autonomia para receitar o que bem entendem. Os médicos querem ter essa autoridade a qualquer custo. A cloroquina é quase imposta como salvação aos médicos e pacientes da rede pública? Ora! Isso configura ilícito. Segundo o Tribunal de Contas da União, o governo aplicou até agora somente 29% dos R$ 38,9 bilhões destinados, lá em março, em orçamento específico, para o combate ao coronavírus. A imposição da cloroquina é o truque para que sejam camufladas as deficiências e a gestão errática da saúde pública.

Mesmo sem comprovação científica, os senhores vereadores, prefeita municipal e sua basealiada querem a todo custo fazer propaganda de cloroquina como prevenção a covid-19? Essa sim é uma atuação eminentemente uma péssima política. Essa investida segue a estratégia e narrativa política do presidente, que está em guerra contra governadores, prefeitos enquanto o País vive o pior momento da pandemia e clama pela agilidade na vacinação em massa. Então retorno ao nobre assessor, quão pequeno é o conhecimento científico, político, cultural, dos vereadores? O grande problema de adquirir e disponibilizar medicações sem eficácia comprovada na rede pública (a par de violar os princípios da eficiência, da legalidade e probidade administrativa) é o prejuízo real que suas consequências trarão para boa parte da população e da classe médica (exigida pelos pacientes a realizar tratamento ineficaz e prejudicial em razão da comoção social causada pelo Governo Municipal a sua propaganda da droga). Assim, a aquisição e distribuição nas Unidades de Saúde do Município de hidroxicloroquina e ivermectina para tratamento dos pacientes acometidos pela corona vírus e as propagandas do Governo Municipal, no âmbito legislativo e executivo, sobre o tema NÃO podem ser mantidas, sob pena de incomensurável prejuízo aos direitos fundamentais.

No âmbito Federal, a partir da mesma orientação pelo Presidente Bolsonaro de uso dos referidos medicamentos foram ajuizadas diversas demandas judiciais visando proibir a divulgação e fornecimento de tais medicamentos pelo Governo Federal, dentre elas as ADINs nº 6422, 6424, 6421, 6425, 6427, 6428 e 6431, que discutiam a constitucionalidade da MP nº 966/2020, cuja decisão liminar já foi proferida e será tratada a seguir. Em uma das ações interpostas pelo Conselho Federal da OAB junto ao Supremo Tribunal Federal (ADPF 672) foi pleiteada exatamente a procedência do pedido, para determinar ao Governo Federal que se abstenha de adotar medidas de enfrentamento à pandemia do novo corona vírus (COVID19) que contrariem as orientações técnicas e sanitárias. Também foi interposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (CNTS) em 26/06/2020, no Supremo Tribunal Federal (STF) registrada como Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 707, em que pede que o governo federal se abstenha de recomendar o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina para pacientes da Covid-19 em qualquer estágio da doença e suspenda qualquer contrato de fornecimento desses medicamentos. Cumpre destacar que o direito à saúde é garantia amparada na esfera constitucional e infraconstitucional, tratando-se de direito social disposto no art. 6º da Constituição Federal. Concebida enquanto “direito de todos e dever do Estado”, o art. 196 da CF/88 consolida o direito à saúde como garantia fundamental de plena eficácia. E para que tenha eficácia o tratamento adequado pressupõe aquele testado e identificado como a melhor opção para aquela doença.


E mais, a Lei 8.080/90, que regulamenta a competência, organização e funcionamento do SUS evidencia extrema preocupação do legislador quanto à consideração da eficácia e segurança dos medicamentos (cf. Capítulo VIII, art. 19-O). E, nesse sentido, optou-se por um sistema rígido e específico para “incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos” (Cf. art. Art. 19-Q), com a criação de uma comissão (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias – CONITEC), que deve emitir para a adoção de novos medicamentos.

Nos termos da lei, esse parecer é dado no bojo de um processo administrativo, que organiza os atos da administração, permitindo ao particular a compreensão da sua motivação e das evidências, e permitindo aos órgãos de controle a apuração da responsabilidade por cada ato. A manifestação da CONITEC não é prescindível e seu assessoramento é vinculante, senão vejamos: “Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira escolha. Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo- efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo.

Veja-se aí uma flagrante ilegalidade dos vereadores ao fazer moção de apelo a prefeita municipal para que o governo municipal, faça utilização como política pública de saúde medicamentos não validados por protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas. Mais do que a ausência de benefícios, é imperativo ressaltar que o uso dessas drogas não se mostrou inócuo, pelo contrário: pacientes não tratados com essas drogas apresentaram uma taxa de mortalidade de 9,3%, ao passo que aqueles tratados com hidroxicloroquina e cloroquina apresentaram mortalidade de 18,0% e 16,4%, respectivamente. A proporção de casos de arritmias ventriculares durante a hospitalização também foi superior grupos que receberam cloroquina e hidroxicloroquina. Também já foi amplamente divulgado em estudos médicos e científicos que o uso da hidroxicloroquina com o antibiótico azitromicina traz vários riscos cardíacos para os pacientes que fazem uso dessa medicação; que não foi encontrado NENHUM benefício no uso dessa medicação em pacientes com COVID- 19, que, na verdade, pode agravar o quadro de saúde do paciente; que não há diferença na progressão da doença em pacientes tratados com essa medicação para progressão da COVID- 19, seja no uso precoce (profilático), seja no uso em pacientes em estado grave.

Neste sentido destacamos: Baseados nas evidências atuais que avaliaram a utilização da hidroxicloroquina para a terapêutica da COVID-19, a Sociedade Brasileira de Imunologia conclui que ainda é precoce a recomendação de uso deste medicamento na COVID-19, visto que diferentes estudos mostram não haver benefícios para os pacientes que utilizaram hidroxicloroquina. Além disto, trata-se de um medicamento com efeitos adversos graves que devem ser levados em consideração. Desta forma, a SBI fortemente recomenda que sejam aguardados os resultados dos estudos randomizados multicêntricos em andamento, incluindo o estudo coordenado pela OMS, para obter uma melhor conclusão quanto à real eficácia da hidroxicloroquina e suas associações para o tratamento da COVID-19. Estudos multicêntricos prospectivos com uma maior abrangência amostral e desenhados de forma randomizada e duplo-cego são necessários para diminuir o viés de interpretação dos resultados obtidos para prover a comunidade científica e médica do suporte necessário para conclusões definitivas sobre a utilização da hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19. Daí se observa a ilegalidade da utilização de tais medicamentos, ferindo diretamente a legalidade e a moralidade administrativa.

Essa decisão reafirma a necessidade de que qualquer alteração dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas aplicados pelo SUS considerem, também sob o âmbito da racionalidade orçamentária, soluções que contemplem os resultados previstos ou previsíveis, sob o aspecto técnico-científico, a fim de se evitar desperdícios e má destinação do dinheiro público. Por outro lado, o administrador público deve orientar-se pelos princípios da legalidade que impõe ao administrador atuar em conformidade com os ditames legais e constitucionais, e da eficiência, sob pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal.

Sob outro prisma, é inconteste o dano causado ao erário decorrente da autorização de despesa expressamente proibida por lei, qual seja, o pagamento, o ressarcimento ou o  reembolso de medicamento e produto sem registro na ANVISA, sendo evidente, pois, a malversação de verbas orçamentárias. Com total desrespeito aos requisitos formais, a atitude dos vereadores e da prefeitura municipal de Bauru não se presta para a cumprimento do direito a tratamento médico adequado previsto no art. 196 da CF/88. O direito à saúde da população fica em risco, com a violação dos princípios da eficiência (onde também encontra guarida a necessidade de atenção à medicina baseada em evidências nas políticas públicas) e da legalidade, violando o art. 37 da CF/88. Deste modo, a moção de apelo para o uso da cloroquina feita pelos vereadores e o endosso da prefeita municipal para o deferimento distribuição e uso pelo SUS, é medida que causará mais danos à saúde da população decorrentes da utilização de medicamento sem comprovação científica. A base legal aprecia de acordo com art. 1º, III, art. 5º, caput, art. 6º, art. 37, caput e §4º, art. 70, art. 196 e art. 198, todos da Constituição Federal. Bem como, a decisão do STF “Será considerado erro grosseiro de agentes públicos atos administrativos que violem o direito à vida, à saúde ou ao meio ambiente por descumprimento de normas e critérios científicos e técnicos”.

Portanto, caro assessor, sua intenção no meu entendimento foi de constranger, o advogado Trujo, fazendo comparação e menção a sua deficiência física, o que Infelizmente transcende as questões políticas e acaba inflando um clima de humilhação ao colega, ainda mais, na tensão em que vivemos, devido situação pandêmica, com o aumento significativo de mortes, inclusive de pessoas próximas, ou familiares que todos os dias se despendem da vida. Gera tristeza, estresse, angústia nas pessoas. Os vereadores deveriam lutar pela transparência pública e exigir do poder público municipal, a de lista por gênero, local onde foi feita a imunização, bairro, UBS, profissão exercida pela pessoa vacinada, idade, lote de vacina, qual vacina está sendo aplicada, e se faz parte do grupo de risco. Verificar se alguma entidade utilizou do poder político para passar na frente das pessoas de grupo de risco e tomando a vacina primeiro, os chamados fura filas. Os vereadores deveriam utar pela vacinação em massa, lutar para ter investimentos em pesquisas científicas, lutar para que o governo municipal se organize melhor para que idosos, e pessoas em geral não fiquem enfrentando horas na fila, e em pé para tomar vacina, lutar para que não ocorram confusões e distorções de dados, causadas pelo sistema pré- cadastramento, lutar para termos vacinas em massa o mais rápido possível, destacando a urgência de uma vacinação mais ampla e rápida, a fim de salvar vidas, dependemos de vacinas e insumos farmacêuticos ativos (IFA) importados, que chegam em ritmo lento, se comparado ao desafio posto pela segunda e devastadora onda da pandemia no Brasil, poderiam ter sugerido o lockdown, de fato, isolamento social, ajuda emergencial, lutar efetivamente pela dignidade da comunidade mais carente, e não ficar causando mais polêmica, portanto, é mais do que absurda a moção de apelo dos vereadores, é vergonhosa.

Médico de vários municípios chamam atenção para os níveis preocupantes de estoque de medicamentos para intubar os pacientes, como sedativos e bloqueadores neuromusculares. Sem a dosagem adequada desses fármacos, pacientes intubados podem acordar durante o procedimento e sentir dor e desconforto que poderiam ser evitados. Os médicos dizem que paciente grave precisa é de oxigênio, kit de intubação, ele não precisa de ivermectina no tratamento. Um comunicado assinado por 81 entidades médicas afirmam que medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da covid-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida


Não há comprovação científica de que a cloroquina reduza a mortalidade e a gravidade de casos da doença. A alta dosagem usada nos testes, entretanto, é tóxica ao organismo humano. Desde então, nenhum estudo clínico, feito em seres humanos, foi capaz de comprovar que a droga de fato funciona em doses seguras. Boa parte dos estudos que costumam ser compartilhados nas redes sociais como evidência de que o medicamento funcionaria como "tratamento precoce" ou em nas primeiras fases da doença tem erros metodológicos graves. A maioria não segue, por exemplo, o método duplo- cego randomizado, o padrão-ouro dos estudos clínicos, que evita que haja viés na pesquisa. Além de não funcionar, os medicamentos podem causar graves efeitos colaterais, como intoxicação medicamentosa. Nesta semana, o Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP), confirmou um caso de hepatite medicamentosa em um homem de 50 anos que estava fazendo uso de azitromicina, ivermectina e hidroxicloroquina. Ele entrou na fila de transplantes de fígado.

Pela transcrição HPA, sexta, 30 de abril de 2021.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

CARTAS (227)


EM BAURU A COISA É MAIS COMPLICADA DO QUE POSSAM IMAGINAR - QUAL LADO DA CORDA VOCÊ ESTÁ?
Aqui na terra "sem limites", uma onde tudo é possível e o limite é o céu, ter a Câmara de Vereadores aprovado que um kit com medicamentos comprovadamente inúteis no tratamento do coronavírus é café pequeno. Isso é só a ponta do iceberg. Os tais lá da Câmara pedem para não misturar religião com política, pois uma coisa, segundo eles, não tem nada a ver com a outra, mas na verdade, elas tem tudo, pois desde quando enfiaram religião acima de todas as coisas, o tal do estado leigo foi pras cucuias.

Tem momentos da vida, como agora, deve existir uma razoabilidade, um entendimento entre as partes, para todos juntos, pelo menos os sensatos, mesmo pensando e agindo de forma bem diferentes, mas tendo por base não dar mais para o país continuar sendo governado por um desqualificado, incapacitado e, principalmente, miliciano. Ter votado nele, acreditado na lenga-lenga é uma coisa, mas depois de tudo, desses quase dois anos e meio de desacertos, pataquadas e crimes de toda natureza, continuar rezando na cartilha palaciana é algo para crer que, a pessoa esteja devidamente perdida, sem recuperação possível. Os demais, todos são conversáveis, pois na união de todos, a real possibilidade de colocarmos pra correr o quanto antes o capiroto.

Bauru está cheia de negativistas, negacionistas e negações de todas as matizes e origens. O mundo inteiro praticamente já proclamou que, além da vacina, nada pode curar a pessoa da Covid-19, mas assim mesmo, contrariando todas as evidências, existem uns poucos médicos, todos, sem tirar nem por, negacionistas e bolsonaristas, ainda receitando a porcariada como de alguma utilidade. Isso continuar acontecendo assim livremente, sem nenhuma entidade médica tomar uma atitude é algo bem brasileiro, com a cara deste momento vivido pelo país, mas ninguém - digo ninguém - do Judiciário fazer alguma coisa para restabelecer a verdade dos fatos, isso é o que mais choca. Existe um conluio bauruense, todos devidamente ligados umbilicalmente para continuar apoiando um presidente - e agora uma prefeita - totalmente sem noção.

Existe uma Bauru bem possível de conversa e de algo de útil ser ainda construído e, mesmo cada qual com concepções diferentes, com alguma razoabilidade, diálogo e consenso, mas existe também os pelos quais não vejo mais salvação possível. Acreditam nas maluquices propagadas por um lunático, descerebrado, totalmente inapto para o exercício de função pública, enfim, todos desajustados, repetidores de uma baboseira doentia. Com estes, perdi a boa. Não dá mais para dialogar com quem bolsonarizou sua vida e assim a levou ao fundo do poço. Uma pena, mas parte considerável de Bauru está bolsonarizada e repetindo as mesmas idiotices ditas pelo presidente nas esquinas por onde ainda consegue audiência. O Brasil terá jeito, mas tem gente que não tem mais jeito. Algo só ocorrerá com baita união nacional, mas tem gente que hoje não dá mais para se unir, pois representam o atraso total e absoluto, o caos completo deste país.

ESSA É PRA QUEM TOMOU E INDICA OS REMÉDIOS QUE NÃO VALEM NADA PRA COMBATER O CORONAVÍRUS
YOUTUBE VAI REMOVER CONTEÚDOS QUE RECOMENDEM CLOROQUINA OU IVERMECTINA - Eis o link deste post: https://canaltech.com.br/software/youtube-vai-remover-conteudos-que-recomendem-cloroquina-ou-ivermectina-182988/?fbclid=IwAR0jzKpVGLAvAhxez4qdKzMTOTOQJb8eizq48W6AxR-PFXDLlliRqBIbiqs

Ohhhhhh!!! Lamento pelo pessoal que tem aquele amigo que é médico e que dá cloroquina pra todo mundo, aquele pessoal que vem tomando IVERMECTINA e saindo por ai achando que está protegido, que o irmão recomendou, que isso e aquilo, agora vocês não precisam discutir com o " burro" aqui, vocês podem brigar com o youtube é mais fácil kkkkkkkkkk.
E em Bauru que um pastor vereador, puxa saco do desGoverno do ex-capitão, o que apunhalava o país por todos os lados, fez de tudo e mais um pouco para ver aprovado a bestialidade da prefeita realizar estudos para viabilizar esse kit "vale nada"? Que fazer com vereador que, ao invés de fiscalizar o Executivo, o paparica em parceria, todos unidos umbilicalmente para alavancar o capiroto miliciano? Bauru epicentro da insanidade nacional!

Alguns comentários do post para ir vendo como a coisa acontece nestas plagas:
- "Concordo, só médicos podem receitar e ministrar essa medicação, não cabe a curiosos ser a favor ou contra", André Duarte.
- "Assim sendo, depois de ler até a exaustão que a coisa não vale mesmo nada, creio ser consenso que Bauru se transformou reduto de abilolados defensores de inutilidades. Concorda?", mafuento HPA.
- "Se funciona ou não funciona isso é um assunto para médicos com seus pacientes...", André Duarte.
- "Isto é charlatanismo", Cláudia Eugênia de Sena Melo.
- "Não acho que seja, inclusive existe uma diferença em "não tem eficácia" para "não tem eficácia comprovada" que eh o que mais ouvimos... Mas continuo falando o de sempre, não são gados do Bolsonaro nem do Lula que vão decidir o que eu deva ou não tomar se for necessário, a decisão de um médico é o que realmente vale.. e conversei com muitas pessoas da saúde, inclusive médicos, e pra minha surpresa, esse medicamento está sendo muuuuito mais usado do que imaginamos, e qual motivo!? Pergunte a eles", André Duarte.
- "Se os médicos que você conhece afirmaram que os fármacos são utilizados em grande escala, isto só vem a confirmar a ineficácia do tratamento, na medida em que o país ultrapassa o assombroso número de 400 mil óbitos por covid. Quem faz isto é charlatão sim, sinto muito. Nem preciso perguntar para ninguém", Cláudia Eugênia de Sena Melo.
- "O número poderia ser maior, ou menor... Enquanto houver política em assuntos que não diz respeito, nunca saberemos a verdade, fica só nessa queda de braço onde fingem que a preocupação são com as mortes", André Duarte.
- "Mas que política meu caro? Estamos falando de ciência", Cláudia Eugênia de Sena Melo.
- "Sim, eu sei que está... Faz parte!!! Mas me diga uma coisa, a tal medicação não deve ser usada (mesmo sendo) por não ter eficácia, ou por não ter eficácia comprovada? Reparou que são coisas diferentes? É isso, política se envolvendo na ciência... Resumindo, se vc estiver doente, e for necessário, escute o seu médico e não seu político", Cláudia Eugênia de Sena Melo.
- "Você que politiza a conversa. Todos aqui seguem o que diz a Ciência, acima do conhecimento de alguns poucos médicos e assim mesmo, prefere estar com eles, todos bolsonaristas. Me diga só um que não seja e daí te direi se o que acontece é ou não política? O Brasil só andou para trás desde que assumiu esse descompensado e ainda por cima miliciano", mafuento HPA.
- "Converse com médicos... Quem receita são eles, não nós", André Duarte.
- "Por enquanto , é uníssono o entendimento na comunidade científica mundial, que foge ao âmbito de Lula ou Jair, sobre o assunto : não há medicação apta a curar ou prevenir a contaminação pelo vírus. Lamento", Cláudia Eugênia de Sena Mello.
- "Sim, dizem que não há eficácia comprovada, né? estou acompanhando tb... Mas, sempre reforçando, caso vc precise, recomendo que escute o médico", André Duarte.
- "Sim, dou preferência para os que se embasam na ciência, aliás, até onde eu sei , é o padrão exigido para o exercício da medicina. Obrigada!", Cláudia Eugênia de Sena Mello.
- "Converse com médicos que eles vão te explicar como funciona isso na verdade, vc vai se surpreender... De nada", André Duarte.

Conclusão: Vale a pena continuar essa discussão? 

BOLSONARISTA QUE QUER TOMAR VACINA É OBRIGADO A  AGIR ASSIM
Nada melhor representa o desGoverno autoritário do ex-capitão do que um general do Exército, fazendo parte do staff governamental ir tomar vacina escondido do chefe, pois esse desautorizaria sua ida. É do mesmo nível da fala de Pazzuello, ex-ministro da Saúde, também general, desqualificado desde sempre para a função e quando numa saia justa disse a mais pura verdade: "Eu obedeço, ele dá as ordens". São ORDENS e por assim serem, tudo por lá é CRIMINOSO. Um presidente agindo descaradamente, acintosamente e contrariando não só o bom senso, mas tudo o que existe prescrito pela Ciência como recomendação salutar. Não existe como contemporizar, aceitar e passar batido. Esse cara está mais do que destruindo o país, pois como nação soberana já estamos desacreditados e no fundo do poço, mas vai além, comete crimes diários e por lá continua. Falta-nos sangue nas veias para resolver isso tudo.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

CENA BAURUENSE (213)

 AS CENAS FISGADAS PELA AGUÇADA LENTE DE DESASSOSSEGADO MAFUENTO* *Confesso estar mais do que cansado de acompanhar as sacanagens dos atuais mandatários de Bauru - em todos seus escalões, daí sem paciência, hoje posto minhas "figurinhas", as fotos que junto pelas redes sociais como "Cena Bauruense" e aqui as publico intercaladas com escritos de gente conhecida, eles descrevendo algo da pouca vergonha em curso.

CENA 1 - postado em 28/04/2021: "Casarão da família Quaggio, nas imediações do Fórum, jardim Bela Vista, rua Casimiro de Abreu com a padre Anchieta, resistindo ao tempo, demonstração de ostentação, poder e até hoje, representando no meio de todas as demais residências no entorno, algo bem explícito no mundo capitalista: dinheiro. Foto extraída da página História de Bauru".

"Deplorável a declaração do general Braga Ramos quando confidenciou que foi se vacinar “escondido”. Justificou que “a orientação era ficar em casa”. Quem orientou? Um general de Exército não pode se submeter a uma situação de servilismo em um país onde quase 400 mil pessoas foram mortas vítimas da Covid", jornalista René Ruschell.

CENA 2 - postado em 26/04/2021: "Olhem o trampolim da piscina do clube Tirintan. Todo aquela floresta ao lado do posto da Comendador era o clube Tirintan. Qualquer pessoa que vivia na Vila Santista, no Terra Branca e até na Independência frequentou o Tirintan, e até casou lá. Hoje é uma floresta linda ao lado de uma das avenidas mais cheias de carro de Springfield", com esse texto e foto, Luís Paulo Césari Domingues descreve o que ainda resta de antiga e famosa piscina, que nos meus tempos de moleque era a festa de muitos da minha idade. Assim como outra, a Recreio, essa na região da avenida Nuno de Assis, ambas populares, acabaram sucumbindo e despareceram ao longo dos anos.

"Dialogo com a bonita que entrava nos meus posts enchendo o saco :
Eu - "Meu Deus, o Brasil é o país que mais está morrendo gente."
A gado bolsonarista: claro que não, você precisa olhar proporcional a população, não em números absolutos.
Eu"Meu Deus, o Brasil é um dos países que menos vacina!”
Bolsonarista: claro que não, você precisa olhar número absoluto, não proporcional a população.
Eu:Vc não lê as noticias?
Ela -"cala a boca comunista, não vejo noticias da globolixo e desses jornais do mundo que querem derrubar o capitão!
Ainnn eles tem que postar o numero de curados! Fica ai só falando dos que morrem, todo mundo vai morrer um dia, tem que reabrir tudo, a economia não pode parar!"
É isso gente...", cabeleireira Bia Bassan.

CENA 3 - postado em 24/04/2021: Não existe como generalizar em nenhuma questão, muito menos nessa envolvendo o trabalho de voluntários e da categoria dos profissionais da Saúde, todos muito requisitados neste período de pandemia, daí, inconcebível querer associar o caso isolado de uma servidora terceirizada no Posto de Saúde da Vila São Paulo fornecendo vacina para quatro parentes próximos, todos fora da fila, como retrato de algo acontecendo por todos os lugares. Continuo botando muita fé em todos os servidores da Saúde e casos isolados ocorrem em todos os setores e não degeneram o todo.

"A Prefeitura fez B.O para a enfermeira que vacinou os familiares. Mas não fez contra Médicos que ganhavam sem ir trabalhar", bacharel em Direito Pedro Valentim.

CENA 4 - postado em 21/04/2021: Por muito tempo foi considerado como a "Jóia da Coroa", dentre as preciosidades pertencentes a Prefeitura Municipal de Bauru, mas com o passar dos anos, muitos preferiram tratá-la com o devido descaso, enfeitiçados pelo "canto da sereia", apregoando como solução o Estado Mínimo e dane-se se os preços da água para os usuários subiriam desmedidamente, pois em alguns casos, isso é o que menos conta quando dessas intrincadas negociações.

"Conceito de Bolsonarismo: Bolsonarismo é uma doença de caráter neurodegenerativo, que afeta o sistema nervoso causando agressividade, além de provocar danos incisivos ao córtex pré-frontal, comprometendo capacidades cognitivas como senso crítico ou noção da realidade.
A doença apresenta também danos no lobo temporal, afetando a capacidade auditiva.
Isso alimenta tendências a acreditar em teorias fúteis como terraplanismo e geocentrismo.
O contágio se dá através de contatos com notícias duvidosas (fake news) e os maiores meios de transmissão são por WhatsApp e Facebook.
Alguns sintomas incluem: Olavismo; Irritabilidade; Falso nacionalismo; Falso moralismo; Ignorância; Negacionismo; Terraplanismo; Cinismo; "tendências fascistas e defesa irrestrita
da violência"; destruição de conceitos eticos; insanidades;
É o fim da racionalidade...", psicóloga aposentada Rose Maria Barrenha. 

CENA 5 - postado em 20/04/2021: Em foto de minha lavra do ano de 2016, mas com certeza, tudo ainda no mesmo lugar, o busto do patrono da praça Machado de Mello, diante da estação da NOB. Lembro dela neste dia, pois ontem foi o Dia do Índio e um dos que mais dizimou silvícolas nestas terras foi o homenageado, o que dá nome à praça, quando na qualidade de recrutador, diria, contratador para a limpeza das áreas por onde iria circular a ferrovia, sendo também predador no que se pode dizer da pior espécie, referência e lembrança.

"Episódios que ocorreram em 5 cidades diferentes em 1 semana. Chego representando servidores públicos municipais e peço reunião com Prefeito. Gabinete enrola, desrespeita e nega acesso. Aí a gente vê duplas de engomadinhos sendo recebidos enquanto aguardamos, sendo representantes de empresas. Escuto da secretária no atendimento sempre a mesma pergunta: "de qual empresa?". Na sala de espera sempre as mesmas revistas sobre as pautas das empresas e das elites. O "Estado é o comitê de negócios da burguesia". Bem aula prática mesmo. Rs. Enfim. Hoje solicitei reunião e ouvindo sempre a mesma pergunta: qual empresa? Eu respondo: empresa Tortorella Mandl! Dito e feito. Reunião feita! Na próxima falarei que sou de um empreendimento comercial... rs. Virá até um cafezinho... rs", advogado campineiro Alexandre Mandl.

CENA 6 - postado em 19/04/2021: Adoro recados subliminares, feitos para intimidar, ainda mais quando são interrompidos e não se sabe o seu teor por inteiro, como nessa inscrição num muro na rua Saint Martin, quadra de cima da avenida Rodrigues Alves. Que será poderia acontecer com quem se arriscasse a escalar o muro e adentrar lugar tão enigmático? Fosse moleque, 50 anos atrás, pularia o muro só para me certificar do que se trata...

"Começou, enfim, a CPI do Genocídio. Não sem muita trapalhada. Um juizeco de 1a instância, por uma liminar, proíbe Renan Calheiros de assumir como relator. Teve seus 5 minutos de fama. TRF -1 cassa a liminar. Flávio Bolsonaro, depois de uma fala bem irônica sobre a participação das mulheres na CPI, sugere que esperemos a vacinação...ou a pandemia passar...francamente!", polícia civil aposentada Claudia Lucciola.

CENA 7 - postado em 14/04/2021: Avenida Nuno de Assis, muito perto da praça da Bíblia, ao lado da quadra de esportes para pessoas com necessidades especiais, onde um dia foi uma quadra de esportes de grupo nipônico, depois abandonado e hoje um dos tantos locais abrigando moradores em situação de rua. Numa rápida circulada pela cidade, lugares abandonados com esse, possuindo algum tipo de cobertura, passaram a ser disputadíssimos, abrigando grupos ou famílias inteiras, numa clara demonstração do aumento da pobreza.


"Começou, enfim, a CPI do Genocídio. Não sem muita trapalhada. Um juizeco de 1a instância, por uma liminar, proíbe Renan Calheiros de assumir como relator. Teve seus 5 minutos de fama. TRF -1 cassa a liminar. Flávio Bolsonaro, depois de uma fala bem irônica sobre a participação das mulheres na CPI, sugere que esperemos a vacinação...ou a pandemia passar...francamente!", advogado Márcio Machado.

CENA 8 - postado em 13/04/2021: Amiga me envia a foto, tirada ontem à noite num posto de combustível, marca Ipiranga, avenida Nuno de Assis, quando num paredão ao fundo a faixa denuncia o rumo político ideológico de seu proprietário, na defesa de onde investe sua força e disposição.

"A Anvisa não liberou a vacina Sputinik porque age tecnicamente e é muito responsável com a saúde da população, mas libera mais de 400 agrotóxicos por ano e alguns que não são aceitos em nenhum outro país do mundo. (...) "Que país é esse onde um ministro vai tomar vacina escondido? Que país é esse em que o ministro da Economia quer que as pessoas vivam pouco pra poder consertar a economia?”, criticou o ex-presidente Lula #ForaGenocida - #Lula2022", ativista Lili Rocha.

CENA 9 - postado em 12/04/2021: Fiquei quase um ano sem passar diante da Unesp, na avenida Luiz Edmundo Carrijo Coube e ali, até onde me lembrava, dois comércios bem atuantes, num deles um restaurante e noutro, o azul, uma casa de cópias, auxílio para os universitários e hoje pela manhã, a ingrata surpresa, ambos além de não mais existirem, estão com as edificações sendo colocadas abaixo e no lugar mais algo daquilo, o vazio urbano e essa dor pelas tantas perdas, dessas que nunca mais veremos.

"Brasil, o maior produtor de grãos e carnes e o povo morrendo de fome. O Agro é dinheiro nas mãos de poucos, o AGRO é fome", eletricitário aposentado Lázaro Carneiro.

CENA 10 - postado em 10/04/2021: Ontem à tarde diante do Posto de Saúde da Vila Cardia, a cena que se repete por todos os lugares, quando idosos são obrigados a esperar no sol, horas ali parados, até chegar sua hora de tomar a vacina. Para buscarem o benfazejo, ficam expostos, sem nenhum critério de olhar piedoso, à tudo que lhe é oferecido e da forma como lhe é disposto. Zelo por estes, só dos atendentes, quase nenhuma preparação prévia advinda dos organizadores, a Secretaria Municipal de Saúde.

"Queria entender esses parceiros metido a valentão que precisa impor sua “agressividade” para que de alguma forma se afirmar.
Falam “Se encosta no meu cachorro eu mato” mas não coloca água e nem limpa a sujeira dele...
Ou fala “Se olha para minha mina eu arrebento”, mas o mano não dá uma atenção para a própria mina.
“Se xinga a minha mãe eu quebro” mas não da uma atenção para a mãe,, não abraça ela e só reclama dela.
E no final só falam msm...", ativista anarquista e entregador Ifood Matheus Versatti.

terça-feira, 27 de abril de 2021

COMENDO PELAS BEIRADAS (101)


DESDOBRAMENTOS CASO SUÉLLEN NA JUSTIÇA ELEITORAL
Em seu despacho de 22 de abril, o Desembargador Marcelo Vieira de Campos aliviou a favor da prefeita.
Em 24 de abril, o Advogado da União, LUIS CARLOS RODRIGUEZ PALACIOS COSTA, contestou o despacho bonzinho, num longo arrazoado que assim se encerra:

"Ante todo o exposto e na remota hipótese de ser mantido o indeferimento de pesquisa de bens penhoráveis da devedora nos sistemas INFOJUD e RENAJUD, considerando os vultosos valores por ela percebidos mensalmente, a União requer seja determinada à fonte pagadora a penhora de 10% (dez por cento) dos subsídios mensais da executada até se alcançar o adimplemento integral da obrigação. Santos SP, 23 de abril de 2021. LUIS CARLOS R P COSTA - ADVOGADO DA UNIÃO.
Assinado eletronicamente por: LUIS CARLOS RODRIGUEZ PALACIOS COSTA - 23/04/2021 15:21:41
https://pje.tre-sp.jus.br:8443/.../Consulta.../listView.seam
ID do documento".

Ante o que já era previsto, Suéllen poderá novamente contar com negociação aceita pela Justiça e não terá mandato interrompido derivado de pendências em prestação de contas com a Justiça Eleitoral. Porém, como explicitado, valores serão descontados diretamente de seus rendimentos como prefeita.

Creio que, assim, o caso está encerrado. Pelo sim, pelo não, terá que pagar o montante até então acumulado. Segue o jogo...

O JOGO SEGUE SENDO JOGADO, MAS COMO PREVISTO, SUÉLLEN E BOLSONARO JUNTOS NO "PATRIOTA"
A novidade não é assim nenhum novidade, mas só a confirmação: Bolsonaro rodou a bolsinha em variadas esquinas, tentou até formalizar um partido só seu, mas no frigir dos ovos, prazos encurtando, a saída mais honrosa (sic) para ele foi mesmo acabar aceitando se filiar ao Patriota. Para quem desconhece, este partido é o mesmo da novíssima (sic) prefeita de Bauru, Suéllen Rosim, essa mesmo que rotineiramente está em Brasília para se atualizar dos fatos, inclusive pegando carona em aeronaves de empresário de Lençóis Paulista, tudo para trazer para a Cidade "Sem Limites", as novidades do mundo sob a visão e os procedimentos bolsonaristas.

A notícia está estampada em todos os jornais e aqui compartilho um deles, o Jornal GGN: https://jornalggn.com.br/.../bolsonaro-vai-se-filiar-ao.../. A manchete é claro, límpida e transparente: "Bolsonaro vai se filiar ao Patriota - O PR Bolsonaro se encaminhando para o Patriota. "Combinamos de conversar as coligações por estados. Coligaremos para Presidente, Governadores e Senadores", disse Roberto Jefferson". Por lá, pelo que se vê, tudo já definido: "Após a tentativa frustrada de fundar o partido Aliança pelo Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) se filiará ao Patriota, informou neste sábado, 24, o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson".

As conclusões são as mais óbvias possíveis: Suéllen sempre manteve contatos imediatos de primeiro grau com Bolsonaro e seu staff, ou seja, comunga e reza na mesma cartilha. Bauru, como é sabido até pelas pedras do reino mineral está se transformando, pouco a pouco, num reduto tipo bunker, quartel-general do bolsonarismo no interior paulista. Sendo a única cidade do interior com prefeito eleito por esse partido, esse dizendo amém a tudo o que venha do desGoverno Federal, nada mais sintonizado do que estarem plugados no mesmo dial, sintonia fina, mesmíssima estação. Daqui para frente, como já era também previsto, mais e mais Bauru receberá incentivo para se tornar, mais e mais, reduto conservador, fundamentalista e onde a política vai ser precarizada da mesma forma como pré-concebida por tudo o emanado lá de Brasília.

Portanto, preparem-se, BAURU DAQUI POR DIANTE CADA DIA MAIS BOLSONARISTA.
Alguém aí recebeu a notícia com surpresa? Surpresa é o que Bauru terá pela frente quando o ex-capitão começar a passar apuros na CPI do Senado, quando muitos começarem a abandonar o barco e ficaremos nós, como reduto deles. Problemas pela frente.

RETRATISTA JURAMENTADO
Nosso maior "retratista" desse período de pandemia, com fotos, a maioria delas tiradas da janela de seu automóvel, é o professor Mauro Landolffi, com olhos mais do que atentos. 

Imagino vendo-o parar o meio de locomoção por tudo quanto é canto, pois pelo que anda publicando em sua página nas redes sociais, aqui uma amostragem, de como enxerga a cidade de um jeito mais do que interessante, clicks por todos os lados e lugares. Neste caso específico, a visão bem humorada de um vendedor ambulante, destes que não pode se dar ao luxo de parar e assim, até na máscara ironiza de si e de tudo o que enfrenta no dia a dia. 

Tomando licença poética e parafreaseando Euclides da Cunha, podemos dizer que o cientista brasileiro é, antes de tudo, um forte. E assim como o poeta pré-modernista descreve que o sertanejo, na adversidade, consegue sobreviver mesmo na escassez de água e alimento na região do semi-árido, o cientista brasileiro está produzindo ciência de alta qualidade em condições adversas de orçamento. E o povo, como se observa diuturnamente nas ruas, segue sua sina, sobrevivendo como pode e mesmo aos trancos e barrancos, altaneiro, sagaz, jovial e sempre de peito aberto. 

Ah, tivesse a mesma força e resistência para entender de fato o que lhe fazem pelas costas e daí, essa mesa já estaria virada desde muito tempo - mas isso também já é querer demais, né!

AJUDANDO O NORUSCA
Hoje tem jogo da série AIII, aqui em Bauru, 22h, sem público. Loucura esse horário, pois será gasto alto e desnecessário, para clubes já com muitas dificuldades. Cada um se vira como pode. Campeonato recomeçando depois de 45 dias parado. O amor pelo futebol se apresenta cada vez menos com os grandes times, cada vez mais com o de minha aldeia, algo como comer a poeira, chão de terra. Cento e poucos anos, muita labuta, sobrevivências difícil e como conseguiu chegar até aqui, assim prosseguirá, algumas vezes aos trancos e barrancos, mas como sempre, me arrebatando. Eu gosto é dos pequenos, destes que sofrem, padecem, ora chegam, ora ficam pela metade do caminho. Este "vermelhinho" é meu sangue, luta e resistência.

Jose Roberto Pavanello Silva, da Torcida Sangue Rubro me oferece e ajudo o time de minha aldeia e coração, comprando dois ingressos de recordação dos dois jogos de Bauru, hoje e quinta, R$ 10 cada. Valem a pena. A torcida ajuda e o time, como se vê corresponde em campo. Vamos todos juntos, pois subiremos para AII - toc toc toc.
HPA já na expectativa de mais uma vitória.

PRONTO, AGORA SÓ FALTA PRENDER TODO MUNDO
Leiam atentamente este documento, onde integrantes do desGoverno do ex-capitão, eles mesmo listando os erros - diria mesmo, crimes - cometidos desde o começo da pandemia. A intenção é se prepararem para a sabatina que sofrerão na CPI do Senado. Para mim trata-se de uma MEA CULPA, onde assumem publicamente tudo o que fizeram, sem tirar nem por, cagada por cagada, pisada na bola, uma a uma e creio, terão que estar muito bem preparados para defender o indefensável, pois os crimes são evidentes e com tudo isso colocado na mesa, se algo de sério ocorrer, o irresponsável e criminoso presidente não terá saída, estará encurralado, pois tudo são mais do que evidências. Tratam-se de fatos. Vi ontem a leitura de item por item no Jornal Nacional, busquei a lista e a encontro. Eis a prova de todos os crimes.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (143)


BAURU E O BRASIL PERDERAM A BATALHA PARA A ABERTURA ANTES DA HORA E AS PORTAS TODAS ESTÃO ESCANCARADAS

Não deu para segurar, pois a pressão dos jogando contra, dos negacionistas e apoiadores do desvairado e miliciano presidente desta república abaixo da linha do Equador, conseguiram desmontar o aparato que nos salvaria mais rapidamente, o que mantinha o isolamento social por mais um tempo. Tudo está agora devidamente aberto, portas escancaradas e funcionando, como o coronavírus adora. Guardião, o intrépido super-herói bauruense dá o seu pitaco sobre o assunto: "Todos sabemos muito bem que nada está resolvido e que voltando antes da hora, tudo por voltar a piorar, mas como tudo por aqui se resolve na base da pressão, os tais que insistem pela flexibilização, se mostraram mais eficientes e conquistando a opinião pública e essa, sem nenhum pudor e decoro, infringiram regras do bom senso e conseguiram incutir na mente do brasileiro que, fechado ele irá falir, daí, nenhum governante brasileiro conseguiu manter por mais tempo algo parecido com lockdown", inicia sua fala.

"Os hospitais continuam cheios, o nível de lotação nas UPAs e filas de espera continuam em altos patamares, mas preferiram seguir a nova determinação do governo do Estado e desde semana passada, é como se nada estivesse mais em curso. Voltou tudo, cultos, comércio, academias, bares, shows, cinemas, futebol, escolas, tudo prioritário no país do atraso. De nada adianta os muitos sinais vindos de todos os lugares do planeta, demonstrando para nós que, quando não se tem vacina a contento, só mesmo fechando tudo e o governo dar respaldo, garantindo que todos lá na frente sobrevivam e quando ocorrer o retorno, o país já dentro de uma real normalidade", continua Guardião.

Dá para perceber que o combativo super-herói está um tanto desanimado, fala como se perdesse as esperanças de ver algo altivo ocorrendo por essas bandas. "Desdizemos da vacina, somos governados por um desvairado que vai e vem no que diz, seguido de perto por uma prefeita no mesmo diapasão, agindo da mesma forma, pois em Bauru, nem a fiscalização ocorreu de fato como se deve, daí quando o governador cede e reabre tudo, pode perceber, parou a grita contra ele, pois os que o criticavam, só o faziam até vê-lo vergado, vencido e postergado, abrindo as portas. O intento foi alcançado e hoje, até a pegação de pé para cima dele está amainada. Veremos o que virá disso tudo daqui mais alguns dias, daí voltamos a conversar, pois quem sai pela Bauru, percebe nitidamente algo como, se a normalidade e o fim da pandemia tivesse ocorrido. Está dando medo do povo e das reações contrárias ao bom senso. Falta pouco para passarem a molestar os que se mantém em isolamento, tal a descrença estampada na fisionomia dos que circulam pelas ruas".

Guardião não perdoa estes, pois enquanto a Ciência continua pedindo calma, mais um pouco de esforço, o que se vê é exatamente o contrário. "A campanha em Bauru foi cruel, doentia e mentirosa, com descarada propaganda apregoando um tal de kit preventivo, algo totalmente sem utilidade e mantendo um braço de ferro com quem ainda queria se manter isolado. Para estes não adianta mostrar mais nada, pois tudo está mais do que escancarado. Vale mesmo a voz da razão lá deles, a das leis de mercado. Se não adianta falar mais nada, então só resta esperar e daqui alguns dias, ver no que vai dar o liberou geral. Não gostaria de estar na pele dos que ousaram desrespeitar o que sempre a Ciência tem mostrado. Bauru é hoje a cara mais lavada deste insano bolsonarismo vigente. Pioramos e muito. Os sinais da cidade regredindo são evidentes, este só um dentre tantos. Que lástima termos chegado a situação tão destrutiva", conclui.

UM DOS EXPOENTES DO TUDO ABERTO
UM HOMEM ABRAÇADO COM A IDIOTICE
Eu aponto hoje meu armamento, constituído de muitas flechas – ainda não totalmente envenenadas - contra o mais boçal ser, este ainda com coragem de se intitular jornalista e a mídia por ele representada, que em primeiro lugar, reclamou e continua o fazendo o tempo inteiro, contrário a tudo o que vislumbre seja o cumprimento do decreto contrário à flexibilização das medidas de isolamento social. Tudo o que era imposto até então, as novas restrições para conter o aumento das infecções por coronavírus, sempre foram rejeitadas, ignoradas, ironizadas e desrespeitadas por esse prócer do fundamentalismo na cidade, ALEXANDRE PITTOLLI, dessa nada edificante rádio, a Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan.

“Na cidade de Bauru, gente como ele contribui para esse ar de infortúnio em nome de uma louca aventura política”, dispara Guardião, referindo-se ao estagiário deste insano movimento intitulado Reage SP. “Os corvos e caranchos vestem a camisa da morte e apostam que os milhares de caídos lhes darão a vitória final”, afirmou. Guardião também avaliou que Pittolli é “um homem abraçado pela e com a idiotice. O negacionismo cresce com a morte. Ele nada mais é do que um demônio barato que dança diante de uma trágica trupe no carnaval da morte”, disse o intrépido super-herói.

Por fim, Guardião disse que a sociedade civil, os movimentos organizados, os ainda sensatos tem que lutar “pela saúde, contra a morte, pelas vacinas, para manter a economia sob controle” e ao mesmo tempo tem que lutar contra a bestialidade dos que, aliados de Bolsonaro, pregam mais e mais o retrocesso do país. "Lutar contra uma espécie de Lúcifer que se afunda na hipocrisia da mídia na luta contra a democracia. Ele se preocupa em acabar com a democracia como a conhecemos hoje, é isso que procura com sua insana atividade na frente de um microfone a serviço do que de pior temos”, completou Guardião.

O CINISMO DOS QUE SABEM, MAS FAZEM MESMO ASSIM
As redes sociais estão repletas de indivíduos "postando" justificativas para ir a festas, eventos, encontrar amigos, não ficar em casa, não utilizar máscara, fundamentadas no "coaching para saúde" (reluto em inserir o atributo "mental") ou não integrar o "grupo de risco". Ao final, o contágio cresce e esses mesmos indivíduos se queixam do colapso do sistema de saúde e de renda. A inconsequência de suas atitudes deixa a dúvida se estamos diante de um caso de alienação dos que "fazem, mas não o sabem" ou do cinismo dos que "sabem, mas fazem mesmo assim". A superação desse momento extremo demanda a compreensão do significado de viver em sociedade. O fato de nossas atitudes individuais afetam outras pessoas, assim como as atitudes dos demais nos afetam. Incentivados por um desGoverno miliciano e emburrecedor, como continuar na busca de uma sociedade onde a liberdade não signifique poder escolher entre se expor ao risco de um vírus potencialmente letal ou ter suas subsistência ameaçada pela fome? Escrito imbuído de bons fluídos, após ler textos de Gabriel Galípolo e Luiz Gonzaga Belluzzo.

A TENTATIVA DE ASSESSOR DE VEREADOR EM INTIMIDAR CRÍTICO
O advogado Gilberto Truijo, contrário a essa besteira proposta e aprovada pela Câmara dos Vereadores de Bauru de estudos para viabilizar a continuação do kit Covid, esses medicamentos já comprovadamente inúteis para a finalidade do combate ao coronavírus, mas sendo insistido por um vereador pastor, posta em sua rede social na tarde de domingo: “AMANHÃ TEM DISTRIBUIÇÃO DE CLOROQUINA NA CÂMARA MUNICIPAL E BENZIDA PELO VEREADOR BIRA”.

Um tal de Bruno Primo se sente ofendido e responde com argumentos pueris: “Olha Gilberto Truijo, eu imaginei que seu posicionamento contrário a moção seria feito de uma maneira saudável e inteligente, ainda mais sabendo que o Sr é meu colega de profissão e possui um nome muito conhecido em nossa cidade. Mas pelo visto, o mesmo respeito que a sua colega Estela Almagro teve ao discordar da moção, não é seguido por você, infelizmente seu comentário demonstra o quão pequeno é o seu conhecimento político e cultural. Misturar a religião de determinada pessoa a seu posicionamento político ou cultural seria o mesmo que zombar de sua deficiência física e achar normal Dr, isso não se faz e tenho certeza que se fizessem isso, o Sr ficaria muito chateado com a situação. Coloque-se no lugar do outro, esqueça a religião, pare e pense bem, ser contra determinado posicionamento ou posição é normal e discordar tbm é normal. Zombar de sua religião ou crença é irracional e ridículo. Espero que o Sr repense o seu comentário e paute a sua contradição a moção apenas ao campo político da discussão e não ao campo pessoal. Vamos discutir política com conteúdo e inteligência, acredito que o Sr tenha isso de sobra. Abraços”.

Muitos vieram na defesa do Truijo:

- “Onde houve zombaria, ou desrespeito religioso? Até aqui eu só vi você atacar o Truijo. Apequenou-se demais no seu ataque...”, Nani Bittencourt.


- “Só um pequeno comentário. Vocês pastores misturaram política com religião. Tem até "Bancada da Bíblia", Antonio Morales.

- “O Bruno precisa estudar, porque falta-lhe conhecimento a respeito do que é política. Filosofia lhe cairia muito bem”, Ofélia Bravin.

- “Não esmoreça Gilberto. A gente sabe qual é a desse pastor vereador, defensor de um kit inútil. Venceremos os negacionistas, fundamentalistas e também o bolsonarismo”, HPA.

Por fim, Truijo ao final do dia se pronuncia e contra-ataca: “ASSESSOR DE VEREADOR TENTANDO ME INTIMIDAR. NÃO TENHO MEDO CARA E FORA COM A CLOROQUINA”.

Fechando a tampa do caixão, Antonio Morales, posta a prova definitiva da besteirada onde o vereador pastor Bira se meteu e pelo visto, continua, depois de receber as informações necessárias para ter justo entendimento sobre o tema, ou seja, inconsequência é pouco:

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/04/26/estudo-constata-ineficacia-de-cloroquina-e-hidroxicloroquina-contra-covid-19?fbclid=IwAR07CQRs7UCV2-hO3juC7UeUKRzrSAN6j2xgTeXsUV3391ykvdySeWnJrwc

Não seria mais digno o pastor vereador e seu assessor rever a besteira onde se meteram? Rever, reavaliar, aceitar o contrário, concordar com o diferente, enfim, entender o óbvio. E por que não age assim?