domingo, 25 de abril de 2021

FRASES (207)


AJUNTAMENTO DOMINICAL

1.) EDSON FERNANDES – A IMPORTÂNCIA DE UM PROFESSOR*
* Texto da safra deste HPA para edição deste final de mês do jornal Pedra de Fogo, de Lençóis Paulista, do jornalista Chu Arroyo:
Nada como neste momento ressaltar da importância da profissão de professor. Vivemos tempos onde lá de Brasília muito desincentivo para que as pessoas cultivem ou mesmo se aprofundem em conhecimentos específicos, principalmente os favorecendo as pessoas pensarem e sabem separar devidamente o joio do trigo. Os motivos são mais do que evidentes e diante de desgoverno comandado por milicianos, nada como ninguém estar entendendo nada direito, para melhor todos serem teleguiados, conduzidos como manada.

O professor diante deste macabro quadro cumpre um papel salutar, o de mostrar outros caminhos e mostrar como podemos pensar ou simplesmente entender de fato o que se passa. Esse um dos papéis fundamentais do professor. Não o único, mas o elementar. Cada cidade possui muitos dedicados, abnegados e cujo papel está acima do bem e do mal. Contrariar o que vai pela cabeça de mandantes e coronéis, estes querendo impor algo só ao seu bel prazer são desmontados quando as cabeças são devidamente abertas. Isso de abrir cabeças é algo mais do que magistral. Essas coisas não acontecem da noite para o dia, vão sendo galgadas pouco a pouco, etapa por etapa e quando a pessoa se dá conta, ela passa a saber discernir melhor as coisas à sua volta e não come mais gato por lebre, nem se deixa levar por algozes a enganá-lo pelo desconhecimento do que de fato ocorre.

Em Lençóis Paulista existem bons e salutares professores e destaco um, EDSON FERNANDES, que por 29 anos aí residiu, dando aulas de História e num certo momento chegando até a vereança, onde passou a professar da mesma sapiência em outras instâncias. Edson trabalhou aí por muito tempo na Usina Barra Grande e dentre tudo o que por lá passou, uma história merece ser contada. Estava no refeitório e num grupo, o assunto era política, onde pelas possibilidades da conversa, se abriu e acabou dizendo o que defendia, como de fato pensava a situação do país, da política e dos encaminhamentos dadas a ela. Quando voltou para sua sala, mal sentou o telefone toca e do outro lado, um diretor que havia participado da conversa, com um conselho: “Acho bom você não mais comentar pra ninguém por aqui o que acabou de dizer há pouco, pois pode se arrepender”. Corajosamente ele lhe respondeu dando fim na conversa: “Já sei o que farei, daqui por diante, nunca mais comento sobre esse assunto, mas contigo”.

Não é fácil as pessoas agirem desta forma, pois vivemos num mundo onde o comedimento é o que prevalece e dita normas. Enfrentar o touro à unha não é para todos, mas ao menos, se faz necessário, quando falta coragem para o enfrentamento, saber se situar, se posicionar, ser respeitado pelo que se é, sem se vergar e assim se apresentar apequenado, diminuído. Este Edson é um bravo guerreiro, professor dedicado, desses que, além de todo conhecimento adquirido, conquista sempre mais e pelos óbvios motivos. Ele se aprofunda no que faz, como aí, quando foi atrás pesquisar os primórdios da cidade. Em cada área de atuação as pessoas podem ir além, não no puxa-saquismo, mas na demonstração de outros interesses, procurando se aperfeiçoar, o aprimoramento necessário para ser requisitado quando pensam em alguém naquele quesito.

Todo mundo em Lençóis conhece algo deste Edson, que hoje reside em Bauru, mas nunca conseguiu abandonar de vez a Lençóis que aprendeu a amar. Aposentado, uma vez por semana ministra aulas na cidade, hoje não presenciais, mas em breve novamente ao vivo e a cores, onde além de manter a acesa a chama, se recicla, se reinventa e continua as conversações com todos os que lhe surgem à frente em busca de boa conversa. Conviver com gente salutar como Edson é algo para dignificar uma cidade, pois gente como ele são os tais imprescindíveis. Falar o que mais dele? Falar é fácil, mas gostoso mesmo é ser amigo, conhecê-lo e poder prosear, pois ele é desses que a gente sabe como a conversa começa, nunca como acabará.

2.) "AJUDA AO PAREDÃO", MATÉRIA DE BRUNO FREITAS HOJE NO JORNAL DA CIDADE
https://www.jcnet.com.br/.../756868-ajuda-ao--paredao.html

Coisa mais maior de linda foi abrir o JC de hoje e lá ver matéria e fotos do jornalista Bruno Freitas sobre o momento vivido por um dos maiores jogadores do glorioso e centenário Esporte Clube Noroeste, o goleiro de todos os tempos, Luizão, ou Luiz Carlos da Silva, 68 anos e com problemas para conseguir sozinho levantar sua casa, desabada anos atrás nas beiradas dos trilhos, ali na vila São Manoel. 

Ajudar o querido e sempre fraterno Luizão é algo pelo qual essa cidade precisa fazer, mais do que retribuição. Problemas como o dele são muitos, pipocam pela cidade e todos sabemos muito bem, a ação social é contínua, intermitente, pois diante de descasos ao longo dos anos, desatenção e desassistência, na maioria das vezes é pela união dos esforços da população, amigos e admiradores, que a coisa de fato se resolve. 
VIVA LUIZÃO!

3.) OS QUE ENFRENTAM O TOURO À UNHA
Gislaine Ribas posta dia 23 último algo sobre o que encontra no seu dia a dia: "Centreville 07:20, Colina Verde, Lotaaadooooo" e assim explícita de forma bem evidente como se dá de fato na cidade o tal do isolamento social, onde uns poucos conseguem se manter de fato apartados, mas a imensa maioria se vê obrigada a enfrentar o touro à unha, sem condições de outra situação. Ao mesmo tempo, hoje, com nova flexibilização, mesmo sem diminuição significativa do número de infectados, praças, lojas, templos, Calçadão, feiras e shoppings todos lotados, transbordando de gente e muitos, sem necessidade plausível de ali estarem, mas ali estão, pimpões e felizes da vida. Eis as duas faces da mesma moeda.

4.) SE FOSSE ASSISTIR O OSCAR HOJE, MINHA TORCIDA SERIA PARA "NOMADLAND", DE CHLOÉ ZHAO
https://www.youtube.com/watch?v=_nOeh677C8U
Essa brilhante atriz, Frances McDormand, sempre em filmes com temática propositiva, questionadora e inquietantes. Neste, um filme muito simples, apenas dois atores e todos os demais personagens, gente de carne e osso, estradeiros, nômades, andarilhos, gente sem condições de pagar para morar e daí se juntam em lugares onde ainda possam parar e por ali permanecer. A personagem de Frances, uma mulher de 60 e poucos anos, junta seus cacos, reúne o que possui, coloca tudo dentro de um guarda-móveis, entra numa van e simplesmente parte. Quem gosta de estrada, é estradeiro, gosta de sentir a poeira da estrada nas narinas, com certeza tem tudo para gostar dessa história de vida, cada vez mais comum. Não li muito sobre o filme, assisti o trailer e me encantei pelo pouco que vi na TV. Torço pro este...

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