sexta-feira, 30 de junho de 2023

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (163)


EM CURSO A FORMATAÇÃO DO DESTOMBAMENTO E POSTERIOR BOTA FORA DE EDIFICAÇÕES DE INTERESSE HISTÓRICO EM BAURU

Na história da luta pela defesa do Patrimônio Histórico em Bauru, tem algo de vergonhoso, quando por pressão da então administração municipal de Izzo Filho se deu o destombamento de um imóvel já tombado pelo CODEPAC - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Bauru, o da Indústria Matarazzo, localizado na vila Cardia, às margens dos trilhos férreos. Queria destombar pra depois atendendendo desejos inconfesáveis, derrubar tudo. E assim foi feito. O fato é até hoje comentado nas rodas de discussão dos temas de Preservação e Defesa do Patrimônio país afora, como algo além do último recurso. Bauru é pródiga neste quesito, pois temos um imóvel tombado que não mais existe, pois mesmo sem ser efetuado o destombamento, foram lá e derrubaram tudo, após incêndio no local. Terra arrasada. E outro, a Casa dos Pioneiros, encontra-se hoje praticamente se esfarelando a céu aberto, sem que ninguém das últimas administrações municipais tomasse nenhuma providência pela manutenção do bem preservado em pé, mesmo ele tendo sido desapropriado pelo município.

Isto tudo é história e agora, neste exato momento, mais precisamente, uma semana atrás a alcaide bauruense, Suéllen Rosim, seguindo sei lá que conselhos e ditames, coloca abaixo meio quarteirão junto da Estação Ferroviária da NOB, Praça Machado de Mello e começo da avenida Rodrigues Alves. Guardião, nosso intrépido super-herói observou tudo e dá seu pitaco, após baixar bocadinho da poeira provocada pela destruição. "Suéllen queria botar tudo abaixo e só não o fez, primeiro pelo motivo de três edificações serem tombadas pelo Codepac, as do Hotel Milanesi, Estorial e Cariani, além do também Hotel Imperial, este comprovadamente ainda servível, com edificação em bom estado. Algo mais ocorreu nesta semana e ninguém até agora noticiou nada, ou seja, tem gato nessa tuba e pelo visto, tem forças ocultas lutando na penumbra para apressar alguns destombamentos e daí, executar o serviço completo", começa sua fala.
FOTO DE ADRIANO FRANCISCO

Pra bom observador, meia palavra basta e daí Guardião acrescenta mais detalhes do ocorrido nesta semana nos bastidores da cidade: "Poucos na cidade ficaram sabendo da reunião do Codepac, somente seus membros e convidados ilustres. A citada reunião foi presidida pelo arquiteto Edmilson Queiroz, que logo de cara disse ser improcedente o destombamento sugerido, ou seja, esse o motivo principal da reunião deste mês. O Ministério Público foi convidado a participar através de um dos seus promotores e permaneceu em silêncio diante do que ouviu de dois convidados, os professores, estudiosos do tema preservação, Rosio Salcedo e Paulo Maceram, ambos com intervenções técnicas e condenando o destombamento. Diante do exposto, do silêncio do promotor, Edmílson não teve outra saída, considerando improcedente os destombamentos", eis seu relato de como vislumbrou a reunião ordinária do Conselho e conclui com um algo mais sobre intenções não reveladas: "Não ficou muito claro quem prôpos o tema dos destombamentos para essa reunião e, pasmem, somente dias após a alcaide ter passado o trator em meia quadra junto de outras edificações. Teria sido tudo por influência dela? Teria Suéllen intenção de derrubar tudo mesmo? Se é essa, começou mal, pois percebeu, terá que enfrentar séria oposição neste sentido. No mais, a alcaide já declarou que no lugar do terra arrasada irá funcionar um provisório estacionamento de veículos e depois, lá na frente, um Camelódromo. Disso tudo, percebi que muitos destes são contrários à transferência para o local, saindo de seus locais para outro mais distante da muvuca do centro comercial, ou seja, outra discussão a ser feita".

A semana chega ao final e com ela, algo dessa insólita reunião deve ainda vir a público, com outras revelações e depois, algo mais também da política higienista exercida pela alcaide. Guardião faz alguns últimos questionamentos sobre o tema: "Quem seria o mentor junto da prefeita dessas ideias? Ela age sózinha ou possui alguém a instruindo sobre o tema? Quem seria essa ou essas pessoas? Ressalto neste momento, o papel salutar que o Codepac teve, de ouvir ilustres convidados e se posicionar baseado no que foi ouvido deles. Circula pela Rádio Peão muitas informações afirmando que, a ideia dos destombamentos não estão descartadas e algo mais estaria sendo preparado nos bastidores para agilizar intenções da administração, que na verdade, são de quem está segurando a marreta, na frente dos tratores, derrubando o que vê pela frente. Muita água deverá passar por debaixo dessa ponte e o aqui relatado por mim é só o começo deste imbróglio".

Obs. 1: Guardião também fez questão de salientar algo mais sobre o tema: "Enquanto em São Paulo, o Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio, ainda não influenciado pelo atual mandatário, Tarcísio de Freitas, já tem definida a situação dos imóveis ferroviários em Bauru, com limites para derrubada de outros no entorno dos tombados, a promotoria Estadual atua junto do mesmo, o Condephaat para não destombar nada e aqui, a ideia sugerida, inclusive com vereadores já tendo feito até Audiência Pública neste sentido, é por destombar alguns imóveis. Suéllen aguarda todo o desenrolar da história, sempre com a marreta nas maõs".

Obs. 2: Guardião é obra do traço do chargista Leandro Gonçález, com pitacos escrevinhativos do mafuento HPA.

BAURU NÃO CONSEGUIU BATER A MARCA DOS 400
BEIRANDO OS 400 MIL E CADA VEZ MAIS INCÓGNITO
Censo do IBGE fecha a conta e determina, população bauruense é de 379.146 habitantes. Bauru não chega aos tais 400 mil, teto já imaginado por muitos. Na verdade, com isso ou sem isso, a cidade "Sem Limites" continuará sendo uma grande província, com arraigados costumes cvonservadores, hoje muito perto do pensamento de ultra-direita, fazendo juz a pertencer a este estado, onde ainda se morre de medo em votar numa provável transformação, preferindo cravar seu votinho no desconhecido Tarcísio de Freitas, bolsonarista da pior espécie, desprezível em todos os sentidos. Se Bauru cresceu e mudou, com certeza foi para pior, temos que reconhecer isso. Hoje, por essas plagas se renega até a fonte do sucesso da cidade, sua ferrovia, quanto mais ter pensamentos altaneiros e pujantes frente ao século XXI. Sinto a mudança bauruense andando pela cidade. Qualquer um deve sentir o mesmo, pois nas caminhadas quem ainda me conhece? Conheço cada vez menos pessoas. Tenho certeza, a imensa maioria desconhece totalmente quem venha a ser este tal de HPA. Conheço os de sempre, os de minha panelinha, poucos fora dela e desta forma sigo incógnito pelas ruas. Isso até tem lá suas vantagens, pois como sou também produtor de repetidas "cagadas", elas acabam passando batidas. Brincadeiras à parte, vejo essa Bauru atual cada vez mais conservadora e me parece, mais obtusa que dantes. Olho para os lados e tento imaginar quantos já ouviram falar em Machado de Assis. Talvez muitos o identifiquem, mas quantos terão lido seus livros. E de Chico Buarque, quantos o imaginam
como elemente perigoso, talvez até comunista. Enfim, quantos definiriam bem o que venha a ser isso de comunismo e qual o malefício trazido por eles? Como lidar com estes todos inseridos na paradas de sucesso e ocupando os espaços deixados pelos que dantes estavam pela aí? Alterar o estado de coisas atual não é tarefa nada fácil, talvez para alguns Hércules, algo insano, demorado e complicado, até por que, quem estará disposto a botar o bloco nas ruas para promover alguma mudança no modo de pensar e agir das pessoas? Mudança só ocorrerá lentamente, uma subida degrau por degrau, com disposição para também remar contra a maré, comprar muita briga, dar murros em ponta de faca e ir galgando como formiguinha, conquistas que na somatória, muito lá na frente, podem ter algum significado. Meu pensamento se volta para dentro destes quase 400 mil, quantos estariam na periferia na cidade, nas suas entranhas, os trabalhadores e suadores de fato de camisa? É com estes, os que ainda nutro alguma esperança de ver a coisa mudar de rumos. Os vejo hoje como iludidos, enganados, ludibriados por muita propaganda contrária, mas ainda com possibilidades de entender de fato o que se passa na jogatina que é a vida de todos nós. Eu adoraria estar envolvido neste imenso trabalho de recuperação da mente das pessoas, dando-lhe consciência política de fato, mas nem isso, creio eu, estou mais. Sou apenas um número muito do insignificante dentro deste contexto todo e, entristecido, vendo a banda passar sem nada fazer. Hoje, Suéllens são eleitas país afora, estão por todas as partes. A enxergo dentro de todos os segmentos políticos, tomando conta, inclusive, de Brasília, o coração político do país. Não será de escrevinhações pelas redes sociais que algo mudará nesta cidade, estado e país. No meu caso, o "tempo passa, o tempo voa" e o cansaço já se faz presente. Será dará tempo de ver algo novo desabrochando pela aí? Sonhar sem estar com os pés no chão, fazendo algo de concreto, sempre foi difícil concretizar alguns deles com o bunda fincada no sofá. Vida que segue.

DIA DE MUITA FELICIDADE - CAPIROTO INELEGÍVEL
Algumas das publicações sobre o tema. Muitas outras ainda podem ser aqui adicionadas. Enfim, grande dia e vem mais pela aí. Por sete dias seguidos, cá estarei relembrando este memorável fato e reproduzindo algo encontrado pelas redes sociais direcionado às comemorações.
Dias Um

quinta-feira, 29 de junho de 2023

MÚSICA (224)


JUNTANDO TUDO NO MESMO BALAIO
1.) HOJE, DOIS ANOS SEM O CHINELO - TODOS NO BAR DO GENARO
"Dois anos de sua partida. Para os amigos, a perda de um Líder conselheiro, e oportuno em todas as ocasiões. Sua ausência deixou um sabor amargo para os que conheceram e conviveram com pessoa de tamanho coração, amizade, e sentimento de justiça. Para mim, as boas memórias, o orgulho pela oportunidade em compartilhar parte de minha vida com você, e o presente que nos foi dado, nosso filho. Esteja bem...", Ana Cela Ferreira Albuquerque.

FABRÍCIO GENARO FALANDO DE PEDROSO JR E SUA ÚLTIMA ENTREVISTA
Perdi de gravá-lo desde o início de sua inflamada e sentida fala. Quando me dei conta ele já estava pela metade. Mirei o celular o mais rápido que pude e peguei a parte final dessa fala e depois, filmei a entrevista toda, reproduzida no telão no bar: 

DOIS ANOS SEM ANTONIO PEDROSO JUNIOR - DEPOIMENTOS GRAVADOS NO BAR DO GENARO
Terminada a reprodução da entrevista no telão percebi que, se nada fizesse, nada mais ocorreria e ficaríamos conversando, falando sobre ele, mas poucosairia dali. Peguei novamente o celular e fiz o que tinha que ser feito, passei a cercar as pessoas e gravei curtos depoimentos de cada um dos presentes. Histórias sentidas e, todas, valendo muito a pena de serem ouvidas e entendidas:

2.) EVENTO 20 ANOS DA OCUPAÇÃO DA FLASKÔ
Tatiana Calmon nos representará na homenagem para Roque Ferreira. A luta continua.
"*20 anos da Fábrica Ocupada Flaskô. Celebração oficial neste domingo!*
No último dia 12 de junho de 2023 a luta da Fábrica Ocupada Flaskô completa 20 anos. Com certeza, um período de muitas conquistas dos quais essas linhas pretendem esboçar alguns pontos de seu profundo legado histórico.
Fizemos várias atividades para celebrar essa resistência, e domingo teremos um dia especial.
Resgatar esses 20 anos da Flaskô é de fundamental importância para relembrar a importância da frente única como método, da ação concreta na luta de classes, da ocupação como instrumento de denúncia do significado da propriedade privada dos meios de produção e de que, justamente, a classe trabalhadora organizada pode administrar e gerir muito melhor, sob o prisma da qualidade do trabalho, da solidariedade e da camaradagem, do pleno uso social da terra e da fábrica.
E tudo isso, aqui!
*Para fechar as celebrações desse momento histórico, faremos uma Assembleia Especial na Vila Operária e Popular neste domingo, dia 2/7, às 10h. Contamos com sua participação. Andaremos pela fábrica, mostrando a situação atual e fazendo uma explicação da atualidade desde o corte de energia e interrupção da produção em 2018. Além disso, faremos uma linda homenagem com a colocação das placas da ruas com nomes se ex-trabalhadores que faleceram*.
Venha viver esse momento conosco. Vocês fazem parte dessa história.
Ocupar, produzir e resistir; ontem, hoje e sempre!
Viva a luta da Fábrica Ocupada Flaskô!
Viva a luta do Movimento das Fábricas Ocupadas!
Viva a luta da Vila Operária e Popular!
Viva a luta por moradia!
Viva a luta pela memória da classe trabalhadora!", advogado Alexandre T. Mandl.

3.) LIVRARIA CULTURA DA PAULISTA FECHOU DE VEZ - FIM DE UMA ERA 
Livraria Cultura fecha loja do Conjunto Nacional, na Av. Paulista, após decretar falência.  
https://bit.ly/3Nt3s47 (via Cultura Estadão) Eu, o mafuento HPA, fui muito na Livraria Cultura. Gostava de perambular pelos seus corredores, subir e descer aquelas escadas. Conhecia seus donos, sabia o que representavam, mas assim mesmo, lá fui e muito, tudo pelos livros tomando conta de todos os espaços. Sentirei falta deste lugar por lá, como senti de tantos lugares que foram fechando suas portas ao longo do tempo. Nada é eterno, nem eu, já cheio de dores e vivendo hoje às custas de unguentos variados e múltiplos. 

4.) DEFENDENDO O MINISTÉRIO DA SAÚDE SEM OS TENTÁCULOS DE LIRA - RESISTA NÍSIA
Médico Dráusio Varela explicando o que é o SUS e da necessidade do Governo Lula resistir e não entregar a Saúde de quem quer com ele fazer negócio: https://www.facebook.com/100000600555767/videos/pcb.6993306200699329/3436101013278802

5.) FALTA AGORA SÓ A CADEIA, POIS JÁ ESTÁ INELEGÍVEL

quarta-feira, 28 de junho de 2023

CENA BAURUENSE (238)

EIS FOTOS COMENTADAS DE ALGO VISLUMBRADO PELO MAFUENTO HPA NA INSÓLITA BAURU ENTRE MAIO E JUNHO DESTE ANO

01. Em 23/05/2023 publiquei: "O Bauru Chic, casa onde se fazia um dos originais sanduíches Bauru, fez sucesso no pouco tempo de sua existência, mais pela persistência de seu idealizador, o professor aposentado da Unesp Egberto Cavariani. A casa respirava Bauru por todos os poros, com fotos e algo a reverenciar alguns dos tantos bauruenses que fizeram sucesso por aqui e mundo afora. Um primor em todos os sentidos, mas seu proprietário cansou e a casa fechou em 04/04/2010 e desde então, mesmo o local tendo sido alugado para outras iniciativas, nenhum vingou e hoje, já há muito tempo fechado, resta para quem passa ali detrás do Bauru Shopping Center, a enorme saudade de tudo o que um dia foi possibilitado naquela esquina. Do rico acervo, ele até tentou doar para nossos museus, mas desistiu da ideia e hoje, deve continuar sobre sua guarida, muito bem guardadas em algumas caixas em sua residência. O lugar, quer queira ou não, ainda respira e transpira a cara do eterno Bauru Chic".

02. Em 24/05/2023 publiquei: "O Armazém Bar, no começo da rua Quintino Bocaiúva é mais do que ícone de resistência na cidade, só possível pela ação conjunta de seus dois idealizadores, Paulo e Valéria. Ambos deveriam ser tombados pelo Patrimônio Material e Imaterial - junto com o imóvel - diante de tudo o que nos é proporcionado e dali reverberando. Em duas fotos, uma de baixo pra cima e outra de cima pra baixo, algo para endoidecer gente sã: um dos lugares mais aprazíveis e longevos desta terra Sem Limites".

03. Em 15/05/2023 publiquei: "Num mundo - e cidade - cada vez mais distante da poesia, quando nos deparamos com algo de Cora Coralina na parede, como na quadra 12 da rua Xingu, um pequeno alento, enfim, nem tudo está perdido".

04. Em 28/05/2023 publiquei: "Não se faz necessário circular muito pelos restaurantes desta aldeia para se certificar de que, um dos garçons mais eficientes e simpáticos em atividade é o Xerox, atualmente fazendo parte do staf do Convívio, junto ao parque Vitória Régia".


05. Em 31/05/2023 publiquei: "Nessa mesma esquina, ruas Gustavo Maciel com Inconfidência, muitas décadas atrás, uma fábrica de gelo, depois por bom tempo, a sede do Reco-Reco e desde então, a do CIPS, sempre lotado de muitos jovens em busca da esperança de conseguir um lugar ao sol. A edificação, com o passar dos anos, mesmo maquiada, continua a mesma".

06. Em 03/06/2023 publiquei: "Neste sobrado na rua Gerson França funcionou por décadas a tradicional escola de datilografia de Celina Alves Neves, maior dama do teatro bauruense, também sua residência. Depois, quando ela se foi a escola de teatro comandada por Paulo Neves e seus filhos Talita e Thiago. Hoje, depois de tanto maravilhamento ali ocorrido, uma placa de "vende-se" na porta da frente, anuncia os novos tempos".

07. Em 05/06/2023 publiquei: "Casa relembrando tempos antigos de Bauru, esquina das ruas Cussy Junior com Gerson França. Sobrado de muros baixos com varanda, por décadas residência do antigo comerciante libânes João Abo Arraje".

08. Em 06/06/2023 publiquei: "Quem frequenta sebos em Bauru, com certeza conhece o maior deles na cidade, o Sebo Literário, na rua Antonio Alves, entre a Batista e a Rodrigues, comandando por Antonio Guerra e sua filha. Das impecáveis prateleiras, primorosa organização, tudo de fácil localização, sempre valendo a pena na hora do fechamento se deparar pessoalmente com seu proprietário, pois daí nada como aquele choro de última hora. Guerra conseguiu captar ao longo dos anos a sensibilidade inerente aos seus frequentadores, enfim, quem se presta ao prazer da leitura, com toda certeza, merece uma atenção mais do que especial".

09. Em 09/06/2023 publiquei: "Quadra 6 da avenida Rodrigues Alves, um resistente casarão, por décadas escritório da família Simão, parede meia com a loja da Jalovi. Passando pela calçada a imponente porta dando direto pra rua, te faz desviar o olhar e ficar revendo na memória fatos ali já vivenciados".

10. Em 10/06/2023 publiquei: "Na quadra 4 da rua Batista de Carvalho, pleno Calçadão, fachada do Edifício Comercial, todo revestido de azulejos, dando a entender da origem portuguesa de seus proprietários e construtores".

11. Em 12/06/2023 publiquei: "O conceito de padarias mudou muito na cidade e algumas décadas atrás, tínhamos uma aqui na cidade, muito antes desse boom de franquias, a São Sebastião, com placas de lata fixadas na parte frontal e lá os dizeres conhecidos por todos. Eram no máximo denominadas como filiais. Vicejaram por muito tempo, mas depois definharam. Desta aqui, no alto do jardim Bela Vista, esquina das ruas Bela Vista com Doze de Outubro, resta ainda resquícios ainda não subtraídos do local, relembrando o passado. Creio que a última remanescente perdure na vila Cardia, uma padaria quase não atendendo ao público consumidor, mas sim, pequenos comerciantes. Até bem pouco tempo, uma quantidade muito grande de lenha, para seus fornos, ainda era visto no quintal, com o estabelecimento lá no fundo. A São Sebastião deixou saudade e não sei mensurar quantas existiram espalhadas por toda Bauru".

12. Em 13/06/2023 publiquei: "Não mostrem para os fundamentalistas vicejando pela aí esse cartaz na parte interna de uma famosa pizzaria da cidade, pois não irão entender nada e, com certeza, confundirão o Legalize Marinara com algo como o kit gay, ou também provável legalização para a "erva maldita". Não digam que isso existe em Bauru, pois a alcaide, que já vetou até uso de banheiro coletivo - lembram-se do existente no McDonald's? - para homens e mulheres, pode achar isso algo impróprio para bauruenses de fino trato".

13. Em 15/06/2023 publiquei: "Esquina das ruas Treze de Maio com Bandeirantes, predio de quatro pavimentos e nele, creio que o motivo de sua construção, abrigar o Cursos Brasília, depois o escritório regional da Receita Federal e hoje, ainda abrigando algo público, mas desconhecido por mim".

14. Em 17/06/2023 publiquei: "Casa típica de tempos idos lá exposta nos altos do jardim Bela Vista, mais precisamente na quadra 8 da rua Silva Jardim. Creio ser antiga morada de gente da família Amantini, com muita história de vivência ali no entorno".

15. Em 18/06/2023 publiquei: "A Tati é a simpatia em pessoa na venda de camisetas. Ela, junto de seu pai, em dois pontos na feira dominical, rua Julio Prestes e outro, durante toda semana, no canto da praça Rui Barbosa, quase esquina da Primeiro de Agosto com a Gustavo Maciel, ganharam fama nas ruas bauruenses. Se o pai é mais fechadão, ela esbanja alegria no atendimento".

16. Em 19/06/2023 publiquei: "Na rua Bandeirantes, quadra 9, centro bauruense, na entrada de famoso estacionamento, um dedicado funcionário, Beltrão, transformou o local num mausoléu, quase museu, pela infinidade e ajuntamento de pequenos objetos, todos espalhados, lado a lado, ocupando as duas paredes frontais. Além do visual ousado, a possibilidade de encontrar um bom aparelho de som automotivo, a especialidade do guardião do lugar, depois, o mais importante de tudo, desfrutar de boa conversa".

17. Em 25/06/2023 publiquei: "Feira do Rolo, domingo pela manhã, com o aumento de participantes, antes restrita ao largo defronte aoantigo armazém na rua Julio Prestes, agora com um braço já virando a esquina e alcançando toda uma quadra, a da rua Rio Branco, chegando na esquina da rua Marcondes Salgado. Tempos atrás, quando isso já aconteceu, fiscais interviram e impediram o avanço, restringindo-a ao seu espaço inicial, porém, inegável, a existência de muitos mais comerciantes e público, não só com algo para ali ser exposto, como com necessidade de ali estar, daí foi inevitável o crescimento e expansão do fervo. E assim, tudo o que era visto só no largo da Julio Prestes, hoje ganha novos espaços e se multiplica".

18. Em 26/06/2023 publiquei: "Na esquina da avenida Rodrigues Alves com Antonio dos Reis, vila Cardia, edificação que por anos sediou a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, mas tudo foi se deteriorando com o passar dos anos e neste momento, a possibilidade de ser repassada para novas atividades no local: Sede da Orquestra, Banda e Cia Estável de Dança ou Secretaria de Segurança Pública e mais uma Central de Polícia Judiciária".

19. Em 28/06/2023 publiquei: "Pela cidade inteira é possível se deparar com as caminhonetes do DAE, todas cheias de equipamentos, prontos para algum reparo, diário e árduo trabalho. Deparando com um destes, a absoluta certeza, de algum trabalho sendo executado, nalgum canto bauruense. Pelo bem da manutenção de trabalho essencial e nestes tempos pouco valorizados, estes verdadeiramente suam a camisa e mostram para todos a melhor face, da já reconhecida capacidade de seus trabalhadores. O trabalhador de rua da autarquia é um forte, destes tantos aguentando o rojão, enquanto pelas suas costas, nos escritórios com ar refrigerado tramam a privatização do serviço, certamente com a majoração da tarifa mensal e precarização de todo serviço. Se na ponta, no trabalho de rua o DAE é reconhecido, o que falta para nos demais segmentos ter o mesmo padrão de qualidade, eficiência e não deixar a peteca cair?". 

terça-feira, 27 de junho de 2023

UM LUGAR POR AÍ (168)


OS "EXTRADITÁVEIS" DO GARCÍA MARQUEZ E OS APRONTADORES, ANTES TODOS PIMPÕES, HOJE FORAGIDOS DA RUA BANDEIRANTES
Termino de ler por estes dias mais um livro do escritor colombiano Gabriel García Marquez, desta feita o "Notícia de um Sequestro" (editôra Record RJ, 1996, 320 páginas). Nele, nas palavras de seu tradutor, o jornalista Eric Nepomucemo, uma ampla reportagem da situação colombiana quase vinte anos atrás: "Nada do que está neste livro foi inventado. (...) O horror que o livro narra não se limita à sociedade colombiana: com pequenas variações, ele se espalha no risco da degradação que todos os nossos países enfrentam". Cabe antes de fazer uma comparação do que li na história, com feita por mim dos "cagões" brasileiros, até antes da tentativa frustrada de golpe no Brasil, 8 de janeiro, tão senhores de si e hoje, se escondendo o mais que podem para não pagar por seus erros e crimes.

Na Colômbia dominada pelo narcotráfico, quem comandava tudo era o implacável Pablo Escobar, que sequestrou nove pessoas influentes no país, tudo para que o governo flexibilisasse e promovesse lei para que, pudesse permanecer preso no país e não ser extraditado para os EUA, como apregoava lei vigente. Escobar inventou participar de um grupo, os EXTRADITÁVEIS. García Marquez assim explica no livro a situação: "O motivo principal dessa guerra era o terror que os narcotraficantes sentiam diante da possibilidade de serem extraditados para os Estados Unidos, onde poderiam ser julgados por delitos ali cometidos e submetidos a penas descomunais. (...) Apavorados pelo longo braço dos EUA no mundo inteiro - perceberam que não teriam lugar mais seguro que a Colômbia, e terminaram sendo foragidos clandestinos dentro do seu próprio país. (...) A proposta era de se entregarem à Justiça, com a única condição de não serem extraditados, ou seja, 'preferimos um túmulo na Colômbia a uma cela nos EUA'". Para conseguir o intento iniciaram uma série de sequestros, com o terrorismo em uma mão e a negociação na outra forçaram o governo a uma queda de braço, finalmente vencida. E assim, desde então, nenhum narco foi mais extraditado por lá.

Algo similar, mas ao contrário, acontece neste exato momento no Brasil, com extensão para a cidade dita e vista como Sem Limites, nossa insólita Bauru. Por aqui, muitos se arvoraram como Salvadores da Pátria, patriotas até a medula e não só financiaram como bancaram os tais acampamentos golpistas, primeiro na rodovia Marechal Rondon, depois defronte quartel na rua Bandeirantes. Se achavam por cima da carne seca, se expunham, levavam mantimentos, pousavam para fotos e tinham a certeza, não só da impunidade, como do retorno triunfal do maléfico e pérfido Seu Jair ao poder. Deram com os burros n'água com o trágico desfecho da tentativa frustrada de golpe em 08 de janeiro. A partir desta data, os até então valentões se mijaram nas calças e desde então, quando começaram as prisões, apagaram tudo o que haviam postado e se escondem na penumbra, tentando escapar da cana dura e da penalização pela Justiça, pois como se sabe hoje, estavam todos muito foras da lei.

Se lá na Colômbia os narcotraficantes armaram um plano sórdido para não serem extraditados, denominando-se como os EXTRADITÁVEIS, por aqui, sem sequestro, sem alarde, agem exatamente ao contrário. Ou seja, os danadinhos, se consideram como INATINGÍVEIS ou mesmo, INALCANÇÁVEIS pelos braços da lei. Ao invés de uma ação de contra-ataque, como na Colômbia, a ação é a não ação, onde todos, como o avestruz, colocaram suas cabecinhas dentro de um buraco e assim esperam o clima esfriar, para sairem à luz como se nada tivessem feito ou acontecido. Comparo estes com os pérfidos narcotraficantes, pois se os de lá praticam muita ilegalidade, os daqui também o fizeram. Na minha modesta opinião, quem trafica droga merece punição tanto quanto quem pratica tentativa de golpe de Estado. Ambos perniciosos à nação. Os de lá, preferiram optar por se entregarem e permanecer presos na Caolômbia, já os daqui fogem de identificação e já estão novamente colocando o pescoço para fora do buraco, pois já estão se achando novamente e com a impressão de terem escapado dessa. Ah, como seria de bom alvitre vê-los ainda pagando pelos seus erros e diferente dos de lá, vejo alguns, quando a porca estava pra torcer o rabo, já estavam de malas prontas, justamente para refúgio, pasmem, nos Estados Unidos, só que não enjaulados e sim, soltinhos da silva. Por aqui, ainda a esperança de serem devidamente identificados e punidos. A esperança é a última que morre e hoje, terça, 27/06, algo dela, com a Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan sendo criminalizada pelos crimes cometidos através de seus microfones. Por que não o mesmo com os grandões/graúdos, os que bancaram o desenrolar do golpe até o último instante?

Se bobear, se um dia forem pegos e tendo que pagar por seus crimes, ousariam os agora foragidos, fazer o mesmo que Pablo Escobar, construindo seu próprio presídio, inclusive com farta alimentação, como a que propiciaram nos tais acampamentos, como o da bauruense rua Bandeirantes? Teriam cabedal para tanto? Que se acham, não tenho a menor dúvida.

DIA HISTÓRICO - A JOVEM PAN, OPS, DIGO, VELHA KLAN PRESTES A PAGAR PELOS SEUS ABUSOS - ESTÁ CHEGANDO A HORA
Urgente!! Após longa investigação, o MPF - Ministério Público Federal acaba de pedir a CASSAÇÃO DA CONCESSÃO DA JOVEM PAN! Além de disseminar fakenews, a emissora, como até as pedras do reino mineral sabem, fez parte da tentativa de golpe de Estado!!
Hoje o dono de uma das afiliadas recebeu visitinha da Polícia Federal!! A casa tá caindo para os bandidos!! Se tudo der certo e tiver prosseguimento o iniciado hoje, em breve novidades alvissareiras sobre a condução nada racional da concessionária bauruense, levando o nome no CNPJ, de Jovem Auri-Verde e dirigida pelo indecifrável Alexandre Pittoli.

Grande dia!! A revista Fórum deu em primeira mão a notícia, muito comemorada em Bauru, pois aqui uma das piores retransmissoras da JP, talvez a mais aguçada no quesito aberração da natureza. Vejam algo da matéria da Fórum: "O pedido foi feito em função da veiculação sistemática da rádio, em sua programação, de conteúdos que atentaram contra o regime democrático. (...) O MPF destaca que as condutas praticadas pela Jovem Pan violaram diretamente a Constituição e a legislação que trata do serviço público de transmissão em rádio e TV. (...) O MPF pede ainda que a Jovem Pan seja condenada ao pagamento de R$ 13,4 milhões como indenização por danos morais coletivos. O valor corresponde a 10% dos ativos da emissora apresentados em seu último balanço. (...) O MP pede ainda que a Justiça Federal obrigue a Jovem Pan a veicular, ao menos 15 vezes por dia entre as 6h e as 21h durante quatro meses, mensagens com informações oficiais sobre a confiabilidade do processo eleitoral. As inserções devem ter de dois a três minutos de duração e trazer dados a serem reunidos pela União, também ré no processo. (...) "A Jovem Pan", de acordo com o MPF, "disseminou reiteradamente conteúdos que desacreditaram, sem provas, o processo eleitoral de 2022, atacaram autoridades e instituições da República, incitaram a desobediência a leis e decisões judiciais, defenderam a intervenção das Forças Armadas sobre os Poderes civis constituídos e incentivaram a população a subverter a ordem política e social". A nota diz ainda que "a Jovem Pan contribuiu para que um enorme número de pessoas duvidasse da idoneidade do processo eleitoral ou tomasse ações diretas como as vistas após o anúncio do resultado da votação, especialmente o bloqueio de estradas em novembro passado e o ataque de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro. As outorgas de rádio da emissora estão em operação em São Paulo e Brasília, mas a rede conta com mais de cem afiliadas que retransmitem o sinal a centenas de municípios em 19 estados, alcançando milhões de ouvintes".

Tudo tem que ter um começo e hoje, teve início algo muito aguardado até então, o fim da farra jornalística promovida pelos microfones desta emissores a difundir fake-news. A de Bauru na mira, questão de dias...

segunda-feira, 26 de junho de 2023

BEIRA DE ESTRADA (168)


O VEREADOR MEIRA TENTOU DEMONSTRAR DA INVIABILIDADE DO DAE, MAS HOJE ACABOU FAZENDO O CONTRÁRIO: DEIXOU CLARO QUE O MOTIVO NÃO É FALTA DE GRANA E SIM, FALTA DE INTERESSE EM VÊ-LO SOBERANO, ALTIVO E RESOLUTIVO
Na sessão semanal da Câmara dos Vereadores de Bauru, não vi como o momento mais importante a instalação da CEI - Comissão Especial de Inquérito, no caso das Contrapartidas, rejeitada pelo Baixo Clero dos vereadores, mas sendo obrigada sua implantação, por decisão judicial. Ver vergado o interesse destes tantos protetores dos interesses da atual alcaide, sempre é bom vê-los vergados e sendo obrigados a ter suas decisões contrariadas. A juíza Elaine Cristina Storino Leoni contrariou o procedimento frequente até então, o dos próprios vereadores regulamentarem a abertura de CEIs. No entendimento já consensual país afora, a Justiça somente ratificou a participação de todos os representantes do povo nessa iniciativa. Se a CEI vai dar algo contra os interesses estabelecidos, difícil, mesmo quando a maioria deles age contra o prescrito da legislação, porém, algo deve ser levado em consideração, o Baixo Clero, a maioria com menos poder de fogo de importância na Casa de leis, quando se juntam, passam a ganhar todas, daí, os próximos passos serão dos mais interessantes.

Enfim, vi a presidência da Casa tendo que instaurar a CEI, mesmo contrariando como algo já previsto, daí, nenhuma novidade. Instaurar é uma coisa, dar em algo, bem outra. Porém, sem tempo para assistir a sessão por inteira, me reservo a comentar uma das falas, a do vereador coronel Meira, que como de vezes anteriores, investiu pesado contra o DAE como autarquia pertencente à Prefeitura Municipal de Bauru. Ouvi atentamente sua fala, a citação dos índices, os percentuais todos, mas nenhum deles me convenceu, pois a conta é simples e não foi feita pelo coronel vereador. Ele, mesmo diante de tantas evidências em contrário, já decidiu seu voto pela privatização e entrega da autarquia para a iniciativa privada, daí, junta argumentos para convencer incautos.

Reafirmo, convence somente incautos e desprovidos de entendimento lógico, pois do contrário não dá para comprar a ideia da entrega de tão rentável autarquia para a iniciativa privada. O próprio coronel em sua fala, demonstra isso, o da alta quantidade de valor arrecadado e do quanto de grana entra nos cofres municipais advindos não só de arrecadação. Ele demonstrou isso, fazendo até questão de citar os valores todos e foi justamente aí, que deixou bem evidente do principal motivo pela não privatização. Explico. A justificativa do vereador é a de que, não existe vontade política de fazer o DAE funcionar a contento, pois mesmo com muita grana não fazem o que tem que ser feito. Em toda sua fala, reafirmando sempre este ponto, o de como várias administrações, mesmo diante de todas possibilidades de fazer o DAE vingar e voltar a ser a "Joia da Coroa", fizeram sempre exatamente o contrário. Ou seja, o problema não é falta de recursos e nem de incompetência, mas de falta de vontade política de ousar fazer o que tem que ser feito.

Entendi assim a fala do Meira: nenhuma das últimas administrações teve vontade de ver o DAE realmente trabalhando para a cidade, sendo, fazendo e acontecendo. Demonstra como poderia tudo ter ocorrido diferente e diz textualmente, da incompetência, má vontade e por causa disso é a favor da privatização. Pois é exatamente por causa disto que sou contra a privatização. Se existe grana suficiente para reverter a situação do DAE e as administrações não o fazem, por que então entregar tudo para que um empresa o faça? Primeiro, também não farão e só ganharão muito, sem melhorar nada. Vão é piorar, aumentar o preço da água e prejudicar ainda mais o consumidor. O que falta, algo simples, ao meu ver é apontar os erros, demonstrar quem age contra os interesses do DAE, mostrar dos motivos de todos seus administradores até então terem agido contra o próprio patrimônio e deste forma, aliado aos seus trabalhadores, buscar uma solução, sob pressão, fazer com que na indicação de quem o dirige, seja colocado alguém capacitado e corajoso para fazer o DAE funcionar a contento. Este o momento de ser dado nome aos bois, apontar quem são os que atrasam e empacam o DAE, o fazem patinar e causar tantos danos para a cidade.

Se como disse o vereador, o DAE poderia ter agido diferente, este o momento, antes que o desgrassem, apontar seus erros e ir em busca do acerto, do caminho correto e sendo conduzido por gente não só capacitada, mas também com coragem de lutar contra as adversidades impeditivas dele vingar. Meira não me convenceu com seus argumentos favoráveis à privatização, creio eu, nem a ele próprio, pois pelo que entendi, pode mudar de posição se algo for feito. Pois que este algo comece a ser feito neste momento, com os trabalhadores, através do Sinserm, o sindicato da categoria, começando a produzir uma séria denúncia sobre tudo o que ocorreu até hoje, tornando o DAE improdutivo e incompetente. E sendo mostrado o outro caminho. Existindo algo muito forte e consistente neste sentido, existe uma grande chance do DAE ser salvo. Aposto nisso.

LOGO DEPOIS...
RAFAEL SANTANA DE LIMA CORROBORA O QUE JÁ HAVIA ESCRITO COM:
"VEREADOR MEIRA/ENERGIA FOTOVOLTAÍCA - ( E MÁ GESTÃO DO D A E ).
VEREADOR MEIRA FALOU NA SESSÃO HOJE COM MUITA PROPRIEDADE SOBRE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA PELO DAE, QUASE "50 MILHÕES", E A POSSIBILIDADE DE COMPRAR NO MERCADO LIVRE ECONOMIZARIA 30%, E A FOTOVOLTAÌCA, QUE PROPORCIONARIA ATÉ UM SUPERÁVIT PELO DAE.
POIS BEM...APRESENTEI INSISTENTEMENTE VIA SAGRA, PEDI Á ALGUNS VEREADORES, FOI QUESTIONADO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA A UM ENGENHEIRO DO DAE PELA VEREADORA ESTELA, MANDEI E-MAIL PRO DAE SOBRE O PROJETO DE FOTOVOLTAÍCA, QUE SERIA IMPLANTADO NO ASSENTAMENTO HORTO AIMORÉS, NO QUAL 10% DO SUPERÁVIT SERIA DESTINADO PARA A AGRICULTURA FAMILIAR, ATÉ MESMO UM ENGENHEIRO ELÉTRICO DA SECRETARIA DE OBRAS SOLICITOU PARA QUE ME ACOMPANHASSE NA APRESENTAÇÃO DO PROJETO AO EXECUTIVO, IRIA ARGUMENTAR SOBRE A IMPORTÂNCIA DO FOTOVOLTAÍCO.
SABEM O QUE ACONTECEU...NADA...ASSIM CAMINHA BAURU, FALTA VONTADE POLÍTICA E O PIOR " VONTADE DE TRABALHAR ".

Obs. deste mafuento HPA: Não é uma questão de defender o Meira, longe disso, mas mer atentei, assim como o Rafael, para algo simples: O DAE tem conserto, a fala do Meira demonstra isso, mesmo ele sendo a favor da privatização. Falta, neste momento, uma administração que defenda o DAE e o coloque à serviço da população, fazendo o que tem que ser feito para que volte seus olhos para a cidade, com gestores qualificados no seu comando. Mas, para isso ocorrer, precisa em primeiro lugar, a administração municipoal querer, pois o DAE é uma autarquia municipal e está sob o comando de quem foi eleito para administrar a cidade. Se este (a) é contra, daí só mesmo com muito sangue, suor e lágrimas.

domingo, 25 de junho de 2023

DICAS (233)


DESTRUIR AO INVÉS DE DIALOGAR*
* Eis meu 115º texto para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição de hoje:

Bauru vivenciou por este dias alguns trágicos momentos de destruição de edificações no seu, considerado centro velho da cidade e deles quero me ocupar, comparando com algo a ocorrer em outras localidades. Noto pelos escritos do jornalista Sergio Moraes no DEBATE, sua preocupação pela preservação de algumas edificações, muitas também em plena transformação também aí em Santa Cruz, como por todos os demais lugares. Uns se preocupam com a preservação, outros já nem tanto, querem ver no local, algo dito e visto como “moderno”, sem se importar com o passado e o que ali vicejou por bom tempo.

Mais do que sabido, vivenciarmos um presente nada auspicioso, enfim, hoje sintetizado na tentativa de lutar contra a sensação de desolação sobre o mundo. Tudo mudou, mas algumas mudanças incomodam e dentre elas, mais do que perigoso cairmos todos no pessimismo que nos convida a uma forma profundamente nostálgica de política. Perigoso, na falta de um futuro melhor, fetichizarmos um passado imaginário, submetidos, muito pelas redes sociais, a uma leitura do mundo que induz à ansiedade e à política disso decorrente.

O primeiro parágrafo podem me dizer, não ter muita coisa a ver com o segundo, mas tudo está mais do que entrelaçado. Eu, por exemplo, não desisto dos meus sonhos e não entendo o futuro pondo abaixo o passado, principalmente o que nos levou ao estágio atual, a fonte do progresso da aldeia onde vivemos, escolhemos passar nossos dias, ou mesmo, sem escolher, ali estamos fincados. Eu não consigo pensar no futuro, simplesmente destruindo o passado e tudo isso feito sem nenhuma boa perspectiva, sem um planejamento, uma proposta alternativa viável e justificável.

Em Bauru, na atual administração da fundamentalista Suéllen Rosim não existe diálogo entre as partes, pois tudo o que aqui acontece passa somente pela sua cabeça e a dos seus, pensando igual a ela. Nada o mais. Estes decidem o que é certo e errado, muito também com os ditames propostos pelo pregado nos púlpitos religiosos que estes frequentam. Não dá para administrar uma cidade deste jeito. Evidentemente, a tendência é dar errado. A desolação vem daí, deste sentimento de que, muitos dos atuais governantes perderam o bom senso na hora de colocar em prática suas ações. O passado pode ter sido bom, o futuro nem tanto, mas nem por isso deixarmos de sonhar, pois algo precisa mudar, do contrário, a pergunta, onde vai dar isso tudo?

Derrubar edificações é fácil, basta mandar o trator colocar abaixo. Mas e depois, o que virá no lugar? Um momentâneo estacionamento para autos, como proposto por aqui, algo que, pode se eternizar por muitos anos, enfim, administrações terminam e logo ali, na virada da esquina, surgem outras. Derrubar por derrubar, sem nada de concreto no lugar ou uma mera ideia, como Suéllen propõe para Bauru, um local para abrigar os camelôs. Nem estes foram ouvidos, muito menos a comunidade, os moradores e envolvidos com a região. Tudo ideia dela, sem respaldo ou mesmo critérios, estudos. Ela acha que deve ser assim, escuta no máximo a reverberação de súditos pelas redes sociais e isso lhe basta, bota abaixo. Que o mesmo não ocorra aí por Santa Cruz. A ação dela, aliás, é exatamente como Bolsonaro agia, derrubava, mandava mudar a lei quando edificações antigas interferiam nos interesses de seus endinheirados seguidores. Jeito estranho e condenável de fazer política.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).

RESPOSTA PRA QUEM QUER "DESTOMBAR" TUDO NESTA CIDADE
A atual alcaide municipal foi lá na praça Machado de Mello com um trator, derrubou o que pode e desta forma deu continuidade na sua política higienista, algo pouco compreensível para quem está, no mínimo, acostumado com amplo debate antes da ação destruidora. Nada disso ocorreu em Bauru, mas mesmo assim, muitos a defendem. Certo que, a maioria destes não possuem informações de fato sobre sua política e a elogiam, mais por fazerem parte de seu grupo político, staff ou mesmo, bajuladores.

Na edição de final de semana do Jornal da Cidade, 24 a 26/06, na Tribuna do Leitor um destes, Roberto "general" Macedo, que além de desacreditar na revitalização da área central, tece comentários despropositados e sem nenhum conhecimento técnico. Tudo na base do chutômetro - e como chuta mal, o missivista do jornal. Escrevendo sobre o Hotel Milanesi, já devidamente lacrado há meses, afirma que "hoje serve de refúgio a drogados, nóias e trombadinhas, que arriscam sua vida entre cacos de parede que podem ruir a qualquer momento matando não só essa ESCÓRIA que ali habita...". O cara é pérfido, diria mesmo, doente, pois enxerga os moradores em situação de rua como "escória", como escreveu.

Além da visão distorcida, fora de sintonia é perigoso. Depois ataca o tombamento feito pelo Codepac: "Uma vergonha esse tombamento, ninguém, nem a Prefeitura nem iniciativa privada pode fazer algo com aquela ruína enfeiando o local, tem que 'destombar' e demolir pra depois pensar e planejar no que fazer para revitalizar o centro da cidade". 
Compreensível, para alguém, cujos textos primam sempre por algo neste sentido, uma descompreensão do papel das cidades no todo. A única coisa compreensível no seu texto é quando tece críticas para o tal Shopping Popular, pretendido pela alcaide, pois no mais, continua o festival de desinformação e perniciosidade. Sugere o destombamento do citado hotel como solução inicial e diante do conjunto da obra, melhor esquecer tudo, desconsiderar e tratá-lo como alguém, necessitando de qualificação. Não sei nem se valeria a pena indicar leituras, melhor aprofundamento antes de emitir tanta baboseira como ideias e propostas.

Estarrecido, o mínimo que faço neste momento é relembrar de algo lido décadas atrás na apresentação do livro "Os dez dias que abalaram o mundo", do norte-americano John Reed. Este presenciou a Revolução Russa de 1917 e Lênin, o revolucionário dirigente assumindo o governo, antes de tecer comentário sobre o dito no livro, fez algo simples: leu a obra, a entendeu e só depois a comentou. Seu comentário faz parte da abertura da obra, na forma de curto prefácio: "Com imenso interesse e igual atenção li, até o fim o livro de John Reed. Recomendo-o, sem reservas, aos trabalhadores de todos os países. É uma obra que gostaria de ver publicada aos milhões de exemplares e traduzida para todas as línguas, pois traça umquadro exato e extraordinariamente vivo dos acontecimentos que tão grande importância tiveram para a compreensão da Revolução Proletária e da Ditadura do Proletariado. Em nossos dias, essas questões são objetos de discussões generalizadas, mas, antes de se aceitarem ou de se repelirem as ideias que representam, torna-se necessário que se saiba a real significação do partido que se vai tomar". Lênin foi magistral e desta forma, faço uso para dar uma lavada no tal "general", diante do tacanho pensamento apresentado em suas missivas, nada progressistas, avançadas ou, no mínimo, justas. Será que algum dia já leu algo a respeito de "tombamentos" ou também, como a prefeita, segue dando pitacos movido somente pela ideia higienista que possuem em mente? Não preciso nem conferir para ter a certeza, não leu e não lerá nada, mas chuta muito.
Obs.: Não consegui o link da missiva, antes tão fácil no site do jornal, hoje tudo dificultado por lá.

PEDROSO
Estar num local e conversar sobre a passagem de Antonio Pedroso Junior entre nós é salutar, um primor.
Será nos próximos dias.Encontro reelembra 02 anos sem Pedroso.
Antonio Pedroso Jr, Chinelo, como era conhecido, foi um histórico militante político de esquerda e escritor. Seus livros narram as lutas de brasileiros que a ditadura perseguiu.

sábado, 24 de junho de 2023

MEMÓRIA ORAL (293)


amanheço o dia com essa publicação
É HOJE, 16H NO ARMAZÉM DO CAMPO, EVENTO PRÓ MST E NA BARRACA DO PT, PASTÉIS DA VALQUIRIA E BOTTONS DO HPA
Vamos todos?
Até lá...

termino o dia com essa publicação
ALGO DO QUE VI NO ARRAIÁ DO ARMAZÉM DO CAMPO, DAÍ INEVITÁVEL, O MST HOJE
Boa parte de meu dia neste sábado, 24/6 dediquei para a ida e participação da barraca petista no Arraiá do Armazém do Campo, o ponto de encontro e local de apoio do MST na cidade. Primeiro, enalteço essa loja com os produtos do maior movimento social brasileiro, por ela existir na cidade e propociar a apresentação e revenda de produtos advindos dos muitos assentamentos espalhados país afora. Ali é encontrado produtos de norte a sul do país, muitos levados como presentes para eventos variados, outro tanto para consumo diário. Um luxoi só e a demonstrar, para todos que estiverem com olhos dispostos a enxergar o óbvio, que o MST faz e muito hoje por este país, tanto no quesito estar junto do povo mais necessitado, devido suas constantes ações em prol destes, como com a comprovação de que, não merecer ser objeto de uma CPI e sim, reconhecimento pelo tanto que tem feito, não só pelo homem do campo, mas pelo Brasil num todo. Quem não enxerga isso, desculpe, não merece nem a continuidade da conversa, pois ou é alguém com dificuldade cognitiva para entender o que se passa de fato neste país, ou um ainda seduzido pela malversação a nós imposta pela tentativa da ultra-direita de impor algo incompatível ao país. O MST é luz e não o oposto.

Seu Arraiá, localizado num terreno ao lado da loja do Armazém é a demonstração clara e evidente disso tudo. Quem esteve por lá pode constatar isso in loco, ao vivo e a cores. Minton Dota, ao ceder o espaço para a realização do evento, estava preocupado com sua materialização, pois nele nada havia além de tudo limpo. Joyce, a brilhante administradora da loja o acalma e diz: "Deixe por nossa conta. O sr conhece o MST, venha na hora e constate o que faremos". E foi feito. Barracas padronizadas, doadas a eles tempos atrás, laderam o terreno e em cada, entidades convidadas, dentre elas a do PT, cada qual cuidando de uma especialidade, desde a venda de livros, souveniers, como os quitutes, todos os possíveis e imagináveis, tendo ao fundo uma fogueira e na frente, um improvisado palco onde um trio sertanejo raiz abrilhantou a festa.

Meus olhos se voltam para algo, que para muitos podem passar batido. Sou convidado para muitos eventos, como alguns do Carnaval, onde chegando lá, a música tocada não é propriamente e tão somente de Carnaval, o que para mim é mais do que um erro. Neste arraiá, muito pelo contrário, a primeira canção ali tocada, no início dos trabalhos foi uma na voz de Dominguinhos, a "Isso aqui tá bom demais" e na sequência, só forró e temas juninos, nada mais. Era tudo o que todos ali estavam precisando, enfim, festa temática é para ter música envolvendo o tema. Abomino as com essa finalidade e tocando de tudo. Ecletismo é pra outros momentos, não para estes. Acertaram em tudo, também neste quesito.

Circulei por todos os lugares e me deliciei, primeiro pelos contatos, todos mais do que agradáveis. Éramos muitos, não só gente advinda de variados assentamentos, como agrupamentos políticos, dentre estes, além da barraca do PT, com muitos militantes e ali a venda dos pastéis e bottons, destacando a do Avante!, agrupamento de jovens, a maioria universitária, todos muito bem engajados e afiados com o propósito da festa e do ideal de vida escolhido, o da persistente luta. Cada qual com algo preparado e ali exposto, numa convergência mais do que possível e bem dentro do ideal do MST, o de demonstrar sempre que, da luta nasce também frutos de muita solidariedade para com todos os envolvidos neste renascimento do País. Eu aposto nisso, nessa união de gente lutando por interesses muito parecidos, mesmo com divergências na trajetória, mas todos lutando contra a perversidade atualmente ainda a perseverar no nosso dia a dia.

A festa foi isso e muito mais. Minhas fotos aqui publicadas não refletem o todo do ali vivenciado, pois tirei poucos e na maioria as de muitos no meu entorno, mas ela foi muito mais. Lembro do reencontro com o Gringo, militante de um dos assentamentos do MST na região, ele cuidando da barraca do milho cozido e de conversa, começada tempos atrás e ainda não encerrada, dele vir a ser um dos próximos dentro do projeto de bate papos proporcionados pelo Lado B. é de gente assim como ele que, não só gosto de estar, como preciso cada vez mais dedicar meu tempo para passar adiante algo do que fazem, como fazem, até para dirimir dúvidas e mal entendidos. Quero dizer com isso que, mostrando algo advindo do MST, mostro sua verdadeira face e não a que querem nos impor, como nesta bestial CPI, que lá na frente, vai dar com os burros n'água, pois com toda certeza, vai demonstar o contrário e ao invés de criminalizá-los, irá expor ao país suas ações em prol de um Brasil que precisa dar terras e abrir espaço para uma produção alternativa e a atender as camadas mais necessitadas da população.

O MST não invade nada. Quem invade, neste momento do país são os representantes desta ala predatória do agronegócio e afins, grileiros por natureza e fazendo do desmedido lucro, só a beneficiar a sí e não ao coletivo, a fonte de seus negócios. O MST prega e coloca em prática o contrário, basta ver e conhecer o dia a dia de seus assentamentos e também do que ocorre, por exemplo, no propagado pela loja Armazém do Campo. O arraiá foi só um cadinho de tudo o mais que pode ser dito e visto sobre estes. Eu já conhecia, eu já tinha certeza disso tudo, mas nem todos possuem este entendimento e muito ainda precisa ser feito para tirar da mente dos que passaram pela lavagem cerebral de criminalização do MST. Conehecendo-os de fato, essa impressão vai logo embora, mas para os reticentes, se faze necessário, uma aproximação, um olhar com outros olhos, com os dos pés fincados no chão da realidade brasileira. Diante disso tudo, estou com eles e não abro.


sem se esquecer deste destaque
VALQUIRIA E SEU ENCANTAMENTO, LUZ PRÓPRIA
Diante de tantos arraiás ocorrendo na cidade, destaco o que estive presente, o do Armazém do Campo, realização do MST local, ali na Araújo Leite, próximo ao Poupatempo e dele destaco a sempre sorridente Valquíria Correa, miltante petista e dentro da barraca destinada ao PT, moveu seus apetrechos para o local e ali fincou de maneira brilhante o agrupamento de venda de seus pastéis de feira. Todas as barracas ali no local merecem serem destacadas, muito pelo dinamismo de em cada, algo ocorrendo e a demonstrar a pujança deste segmento do movimento social brasileiro. Foi uma festa mais do que contagiante e Valquíria representa o lado que todos devemos expor, o da garra com que se empenha na realização de suas tarefas. É com gente assim que iremos de reconquistar este país num todo, além, é claro, de muita luta e perseverança.

O Armazém do Campo é um lugar a ser conhecido, divulgado e frequentado em Bauru.
Agradecimentos mais do que que especiais para Joyce, a faz tudo do local, em breve merecendo um textão deste mafuento escrevinhador. Falar e escrever deles todos me enche de muito contentamento.