segunda-feira, 12 de junho de 2023

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (161)


O QUE ESPERAR DO FUTURO POLÍTICO DESTA CIDADE NA PRÓXIMA ELEIÇÃO? - CONTANDO ALGO DE ANDREA, ESCREVO SOBRE ESPERANÇAS E DESESPERANÇAS
Ando pensando muito nisso tudo. Frequento a feira dominical e por lá gostaria de comentar das conversas que tenho tido com a comerciante e feirante Andrea, muito conhecida em todas as feiras municipais como ANDREA DA FEIRA. Ela é dessas que, não foge da raia, acorda cedo e bate cartão em variadas feiras bauruenses. No último domingo, além de ter atuado na central de Bauru, com sua barraca montada na rua Julio Prestes, quase esquina com a Gustavo, boca de entrada da Feira do Rolo, fazendo sucos, principalmente laranja. Na parte da tarde a vi também com a mesma disposição da manhã, barraca montada e toda agitada defronte o portão de entrada do Arraiá Aéreo, do outro lado da avenida. Ela é batalhadora, cava seus espaços e não tem medo de ir à luta. Vai e é uma vencedora. Conheço pouco de sua vida, mas pelo pouco que sei, é líder comunitária no Mary Dota, bairro onde mora e atua comunitariamente.

E por que escrevo dela? Porque, como tantas outras pessoas desta cidade, ela nunca até hoje participou de eleição como candidata, mas desta feita, para o próximo pleito, foi picada pela mosca azul. Quer porque quer se candidatar a vereadora e acha que terá votos suficientes para chegar lá. É a esperança em pessoa. Muito animada, tem conversado sobre este assunto com todos à sua volta e recebido destes incentivos extras. Acabou se filiando ao PSB - Partido Socialista Brasileiro, cujo dirigente maior na cidade é o ex-vereador Batata. Ela está aprendendo os meandros da política e assim segue, acreditando na realização do seu sonho. Quem sou eu para colocar areia no seu caminhãozinho. Mais ouço do que lhe digo algo. Na verdade, digo ter, no máximo, escolhido um bom partido e que a contenda é sempre difícil e na maiorias das vezes dolorosa, pois mais decepciona do que, a pessoa sai vitoriosa. Ainda mais assim de cara, na primeira investida.

Escrevo dela e, desta forma, quero dar uns pitacos sobre o que virá pela frente no próximo pleito. Em relação aos candidatos que estão despontando pela aí, nenhuma novidade, pois a cada ano surgem novos, todos já se achando eleitos e apostando suas fichas, investindo pesado, sonhando em chegar à vereança. Cá do meu canto, observo a todos e fico contente quando os vejo envolvidos, no mínimo, em projetos comunitários e não somente em projetos pessoais de vida. Comentei com a Andrea, que o PSB, assim como todos os demais, precisam de muitos candidatos, para chegar no coeficiente eleitoral, ou seja, numa quantidade mínima para conseguir eleger um ou mais vereadores. Ela tem que estar ciente disso, trabalhar pensando nisso, que pode tanto chegar lá, se tiver realmente este apego de milhares de votos ou ajudará, no máximo, com a somatória de seus votos e de outros, a eleger alguém de seu partido. Ela me diz estar se reunindo com os membros do seu partido e discutindo este e outros temas. Penso nela, sua vontade de chegar lá e tantos outros, muitos com a mesma intenção, a de fazer algo pela sua cidade. Mas isso basta?

Essa pergunta é de difícil resposta, pois a máquina política partidária e como a política é exercida no Brasil, tudo é feito mais pelo engrandecimento da pessoa, do candidato, do que um projeto transformador. Olho para o futuro do país e tento ir observando se ainda existe realmente essa possibilidade diante de tudo o que vem acontecendo na política nacional. Dentro da atual composição da Câmara de Vereadores, como atuam a maioria hoje em dia, algo decepcionante e sem esperança. Enfim, é para isso que foram eleitos? Vejo a maioria desconectados de algo coletivo e emancipador para a cidade, a maioria pensando nos próximos botões e também aliados com a atual administração. Este o lado nefasto da vereança, o fato de hoje a maioria não mais fiscalizar o Executivo, a função primeira de um mandato, mas se aliar com a atual mandatária, votando nos interesses dela e se beneficiando desta união. Que a maioria dos novos postulantes não pensem desta forma e jeito e venham para inovar, propor algo realmente dentro do que deve ser a a política. Não dá para imaginar o futuro, o que virá pela frente e quando converso com a Andreia, fico a pensar nos tantos como ela, a maioria já com o bloco na rua, sendo e fazendo, em plena campanha.

Vivemos um momento sem muitas perspectivas de algo novo surgir e fazer frente à reeleição da atual alcaide, mas como tudo é possível e ainda temos um tempo pela frente, sonhar é preciso. Eu sonho, acredito em algo novo, mas também estou muito decepcionado com o atual político, quando está cada vez mais difícil se deparar com candidatos e candidaturas ideológicas. Eu quero acreditar nas pessoas, não desacredito de gente como Andrea, mas vejo o Brasil um tanto perdido, desorientado e no descaminho. Falta-nos educação e, principalmente, boa formação política. Sem ela, continuaremos elegendo gente a compor com administrações pervsersas e, desta forma, nada contribuindo para um futuro altaneiro para a sofrida Bauru. Quero com este texto continuar acreditando, mas depositando poucas esperanças, enfim, não quero ser desanimador, mas o presente não me sugere algo assim tão edificante. Onde recarregar minhas esperanças?

outra coisa
SILVIO BERLUSCONI ERA O DONO DA ITÁLIA, MAS...
Ele se foi ontem. Faleceu um dos capôs da Itália nos seus tempos modernos. Dono de tudo, fez e aconteceu com o país, inclusive com as mulheres, com as quais adorava ser visto, sempre em relacionamentos onde predominava o seu poder de "macho" e mando. Com aquele sorriso maroto e pérfido no canto do lábios fez e aconteceu até quando pode. E pode muito, fez muito em questão de sordidez e malefícios. Chegou ao poder também do país e muito em função do futebol. Foi presidente do Milan, este vitorioso no seu período, pois esbanjando muito dinheiro, conseguiu amealhar muitos ídolos e títulos.
Algo é para mim inesquecível neste período, o envolvendo o futebol. Um dos maiores ídolos daquele momento nunca se vergou ao seu poder e sempre se mostrou, não só arredio, como o repugnou, preferindo se manter à distância. Falo de Maradona, que por essas e outras é o grande ideário mundial. Corria os anos 80 e Berlusconi tentou se aproximar e dele subtrair dividendos, mas o craque argentino, ciente do papel que lhe cabia no contexto, nunca dele se aproximou. Maradona não era esperto, era sim, mais do que ciente da grandeza humana representada pelas suas inserções no mundo, não só da bola. Enfim, Berlusconi fica na história não só pelas suas atitudes fora do comum, mas pelo exercício autoritário do poder, já Maradona, continuará ad eternum no papel de digno representante do povo. Não me esqueci dessa passagem na vida dos dois e hoje, relembrando o que a memória não me deixa esquecer, cá a relembro. Uma foto juntos é algo inevitável no mundo de hoje, quando encontros entre eles deve ter ocorrido muitos, porém, em todos, Maradona se manteve distante, sem nenhum tipo de envolvimento. Nem preciso declarar quem admiro de montão e quem credito ter sido um dos peçonhentos do mundo atual.

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