VIAJAR É TÃO BOM QUE ATÉ ME ESQUEÇO DE ESCREVER E PUBLICAR MEUS TEXTOS POR AQUI
Bater asas é um privilégio e dele usufruo neste momento.
Estarei fora de Bauru de 14 a 25 de julho de 2027 e mesmo assim, sempre espero encontrar tempo para ler algo de Bauru, me inteirar dos fatos e continuar escrevendo algo, dando uns pitacos aqui e acolá. Nem sempre isso é possível, pois as coisas da viagem, em algumas oportunidades, ganham uma proporção maior do que a gente esperava.
Desta feita estou cá em Buenos Aires, com um Congresso Acadêmico pela frente e uma baita cidade de outro. Essas minhas prioridades no momento, além de estar ao lado de Ana Bia, minha companheira de todas as horas. Sobra pouco tempo, ou melhor, quase nenhum.
Tenho travado inúmeras conversações por aqui, mas sobre o que aqui se suscede. A Argentina está no meio de um processo eleitoral dos mais conturbados. O peronismo, cuja candidata natural à Presidência seria Cristina Kirchner, teve que, optar por nome moderado, tudo para não retroceder ainda mais, ou seja, entregar tudo de bandeja para uma direitona, que aqui vem brava. Dois candidatos divididos, mas com as mesmas intenções, Patricia Bullrich e Larreta, ex-prefeito de Buenos Aires e outro, oportunista e pior que Bolsonaro, Javier Millei. Cristina, acertadamente, quando percebeu das dificuldades, assim como Lula, prefere dar uns passos para trás, mas garantir que o retrocesso não ocorrerá em grandes proporções e daí, aposta tudo em Sergio Massa, atual super-ministro do atual governo, o de Alberto Fernandéz. Como é bom ir ouvindo opiniões de todos os tipos e assim, ir podendo construir melhor o que penso sobre o lugar onde estarei enfronhado nos próximos nove dias. Eu muito me identifico com o peronismo e assim, ouço diriamente o programa de rário La Mañana, com o Victor Hugo Morales e equipe e leio (comprando aqui todos os dias) o diário Página 12.
Diante disso tudo, como não esquecer e deixar bocadinho de lado a efervescente Bauru? Sei que aí o bicho também anda comendo solto, cada vez mais acirrado o pega quando se aproxima a reeleição, mas só me atentarei novamente e com maior atenção, a partir da próxima segunda. Hoje mesmo, a única notícia que consegui digerir do Brasil - muito triste pro sinal - foi a da morte do músico João Donato. Adoro ouvir a música dele e se aí estivesse estaria com todos os CDs que tenho dele em cima da mesa e ouvindo-os repetidamente.
Sigo por aqui, nas ruas e em alguns momentos, trancado em salas de aula e estudo, batendo perna e produzindo coisinha ou outra. Agora mesmo, preparo um trabalho que irei apresentar na quinta sobre um grafite nas ruas de Buenos Aires, feito dez anos atrás e permanecendo numa parede do bairro La Boca, o onde está o estádio La Bombonera, no time do futebol do Boca Juniors. O lugar é fantástico, não o turístico, mas as entranhas dester lugar, que faço questão de conhecer mais e mais a cada novo ano por aqui. Este texto é também homenagem pra minha companheira Ana Bia, a homenageada com o grafite, "Nega Ana", como intitulou sua arte na parede o então aluno, hoje conceituado artista do traço, Felipe Carvalho. Eu só me envolvo com histórias tendo como pano de fundo algo oriundo das ruas e nesta, algo singular, ligado a mim desde o princípio e aqui espalhado com o vento com minha apresentação na próxima quinta.
Deixa eu me dedicar a isso tudo. Por aqui tento ir comparecendo na medida do possível.
HPA
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