domingo, 30 de junho de 2024

UM LUGAR POR AÍ (182)

ANDANÇAS DOMINICAIS

01 - PREOCUPAÇÕES DE DOMINGO NA FEIRA DA GUSTAVO - Subia a feira, já quase no seu final e quando estava alcançando a rua Ezequiel Ramos, eis que sou puxado fortemente para trás, quaser tomabando ali no asfalto. Ao olhar para trás, esperando o que estava por vir, eis que me deparo com Jesus a me puxar. Ser puxadio para trás por Jesus é motivo de grande preocupação. Qual o significado de algo com essa cifrada mensagem? Quando assunto melhor o que estava acontecendo, vejo que, o Jesus me puxando era o da vila Dutra, assim como eu, tantando subir a feira até a altura da praça Rui Barbosa, ambos cansados pela rebordosa feirando até quase meio dia e necessitando de apoio para terminar a subida. O fazemos juntos e, desta forma, Jesus me ampara e eu a ele. Assim, chegamos ao pico mais alto da feira dominical, quando conseguimos chegar na praça, após sete quadras ingremes e de difícil acesso - isso após ingerir algumas loiras geladas pelo caminho. Ser puxado por Jesus não é pra qualquer um...


02 - DOIS DIABÉTICOS TROCANDO FIGURINHAS NA PRIMEIRO DE AGOSTO - Eu e Osvaldo Marmitao Batista nos encontramos na feira dominical, quando já fazia a desgastante subida da parte baixa, tentando alcançar a praça Rui Barbosa. Paramos para um pit stop numa barraca de pastel. Recarregados, chegamos na Primeiro de Agosto e, hoje, ambos a pé, descemos a rua em busca de uma Drogasil, onde ambos compraríamos nossos medicamentos de diabetes. No percurso, muitas histórias. Todo diabético possui muitas delas, cada uma melhor e mais horripilante que outra. Falávamos sobre as debilidades provenietes do ingresso do pobre mortal no mundo dos eternos medicamentos. Estávamos em busca dos benefícios do Farmácia Popular e dos que tomamos e não estão cobertos. Enfim, além dos bares e feiras, somos ambos frequentadores de farmácias. Estamos ficando craques em nomes de remédios e leitura do que está descrito naquelas letrinhas miúdas das bulas. Peço para o moço a nos atender, para que tire uma foto do casal de idosos. Ela ri, rimos e assim, tentando driblar os percalços continuamos. Já havíamos feito a boquinha, o tal do comer algo de duas em duas horas e agora, quase 13h, ambos a pé, cada qual pede um uber e se despede. Osvaldo Marmitão é desses ótimos para se encontrar numa manhã dominical. Conversar com quem tem algo de bom pra contar e sabe ouvir é algo primordial para a continuidade das andanças rueiras.

03 - TUDO POR UM LP DE ROBERTO RIBEIRO - Na parada obrigatória dominical na Banca do Carioca, o livreiro da Feira do Rolo, sempre conheço gente nova. Sabe aquilo de, "não faço amigos bebendo leite", pois bem, no meu caso, faço muitos frequentando o lugar mais democrático desta cidade, sua muvuca dominical na rua Julio Prestes. Estava sentado, parlando ao fundo, quando vi o casal manuseando um Lp do sambista Roberto Ribeiro. Tento tirar uma foto deles e quando se aproximam para pagar, digo: "Se vocês estavam com um Roberto Ribeiro nas mãos só pode ser um ótimo casal". Rimos, conversamos e sua camiseta me disse tudo, "antifascista". Levaram uns quatro e dentre eles, o de samba. Por fim, ganho o domingo, quando diz me ler e, mais que isso, gostar muito. Derretido, aproveito e peço ao Carioca, para me arrumar mais uma loira gelada. Ficando em casa, nada disso teria possibilidade de acontecer e assim sendo, todo domingo cá estarei. Não me encontrando, talvez tenha baixado num hospital, viajado ou preso, sem outra possibilidade.

04 - BOTUCATU E O ORELHÃO - Ontem, sábado, uma turma de petistas bauruenses estiveram na vizinha Botucatu. Por lá uma reunião regional com dirigentes do partido, no salão de um sindicato. Possibilidade de rever um monte de gente da região que há muito não se via. Além da troca de figurinhas, Mauricio Dos Passos, meu mais que amigo, ali de Pederneiras me envia uma foto tirada defronte o local do encontro. Envia a mim com o devido assombro. "Em Pederneiras não tem mais nenhum e, creio eu, nem em Bauru, mas em Botucatu, achei estes dois e um deles próprio para deficientes", me diz. Pede para escrever algo, uma Cena Botucatuense e o faço. Enfim, o que foi feito daquela quantidade incomensurável de orelhões existentes no país até pouco tempo atrás? Vejo alguns destes aparelhos, não mais utilizados com fichas ou cartões, mas só a cobrar, em terminais rodoviários e aeroportos. Viraram artigo mais do que em extinção, neste país, um onde a difusão de celulares é uma das maiores do planeta. Maurício diz ter rodeado os aparelhos e perdeu até parte da reunião, tudo para verificar se alguém ainda os utiliza ou estão ali como peças de museu a céu aberto. Agora está querendo descobrir como faz para ter um defronte seu lugar de trabalho, não para seu uso diário, mas para ter diante dos olhos um objeto ficando no chão e com comunicação com o resto do mundo.

LUTAR MUITO E COM TODAS AS ARMAS, TUDO PARA IMPEDIR AVANÇO DO FASCISMO ULTRADIREITISTA
Charge de Aroeira, inspirado em Delacroix, após derrocada francesa pra ultradireita.

CENA BAURUENSE (253)

CIRCULO PELA CIDADE E ASSIM A REGISTRO, SEGUNDO MINHA PERCEPÇÃO

01. Publico em 02/06/2024: "Com a sugestiva (sic) legenda: "Literalmente" daqui você não sai mais! Cemitério da Saudade", o fotógrafo Antonio Carlos Pavanato publica mais um registro de seu olhar clínico diante do que vê nas suas andanças por Bauru".

02. Publico em 03/06/2024: "Uma pequinina praça, na junção, encontro das ruas Comendador Leite com Silva Jardim, parte baixa do Jardim Bela Vista, cem metros do viaduto João Simonetti e mesmo com tudo apertadinho, um ponto de sombra e um banco para o descanso como epicentro do lugar".

03. Publico em 06/06/2024: "Pendurado nos portões de residências variadas e múltiplas, espalhadas Bauru afora - e adentro também -, estes folhetos dobrados com propaganda de supermercados é a melhor e mais eficiente dica que os arrombadores de casas se utilizam para tomar conhecimento se existe alguém na casa ou não. Quando o mesmo folheto continua no portão por alguns dias, batata, pode entrar que não tem ninguém em casa".

04. Publico em 07/06/2024: "Em foto de alguns anos atrás, aqui compartilhada do professor ReginaldoTech RT, retratando quadra da avenida Rodrigues Alves, entre a Treze de Maio e a Agenor Meira, com pouca mudança e a mais sentida delas é a ausência do Sebo do Bau, este falecido, com mais de 90 anos e só parando quando as pernas não mais lhe sustentavam. Aqui, ele em atividade, numa saudosa imagem de algo que não temos mais acontecendo. Seu filho Roberto continua com o sebo tradicional, sobrado na esquina da Treze, tocando o barco junto de outros poucos livreiros de rua nesta cidade, cada vez com menos espaços livrescos pela aí".

05. Publico em 10/06/2024: "O começo, quadra 1 da rua Virgilio Malta, centro da cidade é sua única quadra ainda com piso de paralelepípedos, àrvores de ambos os lados, de um lado agência da CEF e do outro estacionamento de supermercado, tendo ao fundo as casas de antiga vila defronte a linha férrea. Um dos caminhos para desembocar no que ainda nos restos de história férrea e caminhar por ali, ainda causa certo deslumbramento, mas só para os corajosos e muito saudosistas".

06. Publico em 12/06/2024: "Num dia como hoje, cheio de amor, pra dar e vender, cruzo na rua lateral da USP, a que desce até a Nações Unidas, e me deparo com alguém comercializando algo relacionado ao que move esse relacionamento entre duas pessoas, o AMOR".

07. Publico em13/06/2024: "Um vaso sanitário estrategicamente colocado no canteiro central da avenida Nações Unidas, como que a dizer: "Bauru, cidade sem tratamento de esgoto concluído, daí, faço aqui e já cai diretamente no rio que, um dia foi coberto pelo asfalto, ajudando também nas frequentes enchentes na região". Seria uma hilária e construtiva denúncia ou mera peça decorativa dentro de um dos mais famosos cartões postais da cidade?".

08. Publico em 14/06/2024: "Passando por este portão, na rodovia Marechal Rondon, um dos locais onde tempos atrás, muita gente convergia para fugir de Bauru, em busca de redutos com ares de mato, o Recanto Shinohara, resistindo com suas portas abertas, sem se transformar em posto de combustível".

09. Publico em 18/06/2024: "Com a foto dessa chaminé, algo bem usual em boa parte das residências bauruenses, esta instalada numa na quadra 8 da rua Capitão Gomes Duarte e representativa no que o chef de cozinha, já falecido, o Juca - alguém se lembra do Juca? -, quando sempre repetia pra quem quisesse ouví-lo: "Bauru cheira a churrasco". As chaminés são a incontesti prova do que Juca um dia profetizou. Por outro lado, ainda sobre isso da cidade ter esse cheiro incrustrado em seu ar, converso com uma amiga, essa com a minha idade e ela, dizendo ter terminado um namoro recentemente, pois o sujeito era bom, mas tinha algo que não mais suportava. "Era só churrasco, todo final de semana, não comíamos outra coisa. Uma hora não aguentei mais", me disse. Enfim, as muitas chaminés não seriam a confirmação da visão que o Juca tinha da cidade, que assim sendo, poderia até receber outra denominação, a de Terra do Cheiro de Churrasco".

10. Publico em 19/06/2024: "Atrás da verde-rosa só não vai quem já morreu", profetiza o samba enredo na Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira e seus seguidores, adoradores, seguem se encantando país afora, como nessa casa, no coração do bairro do Redentor, quando seus moradores aderiram as cores e assim se destacam".


11. Publico em 20/06/2024: "Numa parede na quadra 8 da rua Antonio Alves, algum artista anônimo exercita sua arte e vai deixando registrados caricaturas de célebres personalidades, até o momento em que alguém vai lá e fixa por cima uma propaganda comercial. Mas a grande tela, representada pela parede branca, continua lá, clamando pela continuidade de um trabalho merecedor de mais e mais registros".

12. Publico em 23/06/2024: "Simplesmente João, décadas atrás atendendo na Wilson Roupas, impecável vestimenta, centro de Bauru e hoje, entendido e catedrático de plantas, atendendo durante a semana no Ceasa, horário comercial e aos domingos com seu verde espalhado na feira, esquina da Gustavo com a Ezequiel, muito mais simples, bonachão e feliz da vida".

13. Publico em 26/06/2024: "A imensa maioria dos bairros bauruenses foi levantado dentro de área de reserva do cerrado, ou seja, Bauru está levantada dentro desta área e assim sendo, o Jardim Nicéia, não escapa disto, cercado de cerrado por alguns de seus lados, como se vê nesta foto. Este avanço, inevitável com o crescimento da cidade, neste caso compreensível, porém, ato de insanidade no momento atual, quando se vê a especulação imobiliária, dando seu jeito para ampliar áreas, só para implantação de condomínios fechados, quando ainda existem imensas áreas de vazio urbano em toda extensão urbana já existente".

sábado, 29 de junho de 2024

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (147)


CONTO QUAL FOI O PONTO ALTO DA APRESENTAÇÃO DA BANDA SINFÔNICA DA POLÍCIA MILITAR CELEBRANDO OS 60 ANOS DA DIOCESA CATÓLICA DE BAURU
Num evento onde o público esperado era de 4 mil pessoas, mas não passou de 500, do repertório da Sinfônica da PM, preparado especialmente para comemorar os 60 anos da Diocese de Bauru, na presença de bispos e padres daqui e da região, representando um ecletismo propício para incomodar incautos, tocaram BOATE AZUL, sendo essa cantada por quase todos os presentes, inclusive os bispos presentes.

Não sou especialista em escolha de repertório e, creio eu, diante de uma cidade onde um dos seus pontos e points de maior efervecência turística foi a famosa Casa da Eni, tocar algo relembrando tempos áureos de não mais pulsante boêmia, foi algo feito de caso pensado. Não creio em provocação aos católicos, mas algo dentro do bom humor sempre existente dentro de corporações musicais.

Broncolino, o dono do slogan, "o primeiro a rir das últimas" adoraria comentar o ocorrido hoje em plena praça Rui Barbosa, diante da catedral católica, que um dia, por muito menos, já foi palco de excomunhão dos bauruenses. Não foi conseguido confirmação do registro se a alcaide, a incomPrefeita Suéllen Rosim e autoridades presentes cantarolaram a conhecida música, algo que o público presente o fez com a devida galhardia. Este HPA, presente ao ato, registrou pessoalmente o ocorrido nas duas fotos aqui publicadas.

DOIS COMENTÁRIOS FEITOS NO PÓS-PUBLICAÇÃO:
1 - "Música do meu saudoso amigo, Benedito Onofre Seviero, nascido em Trabiju/SP, em 20 de outubro de 1931, falecido em 20 de janeiro de 2016, em Santo André/SP. Auto de mais 2.000 músicas, começou escrever música aos 18 anos, sendo que sua primeira composição, Santa Cruz da Serra, é de 1949, que foi gravada em 1952. A música lembra as Santas Missões realizadas em 1949, quando foi erguido o cruzeiro em Trabiju, que na época era distrito de Boa Esperança do Sul, e que tornou-se município em 199", Tião Camargo.

2 - "Lançada em 1963, Boate Azul foi censurada pelos militares e teve sua comercialização proibida, sendo liberada apenas na década de 80, no fim da Ditadura. Conto um episódio que envolve essa música e a ditadura na casa da Eny em Crônicas do Grande Bordel. Mas o que será que a milicada viu de perigoso na letra ? O personagem da música não tava bem, coitado estava ´doente de amor’ ", Lucius de Mello.

FESTA NO 1003, RECLAMAÇÕES DO 903 - EU, RUBEM BRAGA E O MORAR NUM POMBAL
Dias atrás eu fiz uma festa aqui no salão do local onde moro. Reunidos alguns diletos amigos, estes quase ao final da contenda resolveram cantarolar e para tanto ligaram um som e o karaokê rolou em alto volume. Foi o que me fez ligar o estado de alerta. Devo ter sido inconveniente com eles, meus diletos amigos, tudo pela manutenção da ordem estabelecida e vigente aqui no lugar onde moro. Prescreve o papel, após 22h nem um pio deve ser ouvido, vindo da casa do vizinho ou promovido por este, principalmente proveniente do salão de festas do lugar. Regras existem e sei, para melhor convivência, devem ser respeitadas.

Cantarolavam todos alegremente do lado de fora do salão e isso reverberava o som até a altura de muitos andares. Levei todos para dentro, tranquei o salão e fiquei cuidando da porta, fechando-a quando alguém a esquecia aberta, tudio para que o som alto não se propagasse mais do que ocorria. Cuidados excessivos, enfim, tudo transcorreu de forma normal e nenhuma reclamação ocorreu, além de minha preocupação, que depois, por um destes amigos foi observada e a mim retratada: "Deveria ter relaxado. Te vi cuidando da porta mais do que devia. A vida é curta e ainda estamos vivos".

É verdade. Isso tudo me fez ir até a estante e procurar um livro de pequenos contos de Rubem Braga, o "O Verão e as Mulheres" (inicialmente publicado como A Cidade e a Roça, 1953) e nele o delicioso, "Recado ao Senhor 903", quando o morador após reclamação por excesso barulho do vizinho o escreve, tom amistoso, procurando conciliar as coisas. "Quem fala aqui é o homem do 1003.(...) É impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita, pois como não sei o seu nome e nem o senhor o meu, ficamos reduzidos a dois números. (...) Eu, 1003, me limito a leste pelo 1005, a oeste pelo 1001, ao sul pelo oceano Atlântico, ao norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 - que é o senhor. Todos estes números são comportados e silenciosos; apenas eu e o oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois, apenas, nos agitamos e branimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul".

A crônica/conto é um delícia. O final melhor ainda. Tempos atrás fui repreendido por barulhos e na retranca, querendo responder, tive diante de mim, o regulamento do lugar, moradia coletiva. Poderia ter tido a mesma saída do Braga. "...mas que seja permitido sonhar com outra vida e mundo, em que o homem batesse à porta de outro e dissesse: ', são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou'. E o outro respondesse: 'Entra, vizinho, e come do meu pão e bebe do meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela'. E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre amigos e amigas do vizinho entoando canções de agradecimento..."
Isso seria bom demais. Acontece com alguns de meus vizinhos, sei disso, porém, outros não entenderiam. Desta feita, tive preocupação excessiva e me contive, me calei por antecipação.

Enfim, viver coletivamente tem dessas coisas, penso por mim e pelos demais. Faz parte da engrenagem do bem viver. Porém, agora penso cá comigo; e se antes de me preocupar, não tivesse convidado para a festa alguns dos vizinhos mais reclamões? Não o fiz e, desta forma, fiquei a vigir os mais exaltados festeiros. Rubem Braga me fez refletir sobre as festas que faço, meus vizinhos e todos sermos nada mais que um número. Isso mesmo, como convidaria meu vizinho de cima, o do 903, se nem seu nome sei?

Toda minha preocupação faz sentido, pois nessa semana, no grupo do prédio onde montei o novo Mafuá, lá estava uma reclamação do própria síndico, de forma contundente versando sobre o mesmo tema: "Boa noite, Pessoal. Houve uma reclamação de uma moradora do Bloco B, sobre um apartamento que está com conversas em alto volume. Poderiam por gentileza, dar uma segurada e falarem num tom mais adequado ao horário? Agradeço a compreensão e colaboração".

MUNDO SEM CARTEIRA DE TRABALHADOR, PORTANDO, SEM APOSENTADORIA

sexta-feira, 28 de junho de 2024

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (175)


TEM QUEM JOGUE O JOGO DESTA FORMA E JEITO
A charge deste mês do Guardião, o super-herói bauruense, creio eu, nem precisaria ter junto dela um longo texto, pois está fácil demais a identificação e explicação do que está em curso e neste momento, retratado pelo atento capa e espada.

Assim mesmo, eivado de uma fina ironia, Guardião diz o que está em curso: "Na dita Cidade Sem Limites, pelo que vejo, tudo é permitido, tudo acontece e nada mais assusta, ou causa incredulidade. Não é de hoje que, políticos expressam suas opiniões de forma contundente, em alto em bom som, esbravejando, cuspindo dizeres contundentes contra os que se encontram ocupando temporariamente o poder local, mas na hora de votar, de colocar em prática o que dizem, daí, algo ocorre e o voto sai alinhado com os interesses do mandatário de plantão. Por tanto, nenhum novidade".

Sim, sabe-se, no mundo político, tudo é permitido. Isso não é novaidade, nem aqui, nem na China ou qualquer outro lugar. "Para alguns segmentos políticos, isso é a coisa mais natural do mundo, pois não precisam mais prestar conta de nada e para ninguém, agem por conta de seus interesses pessoais, sem se importar com o que os outros irão achar. Votam numa boa, depois levantam, vão pra casa, deitam e dormem, mas tem aqueles, pelos quais se dizem detentores de um discurso a transformar este mundo, mudar a realidade e possibilitar sua transformação. Destes, existe uma concordância básica, elementar, diria mesmo, única, a de que o desGoverno de Suéllen Rosim em Bauru é um malefício para a cidade. O conjunto da obra, desde o início até nossos dias é a evidência explícita, somatória de abusos e entraves mais do que perniciosos. Como se posicionar ao lado de tudo o que se vê sendo feito? Só mesmo fazendo parte do jogo, seguindo regras impostas pela alcaide. E, na bagunça em que se encontra o mundo parlamentar destes tempos, até quem esbraveja, na hora de votar, se alinha ao predador. Como pode? O fato é que pode e acontece", diz.

Guardião não que prolongar, desta forma submete o tema à reflexão de tudfo, todas e todos. Acredita tudo já ter sido dito, demonstrado por A + B e, assim sendo, falar e escrever mais seria chover no molhado. "Está tudo aí, enxerga quem quer", conclui.
OBS.: Guardião é obra do traço do artista Leandro Gonçaléz, com pitacos escrevinhativos deste HPA.

FAZENDO NOVAMENTE O TESTE:
ESSA ACABA DE SER PUBLICADA NO CONTRAPONTO E COMO DIZ DA UNIMED, VAMOS ACOMPANHAR QUEM MAIS DARÁ ALGO A RESPEITO
A mídia massiva bauruense, como é do conhecimento até das pedras do reino mineral, possui um lado e também defende com unhas e dentes o ideal prescrito por alguns de seus maiores anunciantes. Por aqui, dificilmente ocorre aquilo de "perco o amigo, mas não perco a piada", pois se calar diante de um fato escabroso envolvendo algum anunciante é algo pouco provável.

Daí, quando vejo o jornalista Nelson Gonçalves, do site Contraponto, ontem anunciando algo sobre o presidente da Câmara de Vereadores de Agudos, membro da família Octaviani, hoje algo se repete e com maior grau de intensidade de nada sair publicado ou dito e visto pelos digníssimos leitores, ouvintes e telespectadores bauruenses. Reproduzo o que sai no Contraponto e fico só na urubuservância, ou, seja, contabilizando quantos ousarão dar a notícia contra o poderoso anunciante, a Unimed Bauru.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

COMENDO PELAS BEIRADAS (147)


GOLPE DENUNCIADO E A LUTA PELA CANDIDATURA PRÓPRIA PETISTA EM BAURU - NÃO ACEITAMOS GAZZETTA COMO NOSSO PRÉ-CANDIDATO
Eu milito no PT Bauru e sou um dos indignados por ver a continuidade de imposição, de cima para baixo, do decidido pela Federação, coligação de partidos para o próximo pleito, neste caso envolvendo PT, PV e PCdoB, onde o PT é o maior partido, com maior representatividade e militância, porém está refém de decisão impositiva, decidida num acordo golpista, feito sem a direção local do partido, colocando o nome do ex-prefeito Clodoaldo Gazzetta como o a representar a coligação como seu pré-candidato.

O PT Bauru precisa, isso sim, ter respeitado sua decisão, em reunião envolvendo parte significativa de seus filiados, oficial e legal, por ter candidatura própria neste pleito municipal. Decidiu e isso, pelo visto, não vale nada, diante de petistas goleando o próprio partido, decidindo um nome à revelia da necessidade do PT e da esquerda no momento na cidade.
Além do golpe, declarado e explícito, do aniquilamento de alguma possibilidade da esquerda se impor, com o nome escolhido, o enfraquecimento da legenda, com provável pífia votação, menor que no pleito anterior, novamente elegendo somente um vereador - quiça nenhum -, algo mais, este o pior de tudo, dando o impulso necessário para a reeleição de Suéllen Rosim já no 1º Turno. Tudo isso com aval de uma parcela do PT, que precisa ter seus nomes e interesses revelados, isso pelo bem do futuro da agremiação política.

O momento não é de mera revolta, é de claro posicionamento. Não existe como, quem defende um PT guerreiro e altivo na defesa dos interesses na defesa de outro país possível, permanecer quieto, calado, contido e aceitando a sua própria derrocada. O PT é algo bem diferente do que conchavos e acordos espúrios. A saída é continuar lutando pelo nome de Cláudio Lago como seu pré-candidato à prefeito e escancarar de vez tudo o que está em curso nos bastidores da nefasta política em curso. Se existe alguma possibilidade de termos um 2º Turno nesta eleição, ele é com um PT forte e não resignado e a mercê do enfraquecimento de sua votação.
Em Tempo: Henfil sempre nos representará.

PORQUE A MÍDIA MASSIVA ESTÁ CADA VEZ MAIS DESACREDITADA

O autoritário presidente da Câmara de Vereadores de Agudos, Auro Octaviani, que um dia me processou e perdeu a causa, é destes, pelo que me parece quase eternizado presidente daquela casa legislativa, em algo inexplicável, porém, o pior não é isso. Quando era oposição e já presidente, produzia uma Processante atrás de outra, tudo para criar problemas para o prefeito na época, seu rival político. Hoje, com um da clã dos Octaviani novamente no cargo de prefeito, ele recebe um pedido de processante e de uma forma totalmente descontrolada, rasga o pedido em público. Essa a matéria, o fato jornalístico de grande monta e que, deveria ser notícia em todos os meios de comunicação.

Sabe quem divulgou? Somente o site ContraPonto, do jornalista bauruense Nelson Gonçalves. Ou seja, a única divulgação deste fato jornalístico de grande monta foi dado por um site e nada mais. Tudo o mais não deram a mínima para a notícia. Se isso não é uma espécie de proteção para os Octaviani, não sei mais o que venha a ser isso. Enfim, a pergunta que não quer calar: por que ninguém publica? Aqui em Bauru, onde todos conhecem os Octaviani, ninguém deu nada. Não se ouviu nada nas rádios 94, 96, Auri-Verde, Unesp, Top e nem nas TVs, Prevê, TV Tem, Band, SBT e tudo o mais. Nadica de nada.

Agem assim, escamoteando uma boa notícia, uma matéria mais do que quente e depois não sabem dos motivos porque cresce a ultradireita no planeta. Os veículos de massa, todos de uma certa forma, possuindo elos umbilicais com o poder constituído de Agudos, daí tudo o que possa vir a ser uma crítica, ou mesmo, como neste caso, algo que posso macular a imagem da família no poder naquela cidade, acaba passando batido. Eis o principal motivo para o público ouvinte e leitor estar hoje mais plugado em matérias e textos publicados em órgãos circulando pelas redes sociais, meios alternativos, do que os ditos oficiais e considerados os velhos donos do poder, Quarto Poder. Não dá mais, isso está nítido. Quando um fato como este é deixado de lado, ignorado, é claro sinal de que algo de errado ocorre no instestino dos órgãos de imprensa.

Enfim, o natural neste caso seria darem algo contra o proporcionado pelo modo de agir do presidente da Câmara de Vereadores de Agudos, sr Auro Octaviani, primeiro em forma de denúncia, irregularidade explícita. Leiam o que deu no Contraponto, único lugar onde se tomou conhecimento do ocorrido.

OBS. Complementar: Publico este post sem o link da matéria dada pelo site do Contraponto, pois ao tentar fazê-lo fui censurado pelo Facebook, dizendo a matéria contrariar normas de publicação. Quais normas? A do bom jornalismo? Só se for essas. Desta forma, tento publicar o link, num comentário. Juntem o que escrevi e leiam o que o Nelson Gonçalves escreveu.

OBS. final: Eis o link da matéria do Contraponto, impedida sua publicação no Facebook, porém, aqui sem censura: https://contraponto.digital/presidente-camara-de-agudos-rasga-pedido-de-cei-contra-seu-sobrinho-e-prefeito-caso-vai-a-policia/

quarta-feira, 26 de junho de 2024

COMENTÁRIO QUALQUER (250)


PEDRINHAS MIUDINHAS - PEQUENAS HISTÓRIAS ACONTECEM A TODO INSTANTE
Adoro um livro do historiador carioca, o "escrevinhador das insignificâncias" - lema adotado por mim -, o "Pedrinhas Miudinhas, ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros". Ele é simples demais da conta e nisso reside sua beleza, na simplicidade das histórias. Eu as cato em todos os lugares, os possíveis, imagináveis e também nos inimagináveis. Histórias acontecem em todos os lugares, basta estar sempre atento e ir recolhendo. Isso me consome o dia inteiro. Tomo conhecimento de uma, anoto no meu caderninho, para depois tentar descrevê-la nos detalhes, estes guardados dentro da caixa memorial.

Neste começo de noite, fui designado para acompanhar até o distrito rural de Tibiriçá, alguns estudantes e um professor. Tudo dentro de um projeto destes junto da comunidade do distrito e também dos estudantes da rede pública estuadual. Levo e fico a observar o que se passa no meu entorno. Estava cansado, dia cheio, corpo louco para encontrar um barranco e repousar. Algo aconteceu e me fez, perder mais do que o sono. Hoje foi um dia daqueles, onde as pessoas com as quais trombei parece estavam inspiradas, pois muitas me renderam mais que "pedrinhas", ou seja, renderam histórias cheias de emoção.

Conto algumas. O estudante da escola Major Fraga, ao final da aula noturna, lá pelas 22h30, entra no ônibus escolar que o deixa meia hora depois numa porteira, perto de onde mora. Ele desce e tem que caminhar no escuro mais 1 km, guiado pela luz da lanterna do seu celular, até chegar na porteira que o levará para sua casa. Seu cão o espera na porteira e assim, ele chega em sua casa, sempre depois da meia noite. Ele me conta as histórias vivenciadas nessas diárias viagens e em cada, algo singelo, de quem se esforça muito para estudar. Ouvi várias e queria ouvir mais. O farei em breve, pois ele, descubro é um bom contador de histórias. Cutucado, solta algumas e eu feliz por ter conseguido, aprendo muito com o menino.

Uma jovem estudante, menina sorridente, também mora na zona rural. Sua história até se parece com a de seu amigo. Seu ponto da parada do ônibus e na beira da vicinal que leva ao trevo da rodovia Rondon. Tem sempre alguém lhe esperando na parada e assim vai dormir. Dorme pouco, pois acordo lá pelas 5h da manhã. Seu tio a leva de carro até o ponto de ônibus e ela pega o circular para Bauru, passando as 6h. Roda aproximadamente 1h20 até descer no centro e pegar um outro circular até o Paschoalotto, onde trabalha. Sai depois das 14h, chega lá pelas 16h em sua casa, descanso pouco e logo está pronta pra ir pra escola. Pega 6 ônibus por dia, entre o trabalho e a escola. Está feliz, pois o emprego na Paschoalotto foi conseguido há apenas duas semanas e assim mesmo, tem muitas histórias para contar.

O professor, que também é médico na Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu está empolgado por ter conhecido o distrito rural e roda os 120 km rindo e montando em sua mente como movimentará os alunos naquele dia. Ele me conta que isso o move, pois para cada público, usa algo, mas gosta mesmo é destes e de quando poucos ficam no celular enquanto fala. Hoje, de uma turma de 40 jovens, somente uns 4 estavam no celular enquanto ele gesticulava e falava. Uma vitória. Uma estudante de Design, que nos acompanhou nesta noite, veio de São Bernardo do Campo estudar em Bauru e, ela vindo da cidade grande, diz estar vivenciando algo único com as ricas histórias que vivencia ali com aquela gente simples e cheia de calor humano.

O dia hoje estava encantado ou, sei lá, era eu quem estava com o radar mais atento, ligado em 120 volts, pois tudo parecia ter sentido, tudo merecia ser anotado. Preenchi duas folhas só com anotações e antes de passar todas para o papel, creio ter conseguido reunir algo valoroso, como são todas as histórias humanas. Chego em casa, quero rascunhar algumas, para não me esquecer dos detalhes e antes disso, sono já perdido, começo por aqui e termino só madrugada adentro. Essas "pedrinhas", em cada uma, muito de cada uma das pessoas e do que ouvi delas. Ouvir é tudo, até muito mais do que falar.

MAIS UMA:
Estava me esquecendo dessa. Chegamos na escola, uma festa no intervalo e dois bolos divinais, cenoura com chocolate, quentinhos, deliciosos. Era aniversário de uma professora. Descubro a história do bolo. Tudo foi feito pelo mais atento estudante da palestra, o que respondia tudo, desses querendo aprender cada vez mais e mais. Ele me conta sua história ao final da aula, nas conversações que sempre acontecem aos final de encontros dessa natureza. O bolo foi feito ali mesmo na cozinha da escola, com a permissão da Tati, a merendeira que é também praticante de hip hop, muralista reconhecida no metiê. O meninão, grandão, com a singeleza peculiar dos moradores de um distrito rural diz a mim, quando lhe pergunto quem lhe ensinou a fazer um bolo tão gostoso. "Minha bisavó quem me ensinou a fazer esse e tantas outras coisas deliciosas", me conta. Quero saber mais, se sua bisavó está viva e ele me diz, sim, com alguns detalhes adicionais. "Eu continuo aprendendo tudo o que ela me ensina". Ele contava aquilo tudo, uma história tão simples e tão bonita, tão cheia de vida e com este algo mais que só a vivência popular pode nos revelar. 

Não sei precisar qual de todas foi a mais cativante e bonita. Na pressa da escrita, acabo não revelando alguns detalhes. mas todos, grandiosos e reveladores. Não queria mais vir embora, mas a escola tinhaque fechar e os alunos pegar o ônibus que os levariam de volta para suas moradas, todos na zona rural do distrito de Tibiriçá, reduto encantador.

DUAS PESSOAS, DUAS RICAS HISTÓRIAS E AQUI SÓ UMA PONTINHA DELAS
01.) Muito amigo da cantante e encantante Audren Ruth Victorio, a convido e a arrasto para ruar fora de seus domínios. Depois de um AVC, abdicou de cantar e neste domingo, disse não querer, mas diante de tanta gente desafinada num karaokê, arriscou e foi a mais aplaudida da tarde. É daquelas que, não precisa nem da colinha para lembrar a letra, pois tudo continua bem vivo dentro de sua memória. Vê-la batendo perna, disposição renovada é pra endoidecer gente sã. Uma de minhas cantantes preferidas em Bauru.

02.) Passar toda manhã nas cercanias do campus da Unesp e presenciar Úbaiano, quarando ao sol, antes de iniciar sua jornada de trabalho, dá aquela incontida vontade de ali parar, prosear e curtir bocadinho de sol junto de tão grandioso personagem destas plagas.

terça-feira, 25 de junho de 2024

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (194)


ASSANGE*
* Hoje dou um tempo em tudo o mais para reverenciar Assange.

LIBERDADE NÃO SIGNIFICA JUSTIÇA PARA ASSANGE NEM FIM DA PERSEGUIÇÃO A JORNALISTAS - A LUTA CONTINUA
Justiça seria Assange receber perdão completo e incondicional e ganhar milhões de dólares pelo tormento imposto a ele. Justiça seria que os EUA garantissem que nunca mais usarão seu poder para destruir a vida de um jornalista estrangeiro. Justiça seria que os responsáveis pelos crimes denunciados por Assange fossem punidos...
Caitlin Johnstone

Julian Assange está livre. No momento em que escrevo, ele está a caminho das Ilhas Marianas do Norte, um território remoto dos EUA no Pacífico Ocidental, para finalizar um acordo judicial com o governo dos EUA, que resultará em uma sentença de tempo já cumprido na prisão de Belmarsh. Salvo qualquer manobra obscura do império durante o processo, ele retornará ao seu país natal, a Austrália, como um homem livre.

Importante notar que, de acordo com especialistas que comentaram sobre esse episódio surpreendente, não parece que seu acordo judicial estabelecerá novos precedentes legais que sejam prejudiciais aos jornalistas no futuro. Joe Lauria relata o seguinte para o site Consortium News:

“Bruce Afran, um advogado constitucional dos EUA, disse ao Consortium News que um acordo judicial não cria um precedente legal. Portanto, o acordo de Assange não colocaria em risco os jornalistas no futuro de serem processados por aceitar e publicar informações confidenciais de uma fonte devido ao acordo de Assange.”

Obviamente, estou muito emocionada em relação a tudo isso, já que acompanho este importante caso de muito perto e por todo o tempo que tenho me dedicado a escrever sobre ele. Há muito, muito trabalho a ser feito em nossa luta coletiva para libertar o mundo das garras da máquina imperial assassina, mas estou exultante por Assange e sua família, e é bom marcar uma vitória sólida nesta luta.

Nada disso desfaz os males imperdoáveis que o império infligiu em sua perseguição a Julian Assange, nem reverte os danos mundiais causados ao fazer dele um exemplo público para mostrar o que acontece a um jornalista que conta verdades inconvenientes sobre o governo mais poderoso do mundo.

Assange livre, mas sem Justiça
Embora Assange possa estar livre, não podemos dizer corretamente que Justiça foi feita. Justiça seria os EUA promoverem mudanças legais e políticas concretas que garantissem que Washington nunca mais pudesse usar seu poder e influência globais para destruir a vida de um jornalista estrangeiro por relatar fatos inconvenientes sobre o país, e emitirem um pedido formal de desculpas a Julian Assange e à sua família. Justiça seria a prisão e o julgamento das pessoas cujos crimes de guerra Assange expôs, e a prisão e julgamento de todos que ajudaram a arruinar sua vida por expor esses crimes. Isso incluiria uma série de operativos e oficiais do governo em vários países e múltiplos presidentes dos EUA. Justiça seria uma recepção de herói e honrarias de herói por parte da Austrália em sua chegada, e uma séria revisão da relação servil de Canberra com Washington. Justiça seria desculpas formais a Assange e sua família dos conselhos editoriais de todos os principais meios de comunicação que fabricaram consenso para sua perseguição cruel — incluindo e especialmente o The Guardian — e a completa destruição das reputações de todos os jornalistas prostitutos que ajudaram a difamá-lo ao longo dos anos. Se essas coisas acontecessem, então poderíamos talvez argumentar que a justiça foi feita até certo ponto. No estado atual, tudo o que temos é a cessação de um único ato de depravação por parte de um império que só está recuando para abrir espaço para novas e mais importantes depravações. Ainda vivemos sob uma estrutura de poder global que mostrou ao mundo inteiro que destruirá sua vida se você expuser sua criminalidade, e depois recuará e orgulhosamente chamará isso de justiça. Então, pessoalmente, acho que vou aceitar essa pequena vitória com um rápido “obrigada” aos céus e voltar ao trabalho. Ainda há muito a fazer, e pouquíssimo tempo para fazê-lo.

A luta continua.

segunda-feira, 24 de junho de 2024

O QUE FAZER EM BAURU E REDONDEZAS (173)


UMA FEIRA AGRO EM BAURU E ALGO DESTE MOVIMENTO A NÍVEL NACIONAL
Li estarrecido que a famosa e tradicional FEIRA DA BONDADE da APAE BAURU, atividade filantrópica e motivando toda cidade de Bauru, com data tradicionalmente respeitada e desde algum tempo ocorrendo no Recinto Mello Moraes, agora novamente sob administração da Prefeitura Municipal de Bauru, teve desmarcada a data destes para privilegiar a realização no mesmo local de uma tal de 2ª Edição do AGRO SEM LIMITES, este ocorrendo de 6 a 15/Setembro/2024.

Não causa espanto, nem estranheza, ainda mais vindo da atual administração da Prefeitura Municipal de Bauru, capitaneada pela incomPrefeita Suéllen Rosim. Da Feira da Bondade não existe mais o que comentar, pois é um dos eventos anuais arrecadatório de maior movimentação, com o intuito de não deixar faltar dinheiro nos cofres da APAE. Já deste Agro Sem Limites, chegando e se impondo nestes tempos fundamentalistas, algo mais do preocupante.

Na divulgação, dizem trazer "diversas atrações para o público acompanhar, como apresentações equestres, competições e exposições". Nada li sobre atividades filantrópicas, ou seja, tudo com fins muito bem delimitados, lucro para realizadores e nada mais, além é claro, de divulgar como apreciáveis tudo o que ocorre no âmbito do agro bauruense, estadual e nacional. Não precisa nem muita argumentação para me posicionar ao lado da realização da Feira da Bondade e não dessa festa agro.

Meu argumento principal contra realização de eventos com o nome AGRO é bem simples. Cito trecho de artido do jornalista Carlos Drummond, "Garrote no pescoço", na penúltima edição da revista semanal Carta Capital, onde ele enfatiza: "O laçodos setores produtivos, encabeçados pelo agronegócio, aperta a cada dia em torno do governo e fica claro que ao menos parte das reivinbdicações visa manter injustiças, e até ilegalidades, com prejuízos para parcelas mais frágeis da sociedade".

Isso, por si só, já seria suficiente para ficar com um pé bem atrás com tudo o que leva o nome AGRO. Ou sejam, este segmento critica o atual Governo, mas age só em benefício próprio, como se vê em outro trecho da matéria: "O empresariado e seus prepostos no Parlamento e no Banco Central uivam contra a sanha arrecadatória do governo, ao mesmo tempo que exisgem respeito à meta de inflação, ou seja, juros estratosféricos e estrangulamento de políticas públicas". Na sequência, Drummond lacra seu texto com algo mais: "O maior inimigo do Brasil ao longo de sua história foram suas classes dominantes e dirigentes".

Ainda para deixar bem claro quem seja isso do AGRO, explicando algo de sua origem e prátiuca usual, conduta, eis um breve histórico traçado pelo jornalista: "O pau-brasil começou a ser extinto já no primeiro século de colonização, concomitanto ao início da guerra contra os povos originários, reiterada no decreto de maio de 1808 de Dom João VI. A cultura açicareira e a mineração também se expandiram, deixando paea trás paisagens exauridas. A primeira forma de agronegócio no Brasil foi a plantation escravista, latifundiária e monocultura. No século XIX, a Mata Atlântica quase desapareceu com a expansão da cultura caffeira. Hoje, ultraássando o ponto de não retorno do colapso ecológico global, vemos essa elite predatória avançar sobre a Amazônia, o Pantanal, o Cerrado e o Pampa com uma voracidade suicida. A lógica desse sistema produtivo sempre foi explorar o comércio de metais e commodities tropicais para abastecer o mercado capitalista. Isso incidiu violentamente nos regimes de propriedade e trabalho na organização social do PAís. É uma condição de coloniedade perpétua a que estamos fadados e que se explica, historicamente, por essa elite de mando mesquinha e egoísta quese reproduz a gerações. As consequências dessa lógica se traduzem em números nefastos, por exemplo, da concentração de renda".

E daí, como posso querer apoiar um evento como esse, levantando o nome AGRO e fazendo com que a Feira da Bondade, essa da Apae, busque outra data e local? Impossível. Por isso e tudo o aqui transcrito, o AGRO NÃO É POP. Ele é o oposto disso.

ABERRAÇÃO EVANGÉLICA NA ABERTURA DA COPA AMÉRICA DE FUTEBOL NOS EUA
Alguém, assim como eu o fiz, prestou atenção na abertura da Copa América, ocorrida em Atlanta EUA, em algo ocorrido no evento, pouco antes do jogo inicial, entre Argentina e Canadá, na presença do presidente da Fifa e da Comebol? Pergunto e respondo. Para minha surpresa, um pastor evangélico neopentecostal norte-americano pega o microfone e faz um discurso, pregação totalmente fora do contexto e de local apropriado. Que coisa horripilante foi aquela? Nunca tive conhecimento de um discurso evangélico antes de um evento dessa natureza. Foi deprimente. Quem autoriza isso? Pagaram quanto para ali estar, num local totalmente inapropriado e ocupando um espaço indevido. Creio que, só o dinheiro e interesses escusos, bestiais, boçais, colocam ali naquele lugar, na abertura de um torneio de futebol, uma pessoa com pensamento contra princípios básicos, elementares da vida humana, pregando como se estivesse num púlpito, falando para fiéis. Pregar dentro de uma igreja uma coisa, mas fazê-lo num lugar deste, abominável, detestável. Imagino como tenha se dado os bastidores para se chegar a essa pregação absurda. Este avanço desmedido, tudo sem controle, terra do onde tudo é possível e do outro lado, pessoas aceitando tudo caladas e sem contestar. Creio que, a própria Fifa teria que rejeitar, repudiar, até porque vejo como tratam quando surge uma bandeira a defender a Palestina, por exemplo, dentro de um estádio ou mesmo, algumas faixas mais contundentes sobre temática política. Se agem assim com a política, por que permitiram essa aberração? Eu fiquei bestificado e aqui me posiciono de forma veemente contrário a essa utilização religiosa, perniciosa, em partidas de futebol. Perdi até o tesão para assistir a partida, que na verdade, não foi lá grande coisa.

VOCÊS JÁ SE DERAM CONTA DISTO? POIS É, SE NADA FIZERMOS, SEREMOS EM BREVE ENGOLIDOS, DIGERIDOS E CUSPIDOS NUMA VALA..

domingo, 23 de junho de 2024

AMIGOS DO PEITO (226)


64 ANOS, NADA MAIS, NADA MENOS
64 ANOS DÓI, ENFIM, CONTINUO NA LIDA E LUTA, PELA AÍ...
HPA, ADENTRANDO OS 64 DE EXISTÊNCIA...

ESPÍRITO ZONA NORTE DE HUGO CARVANA É O QUE VINGA DENTRO DE MIM, RUEIRO SEMPRE...
Zona Sul sempre foi e continuará sendo uma nhaca, trava na libertação rueira...
[Hugo Carvana] 04/06/1937 - 04/10/2014
Filme: Acervo Arquivo Nacional/Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa
Arquivo em Cartaz apresenta um recorte da entrevista que o ator e cineasta Hugo Carvana concedeu ao jornalista Araken Távora para o Programa Os Mágicos, produzido pela TV Educativa, em 1978. Hugo Carvana recorda como um modelo de comportamento característico dos bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, no tempo em que as relações humanas eram mais fraternas, influenciou profundamente a sua maneira de ver o mundo e permanece vivo nos seus filmes. Eis o link: https://www.facebook.com/arquivoemcartaz/videos/1612196199334083/

sábado, 22 de junho de 2024

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (187)


COMO FOI O ATO CONTRA O PL DO LIRA EM BAURU - REVIVENDO A ESQUINA DA RESISTÊNCIA
Eu e o grupo onde milito no PT, o Núcelo de Base DNA Petista não deixamos de estar presentes nas lidas e lutas, isso desde a decisão de se juntar e permenecer unidos e coesos dentro do momento atual bauruense e brasileiro. Nossas causas são essas todas sociais e tudo nos move para estar nas ruas. Neste sábado, 22/06, não poderia ser diferente. Nãose trata de marcar posição, mas de estar de um lado e de não se afastar. Eu me vejo dentro do mundo político desta forma e jeito. A aberração do proposto e levado adiante pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com esse PL - Projeto de Lei, o de número 1904/24, algo premeditado, concebido pela extrema-direita equiparando o aborto ao homicídio e retirando o direito ao aborto legal após 22 semanas, é favorecer o estuprador e penalizar a mulher que foi agredida, com pena de prisão muito duras.

Estar nas ruas contra isso seria algo natural, mas no Brasil de hoje nada é mais natural e nem normal. O conservadorismo sempre esteve atuando dentro de nossas hostes políticas, mas hoje, com a chegada dos extremistas de direita, estes cada vez soltando a franga, tudo se tornou muito mais perigoso. E até os antes ditos e vistos como direitistas estão assustados, pois os que chegaram fazem e aprontam muito mais que eles todos juntos. Ou seja, tempo de aberrações. Daí, nada como estar integrado num grupo e nele atuar, agir e estar nas ruas.

Neste sábado, atendendo ao chamado "natural" lá estávamos e num dos locais mais icônicos desta cidade, a Esquina da Resistência. Uma barraca do PT e nela o contato com o povo, integrado com os demais participantes, muitos folhetos e a tentativa de conversar, explicar para a população, pelo menos a interessada pelo tema, em algo elucidação. Ouço da amiga e militante social desde mais de 50 anos, Maria Cecília Campos, que, desta feita, a rejeição é grande. "Tem quem antes mesmo de você se aproximar com uma folheto nas mãos, já se pronuncia de forma violenta, agressiva, rejeitando e nem querendo ouvir de que se trata", diz. Disse isso, mas também mostra o outro lado. "Quem tem interesse, chega e ouve, se mostra interessado e assim, cada qual aprende, numa clara demonstração de que, nem tudo está perdido. Se por um lado, os já chegando de cabeça feita, desprezando qualquer mobilização, o alento vem dos que se achegam e querem saber mais, se informar mais".

Foi uma intensa manhã, com menos gente ali disposta a realmente mostar aos interessados, os efeitos desse nefasto PL. O chamamento foi grande, intenso, alcançando muita gente, porém, de fato, poucos compareceram. Por outro lado, estar nas ruas sempre é louvável. Faço parte de um grupo de pessoas que não perdeu e não quer perder este elo com a população e, acredita que, não será somente pelas redes sociais que ocorrerá alguma alteração considerável junto as massas. Sem este contato, nada feito e tudo perdido. O ato foi algo mais do que necessário. Ocorreu país afora e aqui em Bauru em dois dias distintos. No primeiro Ato, este ocorrendo defronte a Câmara de Vereadores na segunda passada e este, sábado no Calçadão, um dos pontos mais movimentados do comércio local.

Escrevo da necessidade de estar nas ruas e escrevo também de como podemos reagir a tudo o que acontece. Pelo que sinto e vejo, estamos em desvantagem, porém não perdemos totalmente essa partida. Existem muitos pela aí muito descontentes e querendo nos ver, ou seja, buscando onde está a reação, os que se opõe, para se juntar a estes. E além deste dia, cada vez mais, se faz necessário ir onde o povo está. Falhamos nos últimos tempos e eu e o DNA Petista, demonstramos que, a melhor saída e resposta é ruar, estar nas ruas, se apresentar, enfrentar este touro à unha, ouvir muito, até antes de falar e assim ir descobrindo como vergar a situação atual. O DNA Petista Bauru brilhantemente marcou presença neste sábado no Ato no Calçadão. Não somos de gabinete, somos de rua.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

DIÁRIO DE CUBA (245)


TEM TANTA COISA ME IMPULSIONANDO PARA NÃO ENTREGAR OS PONTOS - O SONHO, PELO VISTO, ME MOVERÁ PARA A FRENTE ENQUANDO EXISTIR
Trancado em meu bunker mafuento, cercado de livros e discos por todos os lados, morro a cada dia de saudade de um tempo que já se foi e assim mesmo, continuo o buscando em cada curva da esquina. Evidentemente, não o encontro, pois o danado já espirou. Agora mesmo, termino de ler o livro do contista mineiro Roberto Drummond, o "Quando fui morto em Cuba", dos idos de 1982 e ele, me faz voltar no tempo. Uma amiga de Pederneiras tenta reviver um retorno à Cuba, excursão para velhinhos como eu e o livro do mineiro é um soco no estômago. Um dos personagens, guerrilheiro de antanho diz que voltará patra Cuba, como quero fazê-lo mais uma vez e reune amigos, todos devotos da ilha, relembradores de estar juntos numa insólita luta dentro da ditadura militar. Deu merda. Hoje, cada um está numa vertende diferente, noutra, como diria quem ainda consegue enxergar com alguma nitidez o que se dá no mundo de hoje. Pois bem, diante de tantos conflitos de interesse juntos, o reencontro só podia terminar em pancadaria e não em abraços e beijos.

Eu, cada vez mais, quero ler e reler estes livros todos que um dia modelaram minha vida e meu modo de ser. Abro hoje a internet e lá algumas fotos de como fomos para o Festival de Águas Clara, que tivemos a sorte de ocorrer logo ali, na vizinha Iacanga. Que acontecimento foi aquele? Creio até hoje, feito todas as reflexões possíveis e imagináveis, ainda não conseguimos dimensionar a grandeza do que foi aquilo. Quem viu, viu, pois nunca mais teremos algo dentro daquela concepção ocorrendo em qualquer parte do mundo, ainda mais depois de toda transformação ocorrida. E olha que, as transformações não foram somente as vislumbradas mundo afora, mas dentro da gente, essas as piores. Eu, mesmo querendo voltar no tempo, me olhando caminhando na estrada atrás de chegar ao paraíso em Iacanga, sei que, se hoje tivesse algo assim, como estaria situado dentro do ocorrido. Em primeiro lugar, envelheci e creio, não aguentaria aquela porralouquice e se o fizesse, morreria por lá, como o personagem do conto do Drummond, que diante de sua folha corrida de vida, optou por ir morrer em Cuba.

O meu mafuá é minha ilha particular, um lugar de felicidade, contentamento, destes onde ao adentrá-lo diariamente, viajo no tempo e no espaço. É pouco mais que uma quitinete e nela, cada cantinho ocupado com alguma coisa, tudo me fazendo voltar no tempo e no espaço. Fico feliz, que na beiradinha de completar 64 anos, tenha tido a rara e rica oportunidade de ter um lugar assim. É bom demais, raro demais, rico demais. Ali é minha Águas Claras, essa ainda acontecendo ao vivo e a cores. Lá no alto da estante a coleção completa dos livros da Codecri, a do rato que ri, todos os editados pela turma do Pasquim. Olhar para eles e perceber ter iniciado tudo nos meus treze anos, 1973, plena ditadura e cada autor descrevendo o período com o calor da contenda daquela época e um revival de horror, pois hoje, pelos escritos que me caem às mãos, nada igual. Sei lá, se tudo está muito piorado, sem ideologia, sem paixão delirante na busca, ou até, tenho visto, diante de tanto material disponível, o que não deveria ler.

Vivo aqui dentro de minhas Águas Claras, lendo cada vez mais. Neste mês, dia 21/6, termino com este do Roberto, meu 5º livro no mês. É o que gostaria de fazer, mais e mais, até que me finde a vida. Ler, ouvir minha música - hoje rolando por aqui um Jards Macalé e uma Joyce Moreno -, mas como isso não é possível, pois os Liras e Suéllens me d]ao aquele toque interior de que, algo ainda precisa ser feito, buscado, pois se nos aquietarmos de vez, estes perversos irão tomar conta do nosso mundo e reverter tudo o que foi conquistado. Fecho o livro, penso no que ainda posso contribuir, como a luta por ter uma candidatura própria do PT em Bauru, tendo Claudio Lago como seu pré-candidato, enfrentando os que querem vender a sigla, facilitar pra Suéllen ganhar no 1º Turno. Ou seja, motivo não me falta para manter acesa a chama da luta, revivendo sonhos, utopias não concretizadas, mas nunca abandonadas e continuar na lida e luta. Esmorecer jamais, pois aquele sonho idealizado lá atrás, com idas e vindas, cheio de felicidades e tristezas, continua em aberto. E assim sendo, amanhã, sábado, 22/06, tem algo dessa luta acontecendo lá na Esquina da Resistência e depois, no dia seguinte, completo mais um ano de vida, 64. Continuarão me vendo pela aí, nas escapulidas que faço do meu Mafuá, revitalizado pelas leituras e pelo som reveberando pelas paredes cheias de lembranças. O passado me move para a frente. Acho que é isso.

UM RELIGIOSO NICARAGUENSE, CARDENAL, DOS TEMPOS EM QUE ACREDITAVA EXISTIR UM ELO ENTRE A FÉ E A REVOLUÇÃO
Ernesto Cardenal: 
https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/pfbid0tpJ4vvs6ZHAcEXetXr1Y8AHTSFQHAgCyNdkDU2j4qkZYjVXkFeYPYG3oeHNRVJEkl

MBAPPÉ PEDE VOTO CONTRA EXTREMA DIREITA E NO BRASIL, BAURU QUEM FAZ ISSO CONTRA BOLSONARO, TARCÍSIO E SUÉLLEN?
"Mbappé, o cidadão: pede para votar contra a extrema direita
Mais um, o craque francês mergulhou nas eleições de seu país enquanto a seleção disputa o Europeu. Ele não foi o único", matéria do diário argentino Página 12, edição de 20/06/2024.

https://www.pagina12.com.ar/745293-mbappe-el-ciudadano...

Coragem é para poucos. Isso me faz lembrar do dr Sócrates, de Afonsinho, de Chico Buarque e de outros, que exprimem a todo instante da perdição que é quando dentro de um desGoverno de extrema direita. Sei, não precisam me voltar a dizer que, muitos artistas locais, principalmente eles, falando aqui de minha aldeia, Bauru, pensam de forma límpida, lutam contra as injustiças e não gritam a todo pulmão, pois precisam de contratos, de trabalhar e a maioria dos contratantes, dos donos dos lugares onde tocam são conservadores. Isto é fato. Por outro lado, versando sobre Bauru e seu lado cultural, a absoluta certeza de estarmos enfurnados num mar de desgosto, perdição total no âmbito cultural, aberração, verdadeira Casa de Horrores vicejando lá pelos lados da SMC - Secretaria Municipal de Cultural, donimada pelo ideal imposto de mando da atual mandatária. Tudo o que fez para retardar a aplicação da lei Paulo Gustavo, quando poderia tudo ter sido resolvido bem antes da Câmara ter sido travada e não o foi, por vontade e desejo da alcaide. E a maioria se cala, se mantém quieta. Essa Cultura municipal, fechando bibliotecas e promovendo uma Feira do Livro pífia, sem público e sem novidades, feita para dizer que fazem, mas sem nada de atrativo é parte do conjunto da obra. Gente despreparada, inapta e atuando a dizer amém para o fundamentalismo da alcaide.

Daí, quando vejo algo como o que o craque de bola francês fez, fico a imaginar se todos nos levantássemos e gritando em alto e bom som, não aceitar mais o descalabro cultural e uma administração tão nefasta para essa cidade. Viva gente como Mbappé!!!

voltando os olhos para Bauru
POR QUE LÁ CONCLUI E AQUI NÃO? ALGO ALÉM DA MERA INCOMPETÊNCIA
Circulando pelo Gasparini me deparo com a quase finalização de obra de reforma deste muro e calçada da EE - Escola Estadual, essa levando o nome do ex-prefeito e que dá nome ao bairro. Lá, algo surreal quando na comparação com obras ocorrendo com a chancela do município, ou seja, coordenadas pela incomPrefeita Suéllen Rosin. Por que, as obras capitaneadas pelos governos estaduais e federal seguem adiante e são concluídas, como vejo ocorrer com a citada escola e as tocadas pelo munícipio, como a do Calçadão, da ETE morrem emperradas pelo meio do caminho? Seria algo mais além da explícita incompetência?