sexta-feira, 7 de junho de 2024

BAURU POR AÍ (228)

PORQUE NÃO ME UFANO NEM UM POUCO DE MARCOS PONTES E DE SEU ARRAIÁ AÉREO

Bauru sente os efeitos deste Arraiá semanas antes dele acontecer. Moro nas imediações do Aeroclube e sinto os efeitos. Existe todo um aparato da Prefeitura Municipal de Bauru, administração da incomPrefeita Suéllen Rosim envolvido em modificações de última hora, diria mesmo, maquiagens, tudo para o que o dito senador, ocioso até não mais poder, passe com sua troupe pela cidade e dela desfrute todas as benesses possíveis, visíveis e até mesmo, pequenos mimos. Observando tudo o que lhe é proporcionado, dá vergonha de ser bauruense.

Este senhor, o infelizmente elevado a senador, numa disputa onde foi mostrado mais uma vez como vota pessimamente mal o povo paulista. Qualquer um na disputa seria melhor do que este bauruense, mas ele, com a fama investida em seus nos ombros, pelo fato de ter sido astronauta por um dia e pelo que a onda do momento apresentava, quando muitos bolsonaristas foram eleitos sem a menor condição e hoje ocupam cargos e funções, que nunca dantes poderiam ter almejado e pior, conseguido.

A história do Pontes é triste, pois atuou insuflado e bancado pelo então Governo Federal, na primeira administração de Lula, sendo indicado para representar o Brasil. Ela, então na Aeronáutica foi o escolhido e lá foi para os ares. Ganhou e deitou fama. Na volta, almejando lucros com o fato, deu uma banana para a carreira pública militar e foi em busca da realização de um sonho pessoal. Tentou de tudo, até uma escola privada em Bauru.
 

Fracassou um muitas iniciativas e só voltou aos píncaros da glória quando se aliou ao bolsonarismo. Foi Ministro da Ciência e Tecnologia, sendo pífio em conversas e entendimentos mínimos sobre o tema. Pudera, no desgoverno de Jair, o genocida, quase ninguém tinha qualificação para ocupar os cargos. A escolha sendo se deu por proximidade e fidelidade com o chefe.

Pontes foi um ministro negacionista até não mais poder. Só faltou dizer em público, mesmo tendo visto a terra redonda e azul lá de cima, dizer, para agradar o chefe, que a mesma era plana. Fez pior que isso, com o país num retrocesso de difícil retorno, enfurnando nossa tecnologia em caminhos incontornáveis. Ou seja, como se sabe, todo lugar onde bolsonaristas atuaram sofreu sérios danos cognitivos, com atraso comprovado. A reversão disso está dando uma trabalheira sem fim. Ah, se fossemos discutir o papel desempenhado pelo Brasil no período quando Pontes foi ministro, em primeiro lugar, não se tem um só procedimento elogiável.

Depois disso acabou ainda sendo beneficiado pelo momento e acabou senador. E então, na sequência do nada fazer, nada fez, faz ou fará. Flana, nada além disso. E Bauru vai na onda e desde alguns anos inventaram por aqui algo para enaltecer o feito dele ter sido astronauta, o único brasileiro. Foi criado um grande evento, com imenso e incomensurável apoio do poder público municipal, o Arraiá Aéreo, com propaganda maciça, incisiva e até cansativa. Fizeram tanto pelo evento que, hoje suplanta outros na cidade. Na verdade, vejo tudo como um festival para enaltecer alguém que leva o nome de Bauru para fora, porém, o faz de forma nada agradável.

Particularmente caio fora deste. Procuro manter distância. Não pelas atrações ali contidas, mas por algo bem perceptível: trata-se de propaganda bolsonarista em quase tudo o que ali ocorre. Até alguns estandes montados tem essa intenção declarada. Todos sabem, podendo até ainda não reconhecer, mas o bolsonarismo representa atraso, anos perdidos e apoiar este evento é o mesmo que reforçar e dar apoio para algo que tanto mal causou ao país. Tô fora. Adoro algumas pessoas que dele participam, na qualidade de artistas contratados e comerciantes ali instalados, como nossa eterna pipoqueira Maria Inês Faneco, mas para vê-la a encontro em outros lugares. Fui em alguns, não vou mais, fechei questão. A festa é brega e enaltece tudo o que quero manter distância. E, como já deixei claro, este senador está no lugar errado, pois até o presente momento não disse a que veio e, como se sabe, não dirá, fraco e inconsequente. Ou seja, a cara do bolsonarismo.

E abro o JC alusivo a este final de semana, com todo o aparato pronto e manchete de destaque, enaltecendo o evento e o cara. Lá está o falastrão apregoando que o “Governo Lula é inchado e ineficiente”. No mínimo pérfido em sua declaração. Jogo o JC na lata do lixo, sem querer ler o absurdo. Não deve ficar nem com a face corada de vergonha de dizer algo assim, quando participou de um desgoverno que foi infinitamente pior que o atual. Como alguém como ele, tendo atuado junto ao que de pior tivemos, possui coragem de querer comparar ou tecer críticas para quem tenta consertar as cagadas feitas por ele e todos os que estiveram com Bolsonaro destroçando o país?

Por tudo isso, não me ufano nem um pouco do que vejo acontecer e vou fazer qualquer outra coisa, menos pisar os pés lá pelos lados do Aeroclube. Fujo e, tenho certeza, não me arrependerei, pois ali acontecerá algo, de grande pompa, mas muito envergonhando esta cidade. Este senhor precisa saber que não é unanimidade na cidade e que muitos se envergonham de sua vida política. O evento pode ter seu valor, mal quando enaltece este personagem, perde todo seu brilho.
O cara atuou num desGoverno destrutivo, inepto e insano. E quer opinar sobre quem conserta seus estragos.

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