Estar nas ruas contra isso seria algo natural, mas no Brasil de hoje nada é mais natural e nem normal. O conservadorismo sempre esteve atuando dentro de nossas hostes políticas, mas hoje, com a chegada dos extremistas de direita, estes cada vez soltando a franga, tudo se tornou muito mais perigoso. E até os antes ditos e vistos como direitistas estão assustados, pois os que chegaram fazem e aprontam muito mais que eles todos juntos. Ou seja, tempo de aberrações. Daí, nada como estar integrado num grupo e nele atuar, agir e estar nas ruas.
Neste sábado, atendendo ao chamado "natural" lá estávamos e num dos locais mais icônicos desta cidade, a Esquina da Resistência. Uma barraca do PT e nela o contato com o povo, integrado com os demais participantes, muitos folhetos e a tentativa de conversar, explicar para a população, pelo menos a interessada pelo tema, em algo elucidação. Ouço da amiga e militante social desde mais de 50 anos, Maria Cecília Campos, que, desta feita, a rejeição é grande. "Tem quem antes mesmo de você se aproximar com uma folheto nas mãos, já se pronuncia de forma violenta, agressiva, rejeitando e nem querendo ouvir de que se trata", diz. Disse isso, mas também mostra o outro lado. "Quem tem interesse, chega e ouve, se mostra interessado e assim, cada qual aprende, numa clara demonstração de que, nem tudo está perdido. Se por um lado, os já chegando de cabeça feita, desprezando qualquer mobilização, o alento vem dos que se achegam e querem saber mais, se informar mais".
Foi uma intensa manhã, com menos gente ali disposta a realmente mostar aos interessados, os efeitos desse nefasto PL. O chamamento foi grande, intenso, alcançando muita gente, porém, de fato, poucos compareceram. Por outro lado, estar nas ruas sempre é louvável. Faço parte de um grupo de pessoas que não perdeu e não quer perder este elo com a população e, acredita que, não será somente pelas redes sociais que ocorrerá alguma alteração considerável junto as massas. Sem este contato, nada feito e tudo perdido. O ato foi algo mais do que necessário. Ocorreu país afora e aqui em Bauru em dois dias distintos. No primeiro Ato, este ocorrendo defronte a Câmara de Vereadores na segunda passada e este, sábado no Calçadão, um dos pontos mais movimentados do comércio local.
Escrevo da necessidade de estar nas ruas e escrevo também de como podemos reagir a tudo o que acontece. Pelo que sinto e vejo, estamos em desvantagem, porém não perdemos totalmente essa partida. Existem muitos pela aí muito descontentes e querendo nos ver, ou seja, buscando onde está a reação, os que se opõe, para se juntar a estes. E além deste dia, cada vez mais, se faz necessário ir onde o povo está. Falhamos nos últimos tempos e eu e o DNA Petista, demonstramos que, a melhor saída e resposta é ruar, estar nas ruas, se apresentar, enfrentar este touro à unha, ouvir muito, até antes de falar e assim ir descobrindo como vergar a situação atual. O DNA Petista Bauru brilhantemente marcou presença neste sábado no Ato no Calçadão. Não somos de gabinete, somos de rua.
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