Escolhi lutar. Não o faço sózinho, isolado, mas em grupo. Meu grupo, o que participo, está situado dentro do PT, o partido onde milito, tenho os,amigos (as) mais próximos e vejo neles, estampado na face de cada um deles, a busca pela mudança social. Não somos quietos, calados, contidos. Fazemos e acontecemos no Núcleo de Base DNA Petista. Nossas decisões não são individuais. Nada petsonalista. Quando decidimos em colocar o nome de Claudio Lago como nosso indicado para nos representar e fizemos a defesa dele como o melhor para a necessidade de candidatura própria, tudo passou pelo crivo de todos. O PT encampou a tese, depois desviada deste rumo pelo golpe, também traição impetrada em nome da tal Federação. Lutamos , divergimos do autoritarismo, pois bem nítido a trama urdida por poucos. Perdemos de cabeça erguida e cientes de que, empreendemos o bom combate. Este bom combate move a mim e todos do DNA, também boa parte do partido onde milito. Nossas causas são explícitas, não fazemos acordo com a parte contrária. Isso não é ser turrão e sim, ter princípios e deles não se afastar. Milito desta forma e jeito. Repudio veementemente a ultradireita, consequentemente o bolsonarismo, pérfidos em tudo que fazem. Buscamos o óbvio ululante, a justiça social, eliminação das injustiças e um outro mundo possível. Estou na lida e luta, envolvido nessa luta, dela não saio e isso tudo me move.
NÃO TENHO MEDO DE DRAMATIZAR O QUE ACONTECE COMIGO
Sou um privilegiado, pois sobrevivo bem neste mundo. E se assim consigo fazê-lo, deveria, assim o entendimento como muitos observam a situação dos que não penam desmedidamente com agruras diárias para sua sobrevivência, se calar e fingir que nada acontece. Um boçal me abordou dias atrás para falar algumas palavrinhas pra mim, exatamente sobre isso. "Por que fica perdendo tempo com isso tudo, quando poderia flanar e ficar divagando, aproveitando a vida? Não fique se expondo tanto, pois não vai resolver os problemas deste mundo. Deixe a coisa rolar, pois sempre foi assim e sempre assim será", me disse, mais ou menos com essas palavras. Então, a coisa deve ser assim, se tenho algum, devo me mudar de mala e cuia para o outro lado, me calar e não defender os mais necessitados. Nunca faria isso. Eu não tenho uma situação assim tão privilegiada, só vivencio um momento, bocadinho melhor do que a maioria dos que labutam neste país. E minha luta, a de uma vida inteira foi e sempre será para, não só a ampliação, mas para que tudo, todas e todos tenham sua situação mudada, que não diminua, mas se estabeleça como regra e norma, uma distribuição justa e equitativa de riqueza, onde não mais a injustiça predomine. Se isso tem o nome de comunismo, socialismo, igualdade social ou qualquer outro nome, é onde estarei envolvido, lutando com todas minhas armas, principalmente a da escrita. E se posso continuar esgrimando ao meu modo e jeito, pelo jeito, incomodo alguns, pois do contrário não viriam a mim se dirigir, me pedindo para se calar e escrever de assuntos outros. Eu tenho um lado e onde estiver, sempre assim me mostrarei, na defesa do que acredito ser o correto, o justo. Fui assim criado e como tudo está aí, vergonhasamente predominando, tenho ainda muito o que lutar e me posicionar.
ESCRITOS APÓS VER E REVER A MESMA SITUAÇÃO SE REPETINDO DIANTE DE MEUS OLHOS
Circulando pela feira dominicial, semanas atrás, algo não me sai da memória. Um senhor em andrajos, circulava pela feira, subia e descia, tentando vender algo seu, oferecendo para tudo e todos. Na expressão nítida ali naquelas idas e vindas, algo bem nítido, o de alguém sair pras ruas e tentar vender tudo o que tem e exatamente por um único motivo, o de continuar sobrevivendo. Não sei se conseguiu seu intento, pois o perdi de vista. Sei que, mesmo que o tenha feito, no dia seguinte, o mesmo talvez não se repita, pois existirá a repetição de ter que ter algum para sobreviver e talvez não tenha mais o que vender e assim conseguir algum. Não existe cena mais degradante que presenciar cenas como essa. Só mesmo a insensibilidade não nota isso na expressão para com seu semelhante. Pessoas iguais a essa se repetem rotineiramente pelas ruas das cidades mundo afora, principalmente nas que comungam o mundo capitalista, pois não existe como entregar o prometido e daí, as diferenças são sempre muito evidentes, latentes, aberrações demonstradas aos olhos de todos como fratura mais que expostas. Passaram-se mais algumas semanas e revejo a mesma pessoa, na mesma feira e com outra vestimenta, mas com o mesmo olhar faminto, pois mais do que perceptível, as mesmas latentes necessidades. O mundo onde vivo, nítido e transparente, dá voltas, como uma espécie de moto contínuo e tudo continua como dantes. Basta sair pras ruas para ver a repetição diária das mesmas coisas denunciadas anteriormente. E enquanto isso, continuamos a discutir coisas menores. Minha cara, onde não consigo esconder a angústia sentida, perceptível, pois minha degradação física também se dá por não enxergar possibilidades de reverter situações como as que me deparo pelas ruas.
EU SOU
Eu não ando direito.
Sempre ando torto. Aquele que anda direito conhece um único caminho. Eu não sou o que pareço. mas o que minha alma sonha E se eu cair nos poços, É por estar olhando estrelas. Eu sou o escravo mais livre! Escravo do que eu amo! Liberdade e justiça sabem bem de quem estou falando. Não quero saber do seu dinheiro. Eu prefiro minha independência... sim por ter um chapéu Temos que alugar a cabeça. Nem o ouro do seu bolso, nem a seda do seu lenço, Nem a tua prata, nem as tuas latas. são o caminho do céu... Você tem muito peso para poder levantar voo. Eu sou - Facundo Cabral
Macacos me bloguem. Aderi. Estarei juntando aqui, direto do meu mafuá particular, translucidação da minha bagunça pessoal, uma amostra de escritos variados, onde cabe de tudo (quase!) um pouco, servidas sempre, de forma desorganizada, formando um mural esclarecedor do pensamento de seu escrevinhador.
Pegue carona aqui e ao abrir a tampa do baú, constate como encaro tudo isso. Deixo cair rostos, palavras; alguma memória. O diálogo se instaura.
Abracitos do
Henrique Perazzi de Aquino - direto de Bauru S.P.
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