quinta-feira, 5 de setembro de 2024

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (197)


A IMPORTÂNCIA DO JORNALISMO QUE VAI ATRÁS DO FATO E O TRANSFORMA NUMA NOTÍCIA DE GRANDE MONTA
Hoje no JC algo considerado por mim como um dos princípios básicos do bom jornalismo, o atuando dentro da verdade factual dos fatos. Estou mais que cansado de presenciar um jornalismo lento, que não vai mais atrás da notícia, que se resume em aguardar a apuração dos fatos pelo Judiciário e mesmo, policiais, e daí publicando algo baseado nas notas emitidas por estes órgãos. Péssimo isso. O papel do jornalismo é ir atrás da notícia.

Neste caso da APAE, após a confirmação da excrecência do ocorrido, existe muita coisa ainda a ser desvendada e se o jornalista não for atrás, talvez nunca tenhamos a informação correta do que de fato acontecia dentro da unidade bauruense da APAE. No JC de hoje, matéria assinada pela jornalista Lilian Grasiela, que saiu a campo e foi entrevistar pessoas e, tendo na retaguarda, André Fleury Moraes, com algo novo, "Franceschetti e Claudia mantinham parentes na APAE, admite entidade - Informação sobre favorecimento a familiares consta de denúncia enviada à Câmara Municipal dde Bauru em 2022".

Dois fatos novos e merecedores de trabalho jornalístico para desvendar o que de fato ocorreu. Primeiro, o que estampa a matéria. A coisa por lá não é algo novo. Inclusive com parente indicados pelos dois, tudo atuando dentro da instituioção. O que seria isso? A matéria conta parte da trama. Depois, algo mais escabroso. Tduo pelo visto, foi denunciado por pessoa lá atuando, dois anos atrás junto a vereadores e o presidente de então, MArcos Souza, junto da vereadora do meu partido, o PT, não levaram o caso adiante. Ou seja, a denúncia das irregularidades é velha e teve algo, que não foi levado em consideração. Poderíamos ter evitado tudo o que hoje aconteceu, porém, seguraram e isso tudo precisa também vir à tona. Isso só acontece com trabalho jornalístico. Se o jornalista for atrás, entrevistar as pessoas, vai pegar a versão de cada um e uma pessoa sempre leva a outra, daí, quase sempre tudo é desvendado mais rapidamente.

Evidente que, a APAE em si precisa ser preservada, mas tudo o que lá ocorria, quem se beneficiava de tanta coisa errada, isso precisa ser devidamente desvendado e revelado para a cidade de Bauru. Hoje, a matéria do JC, depois de ver muita coisa só sendo feita sem investigação, sem aprofundamentos, começa a vir à tona. Quiçá continue, pelo bem da verdade dos fatos e da própria sobrevivência do jornalismo.

Comentário do jornalista Ricardo Callis Pesce: "Até que enfim, né Henrique Perazzi de Aquino . Mas talvez soubéssemos disto há muito mais tempo se o jornalismo fosse levado a sério por aqui. Incentivaria as pessoas a fazer denúncias a jornais e rádios, já que na esfera política é tempo perdido. Se houvesse bom jornalismo o tempo todo, talvez a tragédia tivesse sido evitada".

HIPOCRISIA NO CORTE DE ÁRVORES EM BAURU
A Prefeitura Municipal, administração da incomPrefeita Suéllen Rosim incentiva pinturas ecológicas nas duas praças ladeando a USP - Universidade de São Paulo e ambas são retocadas, pintadas com cores e dizeres pela luta da ecologia. Nesta, numa das pontas, a Praça Universitária, algo a realçar a reinante hipocrisia. Num canto dela, num pequeno entrave haviam três imensas árvores, derrubadas sem piedade com a justificativa do solo debaixo do asfasto estar oco. Foram sacadas e no lugar um coqueirinho, já na praça dizeres da luta ecológica, algo um tanto distante dentro das hostes de quem possui o tacão e, principalmente, o facão. Constatem, com poucas chances de erro, a Bauru de hoje é recordista no corte desmedido de árvores.

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