UM EDITAL PARA PUBLICAÇÃO DE LIVROS EM BAURU e UM LIVRO SENDO PARIDO EM REGINÓPOLIS
Ambas boas notícias. Encerra-se depois de amanhã, dia 02/02 o prazo final do Edital de "Chamamento para publicação de livros", iniciativa da Secretaria Municipal de Bauru. Segundo o edital serão cinco volumes, com 1000 exemplares cada, subsidiando escritores bauruenses dentro dos temas, poesias, crônicas, contos e ensaios literários. As inscrições são feitas pessoalmente, sem previsão de prorrogação e passarão por análise de uma comissão a ser formada pelos organizadores. Deverão ser entregues, além da ficha de inscrição, indicação etária da obra, exemplar impresso da obra e sua versão em CD. Cada obra poderá ter no mínimo 20 e no máximo 150 páginas. A idéia é boa, inédita, mas ainda não inteiramente concretizada, pois diante de um cargo sujeito às incertezas do momento, ao final do edital, um lembrete alerta para prováveis adiamentos e não realização: "Fica reservado à SMC a faculdade de cancelar ou revogar, de acordo com o seu interesse, ou anular o presente Edital de Chamamento, sem que caiba aos participantes direito a qualquer indenização".
Mesmo com o lembrete, gostei da iniciativa e preparei duas obras de minha lavra, mas não contava com o inusitado da vida a me dificultar a entrega dos trabalhos. Meu sogro, Sr Zé Pereira (retratei ele aqui num Memória Oral, circulando pelos sebos cariocas junto do meu filho), um retinto advogado carioca, amante inveterado de livros, aos 81 anos está entrevado numa UTI carioca, sedado e cá estou ao lado de Ana Bia. Preferi deixar de lado a seleção dos meus textos para estar aqui e disso não me arrependo. Outras oportunidades virão e como sempre, acabei também deixando tudo para a última hora. Fica a dica para muitos outros que possuem obras no prelo. Das incertezas do cargo cultural do município, me parece que o que está a acontecer com a atual secretária é o mesmo que acabou de ocorrer com o técnico do Noroeste após uma acachapante derrota de 5x1. As idas e vindas, disse-me- disses desembocarão em algo inevitável, faltando um encontro entre a secretária Janira e o prefeito Rodrigo, adiado pelos dois lados, para a tomada de decisão, que todos sabem já existir. O depois é um incógnita de difícil resposta.
Por outro lado, comunico aqui em primeira mão algo que estou envolvido até o pescoço, com grande jubilo e contentamento. Meu grande amigo, Fausto Bergocce, reconhecido artista gráfico brasileiro, reginopolense de nascença e coração, acaba de concretizar a realização de um velho sonho. Conseguiu fechar patrocínio para escrever um livro sobre sua cidade natal, Reginópólis e fui convidado por ele a escrever toda a parte histórica. Ele está na fase final da reprodução de todas as fotos, imagens, registros de personalidades em aquarela e estou num vai e vem constante naquela cidade em busca de construir o texto histórico a fundamentar o livro, uma vez que os registros existentes até então, são insuficientes para recontar o vivido por lá. A história ainda permanece na mente das pessoas que a viveram e esse resgate é algo inebriante, de muito contato pessoal. Estamos eu e ele, numa corrida contra o tempo e fazendo algo, com grande dedicação, para entregarmos um belíssimo livro de arte para a cidade. A previsão não deve ultrapassar o próximo mês de junho. E por falar em Fausto, algo mais dele. Como já comuniquei aqui ele acabou de ter seu nome inscrito numa Galeria de Artistas Gráficos brasileiros, tendo sua mão marcada em ciumento numa calçada da fama e um longo depoimento, feito em forma de entrevista, registrado para a posteridade no evento denominado "Sábado da Memória das Artes Gráficas", iniciativa da Biblioteca de São Paulo. Aqui três fotos do grande momento. Fausto tem história para contar, é dos grandes do traço nacional, uma pessoa simples e envolvente, que faz e acontece ao seu modo. Estar ao lado dele nessa iniciativa é algo que muito me dignifica. Em tamanho maior um desenho do Fausto, como será o making-off das primeiras páginas, em primeira mão publicada aqui.
Amanhã conto aqui uma historinha vivida em Reginópolis e que mostra bem como andam as mudanças de comportamento das cidades pequenas nos dias atuais.