terça-feira, 11 de janeiro de 2011

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (32)

O SELO DO LULA E OS MÉDICOS CUBANOS NO HAITI
Escrevo isso do “preconceito ao sapo barbudo” porque até as pedras do reino mineral sabem o quanto Lula sofreu nesses oito anos de governo, espezinhado por uma cruel e difamatória elite, que se vendo contrariada em alguns de seus interesses, dá-lhe pau no sapo barbudo (expressão criada magistralmente por Leonel de Moura Brizola). Lula se foi, mas continuam as espezinhações. Ontem, após vê-lo num selo dos Correios, até editoriais foram feitos pelo excesso de sua estampa circular nacionalmente. Bazófia da pior laia. O “cara” (para usar denominação do Obama) transformou esse país e merece a homenagem. Outra coisa foi sobre o uso de uma base militar para suas primeiras férias depois do governo. Os mesmos editoriais de sempre. Um presidente em fim de mandato, após 8 anos no governo não mereceria tal honraria? Claro que sim, excesso de zelo, ou de “preconceito ao sapo barbudo”, diria. E para não falar que não o critico, o faço sempre que pisa na bola. Achei péssima a questão dos passaportes diplomáticos para seus filhos. Algo totalmente desnecessário e Lula poderia passar muito bem sem essa. Ele, mesmo com essa pisada, tem saldo credor imenso e continua a merecer minha mais expressiva admiração.

Mas o motivo mesmo dessa escrevinhação de hoje é para tocar em outro tema desse negócio do preconceito e de nunca aceitar nada de positivo no que o provável adversário e inimigo produzem. Quem não enxerga um palmo diante do nariz não deve ser lá um bom julgador, mas como o mundo está lotado até as tampas deles, lá vai o caso que me fez vir a público e esmiuçá-lo para conhecimento geral. De vez em quando gosto de provocar um desses e um dos temas preferidos é CUBA. Eu, como todos sabem, admiro por demais da conta o resistente país caribenho, mas muitos, influenciados por leituras não lá muito dignas de confiança pensam o contrário. Leio algo interessante e repasso para um desses, que espuma só de pensar que lá acontecem fatos dignos de nota. Para esse, o negócio mesmo é o do capital, nada de social, socialismo e comunismo (toc toc toc). Além das risadas, envio algumas coisinhas e espero a retaliação, que ocorre quase que imediatamente. Daí desponta um troca de e-mails, cada um na defesa do que acha mais acertado.

Recebo de um amigo carioca algo com o título: “HAITI – CUBANOS FAZEM O QUE O MUNDO PROMETEU E NÃO CUMPRIU” (leiam a seguir no http://www.jornalorebate.com.br/site/internacional/6423-haiti-cubanos-fazem-o-que-o-mundo-prometeu-e-nao-cumpriu- ). Algo simples, o mundo inteiro prometeu ajuda para o Haiti, mas quem está realmente fazendo o serviço pesado são os cubanos. Envio para esse conhecido com um recado: “Leia com atenção, pois vai entender como é a ação dos cubanos e do regime de governo lá deles. Depois me conte o que achou”. A resposta veio curta e grossa (“POIS É... MAS DEPOIS DE LER ESTE ARTIGO TALVEZ PENSE NO QUE SE REFERE A MÉDICO...”) e com um texto, o “Médicos reprovados” (leiam a seguir no: http://www.educacionista.org.br/jornal/index.php?option=com_content&task=view&id=7511&Itemid=43 ). Li, achei meio falso, mas assim mesmo, acredito necessitar de mais informações para avaliar melhor isso. Respondi a ele dessa forma e aguardo sua resposta, que ainda não veio, mas com certeza virá: “Continuo preferindo sempre o atendimento humanitário. É disso que falo, de tudo aquilo que está embutido no sentido de fazer/cursar Medicina e que quase não é colocado em prática no mundo atual dominado pelo capital. Isso que me comove, esse se doar, ir aonde está o problema e resolver a pendenga. Nisso os cubanos são inigualáveis, tendo o melhor ou pior curso. Continuo preferindo o modo de agir deles, onde o homem, a pessoa em si está acima de tudo e o dinheiro pouco vale. Tenho dito. Henrique”. Depois conto mais...

11 comentários:

Anônimo disse...

Estimado HENRIQUE:

Continuas na ladainha cubana, hem????!!!!

Leste uma cartainha publicada nas Cartas Dia de Hoje? Não, então a reproduzo para ti, exatamente como saiu:

FIDEL
A história nos traz fatos de ditadores punidos por crimes cometidos em seus países, como Chile e Argentina. A punição deve existir para quem desrespeita os direitos humanos. Mas e Fidel Castro? Há mais de 50 anos é responsável por milhares de mortes de cubanos. Por que não levá-lo para um justo julgamento na Corte de Haia? E a imprensa, por que nunca questiona essa possibilidade e somente fala dos crimes dos adversários?
Benone Augusto de Paiva, por email

Achei que isso podeeria ser incluido no seu texto, ou voce também só fala dos adversários?

V.

Mafuá do HPA disse...

caro estima anônimo V:

Quem poderia ser tão desmiolada pessoa?

Resposta que não poderei dar, pois o tal se esconde atrás de uma letra, V. Merece resposta. Dou a seguir.

Fidel não pode estar numa corte como a de Haia. Não teria o que fazer lá. O que fez pelo seu país é imensamente maior de algumas coisas que foram necessárias ao longo do percurso para implantar no país um regime onde o povo tem voz e vez. Não conheço um país onde o povo mais necessitado é mais atendido do que lá, onde todos possuem saúde, educação de boa qualidade, gratuita e com lazer, cultura, preços justos e uma participação popular que não percebo aqui e em nenhum outro país capitalista. E o humanismo do que tratei no texto, onde mais se vê isso hoje? Sinceramente, me responda isso.

Fidel não tem nada de criminoso e não pode ser comparado com o que fizeram Pinochet no Chile e Videla na Argentina. Esses dois últimos massacraram seu povo, tudo em benefício de uma casta e Fidel não faz isso, ou seja, faz exatamente o contrário, olha para esse povo.

Quem conhece um pouco, um pouco só de história, da verdadeira história, não me faria uma pergunta desse tipo. Ela teria que ser formulada de outro jeito e maneira.

Acho que é só.

Henrique, direto do mafuá

FABI disse...

Caro Henrique

As vezes tenho a impressão que as pessoas " anônimas " como esse V fumam uns 10 baseados antes de escrever queimando os poucos neurônios que ainda lhe restam.
Fidel nesses 52 anos salvou os cubanos de uma vida de " vassalos" ..vai ver o V da assinatura desse medíocre seja dai de " VASSALO" .
Se ainda sobraram alguns neurônois para esse medíocre vassalo ele poderia se informar sobre a vida dos cubanos antes da revolução, mas posso dar uma pequena amostra: Antes da revolução crianças morriam por parasitas, eram comidas vivas por vermes, pois não havia rede de esgoto, nem moradias, nem agua, nem médicos, nem escolas , agora se vc olhar os números e isso são números da ONU , a mortalidade infantil de Cuba é das mais baixas do mundo , assistência médica e educação a serviço de todos.Enquanto no Brasil os deputados sobem seus salários e o povo morre na fila dos hospitais.
O que é mais importante a vida de uma criança ou o salário de um deputado corrupto??????????
Caro V infelizmente devo lhe informar que sua alma é estreita..assim como seus conhecimentos.

HASTA LA VICTORIA..SIEMPRE

FABI

Mafuá do HPA disse...

Cara Fabi
Voce poderia responder com essa clareza e riqueza de dados para o jornal Bom Dia, a carta do leitor citado, o Benone Augusto de Paiva, que saiu publicada na edição de hoje. Te passo o e-mail de lá: leitor@bomdiabauru.com.br

O tal do Benone merece ler uma resposta como a tua. Faça isso por nós.

Henrique, direto do mafuá

FABI disse...

Olá Henrique

Vou enviar o mais rápido possível e te mando uma cópia no seu e-mail tb. bjs Fabi

duilio duka de souza zanni disse...

Meu amigo Henrique.

Não pude deixar de colocar um pouco mais de pimenta nesse angu do sr. benone e do ou da tal "V".
Provavelmente seja um "V" de vergonhoso ou vagal...

È sempre assim que eles/elas agem: no anonimato.

Por quê? - porque não têm a coragem de se apresentar, de se expor, de debater suas idéias de frente. É assim que agem os covardes!!!

Como este nome "v" não se apresenta, posso me sentir no direito de acreditar que seja um "aliado" do Presidente da Associação Hospitalar Joseph Saab.
Ele não roubou nada. Não cometeu crime nenhum. Por isso está soltinho da silva. Renunciou e pronto. Apagou-se o passado. Beleza!

O que ele fez para Bauru? Para as crianças, os idosos, os jovens de Bauru?

E os Deputados Federais e Senadores que elevaram "constitucionalmente" os seus salários? (embora nem todos tenham concordado com esse absurdo, como o Paulo Paim, por exemplo). E as declarações do Deputado Camarinha, vizinho nosso, ali de Marília? Coitadinho! Realmente ganham tão pouco!

Sinceramente meu amigo Henrique, estamos todos errados. Fidel está errado, fez tudo errado. O Lula fez tudo errado. Você, eu, nós todos estamos errados.

Certos estão os anônimos, os covardes, os corruptos, os lacaios, os descarados, os sakainas desta política e desta justiça injusta.

Essa barbárie não pode continuar e muito menos despercebida, anônima, oculta, assassina e impune!

Estou chegando à conclusão que estamos sendo empurrados para junto do nosso grande amigo Comunista em Ação Marcos Paulo. Pense nisso.

Hasta la victoria siempre!!!
duilio duka de souza zanni

Anônimo disse...

Excelente artigo que nos ajuda a compreender os fatos históricos, e as imensas conquistas da gloriosa luta do povo cubano.
http://www.marxismo.org.br/index.php?pg=artigos_detalhar&artigo=653

Roque

Anônimo disse...

Repassando...



Enviou o médico Aldalberto Gemmal. Vale a leitura


Ex-menina de rua de SP estuda Medicina em
Cuba
*

Graças a alguns “papa-hóstias”, como costumo chamar meus amigos da igreja,
fiquei sabendo da história dela durante um agradável almoço na Feijoada da
Lana, na Vila Madalena, a melhor da cidade. Repórter vive disso: tem que
andar por aí, conversar com todo mundo para descobrir as novidades, ficar
sabendo de personagens cuja vida vale a pena ser contada.

É este o caso da jovem Gisele Antunes Rodrigues, de 23 anos, ex-menina de
rua de São Paulo, nascida em Ribeirão Pires, que deu a volta por cima e hoje
está no terceiro ano de Medicina. Detalhe: ela estuda no Instituto Superior
de Ciências Médicas de La Habana, em Cuba, onde estão matriculados outros
275 brasileiros.

Gisele veio passar as férias no Brasil e, na próxima semana, volta a Cuba.
Como ela foi parar lá? Ninguém melhor do que a própria Gisele, que escreve
muito bem, para nos contar como é a vida lá e como foi esta sua incrível
travessia das ruas de São Paulo até cursar uma faculdade de Medicina em
outro país.

A meu pedido, Gisele enviou seu depoimento nesta sexta-feira e eu pedi
autorização para poder reproduzí-lo aqui no Balaio. Tenho certeza de que
esta comovente história com final feliz pode servir de estímulo e inspiração
a outros jovens que vivem em dificuldades.

Para: Ricardo Kotscho

Olá!!!

Autorizo o senhor a publicar essa história. Caso deseje, pode corrigir os
erros. Mas, por favor, sem sensacionalismo. Tente seguir mais o menos o
texto abaixo. Desculpa por escrever isso, mas eu já tive problemas.

Gosto do seu blog, vou tentar acessar nele em Cuba.

Abraços

Gisele Antunes

parte 1

Anônimo disse...

***

Só mais uma brasileira

Saí de casa com 9 anos de idade porque minha mãe espancava eu e meu irmão.
Não tínhamos comida, o básico para sobreviver. Meu pai nunca foi presente. É
um alcoólatra que só vi duas vezes na vida. Minha mãe é uma mulher honesta,
mas que não conseguia educar seus filhos. Já foi constatado que ela tem
problemas mentais.

Ela trabalhava como cigana na Praça da República. Quando eu fugi de casa
segui esse caminho, e encontrei uma grande quantidade de meninos e meninas
de rua. Apresentei-me a um deles, este me ensinou como chegar em um albergue
para jovens, e a partir desse momento passei a ser menina de rua. Só
comparecia nessa instituição para comer, tomar banho e ter um pouco de
infância (brincar). No meu quinto dia na rua, comecei a cheirar cola e
depois maconha.

Alguns educadores preocupados com a minha situação tentavam me orientar, mas
de nada valia. Foi quando me apresentaram a uma religiosa, a irmã Ana Maria,
que me encaminhou para um abrigo, o Sol e Vida. Passei uns três anos lá e
deixei de usar dogras. Esta instituição não era financiada pelo governo.
Quando foi fechada, me encaminharam a outros abrigos da prefeitura, entre
eles o Instituto Dom Bosco, do Bom Retiro. E assim foi, até os 17 anos.

Para alguém que usa droga, não era fácil seguir regras. Foi por muita
persistência e um ótimo trabalho de vários educadores que eu consegui deixar
a drogas, sair da desnutrição e recuperar a saúde após anemia grave.

Na infância, era rebelde, não queria aceitar a minha situação. Apenas queria
ter uma família. Mas havia algo que eu valorizava _ a escola e os cursos que
eu fazia na adolescência. Aos 14 anos de idade, comecei a jogar futebol,
tive a minha primeira remuneração. Aos 16 anos, entrei em uma empresa, a
Ericsson, que capacitava jovens dos abrigos para o mercado de trabalho. Essa
empresa financiou meu curso de auxiliar de enfermagem e o inicio do técnico.
O último não foi possível concluir.

Explico: existe uma lei nas instituições públicas segunda a qual o jovem a
partir dos 17 anos e 11 meses não é mais sustentado pelo governo, tem que se
manter sozinho. Como eu não tinha contato com a minha família, quando se
aproximou a data de completar essa idade, entrei em desespero.

A sorte foi que a entidade, o Instituto Dom Bosco Bom Retiro, criou um
projeto denominado Aquece Horizonte. Este projeto é uma república para
jovens que, ao sair do abrigo, podem ficar lá até os 21 anos. Os
coordenadores e patrocinadores acompanham o desenvolvimento do jovem neste
período de amadurecimento.

As regras mais básicas da república são: trabalhar, estudar e querer vencer
na vida. No segundo ano de república, eu desejava entrar na universidade,
mas sabia que não tinha condições de pagar a faculdade de enfermagem ou
conseguir passar na universidade pública.

Optei então por fazer a faculdade de pedagogia. É uma área que me encanta, e
a única que podia pagar. No primeiro semestre da faculdade de pedagogia, um
educador do abrigo, o Ivandro, me chamou pra uma conversa e me informou
sobre um processo seletivo para estudar medicina em Cuba. Fiquei contente e
aceitei participar da seleção.

Passei pelo processo seletivo no consulado cubano e estou desde 2007 em
Cuba. Dou inicio ao terceiro ano de medicina no dia 06 de setembro de 2010.
São 7 anos no país, sendo 6 de medicina e um de pré-médico.

parte 2 - continua...

Anônimo disse...

Ir a Cuba foi minha maior conquista. Além de aprender sobre a medicina,
aprendo sobre a vida, a importância dos valores. Antes de ir, sempre lia
reportagens negativas sobre o país, mas quando cheguei lá, não foi isso que
vi. Em Cuba, todos têm direito a educação, saúde, cultura, lazer e o básico
pra sobreviver.

Li em muitas revistas que o Fidel Castro é um ditador, e descobri em Cuba,
que ele é amado e idolatrado pelos cubanos. Escrevem que Cuba é o país da
miséria. Mas de que tipo de miséria eles falam? Interpreto como miséria o
que passei na infância. Em casa, não tinha água encanada, luz, comida.

Recordo que tinha dias em que eu, meu irmão e minha mãe não conseguíamos nos
levantar da cama devido a fraqueza por falta de alimento. Tomávamos água
doce pra esquecer a fome. Então, quando abro uma revista publicada no Brasil
e nela está escrito que Cuba é um país miserável, eu me pergunto: se em
Cuba, onde todos têm os direitos a saúde, educação, moradia, lazer e
alimento, como podemos denominar o Brasil?

Temos um país com riqueza imensa, que conquistou o 8º lugar no ranking dos
países mais ricos, mas sua riqueza se concentra nas mãos de poucos, com uns
60 % da população vivendo em uma miséria verdadeira, pior que a miséria da
minha infância.

Cuba sofre um embargo econômico imposto pelos estados Unidos por ser um país
socialista e é criticado por outros governos. No entanto, consegue dar bolsa
para mais de 15 mil estrangeiros de vários países, se destaca na área da
saúde (gratuita), educação (colegial, médio, técnico e superior gratuito
para todos) e esporte (2º lugar no quadro de medalhas, na historia dos Jogos
Panamericanos), é livre de analfabetismo.

A cada mil nascidos vivos morrem menos de 4. Vivenciando tudo isso, eu
queria também que o Brasil fosse miserável como Cuba, como é escrito em
varias revistas. Acho que o brasileiro estaria melhor e não seria tão comum
encontrar tantos jovens sem educação, matando, roubando e se drogando nas
ruas.

Vou passar mais quatro anos em Cuba e não quero deixar o curso por nada.
Desejo concluir a faculdade e ajudar esse povo carente que sonha com
melhoras na área da saúde, quero ajudar outros jovens a realizar os seus
sonhos , como me ajudaram. Também pretendo apoiar meu irmão, que deseja
estudar direito.

Tenho meu irmão como exemplo de superação. Saiu de casa com 13 anos de
idade, mas não foi para uma instituição governamental. Morou em um cômodo
que seu patrão lhe ofereceu. Enquanto eu estudava e fazia cursos, ele estava
trabalhando para ter o pão de cada dia. Hoje, ele é um homem com 25 anos de
idade, casado e tem uma filha linda, e mesmo assim encontra tempo pra me
apoiar e me dar conselhos.

Foi muito bom visitar o Brasil. Depois de longos 13 anos tive um tipo de
comunicação com a minha mãe. Isso pra mim é uma vitoria. Quero estar próxima
dela quando voltar.

Conto um pouco da minha história, mas sei que muitos brasileiros
ultrapassaram barreiras piores, até realizarem seus sonhos. Peço ao povo
brasileiro que continue lutando. É período de eleições, peço também que
todos votem com consciência, escolha a pessoa adequada pra administrar o
nosso país tão injusto.

Gisele Antunes Rodrigues

Ser culto é o único modo de ser livre (José Martí)

*Matéria originalmente publicada no Balaio do Kotscho
parte 3

Mafuá do HPA disse...

Caro Sr Benone, devo lhe informar que sua alma é estreita assim como seus conhecimentos a respeito de Fidel Castro e sobre Cuba, antes de escrever tais asneiras baseadas na mais profunda ignôrancia e hipocrisia, o Sr deveria consultar dados e pesquisar sobre os assuntos que pretende abordar e lembre-se : O HOMEM SÓ É LIVRE QUANDO TEM CONHECIMENTO.
Vamos aos fatos:

Antes da revolução cubana e de Fidel Castro:

- a mortalidade infantil ultrapassava 60 mortes por mil nascidos vivos
- doenças como tuberculose, malária,esquistossomose, parasitas intestinais ,desnutrição infantil eram causas de morte mais comuns entre a maioria da população.
- 50% viviam abaixo do nível de pobreza, na total miséria.
- 80% era o nível de analfabetos , chegando a quase 100% em algumas regiões
- 85% da agricultura nas mãos de empresas estrangeiras, onde mais de 200 mil familias trabalhavam em um sistema de feudalismo.

Depois da revolução cubana e do governo de Fidel Castro:

- mortalidade infantil abaixo de 6 mortes por mil nascidos vivos, uma das mais baixas taxas do mundo ( fonte ONU)
- doenças irradicadas como tuberculose , malaria, parasitas uma das menores taxas de infectados pelo virus do HIV ( fonte ONU)
- 100% de crianças na escola todas gratuitas e menor taxa de analfabetos do mundo
- saúde gratuita para toda a população
- universidade gratuita para toda a população
- não há desnutrição, toda criança se alimenta com no mínimo 2.500calorias ( fonte ONU)
- no último referendum 95% da população aprovam o governo de Fidel Castro


Agora Sr Benone que tipo de " monstro cruel " é esse Fidel Castro, que em 52 anos dedicou a sua vida em salvar a população cubana, que tipo de monstro é esse que salva as crianças de serem comidas vivas por parasitas pois o esgoto corria pra dentro de suas casas , me diz que tipo de monstro é esse que deu seu sangue pra construir uma Cuba com saúde e educação para todos, quem me dera tivesse um monstro desse no Brasil pra impedir o aumento dos deputados corruptos enquando a população morre nas filas dos hospitais.
Um homem que diz que " morrer pela pátria é viver" merece todo meu respeito e admiração, esse é o verdadeiro Fidel Castro.
Termino meu desabafo com um trecho do hino de Cuba , onde se pode respirar toda a liberdade de um povo guerreiro :

"CONTEMPLAI NOSSAS TROPAS TRIUNFANTES
CONTEMPLAI A ELES CAIDOS
POR COVARDES, FOGEM VENCIDOS POR VALENTES, SOUBEMOS TRIUNFAR
CUBA LIVRE PODEMOS GRITAR"



Eis a carta da Fabi na íntegra, o BOM DIA por falta de espaço publicou parte dela.
Henrique - direto do mafuá