ALGUMAS HISTORINHAS DE FINAL DE ANO DAS RUAS CARIOCAS
Estive no Rio de Janeiro de 19 a 26/12/2010 e aqui conto algumas poucas observações bem pessoais:
01. Dona Maria mora bem longe do centro do Rio. Moradora da Baixada, desce diariamente até o centro da cidade, proximidades da rua Uruguaiana e da Alfândega, chegando e voltando via trens da Central do Brasil. Junta latinhas nas ruas e o mês de dezembro é a possibilidade de arrebanhar um ganho extra, pois junta mais, devido as festas do período. Para facilitar seu trabalho de carregar tudo até o comprador, joga tudo o que colhe no meio da estreita rua da Alfândega e deixa os carros passarem por cima, depois junta tudo num carrinho e segue em frente.
02. Jerson (com J mesmo) é garçom de um dos mais famosos restaurantes do Rio, o Bar Luiz, localizado na rua da Carioca, quase chegando na famosa Praça Tiradentes. Vê-lo trabalhando com uma barba e cabelo muito bem aparados e um traje ao velho estilo, impecável é reconhecer que uma casa inaugurada em 1887 mantém muito de suas tradições. Falante vai e volta à nossa mesa e explica sobre seus 8 anos por lá, começando na limpeza, depois ajudante de cozinha e por fim, garçom. Um verdadeiro plano de carreira cumprido à risca pelos que querem trabalhar na famosa casa. Feliz da vida, diz não querer saber de atuar em outro ramo e lugar.
03. Vamos todos assistir à ultima sessão do dia, 21h30, do filme “Film Socialisme”, do Jean Luc Godard, meio de semana chuvosa, na estação Laura Alvim, coração de Ipanema. Corremos pelo túnel Rebouças (do Grajaú até lá), pensando encontrar fila e ao chegar a incredulidade, éramos quase únicos, pois além de nós mais três pessoas. Do filme, difícil de ser compreendido, como toda obra de Godard, uma mensagem final para não mais sair da cuca: “quando a lei não é justa a justiça se põe acima da lei”. Penso depois: Insisto em salas com filmes de arte e até lá no Rio as salas penam. Que fazer?
04. Indicado pelo blog Buteco do Edu vou conhecer um botequim dos mais modestos, diante de grandões cariocas, o Rio Brasília, encravado num cantinho de um prédio, junto da rua Haddock Lobo, plena Tijuca. Passo no final da tarde do dia 25, desviando de dois grandões, até achá-lo num canto, espremido por um prédio e um outro estabelecimento qualquer. Na porta, Pedro, um dos sócios, lava o estabelecimento, um pequeno salão, estreito e abarrotado. “Pouca coisa acontece aqui dentro, tudo rola na calçada, com mesas e cadeiras espalhadas. Esse o verdadeiro espírito carioca”, me diz. Penso logo na situação aqui de Bauru e relembro caminhões recolhendo mesas em calçadas, numa implacável fiscalização que nem bandidos possuem. Bares sim. Sou como Eduardo Goldemberg, o do Buteco citado, prefiro os pés sujos aos ditos limpos, afinal escrevinho num blog incluído com louvor nos ditos Blogs Sujos.
05. Fotografei pisos mil nas velhas, vistosas e divinais ruas do centro velho do Rio, principalmente aquelas estreitas junto do cais do porto. Adoro esse tipo de piso e o faço só para demonstrar como são, além de lindas, mais úteis do que possam pensar nossos modernosos administradores municipais. Das vantagens deles, incontáveis, nem preciso ficar aqui chovendo no molhado (aguardem papo com Fio, o dos bloquetes por aqui). Resolver podem até não fazê-lo na sua totalidade, mas que amenizariam essa imbecilidade de asfaltar até quintal, isso não tenham dúvida. Aqui uma foto da região defronte a Casa França Brasil, atrás do prédio do Centro Cultural Banco do Brasil.
06. Claúdia é uma garotona, estudante universitária e tentando sobreviver na cidade grande. Gosta de arte e deu seu jeito para ganhar algum a mais bem pertinho de tudo o que gosta de fazer. Compra suporte de bottons, reúne imagens via internet, monta esses de lapela e sai vendendo na porta de cinemas, shows e espetáculos. Antenada com os acontecimentos do momento, os apetrechos chamam muito a atenção e o preço dos mais convidativos, cada um por R$ 2. Eu e o filho compramos alguns diante do Cine Odeon, em plena Cinelândia, antes de usarmos o banheiro do cinema para trocar as bermudas por calças compridas e ver a exposição Guerra e Paz no Teatro Municipal (lá não se podia entrar de calça curta e Ana trouxe duas para nós). Ela na porta de ambos os lugares, com seu paninho cheio imagens que fazem a cabeça de gente como eu.
Estive no Rio de Janeiro de 19 a 26/12/2010 e aqui conto algumas poucas observações bem pessoais:
01. Dona Maria mora bem longe do centro do Rio. Moradora da Baixada, desce diariamente até o centro da cidade, proximidades da rua Uruguaiana e da Alfândega, chegando e voltando via trens da Central do Brasil. Junta latinhas nas ruas e o mês de dezembro é a possibilidade de arrebanhar um ganho extra, pois junta mais, devido as festas do período. Para facilitar seu trabalho de carregar tudo até o comprador, joga tudo o que colhe no meio da estreita rua da Alfândega e deixa os carros passarem por cima, depois junta tudo num carrinho e segue em frente.
02. Jerson (com J mesmo) é garçom de um dos mais famosos restaurantes do Rio, o Bar Luiz, localizado na rua da Carioca, quase chegando na famosa Praça Tiradentes. Vê-lo trabalhando com uma barba e cabelo muito bem aparados e um traje ao velho estilo, impecável é reconhecer que uma casa inaugurada em 1887 mantém muito de suas tradições. Falante vai e volta à nossa mesa e explica sobre seus 8 anos por lá, começando na limpeza, depois ajudante de cozinha e por fim, garçom. Um verdadeiro plano de carreira cumprido à risca pelos que querem trabalhar na famosa casa. Feliz da vida, diz não querer saber de atuar em outro ramo e lugar.
03. Vamos todos assistir à ultima sessão do dia, 21h30, do filme “Film Socialisme”, do Jean Luc Godard, meio de semana chuvosa, na estação Laura Alvim, coração de Ipanema. Corremos pelo túnel Rebouças (do Grajaú até lá), pensando encontrar fila e ao chegar a incredulidade, éramos quase únicos, pois além de nós mais três pessoas. Do filme, difícil de ser compreendido, como toda obra de Godard, uma mensagem final para não mais sair da cuca: “quando a lei não é justa a justiça se põe acima da lei”. Penso depois: Insisto em salas com filmes de arte e até lá no Rio as salas penam. Que fazer?
04. Indicado pelo blog Buteco do Edu vou conhecer um botequim dos mais modestos, diante de grandões cariocas, o Rio Brasília, encravado num cantinho de um prédio, junto da rua Haddock Lobo, plena Tijuca. Passo no final da tarde do dia 25, desviando de dois grandões, até achá-lo num canto, espremido por um prédio e um outro estabelecimento qualquer. Na porta, Pedro, um dos sócios, lava o estabelecimento, um pequeno salão, estreito e abarrotado. “Pouca coisa acontece aqui dentro, tudo rola na calçada, com mesas e cadeiras espalhadas. Esse o verdadeiro espírito carioca”, me diz. Penso logo na situação aqui de Bauru e relembro caminhões recolhendo mesas em calçadas, numa implacável fiscalização que nem bandidos possuem. Bares sim. Sou como Eduardo Goldemberg, o do Buteco citado, prefiro os pés sujos aos ditos limpos, afinal escrevinho num blog incluído com louvor nos ditos Blogs Sujos.
05. Fotografei pisos mil nas velhas, vistosas e divinais ruas do centro velho do Rio, principalmente aquelas estreitas junto do cais do porto. Adoro esse tipo de piso e o faço só para demonstrar como são, além de lindas, mais úteis do que possam pensar nossos modernosos administradores municipais. Das vantagens deles, incontáveis, nem preciso ficar aqui chovendo no molhado (aguardem papo com Fio, o dos bloquetes por aqui). Resolver podem até não fazê-lo na sua totalidade, mas que amenizariam essa imbecilidade de asfaltar até quintal, isso não tenham dúvida. Aqui uma foto da região defronte a Casa França Brasil, atrás do prédio do Centro Cultural Banco do Brasil.
06. Claúdia é uma garotona, estudante universitária e tentando sobreviver na cidade grande. Gosta de arte e deu seu jeito para ganhar algum a mais bem pertinho de tudo o que gosta de fazer. Compra suporte de bottons, reúne imagens via internet, monta esses de lapela e sai vendendo na porta de cinemas, shows e espetáculos. Antenada com os acontecimentos do momento, os apetrechos chamam muito a atenção e o preço dos mais convidativos, cada um por R$ 2. Eu e o filho compramos alguns diante do Cine Odeon, em plena Cinelândia, antes de usarmos o banheiro do cinema para trocar as bermudas por calças compridas e ver a exposição Guerra e Paz no Teatro Municipal (lá não se podia entrar de calça curta e Ana trouxe duas para nós). Ela na porta de ambos os lugares, com seu paninho cheio imagens que fazem a cabeça de gente como eu.
6 comentários:
[Data venia]
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[Boa notícia!]
Dilma cria PAC do combate à miséria
SIMONE IGLESIAS
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
Folha online
06/01/2011 - 13h57
DESABAFA MATUTO: o brasileiro e a brasileira que não for indulgente com a situação de miséria de parte do povo brasileiro não é digno de se considerar um ente humano! Nós temos que nos envergonhar enquanto houver um brasileiro e/ou uma brasileira subsistindo sob condições subumanas! E a reversão desta deplorável realidade deveria ser prioridade para ‘ontem’! Pois bem: que seja para agora, já, sem mais delongas!
Presidente Dilma Rousseff, parabéns pela iniciativa, pela sensibilidade, pela refinada visão de mundo, pelo compromisso histórico com o povo brasileiro!...
Felicidades!
Brasil Nação
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
[Dat venia II]
Sobre o Vice que nos espera!
O peemedebista Michel TemerOSO deveria se espelhar na postura lapidar do ex-vice-presidente José Alencar: discrição, contundência na hora certa e no lugar adequado, confiabilidade...
E lembrando o que o jornalista Paulo Henrique Amorim afirmou há poucos dias: "Michel Temer é o vice-presidente, e não o co-presidente da República!"
Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia, Transição República de Nós Bananas/Brasil Nação [RISOS]
“Cheirosa” lança livro sobre a vida de José Alencar!
Pois bem, só por pirraça, esperarei um escritor ou uma escritora publicar um livro sobre a biografia do conspícuo brasileiro José Alencar!...
E para não ficar nas entrelinhas: 'a musa da febre amarela' é, apenas, mais uma jornalista-colega dos patrões barões Frias da ditabranda! Além de ser desprovida de confiabilidade e isenção, a arauta dos cheirosos não é escritora: neste tópico se nivela ao Otavinho!...
... A boçal e pernóstica Eliane Cantanhêde "da Folha" [da ditabranda] deveria ter se ocupado em escrever a biografia do Daniel Dantas ou do Gilmar Mendes ou do José (S)erra... Escrever sobre a vida do ex-vice presidente de Luiz Inácio Brasileiro Lula da Silva foi mais um golpe (sic) de oportunismo e de incoerência da tucana até na família!...
Aviso aos navegantes “cheirosos”: continuamos “de tocaia” e mandando porrada no [indecoroso e nefasto] PIG!...
Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia, Transição República de 'Nois' Bananas/Brasil Nação [RISOS]
Entenda o que é ‘ortodoxia de gestão’!
A áurea era Dilma Rousseff começa a nos apresentar Boas Novas! Um exemplo: a presidente Dilma Rousseff anunciou publicamente que terá reuniões regulares com os ministros, cobrando-lhes apresentação de projetos, relatórios sobre as ações em curso... Cobrando-lhes resultados com ‘R’ Maiúsculo! Ineficiência e/ou resultados pífios... R-U-A! Rua!
Os elogios, os incentivos... [por um lado] As reprimendas, “os puxões de orelha”, os esporros, por outro, democraticamente, virão a público! Daí a importância da transparência nas ações governamentais e a competência dos organismos de comunicação... A sociedade tem o direito sagrado de acompanhar, ‘ipsis literis’, tudo aquilo que diz respeito ao Estado democrático e de Direito – resguardadas as informações estritamente confidenciais e estratégicas. Estado democrático e de Direito mantido/sustentado por esta mesma sociedade, que espera, em contrapartida, a prestação de contas dos seus empregados, no caso específico, os ministros de Estado.
Considerando que existem ministros que não sabem nem preparar um relatório... Ah, os assessores se encarregarão?! Então, recomendamos que os senhores Garibaldi, Novais, Montenegro, entre outros, tratem de caprichar, pelo menos, na escolha dos seus assessores mais próximos, de preferência, recorrendo a critérios técnicos e fundados na autêntica meritocracia!
Tarefa difícil para certos ministros, convenhamos!
Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia, Transição República de Nós Bananas/Brasil Nação [RISOS]
“O craque Lula marca gols contra aos 44 minutos do segundo tempo, ou seja, “ao pagar das luzes do espetáculo”!
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# Itamaraty dá passaporte diplomático a filhos de Lula
# Neto de 14 anos de Lula também tem passaporte especial
Concessão contraria norma do Itamaraty; assessoria diz que benefício visa "evitar problemas" com outros países
# Passaporte diplomático também foi concedido no ano passado ao bispo Romualdo Panceiro, da Igreja Universal
República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
Dona Maria(das latinhas) otimizando o tempo...maravilhoso e criativo povo brasileiro!!histórias deliciosas...como sempre!!Marisa
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