CENA BAURUENSE (87)COISINHAS PARA FAZER, ATOS POLÍTICOS E FÉRREAS LEMBRANÇAS
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Para dar uma amenizada no “pega pra capar” que está a ocorrer essa semana aqui pelos lados bauruenses, vamos dar uma desviada de assunto e “hablar” de algo mais ameno. Tudo está tomando forma e uma concentração grandiosa está sendo montada para o próximo sábado, 10h, no Calçadão, protestando sobre a “AFUNDAÇÃO”, depois um protesto contra a corrupção, pça Rui Barbosa, quando o bom mesmo será focar na corrupção aqui da “terrinha”. Hoje, sexta, 17h30 a entrega de um Documento idealizado pelo pessoal do Sinserm, pedindo que o prefeito retire o Projeto de Lei da Fundação e o refaça de uma forma mais palatável. Para espairecer, hoje no Dedo de Moça, Bossa-Jazz Trio, 21h, com a voz suave de Denise Amaral. Ufa, só mais umas coisinhas. Sábado, 11h30, no Museu Ferroviário, posse da diretoria da ICABB – Instituto
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Cultural Afro Brasileiro de Bauru (repassado por Maria Cristina Romão) e depois jogo do Noroeste contra a Ferroviária, 15h30. No domingo tem uma festança, o IV Brameiros, lá na Hípica com samba de raiz e feijoada a partir das 13h (idealizado pelo amigo Arquimedes). Segunda, 17/10, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de Bauru, nos Cest/Senat lá pelos lados de Aymorés. Dia 14 e 15/10 uma peça no Teatro Municipal, “Por que os Homens Mentem”, com atores desconhecidos dos bauruenses, mas sucesso em Sampa e texto de Luís Fernando Veríssimo (produção do meu amigo Vinagre). Se tivesse pernas e disposição iria rever a amiga Madê Correa lá em Agudos com a sua peça, a “La Vita Passa”, dias 14 e 15. E não se esqueçam que na segunda tem nova sessão na Câmara de Vereadores e talvez a derradeira tentativa de votarem o tal do projeto abusivo de uma “AFUNDAÇÃO” a esgangalhar com a já combalida sáude municipal. Tudo junto e misturado. Tudo isso é a ARTEPÓLIS em ação e percebam a grande sacada, poucas coisas com verba pública. Intensa agitação, artistas em movimento, mas pelas próprias forças e ações. Gosto muito de atividade com verba pública, mas não como fonte única de sua movimentação.
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Preciso colocar em dia uns acontecimentos da semana passada e dois me foram muito gratos e a merecer destaque com a devida pompa. Vamos por partes, como diria Jack, o Estripador. Hoje, escrevo um pouquinho sobre o IV Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo, dias 8 e 9/10. Um local onde a cidade gosta muito de se encontrar é na gare da estação central da NOB. Rever gente que ama a ferrovia e reverencia a importância da ferrovia para o progresso dessa cidade é lindo.
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Histórias e mais histórias, todas férreas, como a de uma saudoso aposentado: “Hoje não temos mais os trens que nos levavam garbosamente para todos os cantos. Avião, veja só, de Marília para São Paulo o preço da passagem é de R$ 90 reais e aqui sairá por três vezes mais, além de lá ter vários horários durante o dia. Temos que nos contentar com um carrinho parando de
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30 em 30 km para o recolhimento dos pedágios ou morrer com o pagamento da passagem dos ônibus, justamente os que impedem os aviões de serem mais baratos aqui”. Ri e concordei, pois ferroviário entende mesmo da coisa. Mais bonito ainda foi rever uma pessoa ilustre como o bauruense Joaquim Cândido, que nem ferroviário foi, mas gosta demais do barulho de um, tanto que todo ano bate cartão no Encontro e nesse trouxe para ser lido nos microfones e depois doado ao Museu, um texto lindo sobre seu amor pelos trens. São pessoas assim que diginificam o que representa de fato e de direito esse negócio chamado ferrovia.
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No palco principal, além das autoridades que fizeram uso da palavra, como Ricardo Bagnato representando a Associação, Elson Reis a Secretaria de Cultura, Roque Ferreira a Câmara de Vereadores e Rodrigo Agostinho o prefeito, quem abrilhantou mesmo o evento, com sua fala cheia de citações e detalhes de histórias passadas foi GABRIEL RUIZ PELEGRINA, nosso maior memorialista, dentre todos os que ousam escrevinhar algo sobre Bauru. A
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o seu lado, outro, o criador do Bauru Ilustrado, Luciano Dias Pires, que deve transferir em breve todo seu acervo, hoje ainda depositado num sítio de sua propriedade para um local amplo, arejado e adequado, uma Fundação sendo criada e tomando forma, bancada pelo Jornal da Cidade. Gabriel falou por mais de 15 minutos e deixou a todos espantado, pois com seus 90 anos relembrou uma a uma as cidades, desde Alba, Brasília Pta, Cabrália Pta, Duartina, Fernão, Gália e assim por diante até o final do alfabeto, todas criadas em ordem alfabética. A Maria Fumaça não parou de funcionar e muita gente circulou por ali, relembrando como era mesmo bom circular pela cidade com gente oriunda de
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toda América Latina, algo não mais possível hoje em dia.
Depois de contar esse bocadinho do que vivenciei por lá, tento relembrar algo sobre o amigo LEVI
RAMIRO no Jardim Botânico e o inesquecível TRIBUTO AO MANITO, mas isso fica para os próximos dias. Encerro com algo que recebi de um jovem estudante da UNESP, o Bruno, um dos muitos que participaram junto comigo da Marcha da Liberdade meses atrás e produziu lá junto do Observatório de Educação em Direitos Humanos (ccordenado pelo professor Clodoaldo) o documentário PENSAMENTO LIVRE, com 12 minutos e a reprodução de uma entrevista que lhe dei no ato, em plena Praça Rui Barbosa, quando encerrávamos a caminhada. Vejam clicando a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=P1vQSfr9fH4
2 comentários:
Henrique
Essa história do avião em Marília é mesmo verdade? Se for, um escândalo, heim????
Será que alguém se interessaria em falar disso na nossa imprensa?
O toque está dado.
André Ramos
caro André
Se é, não sei, reproduzi o que me disse, mas que lá existem muitos mais vôos que de Bauru a SP, isso já sabíamos. Do preço, acredito que seja verdade. Lobbys não são novidades em nossas vidas. Esse só mais um.
Henrique - direto do mafuá
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