sexta-feira, 14 de outubro de 2011

CENA BAURUENSE (87)

COISINHAS PARA FAZER, ATOS POLÍTICOS E FÉRREAS LEMBRANÇAS
Para dar uma amenizada no “pega pra capar” que está a ocorrer essa semana aqui pelos lados bauruenses, vamos dar uma desviada de assunto e “hablar” de algo mais ameno. Tudo está tomando forma e uma concentração grandiosa está sendo montada para o próximo sábado, 10h, no Calçadão, protestando sobre a “AFUNDAÇÃO”, depois um protesto contra a corrupção, pça Rui Barbosa, quando o bom mesmo será focar na corrupção aqui da “terrinha”. Hoje, sexta, 17h30 a entrega de um Documento idealizado pelo pessoal do Sinserm, pedindo que o prefeito retire o Projeto de Lei da Fundação e o refaça de uma forma mais palatável. Para espairecer, hoje no Dedo de Moça, Bossa-Jazz Trio, 21h, com a voz suave de Denise Amaral. Ufa, só mais umas coisinhas. Sábado, 11h30, no Museu Ferroviário, posse da diretoria da ICABB – Instituto Cultural Afro Brasileiro de Bauru (repassado por Maria Cristina Romão) e depois jogo do Noroeste contra a Ferroviária, 15h30. No domingo tem uma festança, o IV Brameiros, lá na Hípica com samba de raiz e feijoada a partir das 13h (idealizado pelo amigo Arquimedes). Segunda, 17/10, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de Bauru, nos Cest/Senat lá pelos lados de Aymorés. Dia 14 e 15/10 uma peça no Teatro Municipal, “Por que os Homens Mentem”, com atores desconhecidos dos bauruenses, mas sucesso em Sampa e texto de Luís Fernando Veríssimo (produção do meu amigo Vinagre). Se tivesse pernas e disposição iria rever a amiga Madê Correa lá em Agudos com a sua peça, a “La Vita Passa”, dias 14 e 15. E não se esqueçam que na segunda tem nova sessão na Câmara de Vereadores e talvez a derradeira tentativa de votarem o tal do projeto abusivo de uma “AFUNDAÇÃO” a esgangalhar com a já combalida sáude municipal. Tudo junto e misturado. Tudo isso é a ARTEPÓLIS em ação e percebam a grande sacada, poucas coisas com verba pública. Intensa agitação, artistas em movimento, mas pelas próprias forças e ações. Gosto muito de atividade com verba pública, mas não como fonte única de sua movimentação.
Preciso colocar em dia uns acontecimentos da semana passada e dois me foram muito gratos e a merecer destaque com a devida pompa. Vamos por partes, como diria Jack, o Estripador. Hoje, escrevo um pouquinho sobre o IV Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo, dias 8 e 9/10. Um local onde a cidade gosta muito de se encontrar é na gare da estação central da NOB. Rever gente que ama a ferrovia e reverencia a importância da ferrovia para o progresso dessa cidade é lindo. Histórias e mais histórias, todas férreas, como a de uma saudoso aposentado: “Hoje não temos mais os trens que nos levavam garbosamente para todos os cantos. Avião, veja só, de Marília para São Paulo o preço da passagem é de R$ 90 reais e aqui sairá por três vezes mais, além de lá ter vários horários durante o dia. Temos que nos contentar com um carrinho parando de 30 em 30 km para o recolhimento dos pedágios ou morrer com o pagamento da passagem dos ônibus, justamente os que impedem os aviões de serem mais baratos aqui”. Ri e concordei, pois ferroviário entende mesmo da coisa. Mais bonito ainda foi rever uma pessoa ilustre como o bauruense Joaquim Cândido, que nem ferroviário foi, mas gosta demais do barulho de um, tanto que todo ano bate cartão no Encontro e nesse trouxe para ser lido nos microfones e depois doado ao Museu, um texto lindo sobre seu amor pelos trens. São pessoas assim que diginificam o que representa de fato e de direito esse negócio chamado ferrovia.

No palco principal, além das autoridades que fizeram uso da palavra, como Ricardo Bagnato representando a Associação, Elson Reis a Secretaria de Cultura, Roque Ferreira a Câmara de Vereadores e Rodrigo Agostinho o prefeito, quem abrilhantou mesmo o evento, com sua fala cheia de citações e detalhes de histórias passadas foi GABRIEL RUIZ PELEGRINA, nosso maior memorialista, dentre todos os que ousam escrevinhar algo sobre Bauru. Ao seu lado, outro, o criador do Bauru Ilustrado, Luciano Dias Pires, que deve transferir em breve todo seu acervo, hoje ainda depositado num sítio de sua propriedade para um local amplo, arejado e adequado, uma Fundação sendo criada e tomando forma, bancada pelo Jornal da Cidade. Gabriel falou por mais de 15 minutos e deixou a todos espantado, pois com seus 90 anos relembrou uma a uma as cidades, desde Alba, Brasília Pta, Cabrália Pta, Duartina, Fernão, Gália e assim por diante até o final do alfabeto, todas criadas em ordem alfabética. A Maria Fumaça não parou de funcionar e muita gente circulou por ali, relembrando como era mesmo bom circular pela cidade com gente oriunda de toda América Latina, algo não mais possível hoje em dia.

Depois de contar esse bocadinho do que vivenciei por lá, tento relembrar algo sobre o amigo LEVI RAMIRO no Jardim Botânico e o inesquecível TRIBUTO AO MANITO, mas isso fica para os próximos dias. Encerro com algo que recebi de um jovem estudante da UNESP, o Bruno, um dos muitos que participaram junto comigo da Marcha da Liberdade meses atrás e produziu lá junto do Observatório de Educação em Direitos Humanos (ccordenado pelo professor Clodoaldo) o documentário PENSAMENTO LIVRE, com 12 minutos e a reprodução de uma entrevista que lhe dei no ato, em plena Praça Rui Barbosa, quando encerrávamos a caminhada. Vejam clicando a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=P1vQSfr9fH4

2 comentários:

Anônimo disse...

Henrique

Essa história do avião em Marília é mesmo verdade? Se for, um escândalo, heim????
Será que alguém se interessaria em falar disso na nossa imprensa?
O toque está dado.
André Ramos

Mafuá do HPA disse...

caro André
Se é, não sei, reproduzi o que me disse, mas que lá existem muitos mais vôos que de Bauru a SP, isso já sabíamos. Do preço, acredito que seja verdade. Lobbys não são novidades em nossas vidas. Esse só mais um.

Henrique - direto do mafuá