PONTAPÉ INICAL DO BLOCO “BAURU SEM TOMATE É MIXTO”
Está criado e lançado na praça um bloco carnavalesco no estilo crítico, audacioso, sagaz e jocoso, o "BAURU SEM TOMATE É MIXTO" (com X mesmo), uma forma de extravasar e por para fora o espírito festeiro que cada um guarda dentro de si.
Sairemos dia 09/02, sábado de Carnaval, 12h. A concentração será na praça Rui Barbosa a partir das 11h, descendo o Calçadão da Batista a partir das 12h e chegando (sei lá se isso ocorrerá) na praça Machado de Mello, a da Estação na NOB. Alguns querem o retorno pelo caminho inverso (não de ré, viu!), mas acredito que chegar ao destino já será uma grande vitória. O horário é para ser algo diferente de tudo o que já foi feito, pegando o horário de pico no movimento do Calçadão no sábado. Sol fervendo, público quente e um bloco pegando fogo (no bom sentido).
A ideia surgiu de um papo com o historiador Oskar Sobrinho, que havia me convidado para viajar de van pelo Nordeste no final do ano. Minha resposta: "Pode ser, mas não sei nem se estarei vivo até lá. Por que não fazemos algo já? Um bloco de carnaval, que acha?". Ele topou e tudo foi nascendo entre telefonemas, e-mails e lançando ideias no facebook. Depois até as coluna da Camila, no Bom Dia e a do Rufino, no Jornal da Cidade deram uma notas e o Programa do Tuba e da Léia na Auri-Verde me entrevistaram ao vivo no sábado passado. Não tínhamos mais como recuar, assim sendo, pisamos no acelerador.
O performance Silvio Selva escreveu a letra da marchinha, crítica, porém não ácida, cutucando sem provocar escoriações, só alguns arranhões. O nome será "Faltou água, sobrou buraco". Fala de tudo da falta d'água, do IPTU caro, do Noroeste, dos buracos na rua, de esperança e desesperança, tudo junto e misturado. Vai dar o que falar. Sintam a letra: “Bauru bauru bauru/ Cidade que me seduz/ As vezes falta água, mas nunca falta luz/ Se chove pouco, vai faltar água porque o rio secou/ Se chove muito, vai fai faltar agua porque adutora estourou/ Mas vou falar, amo bauru/ Mas amo um pouco menos quando vence o iptu/ Bauru bauru bauru/ …../ Ir ao trabalho o que fazer?/ Se pego o coletivo vai faltar para comer/ Se tenho carro pra trabalhar/ Piora tudo, tem buraco pra danar/ Fui passear, que ilusão/ Eu vou de barco porque tem inundação/ Bauru bauru bauru/ …../ No futebol é confusão/ por mais que o time jogue/ sempre alguém lhe mete a mão!/ Pra consolar toda geral/ Bauru bauru bauru...”
O desenhista Leandro Gonçalez, que já publicou tiras no JC, no Bom
Dia e criou o personagem Guardião, o super-herói bauruense fez a arte da camiseta e sua estampa está dando o que falar. Aprontou ela em preto e branco e o pessoal da Silk Bauru a coloriu e estará estampando as camisetas. Já o mixto do nome do bloco, com X mesmo é para juntar com o lanche "Chese" que também virou "X". E a frase que dá nome ao bloco, vista estampada em variados lugares e situações, sendo uma das últimas numa camiseta de alunos da UNESP, nas provocações que fazem entre eles quando viajam de um lugar para outro, uns falando da cidade alheia. Ela possibilita misturar de tudo um pouco, colocar tudo num liquidificador e oferecer o seu conteúdo para consumo coletivo. Quem quer?
Dia e criou o personagem Guardião, o super-herói bauruense fez a arte da camiseta e sua estampa está dando o que falar. Aprontou ela em preto e branco e o pessoal da Silk Bauru a coloriu e estará estampando as camisetas. Já o mixto do nome do bloco, com X mesmo é para juntar com o lanche "Chese" que também virou "X". E a frase que dá nome ao bloco, vista estampada em variados lugares e situações, sendo uma das últimas numa camiseta de alunos da UNESP, nas provocações que fazem entre eles quando viajam de um lugar para outro, uns falando da cidade alheia. Ela possibilita misturar de tudo um pouco, colocar tudo num liquidificador e oferecer o seu conteúdo para consumo coletivo. Quem quer?
Uma gráfica vai rodar a letra das marchinhas e uma banda está sendo contratada, um agrupamento montado especialmente para o evento, sob a batuta do multiuso Alemão, o da Kananga, músico de reconhecida competência e sapiência. Essa uma das únicas despesas do grupo, a contratação dos músicos. Outros músicos, mais jovens poderão ir se juntando a esses e fazer do bloco um local de Ampla experimentação e desregrada folia, sem ordem, progresso e quase nenhuma moral. Pensamos em muitos grupos novos, mas preferimos a tarimba de quem conhece marchinha e as toca quase por osmose.
O Elson Reis, nosso sempre de plantão Secretário (não confundam com sectário) de Cultura já deu as dicas, a autorização do espaço físico para apresentação e promete estender o tapete vermelho para o cortejo desfilar (pensamos em convidá-lo para Rei Momo, mas disseram que ele poderia não gostar). Temos ideia de fazer algumas homenagens a pessoas vivas e outras falecidas, todas possuidoras do espírito carnavalesco, mas isso será construído dentro do espírito anárquico com que tudo está sendo idealizado. Tem gente até já falando em termos uma rainha do bloco (e rei, disseram outros?), mas isso ainda está a merecer estudos mais abalizados, pois teríamos que ter vários, talvez um para cada minoria e outros para as maiorias.
Não existem patrocinadores, existe sim, a vontade de sair às ruas e promover um Carnaval diferenciado, num horário alternativo. A cada dia, de hoje até o Carnaval uma novidade. Vamos juntos? Skindô... Skindô...
HENRIQUE PERAZZI DE AQUINO, tratando da organização junto de uma cambada de loucos varridos - fones 14.91163540 – mafuadohpa@gmail.com