segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

RETRATOS DE BAURU (136)

ERIC DA COLINA, UM FRANCÊS DE LUTA E RESISTÊNCIA
ERIC SCHMITT é francês e desde quando aportou aqui pelas bandas de Bauru, acabou recebendo um apelido acoplado ao nome, do qual todos os chamam, ERIC DA COLINA. O motivo é simples, pois foi morar no campo, num lugar só seu, com a sua cara, identidade própria e batizou-o de “Colina dos Pardais – Parque das Fadas”. Vive em contemplação com a natureza, vegetariano, porém sem permanecer isolado, estando sempre muito envolvido com problemas sociais do lugar escolhido para morar/viver, questionando as injustiças e se posicionando contra elas. Criador de possibilidades, como gosta de se apregoar, tendo vivido algo singular junto do Centre National d’Etudes Spatiales francês, hoje vive exclusivamente do que gera a sua particular "colina". Estava com ele quando da criação do grupo “Indignados” em Bauru, motivando os jovens, mas parece que tínhamos uma bola de cristal quando prevíamos que aquilo dificilmente daria certo no formato apresentado. Com um sotaque ainda demonstrando claramente ser estrangeiro, fala bem o português e caiu nas graças de uma legião de pessoas, pela forma como conduz sua vida. Boa companhia é o que não lhe falta, como também a de estar sempre ao lado das boas causas. Esse é o Eric, uma desigual pessoa e isso é ótimo, ainda mais num mundo hoje dominado pela forma bovina, onde o pensamento único quer tudo dominar. Esse é dos que resistem.
 

4 comentários:

Anônimo disse...

Henrique
Eric é um amante da boa música bauruense e o vejo em todas as iniciativas nesse sentido existentes na cidade. Lembra-se dele lá na votação da lei da Fundação de Saúde? Marcou presença e como na foto que publica, segurou cartaz junto com todos. Tem experiência para passar...

Valéria

Anônimo disse...

Henrique,
Otimo personagem este Eric
Por que não explora mais, contando sua historia inteira?
É o que um leitor espera.
Abraços
Ignacio de Loyola Brandão

Anônimo disse...

Nossa! Deu saudade agora. Acho que preciso dar um pulo na Colina.
Maria Salete

Anônimo disse...

Boa tarde Henrique...

Fico muito honrado de fazer parte da sua coleção de retratos... em otima companhia...
Gostei do jeito legal de me apresentar mas so preciso fazer umas observações para corrigir duas inexatidões :

Não estou vegetariano apesar de ter uma dieta quase vegetariana porque minha preocupação é mais ecologica e anti-industrial que filosofica e não gosto das religiões e dos radicalismos.

Infelizmente, não vivo ainda exclusivamente do que gera o Parque das Fadas. Para conseguir aproximar esse objetivo, precisaria de mais consciência coletiva, mais espirito de trocas, mais vontade de partilhar, mais participação comunitaria. As possibilidades de desenvolvimento de projeto que oferece o Parque das Fadas não acharam alguem pronto para aproveitar elas até agora...

Gratidão enfim a Valéria, Ignacio e Maria Salete pelas palavras gentis.

Abraços
Eric