DE COSTAS PARA O FUTURO – texto publicado no Opinião, Jornal da Cidade Bauru SP, edição de 04.06.2013, de autoria do professor e preservacionista ferroviário FÁBIO PARIDE PALLOTTA. Ótima discussão dos destinos de uma antes imponente malha férrea, cada vez mais deteriorada e inservível. Mais que isso, saber dos motivos de em outros lugares a
“Depois do vexame do escoamento da nossa safra de soja de 2013 (que se repetirá por muitos anos, infelizmente) para os países compradores, parece que o país começa a acordar e a se preocupar com outros modais (tipos) de transportes além do rodoviário que há anos vem dando mostras de esgotamento e inadequação. A atual concessionária da exploração na malha férrea que passa pela nossa cidade, a ALL (América Latina Logística), tem feito investimentos enormes, de milhões de reais e geração de centenas de empregos ferroviários na vizinha cidade de Araraquara por conta da exploração da cana de açúcar e seus derivados e do suco de laranja. Nós não temos esses produtos, mas temos a ferrovia, as locomotivas e os vagões de carga que poderiam estar transportando a cana de açúcar, o álcool e os subprodutos do setor sucroalcoleiro de Jaú, Lençóis Paulista, Pederneiras e região. As cifras são impressionantes, beiram aos RS 20 milhões com a geração de mais de 200 empregos, além dos já 600 já existentes na cidade. A Coca-Cola Brasil e a JBF Industries da Índia vão investir na cidade R$ 1 bilhão de reais para explorar a cana como matéria prima na confecção de embalagens recicláveis gerando 1.650 empregos diretos e indiretos no setor industrial.
Enquanto isso, em Bauru, a ALL discute retirar parte dos trilhos do centro da cidade para escoar minério de ferro para o porto de Santos, pois a passagem do minério pelo centro de Bauru poderia causar problemas relacionados à poluição ambiental e acidentes. É um
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Além das questões econômicas aqui levantadas, existe também a questão histórica, de Patrimônio Cultural, pois com a retirada de parte dos trilhos do centro, poderá engrossar o volume daqueles que não aceitam esse patrimônio e querem vê-lo retirado da cidade como se não tivesse utilidade ou não fossem a causa do nosso sucesso como cidade. Na mesma reportagem, do dia 7 de maio, o prefeito municipal afirma textualmente que: “... Além disso, a malha que corta a cidade... poder ser disponibilizada para o transporte de passageiros” dando um alento para a questão histórica como que se lembrando que existe um projeto cultural, baseado em lei chamado
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A questão histórica não está separada da econômica e devem ser tratadas com seriedade e criatividade. A economia gera os recursos necessários para a sobrevivência material, mas a cultura e a história nos dão força espiritual e forjam a nossa identidade para o futuro. O futuro é agora não devemos ficar de costas para ele, vamos tratar a questão econômica e histórica cultural ligada à ferrovia e ao seu patrimônio remanescente com mais vontade, seriedade, criatividade e coragem", Fábio Paride Pallotta, é professor de história e colaborador de Opinião
3 comentários:
Henrique
Além do desleixo da ALL acrescenta-se ai o descaso e o favorecimento do do governo federal para que o grupo faça o que bem entender com as malhas sobre seu dominio, ou melhor não faça. Tratando-se de Bauru, o descaso com o mato, lixo e cemiterio de trens, vagões e maquinas, intrasitaveis tornaram-se focos de doenças epdemiologicas como dengue e leishmaniose, também favorecidos pela administração do "prefeito ambientalista"que não se utiliza das leis municipais para punir a ALL. Depois com a maior cara de pau o prefeito e o secretario de saúde dizem que a epdemia de dengue é por conta do cidadão que não cuida do lixo e dos terrenos baldios. Tome vergonha na cara prefeito e mostre que tem autoridade sobre seus subordinados, vc não queria ser prefeito?
Gilson Dias
A SAFRA NAO ESTA AQUI ESTA LA NO MATO GROSSO PORTANTO,INVESTIR EM BAURU PRA QUE SE LA TEM RETORNO FINANCEIRO MITO MAIORES QUE AQUI , SÓ RESTA O LAMENTO!!!
ANDRÉ GARCIA MOREIRA
Henrique
Ontem um incêndio destruiu alguns carros férreos daqueles de prata, da antiga Paulista. Não foram cedidos para outros projetos, nada fizeram por aqui. Permaneciam e permaneceriam ali naquela situação por muito mais tempo, até o fogo atingí-los e tudo terminar. Essa é a situação de Bauru e dos carros que ainda permanecem expostos na malha, sendo que poderia ser feita parcerias para restauro em outros. Não se faz, nã ose deixa outros fazerem e tudo se esvai. Não entendo isso.
André Ramos
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