PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (73)
DESABAFO: OS REAÇA, A ZELITE, A VIDA AQUI E NAS PEQUENAS CIDADES, MILITÂNCIA...
DESABAFO: OS REAÇA, A ZELITE, A VIDA AQUI E NAS PEQUENAS CIDADES, MILITÂNCIA...
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Hoje um grande amigo meu, bauruense de boa cepa veio almoçar em casa e consigo trouxe sua esposa. Acabou por me revelar algo que já tinha conhecimento, mas faço questão de registrar para que outros que observaram a mesma coisa possam se manifestar. Mudaram para cidade pequena, imediações de Bauru, coisa de uns quatro meses e observa que lá a disputa política é muito mais cruel do que aqui. Conta a história de um funcionário público municipal, que por ter apoiado o
candidato que perdeu as eleições, foi rebaixado do seu cargo de chefia, retirado todos os penduricalhos que mantinha junto ao salário e hoje ganha algo em torno de um salário mínimo, mesmo sendo o melhor profissional para sua especialidade. Ninguém por lá levanta a voz para nada, pois a perseguição é atroz, feroz e até com ameaças de morte. Disse ter conversado com um comerciante de lá que não se simpatiza nem um pouco com o prefeito, mas fica caladinho, pois a Prefeitura deixará de comprar com ele no dia seguinte se souber de algo. A cidade vive sob rédea curta, cabresto apertado e aí de quem levantar a voz e precisar de alguma coisinha, minúscula eu for da Prefeitura. Estará no mato e
sem cachorro. Foi assistir a uma sessão da Câmara dos Vereadores e levou um susto, pois mal começa já acaba. Tudo é aprovado ao estilo vapt-vupt e aí do vereador que queira fazer uso da palavra, esse viverá à mingua se assim o fizer. Ele observa tudo, anota tudo, mas permanece calado, só vendo que se aqui, numa cidade de médio porte ocorrem dificuldades mil, em lugares pequenos o bicho pega e de forma contundente, sem ter ninguém que possa fazer algo para modificar o estado de mando vigente. Denominou isso tudo de o “Poder as Santa Cruz”, pois existe uma fiscalização para quem de fora estaciona seu carro por alguns minutos em alguma situação irregular, mas no domingo, mal se consegue chegar até a igreja, pois os carrões dos graúdos tomam conta de toda a praça, por cima da grama e de
canteiros e aí ninguém pode dar pio sequer. Todos se benzem, todos são muito devotos, todos acreditam muito nas leis da igreja, mas praticar mesmo, segundo meu amigo, os poderosos não praticam, pois as leis da cidade são eles quem as definem.
Isso tudo me embrulha o estomago de uma certa forma, que passo mal. Hoje mesmo estou acabrunhado que só vendo, me sentindo meio impotente diante de tanta coisa que queria ter saco roxo para ir lá e chutar o pau da barraca. Não faço nada disso, permanecendo escrevendo aqui dessa forma que viram, tudo nas entrelinhas, sem citar nomes, tudo para não ter problemas. É assim que vivemos hoje, cada vez mais acuados e por outro lado, os reaças avançando. Cada vez menos pessoas estão tendo disposição para lutar contra isso e ninguém vence uma batalha isolado e sozinho. E depois vem uma cara como o Arnaldo Jabor e publica semana passada no Estadão,04/06, um texto como esse, “O MILITANTE IMAGINÁRIO”: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/o-militante-imaginario-de-arnaldo-jabor/. Fiz questão de reproduzir esse texto da coluna do Augusto Nunes, da veja (minúscula mesmo), com a possibilidade de leitura dos comentários abaixo de gente que pensa igualzinho ou até pior que a dona Beatriz Campos o fez pela Tribuna do JC. Andamos para trás...
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Isso tudo me embrulha o estomago de uma certa forma, que passo mal. Hoje mesmo estou acabrunhado que só vendo, me sentindo meio impotente diante de tanta coisa que queria ter saco roxo para ir lá e chutar o pau da barraca. Não faço nada disso, permanecendo escrevendo aqui dessa forma que viram, tudo nas entrelinhas, sem citar nomes, tudo para não ter problemas. É assim que vivemos hoje, cada vez mais acuados e por outro lado, os reaças avançando. Cada vez menos pessoas estão tendo disposição para lutar contra isso e ninguém vence uma batalha isolado e sozinho. E depois vem uma cara como o Arnaldo Jabor e publica semana passada no Estadão,04/06, um texto como esse, “O MILITANTE IMAGINÁRIO”: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/o-militante-imaginario-de-arnaldo-jabor/. Fiz questão de reproduzir esse texto da coluna do Augusto Nunes, da veja (minúscula mesmo), com a possibilidade de leitura dos comentários abaixo de gente que pensa igualzinho ou até pior que a dona Beatriz Campos o fez pela Tribuna do JC. Andamos para trás...
2 comentários:
Henrique
Leio seus textos aqui e também os perfis que escreve no facebook com os personagens lado B de BAuru. Quando preciso consultar alguma coisa é sempre muito mais fácil fazê-lo aqui que no facebook. Lá é sempre mais difícil de localizar algo passados alguns dias. Por que voce não publica aqui também no blog os perfis que posta lá? Já pensaste nisso? Pois pense, que esses escritos das pessoas de Bauru são únicos e serão valiosos daqui há algum tempo.
Hoje te achei meio triste, acabrunhado como se diz aqui pelos lados da vila Cardia. Tome uma branquinha e esqueça dessas amarguras todas, pois nós não resolveremos sózinhos os problemas desse mundão e quando achamos que tudo está irremediavelmente perdido, algo acontece e ocorreu uma reviravolta. Esses babacas que pensam que são donos do mundo encontrarão o seus logo logo.
Não esmoreça
Duarte - ferroviário aposentado
Duarte
Já pensei em montar um blog e postar todos (tudo arquivado aqui).
Falta tempo.
e se o fizer precisarei revisar todos os textos, pois alguns escrevinho na correria e acabo postando do jeito que me sai da cabeça.
Teria que ser algo com mais cuidado.
veremos.
Se alguém me ajudasse, toparia na hora...
Abracitos do Henrique - direto do mafuá
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