quinta-feira, 31 de outubro de 2013

MÚSICA (101)


RATOS DA DENÚNCIA DO JAMES E DO MOBAID E OS DO PORÃO AMANHÃ EM BAURU
Ao acordar ligo o rádio na Jovem Auri-Verde e ouço a entrevista com o servidor municipal, desenhista James Rufino, logo após seu depoimento na Câmara de Vereadores. O cara repete o que o Mobaid havia dito, ou seja, a pocilga e o chiqueiro, segundo eles é o ambiente da atual Seplan, Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Bauru. Disse isso diante do ex-secretário Rodrigo Said e de um importantão lá do staff hierárquico de mando do lugar, Paulo Garbelotti. A ratoeira quer queiram ou não está mais do que armada e prestes a pegar algum bichão de grande porte. Ou o balão de ensaio foi mesmo uma criação de mentes muito no desvio, bons de enredo, experts em embromação ou existe muito de fundo de verdade nisso tudo.

Eu, que não costumo desprezar “ratos” fico na espreita. Gostaria mesmo é de ir ver outros e dos grandes, barulhentos por natureza, diferentes dos citados na denúncia, mas não lá no primeiro andar da Prefeitura (toc toc toc, tomara que esses sejam dos que possam ser mortos com simples raticida). Outra linhagem desses estarão se apresentando no Jack Pub, ali na Duque, no sempre esperado show dos “Ratos do Porão”, amanhã, dia 01/11, sexta, sob o comando de João Gordo. Esse João, o Gordo, que tive o prazer de conhecer numa apresentação na 1ª Virada Cultural na cidade, quando se apresentou na estação ferroviária da NOB (num evento dando uma de DJ) falou outro dia que já fez de tudo para ganhar grana. A diferença de um para outros é muito grande, Gordo assume e fez tudo o que diz sem estar encastelado em nenhum serviço público, sempre agiu junto a entidades privadas e ele em carreira solo. Daí não tenho nada contra, cada um se vira como pode.

Como não tenho projeto aprovado em lugar nenhum, grana muito curta no primeiro dia do mês, amanhã coloco uma cadeirinha lá na calçada da Duque e fico tentando captar o som advindo lá de dentro, proveniente desse barulhento grupo de ratos, os de porões. Olha só o que esse ratões aprontaram da última vez que estiveram lá no Jack:http://www.youtube.com/watch?v=MNBvGTOIyKk. Infelizmente não posso produzir o contraponto e colocar o vídeo dos outros roedores em ação na cidade, esses menos barulhentos, mas pelo que Mobaid e James dizem, muito mais danosos. Com que tipo de rato você vai, ô meu!

Como não sei se consegui deixar bem claro em quais ratos me alio, deixo uma letrinha dos do Porão, a de “DNA DA PILANTRAGEM”. Ouçam aqui: http://letras.mus.br/ratos-de-porao/759133/ e leiam a letra aqui:

DNA
De pilantra
Sem ética
Mentira patética
Na cara dura
Na cara de pau
Respeito banido
Sujeira total
Sem explicar
Onde vai dar
Sem vergonha
Dando risada
Sem cana dura
Paraíso fiscal
Suspeito fugido
Sujeira...
Geneticamente eu digo
Formação de quadrilha
Corrupção passiva
Evasão de divisas
Peculato
Desonestidade
Falso testemunho
Contas na Suiça

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

PALANQUE – USE SEU MEGAFONE (48)


DITADORES E TORTURADORES NÃO PODEM SER NOMES DE RUAS
Rodovia Castello Branco, elevado Costa e Silva, rua Dr. Sergio Fleury, avenida Presidente Médici e por aí vai. O Brasil é uma das poucas democracias do mundo que não só deixa tiranos impunes, como os homenageia em praça pública. Boa iniciativa para a Comissão da Verdade seria propor a mudança imediata de tais nomes. Lembrei desse texto hoje ao receber via internética uma foto de um belo encontro ocorrido quarta passada em Montevidéu, entre o autor desse escrito, o militante, cartunista e professor (bauruense) Gilberto Maringoni e o Fausto Bergocce (reginopolense - foto deles ao lado). Bateu uma saudade de ambos e fui resgatar o texto, motivo para um acalorado debate. E aqui em Bauru, hem? Vamos ao texto:

Uma Comissão da Verdade de verdade poderia começar seus trabalhos propondo ao Congresso Nacional uma lei simples: proibir em todo o território nacional que logradouros públicos sejam batizados com nomes de pessoas que enxovalharam a democracia e os bons costumes. E alterar as denominações existentes. Em São Paulo, a situação é vergonhosa. A principal rodovia do estado chama-se Castello Branco. De tão naturalizada está a questão, que poucos param para pensar no seguinte: aquele foi o chefe da conspiração que acabou com a democracia no Brasil, em 1964. A homenagem foi feita por Roberto de Abreu Sodré, governador biônico, que inaugurou a via em 1967. Estávamos em plena ditadura e seria natural que um serviçal do regime quisesse adular seus superiores.

A via não representa uma exceção. A cidade comporta ainda o elevado (?) Costa e Silva, em homenagem ao segundo governante da ditadura. O idealizador foi outro funcionário do regime, Paulo Salim Maluf, nos idos de 1969. O mesmo Maluf mimoseou, em 1982, quando governador, o famigerado Caveirinha, alcunha que imortalizou o general Milton Tavares de Souza, falecido no ano anterior. Caveirinha foi chefe do Centro de Informação do Exército (CIE) e suas grandes obras foram a implantação dos DOI-CODI e da Operação Bandeirantes (Oban), órgãos responsáveis pelo assassinato de inúmeros oponentes do regime. Foi também um dos planejadores da repressão à guerrilha do Araguaia (1972-76).

Ernesto Geisel, ditador entre 1974 e 1979, é o nome de um conjunto habitacional em Bauru. Emilio Garrastazu Médici, o comandante da fase mais repressiva da ditadura, nomeia dezenas de ruas, escolas e praças pelo Brasil. Presidente Figueiredo é uma cidade no Amazonas. Diadema abriga uma Escola Estadual Filinto Muller, temido chefe da Polícia Política do Rio de Janeiro entre 1933 e 1942. Imortalizou-se por ter comandado a operação que resultou na deportação de Olga Benario à Alemanha, em 1936. Mas nada supera a inacreditável rua Dr. Sergio Fleury, na Vila Leopoldina, na capital. Os nomes dos funcionários mais ou menos graduados da ditadura podem ser localizados com uma rápida olhada no Google. Castello, Costa e Silva, Médici e Figueiredo emprestam seus nomes a centenas de ruas, avenidas, estradas, escolas e edifícios públicos espalhados pelo Brasil.

Manter tais denominações significa conservar viva a memória de gente que deve ser colocada em seu justo lugar na História: o daqueles que perpetraram crimes contra a democracia e a cidadania, prejudicaram o país e contribuíram para o atraso em vários campos de atividade. Na Itália não existe rua, monumento ou edifício público com o nome de Benito Mussolini ou de outro funcionário graduado do regime fascista. A decisão faz parte de uma luta ideológica que visa extirpar as marcas da intolerância, da brutalidade e da xenofobia que marcaram a vida do país entre 1924 e 1944. Tampouco há na Alemanha uma avenida Adolf Hitler, um aeroporto Herman Göering (que foi ás da aviação na I Guerra Mundial), um viaduto Joseph Goebbels ou coisas que o valham. Aliás, evitou-se durante décadas batizar crianças com o nome Adolf, por motivos mais ou menos óbvios. Argentina, Chile e Uruguai também não fazem rapapés à memória de responsáveis pelos anos de terror institucionalizado. A cidade de Puerto Stroessner, no Paraguai, teve seu nome mudado para Ciudad Del Este, assim que o ditador foi deposto, em 1989.

No Brasil, como os zumbis da ditadura não apenas assombram, mas aparentemente intimidam o poder democrático, as mudanças não acontecem. Estão aí, fagueiros e lampeiros na vida nacional, figuras como José Sarney, Marco Maciel, Paulo Maluf e outras, crias da ditadura e cheios de autoridade na vida pública. E os pijamas do Clube Militar volta e meia fazem ordem unida para enaltecer os anos de chumbo. Banir os nomes de gente dessa laia dos logradouros públicos é um bom passo para se consolidar a democracia.
Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo).

terça-feira, 29 de outubro de 2013

COMENTÁRIO QUALQUER (117)


A FRAGILIDADE E A MILITÂNCIA DE CADA UM – ADEUS AO LEONAM LOUREIRO
Estou longe de Bauru e cheio de problemas profissionais e pessoais, algo tomando meu dia, meu tempo e me consumindo de uma forma como só quem está longe de casa pode me entender. Tudo parece se avolumar quando longe dos seus, do seu “quadrado”, como dizem alguns. Meio sem chão recebo a notícia de mais uma morte, a de uma pessoa conhecida, o LEONAM LOUREIRO, militante da minha geração, pois não deve estar com muito mais do que a minha idade. Eu, aqui cheio de problemas também de saúde, vejo que muitos outros com a mesma idade que eu estamos quase todos tomados por irremediáveis, alguns incontornáveis. Eu sempre cuidei muito mal de minha saúde, sempre fui um contumaz descuidado e hoje ao sentir os primeiros sintomas no corpo desse descuido, sinto algo estranho por dentro, algo me travando e sem poder quase nada para reverter, como queria e achava até então fácil. Vejo que a partir desse momento nada será fácil, o corpo já não é o mesmo e expõe os reflexos de como o tratei até aqui.

Escrevo isso e me volto para Leonam. Nunca fui próximo dele, estivemos juntos em várias trincheiras de luta, poucas dentro das mesmas agremiações políticas (sim, no Brasil os partidos são agremiações). Em alguns momentos, mesmo dentro de algo onde o pensamento tinha como objetivo um mesmo ponto lá no horizonte, os caminhos diversos, o agir diferente nos tornava um tanto distantes. Isso acontece muito hoje em dia, teses já foram defendidas sobre esse distanciamento das esquerdas, uma pratica que não tem uma real aproximação. Vejo muito nítido isso hoje, principalmente no que concerne à atuação dos Black blokers, quando não vejo ação revolucionária no que fazem, pois está nítido que rejeitarão às esquerdas logo ali na frente, o mesmo que foi feito com muitos dos jovens que foram às ruas numa movimentação nunca antes vista nos país. Estava claro não serem nada revolucionários e sim, conservadores, mas alguns segmentos achavam que tinham que se posicionar ao lado deles. Assim o fizeram e assim o fazem, mesmo sabendo que a traulitada ocorrerá logo mais.

Leonam, como todos de esquerda, já militou dentro do PT e depois alçou outros vôos, sempre à esquerda. Tentava reorganizar o PSOL na cidade e nos encontrávamos pelas ruas. Não sabia do seu problema de saúde e a última vez que o vi ele estava nas escadarias da Câmara Municipal, acho que na penúltima manifestação da movimentação nas ruas, quando de longe não o reconheci e em alguns momentos me perguntei quem seria aquele senhor perto do alto falante. Era o Leonam. Papeamos e nos atualizamos. Hoje ele se vai e fica mais uma lacuna, mais um buraco do lado de cá. Eu me preocupo sobre isso e tudo o mais, pois não estou mais lá grande coisa. Como somos frágeis e não sabemos...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (78)


QUANDO TUDO PODE OU NÃO SER CREDITADO À FATALIDADE OU AO ERRO MÉDICO
Semana passada após a morte do querido Isaias Daibem, passei uma noite muito mal dormida e pensando em tudo o que acontece aos que são obrigados a se internarem nos hospitais brasileiros. Na revista Carta Capital de duas semanas atrás uma trágica história de um senhor, morador do subúrbio carioca e que os 54 anos teria que amputar uma das pernas. Suas filhas, temendo o que pudesse lhe ocorrer se atendido num hospital do subúrbio conseguem internação num hospital mais renomado e no centro da cidade. A seqüência dos acontecimentos foi cruel além da conta, pois lhe cortaram a perna errada, nem dando pelota para a outra, a ruim, toda enfaixada e é claro, tiveram que proceder a outra cirurgia quando detectado o erro. Histórias como essa chocam elem da conta. Fazem parte de um amplo histórico de erros médicos e só em casos extremos como esse, assumidos. Podem notar, na imensa maioria das vezes quando ocorrem, somos obrigados a tomar conhecimento de uma infindável relação de procedimentos, dito por eles médicos como todos dentro do mais correto acerto e nunca o erro é assumido, mesmo quando evidente e quase explícito. O espírito de corpo da categoria médica é imenso, quase que um código de conduta.

Digo isso, não por mera mania de perseguição, mas por notar algo de ruim no seio da categoria médica e que poderia ser alterado. Esse negócio de não assumir seus próprios erros não os tornam impolutos e perfeitos em tudo que fazem, mesmo que tentem passar essa imagem a nós, os pobres mortais. Viraram folclore esses comentários intramuros dos hospitais dos tais erros médicos e poderia ser amenizado com sua exposição, penalizando os que agem na contramão dos preceitos médicos e até mesmo porque, como todos sabem, errar é humano e não tem quem, mesmo com todo o cuidado, não o continue fazendo. Escrevo isso tudo porque o que me fez perder o sono foi o que ocorreu com o companheiro Isaias, que foi internado para operar uma diverticulite e acabou morrendo no hospital por uma pneumonia contraída lá naquele ambiente.

Pelo que ouvi, essa a justificativa, o corpo rejeitou a cirurgia feita e nessa demora da aceitação foi necessária a sua manutenção num leito hospitalar, advindo daí, corpo já debilitado, o fato de ter contraído o pneumonia que lhe foi fatal. Quem sou eu para acusar alguém, mas acredito que algo mais poderia ser dito sobre esse caso em específico. Uma pessoa saudável é internada e opera uma diverticulite. Que raios de rejeição foi essa? Que demora na aceitação do organismo em aceitar os procedimentos cirúrgicos foram esses? Isso pode ou não ser caracterizado como um erro médico? O que de fato ocorreu e foi o causador dele ser obrigado a permanecer mais tempo no hospital? A cirurgia realizada obteve pleno sucesso ou algo de errado ocorreu? É normal contrair pneumonia nesse hospital? E os cuidados que deveria ser tomados para evitar esse contágio, foram tomados? São perguntas que naturalmente devem ser feitas e respondidas. O que não podemos é em todos os casos mais ou menos idênticos, mantermos uma postura como se nada de diferente tivesse de fato ocorrido, pois ocorreu e as explicações dadas não me convencem.


O fato é somente um: Isaias foi embora antes do tempo. Esse negócio de sempre jogarmos tudo nas costas de uma tal fatalidade é fácil para alguns, resolve o problema desses, mas não responde às questões aqui levantadas. O buraco é mais embaixo e sem querer prejulgar ninguém, muito menos generalizar, acredito que o melhor nesse momento é uma explicação convincente, pois tudo o que foi ouvido até agora é muito vago e explica pouco.  

domingo, 27 de outubro de 2013

ALFINETADA (116)


MAIS TRÊS ESCREVINHAÇÕES D'O ALFINETE ABRIL DE 2001
Seguindo o propósito de ir publicando o meu acervo de textos n'O Alfinete, o resistente semanário de Pirajuí, hoje reproduzo mais três. São eles:
Nº 110 - A Legitimidade do voto eletrônico - publicado em 07/04/2001
Nº 111 - Um mar de siglas - publicado em 14/04/2001
Nº 112 - Frivolidades - Besteiras rápidas - publicado em 21/04/2001
Para quem tiver o desplante de querer ler, com um toque em cima de cada um tudo se amplia e daí talvez seja possível a leitura e uma visão do que circulava pela minha cabeça há doze anos atrás. Com os abracitos domingueiros do HPA (passando por Sampa nesse extao momento, 8h50)


sábado, 26 de outubro de 2013

FRASES DE UM LIVRO LIDO (73)


OS ALIENÍGENAS ENTRE NÓS E O LIVRO DO GUSTAVO COM O CHICO BENTO

Eu não queria escrever isso agora, pois estava aguardando o macanudo do Gustavo Duarte, bauruense e noroestino de quatro costados (é o 2º na hierarquia dos embaixadores noroestinos mundo afora, sendo o primeiro o Reynaldo Grillo) vir lançar sua nova cria em Bauru (n’O Templo claro), mas como está demorando além da conta (toc toc toc), essa semana o Cássio Cururu, lá de Pirajuí escreveu no seu facebook o que andou vendo na estrada que liga Iacanga até a sua cidade, luzes estranhas no céu, não sabendo serem meteoros ou sabe lá o que, fazendo com que antecipasse o escrito. O trecho de estrada que o Cássio descreve ter visto as luzes é histórica nesse quesito, por ali já esteve nos anos 30 uma equipe do Estadão investigando um grupo de europeus que ali aportaram para desvendarem alguns dos seus mistérios. Conhecemos até hoje pouco dos resultados obtidos naquelas incursões e o fato é que as luzes continuam ofuscando o céu noturno por aquelas bandas e como sei que a morada rural do Chico Bento, o imortal caipira do Maurício de Souza deve mesmo ser por aquelas bandas, juntei tudo e comento a seguir do livro do Gustavo. Leiam o que rolou de comentários: https://www.facebook.com/cassio.cardozodemello/posts/724568654223204

A ideia é boa demais, juntando alguns dos personagens do Maurício no estilo modernoso dos HQs, num lindo Graphic MSP, da Panini Editora. Deu samba e já devem ter uns quatro ou cinco retratados aí no mercado editorial. Nesse, o “PAVOR ESPACIAR”, Gustavo narra as peripécias do caipira Chico Bento (eu sempre me enxerguei nele) e do seu primo, Zé Lelé abduzidos por alienígenas. O traço do Gustavo é coisa de arrepiar, mais do que o medo que sempre tivemos desses trecos vindos do céu e nunca explicados. Chico que o diga, sendo ele só mais possuidor de histórias envolvendo esses seres de terras distantes e não conhecidas. O clima rural está ali estabelecido, numa historinha quase sem diálogos, mais para ser vista, deglutida aos poucos, entendida nos seus detalhes.

O autor, provando sua bauruice e noroestice, em tudo o que já desenhou faz questão de citar o time do coração em tudo o que faz. Já fez isso em todos os demais trabalhos e nesse repete a dose. As cores da Rural dos pais do Chico são as do Noroeste e na placa as iniciais do ECN. Na foto do belo quando fazem um currículum vitae do que já aprontou na vida, lá está todo pimpão envergando o “manto sagrado” (desculpe Mengão) do centenário Noroeste. Tem mais, o próprio Maurício na apresentação cita não só Bauru, como o Noroeste. A história é singela, como quase tudo vindo da área rural e é dessas que precisa ser comprada, guardada e divulgada. Temo que quando o Gustavo vier fazer o lançamento em sua Bauru não venda muitos livros na ocasião, pois ninguém, assim como eu, vai conseguir ficar se segurando e não ter comprado a obra. Lá na Jalovi (do Centro, dos Altos e do Shopping) do Jair Lott tem o livro e também está sendo vendido em todas as bancas de revistas (na do Cláudio na Duque, da Hilda no Aeroporto, na do Orlando no centro e na da Vera na rodoviária tem). Não vou dizer mais nada, pois não quero ser estraga prazer de ninguém, mas acho que o último que for à banca deveria ser chamado de “mulher do padre”. O Cássio, olhando pro céu de Pirajuí e procurando desvendar os mistérios advindos dos de sua região, cheia de mistérios e crendices, vai se achar o próprio Chico Bento se ler o tal do livrinho. Não só ele, todos nós.
Em tempo: O meu exemplar do livro gibi (ou gibi livro, como queiram) não mais me pertence, pois um tal de HA, filho desse escriba incorporou o mesmo à sua coleção sem o meu consentimento, causando grave crise familiar no seio de tão harmoniosa família, tudo culpa do traço desse gustavento desenhista.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

CARTAS (112) e MEUS TEXTOS NO BOM DIA BAURU (252)


SEM PEÇAS DE REPOSIÇÃOcarta publicada hoje, 25/10/2013 na Tribuna do Leitor, Jornal da Cidade – Bauru SP:
Dessa vez quem partiu foi o professor e socialista católico Isaias Daibem. Dele queria ressaltar algo dentre tantas coisas boas realizadas ao longo de sua vida. Conseguiu vivenciar situação cada vez mais difícil nos dias de hoje. Colocou em prática durante toda a vida o ser socialista e conseguir praticar isso junto da resistência católica. De uma escola onde pontificaram os freis Leonardo Boff, Tito e Beto, além do nicaraguense Cardenal, Plínio de Arruda Sampaio e de um dos poucos resistentes ainda dentro da cúpula da igreja, o bispo Casaldaliga, o nosso Isaias atuou na mesma linha. Quem mais consegue manter acesa essa chama nos tempos atuais? Dentro do atual discurso católico, raros são os que mantêm, não só o discurso, mas a prática da defesa do povo, não só rezando por ele, mas propondo sua plena libertação. Esse o grande perigo. Isaias nunca se afastou desse ideal de vida. Continuou frequentando as missas dominicais e todos os redutos de luta e de resistência na cidade. Deve servir de exemplo para todos os que hoje se cagam de medo de um contato mais estreito com o povo. Isaias sabia muito bem fazer esse e outros meios de campo, jogava sempre para a frente, mesmo na última partida de sua vida, onde escalado, posto para jogar era pouco acionado. Parece que tinham medo de lhe passar a bola e ele permanecia ali esperando. O passe não chegou a contento até o dia em que foi levado para o ambulatório. Com a bola nos pés poderia ter dado outro destino para essa partida, essa que estamos vendo rolar hoje na política bauruense. Não preciso nem dizer que vai fazer falta, pois as peças de reposição disponíveis já não sabem atuar com tamanha desenvoltura e sabedoria.

ISAIAS E O SOCIALISMO RELIGIOSOtexto será publicado amanhã no Bom Dia Bauru, sábado, 26/10/2013:
Recebo pelo e-mail algo de um padre midiático católico, Paulo Ricardo de Azevedo Jr (www.padrepauloricardo.org) afirmando para suas multidões algo assim: “tire essa doença socialista de sua cabeça”, “o socialismo é corruptor na sua essência” ou “a lógica do sistema deles é ter sempre alguém mais igual que os demais”. Seu site não permite críticas, todas são sumariamente deletadas, só os elogios são publicados. É mais ou menos dessa forma que o debate é estabelecido em todo o seio religioso no mundo atual. 

Pregação de intolerância a olhos vistos, sem nenhuma possibilidade de diálogo, mundo cada vez impregnado de um tal de pensamento neoliberal, tido como sua única alternativa. Para esses o socialismo é ideia macabra e assassina, já o capitalismo é beatificado.
Nem sempre foi assim. Na quinta passada faleceu em Bauru um dos que ao longo de décadas pregava na prática o contrário. Seu nome, Isaias Daibem, um que conseguia maravilhosamente conciliar isso de ser uma pessoa religiosa e estar inserido dentro da concepção socialista. Não basta reza para salvar o povo (do que, hem?). É preciso querer e estar disposto a instrui-lo e promover de fato sua libertação. Religiosos praticaram isso décadas atrás no país. Cito os irmãos Boff, os frei Beto e Tito, Cardenal, Arns, Helder Camara, Casaldaliga e outros.

A igreja mudou, o mundo mudou para pior. Porém, alguns continuaram pregando como ontem, não sabendo fazer diferente do que sempre fizeram. Remam até hoje contra a maré, resistem, persistem, insistem e provam nas pequenas coisas o quanto é ridículo e sem sentido essa desinformação entupindo o mundo atual, cada vez mais bestificado, intransigente e enfronhado no mais novo formato divino, o da adoração ao deus dinheiro, esse acima de tudo e de todos.

Volto para minha aldeia e para Isaias. Não foi nenhum profeta, frequentava seu culto semanal, acreditando ser possível mover o povo crente num caminho onde as injustiças sociais fossem vencidas, irmanando luta em conjunto contra elas. Contrário ao acirramento de ideias se viu minoria, porém nunca esmoreceu na luta por dialogar (a razão contra a imbecilização). Ele não tinha medo das mudanças, os de hoje se borram.

A DESPEDIDA NO CEMITÉRIO: Um dos filhos, DANIEL DAIBEM (na foto junto dos pais) fez uso da palavra na beira do túmulo e deu uma aula de como ser Isaias, de tudo o que aprendeu com ele ao longo de sua vida e tranquilizou a todos os presentes com uma frase final, que era bem o estilo de como o seu velho pai gostaria que todos estivéssemos naquele e em todos os momentos seguintes de nossas vidas: "FIQUEM BEM!". 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

BAURU POR AÍ (92)


A SEMANA TODA TOMADA E NADA SENTADO DIANTE DE UMA POLTRONA E TV
Não tenho mais paciência nenhuma com novelas, as da TV. Elas são para mim o símbolo exato do que não se deve fazer, ou seja, permanecer em casa e diante de coisas totalmente inúteis, que nada irão me acrescentar na vida. Sou um estabelecido e constituído RUEIRO. Bater perna é comigo mesmo, estar aqui e ali, picotando cartão em eventos onde a cultura flua, onde possa transpirar manifestações populares. Tento ao meu modo e jeito ir e vir, dentro de minhas parcas possibilidades. Quando ouço alguém dizer que em Bauru existem poucas possibilidades, nada de diferente, logo retruco e apresento o leque de opções que sempre estão disponíveis. Nessa semana, na anterior e na próxima, o cabedal foi extenso e não consegui estar nem na metade. Sinta só o clima com os banners de alguns desses eventos (só alguns, não todos).

O SECOM 2013 lá na Unesp discute em várias mesas as questões das comunicações e teve palestras de arrepiar, como uma com sobre o Papel da Mídia na América Latina, com um mestre argentino, dessas imperdíveis para quem quer de fato entender essas questões. A Semana de Ciência e Tecnologia termina com a Festa da Ciência na sexta, amanhã, lá no Ginásio de Esportes da Unesp e é muito bom ir acompanhando o que rola nas escolas locais sobre o tema. Eu me surpreendo a cada ano. De 24 a 31/10 no Teatro Municipal o 19º Arte sem Barreiras sempre com muita novidade e nesse ano teremos o baterista Ralinho tocando e encantando os presentes na abertura. Lá na Casa de Cultura Celina Neves, na Gerson França, o FestinBAU, com teatro amador daqui e da região, mostra competitiva, oficina e espetáculos emocionantes, com a batuta de gente como Paulo, Talita e Thiago neves, Silvio Selva e Monica Salles. Fui ontem à noite e como o evento vai até dia 27, devo voltar mais umas duas vezes. Lá pelos lados do Enxame Coletivo acabou agora um Festival Canja e no começo da semana que vem mais um Clube do Vinil, possibilidades mil de reencontros e música de bolachões. Logo ali, em Agudos uma Feira de Livros, com tudo o que sempre de muito bom tem nesses eventos, além do lançamento do livro da Madê Correa. No Senac mais uma Feira de Troca de livros, uma grande banca exposta logo na entrada da unidade, onde você leva um e encontrando um lá que goste, traz ele assim facinho. Já troquei uns e volto levando mais uns cinco. Tá chegando a hora de um belíssimo Festival de Animação, o AnimaBru na Oficina Cultural Glauco Pinto de Moraes, com gente de ponta nesse negócio de cinema de animação. O pontapé inicial será dado pelo amigo Vinagre dia 27 lá no Assentamento Aymorés com curtas metragens para os assentados.

Faltou algo, me ajudem aí...

Era isso, agora caio na estrada e vou vender meus caraminguás ao estilo mascate por Pederneiras, Macatuba, Barra Bonita, Mineiros do Tietê, Dois Corgo e finalizo em Jaú. De tardinha devo estar de volta cheio de assunto novo.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (37)


JIBÓIA, QUERO-QUERO, GAVIÃO, CORUJA, TEIÚ E SERIEMA – A CIDADE INVADIU OS BICHOS
Outro dia Ana Bia me contou a história dela e de uma JIBOIA lá pelos lados do campus da Unesp Bauru onde dá aulas diárias e noturnas. O bichinho estava atravessado no meio da rua e não deixava ninguém passar pelo seu caminho. Não estava em posição de ataque, mas pelo tamanho impunha respeito. O Departamento onde dá aulas, prédio novo está incrustado bem onde antes era uma bela reserva ecológica do que nos restou de cerrado, a mata nativa da região e o bicho desacostumado com asfalto, fazia averiguações nesse novo solo. Nem sei se o animal foi capturado, enjaulado ou devolvido à mata, mas o fato é que o bafafá foi estabelecido e o mais acertado, segundo minha modesta concepção seria devolver a mata retirada dos inofensivos bichos que antes perambulavam sem nenhum risco por todos os lados. Hoje não mais.

Tempos atrás aqui defronte minha moradia, uma área livre, terreno quase baldio, onde são montados parques e circos, tudo defronte o rio Bauru e descampado quarteirão, área de verde grama e algumas árvores onde os QUERO-QUEROS adoram fazer seus ninhos. Naquela manhã uma barulheira brava pelos lados do campo, piação em alto e bom som. Fui espiar e vejo um GAVIÃO tentando bicar os ovinhos dos mais fracos. Rodearam o grandão (esfomeado pelo jeito), mas ele não se assustou com isso e continuava tentando almoçar. Resistiam em bando, arriscando a própria vida pelos ovos dos seus, o tempo passava e ele quase conseguindo o seu intento. Não aguentei e fui lá espantar o bicho munido de uma vassoura. O resto da manhã foi deveras tranquila. Não se teve mais notícia do comedor de ovos por aqui.

Meses atrás ao sair da feira dominical, indo buscar meu carro num estacionamento ali na Marcondes Salgado dou de cara com uma CORUJA, ela na boca de um buraco, sua morada e esse quase junto à porta lateral do meu meio de locomoção. Não tinha cara de bons amigos, ameaçadora, olhos vidrados no pretenso inimigo e não entendendo que só queria tirar meu carro dali, nada mais, permanecia em estado de alerta total. O dono do estabelecimento me disse que nada podia fazer, pois ela era o xodó do lugar. Esperei pacientemente até conseguir entrar pela outra porta, tomei o máximo de cuidado para não ferir suscetibilidades com o vigilante animal, verdadeiro cão de guarda. Cão não e, sim, apenas uma coruja perdida na imensidão de pedra onde foi se meter.

Hoje foi uma SERIEMA. De uma hora para outra ela apareceu aqui no terreno defronte minha casa. Veio só, não se sabe se pelo rio e estava perdidinha da silva, correndo de um lado para o outro. Amadja, a prestadora de serviços para meu pai tentou lhe dar arroz, mas tudo foi infrutífero, ambas em lados opostos no meio do campinho. Pudera, ela tinha estampado em suas costas uma onça e isso deve ter ajudado a espantar a ave. Tentou depois atravessar a asfaltada Nuno e ali por muito pouco não foi atropelada (dói ver um animal no asfalto). Ligo para o bombeiro e ele me explica que essa ave só voa em caso de extrema pressão, preferindo correr e correr. Não podiam fazer nada, pois não a capturariam e estavam numa diligência em um prédio do centro da cidade invadido por um TEIU, na mesma situação que a ave corredora. O lagarto sumiu pelo prédio e a corporação tinha por objetivo localizá-lo. Nisso a ave correu para os lados dos trilhos, encontra um muro pela frente e sob pressão de populares, consegue atravessar não se sabe como para o lado de lá. Corre poucos riscos de ser atropelada por um trem, pois esses são poucos e sim, de ser assada pelos novos moradores do lugar, esquentando suas latas a céu aberto. Muitos foram espiar por cima do muro, mas seu destino é incerto e não sabido.

OBS.: Todas as fotos foram tiradas hoje pela manhã tendo como foco a siriema.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (64)


A CASA QUE SERIA E NÃO FOI ALUGADA PARA ABRIGAR ESCRITÓRIO DO “MINHA CASA MINHA VIDA”
O aluguel de uma casa na Zona Sul da cidade para abrigar um escritório do projeto Minha Casa Minha Vida em Bauru é o tema do dia. Já que vejo muitos falando disso, dou também o meu pitado. Como a maioria só tomei conhecimento do fato após ver da tribuna da Câmara dos Vereadores, o Lima Jr – PSDB, dizendo que o imóvel estava sendo alugado por X e a Prefeitura iria pagar Y por ele, ou seja, mais do que estaria sendo pedido até semana passada. São várias as questões e vejo se não me esqueço de nenhuma delas.

Primeira. Tudo o que envolve esse projeto, deve ser feito com muito cuidado e zelo, porque os contrários a ele fazem de tudo e mais um pouco para desmerecê-lo. São pequenos na crítica e mais pequenos ao, em nenhum momento enxergar ali algo de grande valia, tudo porque não foi feito por eles. Esse um ponto, outro é o que faço. Não caio de amores por quem é responsável por ele na cidade, pela forma centralizadora como conduz o processo, tudo passando por suas decisões. Gosto do projeto, não da forma como rola a coisa na cidade. Mas procuro não criticar a toa, fico na encolha, quieto até quando dá. Hoje não deu.

Quem o administra deveria ter uma maior sensibilidade em tudo o que venha a ser feito em seu nome, antecipando e dirimindo prováveis críticas. Não vejo isso ocorrer. Dizem que existe a necessidade de retirar o atendimento dos beneficiados do projeto, todos atendidos no prédio da Prefeitura. Concordo até aí. Daí fizeram a cabeça do prefeito para alugar um imóvel na cidade. A falta de sensibilidade começa na decisão do local desse imóvel. Não sei quem escolheu, mas para um projeto essencialmente tratando com gente da periferia da cidade, muitos com problemas de locomoção, o mais insensato seria ter um imóvel para atender a esses numa região distante do centro da cidade e da utilização dos serviços de ônibus urbanos. Isso foi feito. Alugaram um imóvel em área nobre, a Zona Zul, mais cara e de acesso difícil para, por exemplo, quem não possua veículo. "Escritório do que e para quem?", perguntam e fica-se sem resposta.

Faltou tato já nessa escolha. Depois a trapalhada nos preços de locação e de contratação, ainda pouco explicada. Algo foi feito com muito erro aí e percebam como agora é muito mais difícil explicar o que poderia ter sido evitado, se critérios outros tivessem sido tomados. Quem queria imóvel naquela rica região? De quem foi o erro nas diferenças de preço? Não seria mais viável e com preço bem mais em conta, algo na região central ou próximo disso? E por que não pensaram nisso antes? Com o prefeito cancelando o contrato de locação, muitos outros problemas estão sendo expostos e volto a dizer, sem necessidade, se critérios outros tivessem sido adotados. Pior que tudo isso é que, dão munição gratuita para uma oposição chinfrim, mas que cumpre seu papel de oposição. A crítica nesse caso não a faço à oposição, mas na sucessão de trapalhadas (que não são de hoje), desgastando cada vez mais a já desgastada vice-prefeita, que se não pessoalmente, conta com péssima Assessoria para resolver seus Assuntos Aleatórios, ou seja, aquela que faz seus básicos serviços, como resolver os probleminhas do dia a dia de sua agenda e afazeres corriqueiros. Não tendo nem isso, daí tudo dar sempre muito errado. Isso é pura Lei de Murphy.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

DICAS (112)


PODER INDISCRIMINADO DO “DEUS” DINHEIRO – TRÊS EXEMPLOS
VALTER, O GOLEIRO DO CORINTHIANS E COM HISTÓRIA DENTRO DO NOROESTE - Sábado passado, 19/10 foi a estréia no time do Corinthians do goleiro Válter, após uma contusão de Cássio o goleiro titular. Ele que começou a jogar bola no XV de Jau e ano passado foi campeão da Copa Paulista pelo Noroeste chegou lá com algumas passagens depois por outros times. Pelo caminho quem menos lucrou com o sucesso do atleta foi o Noroeste. Hoje, 21/10 a eleição pelos lados do Alfredo de Castilho e impossível não lembrar do episódio da venda dele, quando o Noroeste mais precisava e aí um senhor que queria ser presidente do Noroeste, ao invés de emprestar a grana para o time, fez diferente, comprou o jogador por R$ 100 mil reais dando uma de empresário de jogador, esse o dinheiro que entrou nos cofres do time. Na sequência, meses depois vendeu com altíssimo lucro. Lembro isso, pois com a nova eleição é sempre bom salientar que o Noroeste precisa muito de gente que assuma de fato e de direito que tudo farão pelo bem dos cofres do time e não os seus pessoais. Todo e qualquer empresário que assuma a direção do time já tem ganho suficiente alto para não fazer negociações como as que foram feitas e sim, quando necessário emprestar grana e retirar somente o que foi emprestado. Inadmissível um presidente do Noroeste sendo ao mesmo tempo empresário e negociando jogadores comprados do próprio time. Pensemos nisso. O momento é de salvar o Noroeste e para isso toda uma legião de torcedores estarão bem atentos a tudo o que acontecer daqui para a frente. Que situações como a venda do goleiro Válter nunca mais se repita pelos lados do Alfredão. Torço muito para que os eleitos sejam de fato verdadeiros noroestinos.

NANY PEOPLE E O QUE PENSA DOS GANHOS NAS PARADAS

Quem passou ontem por Bauru foi a Nany People, uma das expoentes do atual momento do movimento LGBT. Veio para um show no teatro Municipal de Bauru, o “TsuNANY de Risadas”. Confesso não ser muito adepto do humor proporcionado por esse estilo de stand up, mas Nany me é simpática. Cito um dos motivos, é uma cabeça pensante e não deixa o momento passar, nem doura a pílula. Perguntada tempos atrás sobre o que achava das Paradas Gays ou o que acabou se transformando as tais paradas, sua resposta foi contundente e precisa: “Não participo há bastante tempo da Parada Gay. O evento virou uma micareta, só pensam em dinheiro e são hipócritas. Eu levei a vida toda para conquistar o respeito que tenho e eles querem exigir esse respeito realizando uma festa. (...) Tudo que vira moda, acaba se tornando banal. Se eu quisesse só ganhar dinheiro, vivia de promover festas GLS. Hoje em dia, se algum bar ou clube não dá certo, os donos fecham e reabrem como lugar gay. Eles esquecem que veado não é burro. (...) Depois que inventaram esta coisa de organizações de parada, que começou a entrar dinheiro público, a parada gay no Brasil virou micareta. Tem parada gay o ano inteiro. Aí vem esta festa da uva, todo mundo chupa e ninguém paga nada. (...) Como querem que eu que vivo como artista, drag, transex ou como queiram colocar, que dê a minha cara a tapa para um movimento que é um dia só quando a minha passeata é a vida inteira? Eu não comungo disso. (...) Existem ONGs maravilhosas que prestam serviços de cidadania e de apoio, mas tem muita ONG forjada e às vezes são estas forjações que fazem a contramão da parada. Por isso que até deixo de ganhar dinheiro. Hoje se eu quisesse ganhar dinheiro não faria mais show em boates, faria festa gay, faria festa em parada porque tem o ano inteiro no Brasil. A cada dia surge uma em um lugar. Então é nisso que eu não acredito. Então não é a parada, não acredito neste tutti fruty, nesta torre de Babel que isto virou. Tem que parar um pouco para ver o que é ONG e o que não é, o que se está celebrando ou comemorando”. Mais aqui:http://mais.uol.com.br/view/wxs5e3bsd547/nany-people-a-parada-gay-virou-uma-micareta-04020C99366CDC914326. Publico mais esse texto só para comprovar algo onde tenho batido minha tecla aqui pela ondas internéticas: ONDE TEM DINHEIRO EM PROFUSÃO SEMPRE TEM CONFUSÃO E DE ALGO PURO, PODEM TER CERTEZA, A COMICHÃO PARA SALTOS INIMAGINÁVEIS. Não se faz necessário explicar nada mais além do foi dito, ela disse tudo.

ATÉ TU “USP BAURU” (OPS), DIGO, BRUTUS – Coisa fácil é provar que o dinheiro muda o perfil das pessoas. Impossível ficar indiferente à sua força e poder. Quem dentre os que me leem já teve oportunidades de fazer altos negócios e não os fez? Alguns me dizem que nem todos são corruptíveis, mesmo nesse mundo cheio de influências maléficas. Acredito, conheço muitos assim. Decerto que rareiam, mas existem. Porém, os exemplos do contrário ocorrem um atrás de outro. Citei dois aqui anteriores a esse, um na venda do Valter, ex-goleiro do Noroeste e da posição da Nany People em relação ao que se transformaram as Paradas Gays. Encerro a trilogia com o que acaba de ocorrer na USP Bauru, quando servidores diante de possibilidades mil com dinheirama alheia, tentados por terem seus proventos aumentados usam de um artificio que lhes caíram às mãos e como uma benção promovem a multiplicação dos pães (dos seus, é claro). Leiam isso: “DENTISTAS E PROFESSORES DA USP BAURU SÃO CONDENADOS POR PECULATO - O Ministério Público Federal (MPF) condenou dentistas e professores da Universidade de São Paulo (USP) por envolvimento em suposto esquema de desvio de dinheiro, em Bauru (SP). Segundo o processo, os quatro envolvidos desviaram recursos destinados ao Núcleo de Apoio à Pesquisa de Implantes Odontológicos da faculdade. Ainda cabe recurso da decisão. De acordo com as investigações do MPF, dois cirurgiões-dentistas são suspeitos de peculato e uso de documento falso. Mais um empresário e uma docente da universidade também são suspeitos pelos mesmos crimes. (...) Da auditoria da prestação de contas dos convênios foi constatado que algumas das notas fiscais apresentadas para liberação das verbas eram falsas e de empresas inexistentes. Além disso, parte dos recursos designados aos projetos de pesquisa foi utilizada para adquirir materiais fornecidos para um empresário e também para uma mulher docente da universidade”. De tudo, um comentário via facebook do vereador Roque Ferreira para encerrar o que vos explano: “As pessoas não tem medidas, não conseguem estabelecer limites, é uma sofreguidão por ter, por ter, e ai jogam os escrúpulos na lata do lixo”. Querem mais exemplos, eles existem aos borbotões e sem generalizar vos afirmo, impossível capitalizar sem adentrar esse negócio corruptivo.

domingo, 20 de outubro de 2013

MEMÓRIA ORAL (150)


REENCONTRO COM JORGINHO, EX-PONTEIRO DIREITO DO NOROESTE E DO GUARANI
Hoje é domingo, a chuva foi embora, o calor voltou com força total, começou o horário de verão e para aliviar os relatos de denúncias, desmandos, conchavos, aliciamentos, protecionismos, ditos e não ditos, prefiro uma escrevinhação cheia de amenidades. Em cada lugar que ando vou recolhendo histórias, ouvindo o que as pessoas tem para contar, tirando minhas fotos e anotando tudo em pedaços disponíveis de papéis. Semana passada, quando de passagem lá pelas bandas do Geisel, reduto de bons sambistas (o Sambódromo está lá), bairro típico da periferia bauruense, ao lado de outro do mesmo quilate, o Redentor. Grande concentração de trabalhadores, hoje com uma vida mais do que própria, tendo de tudo um pouco. Na avenida principal, arborizada muito acima da média da cidade, reencontro uma pessoa que já fez e aconteceu pela Bauru de décadas atrás e hoje, curte cheio do bom saudosismo suas histórias.

Na quadra onde mora a família do seu Avelino, o presidente da LESEC - a Liga das Escolas de Samba de Bauru e também mantendo o mesmo cargo na Escola de Samba Águia de Ouro, junto de suas irmãos, num conglomerado que lembra bem o título de um famoso livro, “A Casa das Sete Mulheres”, pois esse vive rodeado de todas elas, que cuidam dele como se fosse uma peça de porcelana, ali ao lado, na casa vizinha, vive um outro personagem, também membro da mesma família, ele de nome JORGE ARANTES DE SOUZA, 67 anos e famoso não pelo samba. Esse nome jogado assim ao léu pode não dizer muito, mas para os amantes do futebol diz muito. JORGINHO, seu nome de guerra no futebol o imortalizou aqui e em terras distantes. Quando começou jogar bola, pela região recebeu o apelido de REBITE, lá pelas bandas da Usina Miranda, onde o endiabrado ponta direita começou a fazer sucesso. Não parou mais com esse negócio de jogar bola, trecho longo e cheio de boas recordações.

Lá pelos idos da metade dos anos 60 foi titular da posição de ponteiro direito no Esporte Clube Noroeste, tendo tido algumas outras passagens pelos lados do Alfredo de Castilho. Permaneceu de 1965 a 1966, depois voltou de 1975 a 1979. Habilidoso, não ficou muito tempo por aqui, tendo tido passagens pelo Rio Branco de Ibitinga, Garça e principalmente pelo Guarani de Campinas. Em Garça teve o privilégio de jogar ao lado do goleiro Valdir Perez e em Campinas lembra fácil de citar alguns dos seus antigos companheiros, como Tobias, Ferrari, Milton, Elio Gigliotti, Ladeira e Caravetti. Quando pega as fotos e começa a apontar o nome desses, a saudade é grande e nem o jogo pela TV o faz desviar os olhos das fotografias.

Jorginho foi um atleta diferenciado, pois enquanto jogou bola, nunca deixou de cumprir suas funções dentro da Polícia Militar do Estado de SP. Teve sorte, pois um comandante da época gostava muito de futebol e para todos os lugares onde foi, conseguiu a remoção e conseguia conciliar uma coisa e outra sem que uma atrapalhasse a outra. Jogou e muito em seleções formadas de policiais que gostavam de bola, numa época em que esse escrete viajava pelo estado todo, apresentações pelas mais diferentes cidades do estado. Essa seleção chegou a jogar contra seleções de outros países e as fotos não desmentem o que ele faz questão de mostrar cheio de orgulho. Quando parou com a bola profissionalmente, continuo peladeando até quando deu e a aposentadoria, ou a reserva como dizem os militares, chegou em 1995, na função de 1º Sargento.

O tempo passa, mas Jorge, aquele ativo ponteiro de antanho não consegue permanecer muito tempo sem fazer nada dentro de casa a amolar a esposa Isaura. Na quadra da frente de sua casa um botequim, frequentado pelos boleiros do pedaço, reduto de cerveja e de muitas histórias, renovadas a cada dia. Num domingo logo após o almoço, quando estive com ele, acabara de chegar, não do bar, mas de um trampo. Presta serviço de segurança junto do filho, também policial militar em empresas particulares. Coisa que não abandona é assistir um jogo pela TV, mesmo reclamando desse campeonato atual, um dos mais fracos dos últimos tempos. Ali, sentado e revendo fotos e histórias, fala de tudo, do atual momento do Noroeste, do futebol amador da cidade, do que fizeram dos times do interior e de lugares onde jogou bola e mantém amigos até hoje. Um dos exemplos é Reginópolis e ao lhe dar o livro escrito por mim e ilustrado por Fausto Bergocce, vendo a fotos dos jogadores de lá, conhece a maioria e mais e mais histórias são contadas. Jorginho é o exemplo vivo de uma geração que enchia os campos de bola, época em que o futebol era a própria efervescência. Ele viveu aquilo tudo e do lado de dentro dos campos.

sábado, 19 de outubro de 2013

MEUS TEXTOS NO BOM DIA BAURU (249, 250 e 251)


O DONO DA CIDADEpublicado na edição de hoje, 19/10/2013
Vejo no vídeo denúncia do pecuarista José Mobaid algo mais sobre os prováveis donos da cidade de Bauru. Ele é mais um tentando definir quem seriam esses. Na sua visão ele vem da especulação imobiliária, mais precisamente da mais influente empresa imobiliária hoje na cidade, a Aiello. Sua justificativa é plausível e cita dentre os horrores praticados pelo grupo, o de manter, segundo ele, um escritório para defender seus interesses dentro da SEPLAN, a Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal. O velho e rentável Balcão de Negócios. Outros donos já foram apontados em outras ocasiões. Muitos afirmam ser ele o dono do jornal. A mídia, uma que já foi considerada o quarto poder, hoje país afora é o próprio poder. Poucos enxergam o prefeito com o devido poder de mando, afinal, ocupa cargo passageiro, temporário e todos os outros de longuíssima duração. E os poderosos de fato acabam de aproximando desse e fazendo valer sua força junto a ele. Pressão daqui, ofertas dali e tudo vai se encaixando a contento. Durante anos quem mandou na cidade foi um homem militarizado e introduzido aqui pelo próprio regime de então, veio coordenar os destinos da empresa férrea e acabou sendo consultado para tudo. O poder de mando mudou de lado com o declínio da ferrovia. Até a igreja já mandou além da conta aqui e por tudo quanto é canto. Excomungou a cidade por causa de uma praça e hoje ao fazê-lo com um padre já não gera tanta aflição. Perdeu o poder de mando. O poder, como pode ser notado é um tanto rotativo, mas como me alerta um amigo, permanece intacto por longos períodos. “O prefeito pode até mudar de quatro em quatro anos, mas quem de fato está por detrás dele, esse fica e continua mandando”, foram suas palavras. E por detrás de todos esses poderosos (e também de Mobaid) algo sempre presente, o deus dinheiro. Em seu nome é exercido tudo isso e enquanto perdurar a adoração e o culto desbragado, acima de tudo e de todos, mudam-se os nomes, não o sentido da coisa. Esse o maior mal do capitalismo.

SÓ SE FOR PARA TODOS publicado edição de 12/10/2013
Primeiro conto uma historinha, depois explico dos motivos da lembrança. Nelson Rodrigues Filho, famoso pela longa barba, foi preso durante a ditadura militar e levado para um presídio ao lado de outros companheiros sob a acusação de subversão (sic). Seu pai, o famoso dramaturgo Nelson Rodrigues, mantinha certa aproximação com os militares golpistas e condoído pela situação do filho negociou sua saída da prisão. Conseguiu, mas esqueceu de avisá-lo de que somente ele seria libertado e seus amigos permaneceriam presos. Não houve acordo, Nelsinho não quis sair sozinho e lá permaneceu. Penso nas várias histórias iguais a essa ao longo da história. Quem hoje ao receber um benefício não o aceita prontamente sem pensar na ampliação quando voltado para o coletivo? Acabei lembrando-se dessa história numa alusão com algo ocorrido recentemente. Os estudantes bauruenses conseguiram algo almejado há tanto tempo, uma redução considerável no preço de suas passagens nos ônibus urbanos. Lotaram a Câmara dos Vereadores e aos brados conquistaram o desconto. Valorosa luta, digna de efusivos aplausos, porém poderia ter sua extensão ampliada e ainda mais enaltecida se no ato, dissessem que ela só teria sentido se estendida também aos trabalhadores, esses sim padecendo muito mais que todos com os preços e as condições do transporte urbano de Bauru. Imagine a pressão sobre a cabeça dos administradores e legisladores com algo nesse sentido? Não o fizeram, uma pena. A luta deles continua e quando os vejo novamente junto ao Legislativo municipal clamando por melhorias na saúde, um ótimo alento. A mobilização não tem mesmo sentido em ser desfeita, porém poderia também causar mais problemas a quem não os teve até agora, os donos das empresas de ônibus. Tudo até agora foi arcado pelos cofres municipais, nem terminais urbanos temos e o lucro dos proprietários não sofreu sequer um arranhão. Com a unificação das lutas o movimento cresce, ocorre um fortalecimento para o atendimento das reivindicações e todos ganham. É o tal do pensar coletivamente.

COEFICIENTE ELEITORAL publicado edição de 05/10/2013
Para quem observa de fora é hilariante a dança de alguns interessados em participar do próximo pleito, todos em busca da melhor (sic) legenda eleitoral para esse intento. Para quem possuí embutido dentro de si algo ideológico, ver religiosos fundamentalistas assinando fichas em partidos dito socialistas, gente que se diz de esquerda adentrando hostes até então reduto de alas conservadoras e vice-versa, parece até ofensa ao bom senso. Tudo virou um balaio de gatos e como o prazo final expira hoje, sábado, 05/09, absurdos se repetem. Ninguém parece se assustar com mais nada. Exemplificando isso tudo cito somente um exemplo local. O ex-prefeito de Agudos, Carlos Octaviani continua pensando qual delas vai se utilizar para concorrer na disputa pela pretensão de ser deputado estadual ano que vem. É um declarado e assumido peemedebista, reiterou isso em várias oportunidades, mas teve o disparate de afirmar com o peito estufado e sem ruborizar a face: “No PMDB vou precisar de muito mais votos e em qualquer outro, bem menos. Estou analisando”. Em sua mesa algumas siglas que o favoreçam nesse sentido, sendo o que menos importa o tal do alinhamento ideológico, até porque, a grande maioria das siglas hoje são mesmo muito parecidas. Isso me faz lembrar uma velha história. O cara entra numa sorveteria e diante de si uma lista com mais de 50 opções de sabores. Ele demora um bocado de tempo para escolher o de sua preferência e quando o faz, o sorveteiro abre a tampa do freezer, lá somente uma cumbuca e dali sai o sabor escolhido. Todos os demais também sairiam da mesma cumbuca. E quem me diz que no emaranhado político partidário atual o mesmo não está se repetindo? Tudo leva a crer que sim. O dilema de Octaviani prova isso. Todos o aceitam, uma beleza. Um amigo, muito proseador e cheio de boas sacadas, deu a melhor definição possível para todos esses indefinidos desse final de semana. “A ideologia deles todos é uma só, chama-se Coeficiente Eleitoral”, me diz. Foi preciso. Uma minoria ainda decide segundo sua ideologia, “bobões, antiquados”, expele a maioria.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

CENA BAURUENSE (113)


CENA BAURUENSE Nº 01 – NOVO HOSPITAL
Por dois momentos vejo algo na imprensa sobre Bauru ter mais um hospital na cidade. Primeiro foi o atual Secretário Estadual de Saúde, David Uip que veio até Bauru coisa de uma semana atrás, percorreu todas as instalações do Hospital de Base e disse dessa necessidade. Hoje, numa reverência ao médico bauruense Abrahim Dabus, ex-deputado e hoje aposentado, o JC lhe entrevista no Dia do Médico e ele repete a mesma coisa, da necessidade de um novo hospital na cidade. Queria ouvir de ambos outra coisa e não ouvi. É sabido por todos que, tanto o Base como o Estadual possuem vagas de leitos e não as estão disponibilizando para a população. O Base já teve mais do que o dobro do que oferece hoje e o estadual possui uma ala praticamente fechada à espera de profissionais para execução de serviços. E por que não se incentiva isso diante do caos da saúde municipal e não esse negócio de construir um novo? E se construírem um novo, acredito irão querer desativar o Base e será mais um elefante branco abandonado no centro da cidade. Eu entendo isso tudo de uma maneira muito simplista e como um leigo, observador do lado de fora: Por que até agora ninguém martelou isso da ocupação imediata das vagas existentes na cidade? O caos está instalado, o setor teve até valores reservados e garantidos por lei para vagas na rede particular e do outro lado todos cientes de que as vagas públicas existem. Isso é desleixo com a coisa pública. Que falta faz um servidor público como David Capistrano nessas horas. Alguém precisa bater o pinto na mesa e resolver isso de uma vez por todas.

CENA BAURUENSE 02 – A INAUGURAÇÃO DA ESCOLA E O IRMÃO DA HOMENAGEADA QUE NÃO PODE COMPARECER AO EVENTO
Adoro inauguração de escolas, ainda mais públicas e atendendo população de bairros populares. Hoje ocorreu algo assim aqui em Bauru, quando a Prefeitura Municipal descerrou a placa da EMEII “Profª Luzia Maria Daibem Ferraz de Arruda”, no Núcleo Habitacional Nobuji Nagasawa, ali pertinho do Núcleo Mary Dota. Aproximadamente 230 alunos serão ali atendidos, com idade de quatro meses a cinco anos e atendimento em horário integral. O nome dado à escola é de uma educadora bauruense, nascida em Pirajuí em 1946 e falecida em junho de 2013. Uma vida dedicada à educação e mais do que bom ver professoras da rede municipal, antigas servidoras dando seus nomes para nossas escolas. Um critério técnico na escolha e não por ter sido esposa de figurão fulano de tal. Aqui só uma lembrança, Luzia é irmã do também professor Isaias Daibem, casado com a também educadora Ana Maria Daibem, todos com muitos serviços prestados à educação. Isaías o irmão não pode comparecer no descerramento da placa hoje pela manhã, pois continua internado numa UTI hospitalar recuperando-se de uma pneumonia contraída lá mesmo. Ficaríamos todos mais do que contentes se ele pudesse ter lá estado, descerrando a placa, mas isso ficará, infelizmente, para outro dia. Isaias é um dentre tantos merecedor de homenagens e placas em vida, algo que poderia ser pensado na escolha dos nomes das próximas inaugurações.

CENA BAURUENSE 03 – MOBAID E UMA ESTÁTUA PARA O AIELLO LÁ NA HAVAN
O pecuarista Mobaid jogou, como dizem, merda no ventilador. O motivo é sabido por todos que ouviram a tal da gravação compartilhada ontem via internet. Ele queria participar do bolo distributivo de obras e verbas, um festim do qual foi excluído, segundo ele por alguns e sob o comando, também segundo ele, da mais importante imobiliária da cidade, a Aiello. Disse mais, que esses são os atuais donos da cidade, gravei bem isso. Se o que disse é verdade ou não ainda não se sabe, mas ele repetiu por diversas vezes que garante tudo o que falou. Mobaid não é novato no assunto denúncias e sabe onde está pisando, conhece seus parceiros e o meio onde faz seus negócios. O mais sério de tudo o que disse foi acusar a SEPLAN, a Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Balcão de Negócios quase que exclusivos do Grupo Aiello e que os funcionários públicos lá lotados estão a serviço da especulação imobiliária do dito cujo, que chamou de nomes impublicáveis. Aproveitando a deixa dos Aiello’s serem chamados de Donos da Cidade queria sugerir para a administração do Magazine Havan que retire de lá a Estátua da Liberdade e coloque em seu lugar uma com a fisionomia do dito mandatário mór da cidade. A Cesar o que é de Cesar.

CENA BAURUENSE 04 – AGORA VAMOS PARA AS AMENIDADES, ENFIM A REVIRADA
O estado de SP conta com a Virada Cultural, bancada em sua parte maior pelo Governo Estadual e por Bauru não tucanear como gostariam a programação desse ano para nossa cidade foi pífia. Daí, a administração municipal inventou uma Revirada por aqui e ela acontece, se não me engano pela terceira vez na cidade e nesse final de semana. Deu para sentir que as torneiras dos cofres municipais estão um tanto fechadas, mas assim mesmo, sem nenhum nome de expressão nacional, gostei da programação apresentada. Tudo o que veremos é gente daqui mesmo e da região e com uma abrangência interessante de possibilidades. A imprensa já está divulgando o que irá rolar, um dia no Teatro Municipal e outro no Parque Vitória Régia. O importante mesmo é sair de casa e como no sábado 23h30 vai ter espetáculo de balé com gente ligada ao professor Sivaldo Camargo no palco, lá estarei apupando quem muito faz pelas artes na cidade.

CENA BAURUENSE Nº 05 – 60 ANOS DA USC COM ORQUESTRA E PIANO COM ROSA TOLON
Quando no palco, minha dileta amiga cubana e maestrina musical da USC, pianista de quatro costados, Rosa Tolon oportunidade rara de desfrutar de boa música, tocada por alguém de renome internacional. No dia do aniversário da Universidade do Sagrado Coração, domingo, 20/10, a Orquestra Sinfônica de Botucatu apresentará um repertório especial em concerto que contará com a presença da solista, coordenadora do curso de Música, ao piano. Regida pelo maestro Dr. Marcos Virmond, também professor do curso de Música da USC, a orquestra apresentará obras de artistas como Heitor Villa-Lobos e Antonin Dvorak. A apresentação começará às 19h no Teatro Veritas. Domingo, como sabem é um dia modorrento, poucas possibilidades e já de antemão lhes aviso, por ser algo festivo pelas bandas da USC, acredito que os ingressos deverão se esgotar meio que rapidamente. Já dou meu jeito para conseguir o de minha prole e recomendo para os que gostarem de sair do trivial fazerem o mesmo com a devida antecedência. Noite de gala com dedos cubanos nos teclados.

CENA BAURUENSE Nº 06 – NOTÍCIA QUENTINHA E POUCO DIVULGADA, PICOLÉ DE XUXU AMANHÃ 14H EM PEDERNEIRAS
Diante de tanta agitação pelas nossas ruas, alguns governantes marcam com menos pompa suas inaugurações, antes feitas com grande antecedência e festejos mil. Agora tudo é feito meio que na moita, quietinhos e com medo de que a notícia se espalhe e acabe caindo nos ouvidos dos protestadores de plantão. Percebo algo assim quanto à divulgação da vinda do governador Geraldo Alckmin, amanhã, sábado, 14h, evento marcado para a praça central da vizinha Pederneiras, quando descerrará a placa do restauro, ou melhor, do recapeamento da rodovia Osni Matheus, que liga aquela cidade à Lençóis Paulista (que também leva à Macatuba). Tudo foi comunicado aos vizinhos pederneirenses no finalzinho da tarde de hoje, ou seja, agorinha pouco e o motivo de ser assim tão escondidinho ninguém sabe ao certo. O fato é que o governador chega amanhã ali e depois vai para Brotas inaugurar outro recape. Não sei se isso podia ser espalhado, mas o faço porque não gosto muito de quem faça as coisas às escondidas, na calada do dia, antes do sol se por. Acho que com os compartilhamentos de praxe seria bom ele ter a companhia de gente também do contra nessa visita ilustre e pouco divulgada.