sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (13 e 14)


1.) AREIA MOVEDIÇA NA NUNO DE ASSIS É PARA FILMAGEM DO NOVO INDIANA JONES

Seria cômico se não fosse trágico. O cenário da avenida Nuno de Assis em Bauru nos últimos dias é exatamente esse, o de algo beirando o cômico, mas recheado de tragédia. A avenida está de pernas para o ar e passando por maus bocados desde que, ali foi iniciada as obras dos emissários por onde começariam a ser resolvidos os problemas do esgoto lançados no ribeirão Bauru. Uma interminável interdição ainda em curso fecha passagens e causa o caos na região. Com uma programação fugindo da lógica, espécie de vai e vem, as obras perderam o rumo e estão desorientadas. Para piorar tudo, parte do que já foi terminado está ruindo, ou seja, afundando. Com as últimas chuvas, pesados caminhões afundaram em crateras abertas assim do nada. Simplesmente passando pelo lugar quando tudo se afunda. Um cenário bem propício de filmes de antanho, ao estilo Tarzan ou Indiana Jones, quando alguns dos algozes do homem da selva, desconhecendo o terreno por onde adentravam, acabavam caindo numa área onde iam afundando e ficavam só com o pescoço para fora. Um gaiato aqui da região, ouviu o Tizoco dizer no rádio que é isso mesmo: AREIA MOVEDIÇA NA NUNO. Pior seria se Broncolino, o colunista cujo slogan era “O primeiro a rir das últimas”, que com absoluta certeza não perderia a oportunidade de ironizar por obra tão mal sucedida e praticamente necessitando de uma completa revisão em toda sua extensão. Escreveria assim em sua coluna: “Atenção. Tráfego permitido na Nuno de Assis, mas para veículos com no máximo 1200 quilos (peso médio de veículo de passeio). Caminhões nem pensar”. O cenário está pronto, aguardamos somente a chegada do Indiana Jones para seu mais novo filme, dessa vez nas barrancas do ribeirão Bauru.


2.) O VAMPIRO PASSOU POR BAURU, MAS NÃO SE ATREVEU A DESCER NO AEROPORTO DE AREALVA - PREFERIU O AEROCLUBE
Podem me desdizer a vontade, quanto mais o fazem, mais posto algo nesse sentido. Inventaram o tal do aeroporto lá em Arealva onde uns poucos ganharam os tubos. O grande negócio de cargas está no papel e assim permanecerá até não sei quando. Nessa semana vieram me dizer da especulação que precisa lotear mesmo a área inservível do Aeroclube e só manter seus prédios históricos, enchendo tudo de prédios e mais prédios. Calado fiquei. Hoje dou a resposta. O senador José Serra (pelo qual não nutro nenhuma simpatia, diga-se de passagem) passou por Bauru ontem para palestrar na ITE. Asneirou à vontade, inclusive contra a aprovação do fim do financiamento privado nas campanhas políticas. Isso uma coisa e o que ressalto aqui outra. Sabem onde seu jatinho desceu? Quem afirmou Aeroporto de Arealva errou e feio. Todos, disse todos, descem no Aeroclube de Bauru, aqui no centro da cidade. O desprezo pelo elefante branco é mais do que evidente e até por aqueles que estiveram envolvidos na aprovação para transferência para o meio do mato, como o partido pelo qual sempre militou o famoso Vampiro Tucano. Que diria disso o intrépido Broncolino, o "primeiro a rir das últimas"? Simplesmente colocaria uma notinha ao seu modo e jeito, talvez dessa forma: Pois é, o outro é a modernidade em forma de projeto e com tudo em cima, mas o velhusco continua atraindo a tudo e todos? Se até o Vampiro faz uso dele, acho que a maldição do outro está mais do que comprovada.

OUTRA COISA
COMO PROCESSAMOS O EXCESSO DE INFORMAÇÕES RECEBIDAS
Permaneço toda a tarde de ontem em sala de aula. Logo no início uma questão foi lançada à baila: COMO VOCÊ GERENCIA O EXCESSO DE INFORMAÇÃO? Sim, somos sufocados por muita informação, mas em sua maioria, algo desnecessário, inútil, que em nada contribuirá para nada de nada. E absorvemos muito disso, dessa inutilidade toda e de certa forma, praticamente impossível processar tudo, deglutir e depois passar adiante. Essa rapidez e facilidade com que ao abrir o computador, tudo diante de nós, sempre muitas dúvidas: Estamos recebendo de fato algo útil? Poucos são os que estão sabendo lidar com sabedoria diante desse momento. E a vertentes são muitas.

Parar com tudo é a solução? Claro que não. Filtrar e selecionar o recebido é o mais adequado. Tento fazer isso. Sou seletivo. Ao acordar leio o jornal local, na sua versão impressa e compro uma revista semanal, além de umas três mensais. Ao abrir a internet, primeiro leio meus e-mails e os respondo. Abro o site de um jornal estrangeiro latino e mais dois blogs. Ao abrir o facebook, diante da enxurrada, leio as primeiras, ali no topo e me atento para umas dez páginas, ou seja, clico nelas. E depois, vejo o que rolou de minhas postagens, comento e posto novas. Volto ao face algumas outras vezes ao dia e se o mantenho ligado, talvez mais pelos grupos de estudo, todos ligados ao mestrado, com textos e mais textos. E assim como todos, vejo tudo o que rola, mas tento não me deixar levar pela empolgação. Resisto e não acredito ter ainda a necessidade de ter internet no meu celular, pois quero ler, ver TV, conversar, sair e divagar.


Não me canso de repetir a história passada comigo da moça que liga aqui de uma dessas empresas de telefonia/internet e por ter descoberto que não possuo plano com mil canais e com internet baixa, liga e diz ter algo para revolucionar minha vida. Oferece um plano com os tais todos canais e um aumento de internet com megas aos borbotões. A mesma resposta dou para todas. Digo querer continuar com meu plano de TV com poucos canais e com a interne baixa, suficiente para o que faço e não quero aumentar nada disso pelo simples fato de ser rueiro, de gostar de cinema, bares, livros, conversa fiada e tendo tudo o que me oferece, com certeza ficaria mais em casa e adoeceria. Como não quero adoecer, recuso. Por fim sempre rimos e na maioria das vezes ouço algo interessante do lado de cá: “Gostaria de ser como senhor”.

Não sou diferente de ninguém, pois vejo e faço tudo o que todos fazem. Já entrei de boca nisso tudo e vi que se continuasse, sairia mesmo doente. De nada nos adiante receber tanta informação, de fontes variadas e múltiplas, todas com entendimento múltiplo e variado, porém, poucas com algo abalizado e consistente. Querendo isso, EU seleciono e vou à busca. Faço o meu filtro e dessa forma, tento não me deixar levar. Criei uma rotina e como faço uso do computador para meu trabalho, tenho horário para divagar e um mais amplo para pesquisas e estudos. Na aula ouço algo mais e anoto no meu caderno: “Se as mídias fazem as suas escolhas, eu devo ter as minhas”. Sim, não me venham eles querer impor a deles, pois já tenho as minhas. Impossível viver hoje sem as influências adquiridas pelo uso contínuo da internet, mas amenizá-las é preciso, diria, mais do que necessário. Por fim, um entendimento mais do que conceitual, o levantado com a questão: A informação está a serviço de quem? Ciente de tudo o que está por detrás de cada coisa recebida, fica mais fácil não se deixar levar e não comer gato por lebre. Assim toco meu internético barco.

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