sábado, 30 de setembro de 2017

COMENDO PELAS BEIRADAS (45)


JOGANDO POESIA FORA E NO CALÇADÃO DA BATISTA, COM GAROA E TUDO

Hoje a manhã do ábado bauruense se deu desta forma e jeito.

Foi hoje, acabou agorinha de pouco. O danado do Luiz Vitor Martinello lançou sua mais nova cria lá no Calçadão da Batista, defronte a loja Tanger, com garoa e tudo mais. A Cultura Municipal levou o som, artistas se apresentaram, poesias foram penduradas num varal, como nos velhos tempos, coisa dos anos 80, quando algo parecido por ali ocorria. Juntou gente, o microfone foi aberto pro falatório e alguns puderam falar algo sobre Vitor, sobre sua poesia, sobre Bauru, o Calçadão, os tempos duros, o golpe no nosso lombo, a crise, o livro e os reencontros de tanta gente ali para ver, ouvir e falar de Cultura. Outros mais ousados escreveram poesias num rolo de papel craft estendi no chão. Apareceu de tudo para conferir a boa nova do Martinello, desde direitistas a esquerdistas, moderados e apressados, conservadores e autodidatas, guerrilheiros e moderados, mas do esfrega, não percebi nenhuma refrega de grande onta. Leves discussões, falações ao pé da letra e do ouvido. Ajutamento dos mais perniciosos e a demonstrar que a rua continua sendo o lugar para encontros de toda natureza, desde os conspiratórios, como os transformadores, aqueles em que na grande aglomeração, o pessoal aproveita e vira a mesa. O falatório que surgiu fica implícito para quem for viajando pelas fotos e imaginar o que rolou de conversa fiada entre os presentes.

OBS.: Muitos e muitas outras por lá passaram, mas apressadinhos ficaram pouco e como cheguei somente lá pelas 11h, deixei de registrar a passagem de uma pá de gente. Se tivessem ficado mais, parlado mais, se juntado as rodinhas e ali permanecido por mais um tempo, estariam aqui registrados. Ninguém mandou irem embora mais cedo. Não foram devidamente fichados.

VAMOS VIAJAR NESSAS FOTOS DOS QUE SAEM Á RUA E BOTAM O BLOCO NA RUA...

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

ALFINETADA (161)


DEZEMBRO DE 2005, EU NO PIRAJUIENSE SEMANÁRIO ALFINETE
Com os seis textos publicados hoje termino meus artigos no semanário O Alfinete, ano de 2005. Alguns mais atuais que nunca. Próximo mês começo a reproduzir os de 2006. Vamos em frente...
Edição 350 – nº 274 – Central de Boatos F.C. – 26.11.2005
Edição 351 – nº 275 – Loyola e as Estações de Bauru e Pirajuí – 03.12.2005
Edição 352 – nº 276 – Violência Etnorracial – 10.12.2005
Edição 353 – nº 277 – Livros, sempre Livros – 17.12.2005
Edição 354 – nº 278 – Gente que nos dá orgulho – 24.12.2005
Edição 355 – nº 279 – Especialistas em assuntos gerais – 31.12.2005

BAURU POR AÍ (144)


AJUNTAMENTO PROPÍCIO DE SEXTA COM CHUVA LÁ FORA:

1 - ISSO AQUI NÃO TEM PREÇO - PROCURADORES BRASILEIROS SÃO COLOCADOS NO SEU DEVIDO LUGAR
A publicação atual solicitando porfessores

Um efusivo VIVA para GLENN GREENWALD nesta sexta-feira. Reestabelecida a verdade dos fatos. Quando diante de plateias atentas à verdade dos fatos, ela não consegue permanecer oculta e aflora. A Lava Jato precisa ser passada a limpo e o Canadá nos deu uma mãozinha neste sentido. Ganhei o dia. Veja o link do pessoal do Diário do Centro do Mundo: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/dallagnol-perdeu-o-premio-e-ainda-teve-que-ouvir-glenn-greenwald-fazer-o-discurso-principal/

2 - EIS O FUTURO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA...
Essa publicação aqui reproduzida e publicada pelo Luís Giannini Freitas, sendo verdade, é o escancaramento de tudo o que está mais do que encaminhado, já em curso e pronto para fazer o patrulhamento sobre a vida de quem pensa. Daqui pore diante, pelo visto, tudo o que não seguir os ditames da linha de pensamento mais conservadora e arcaica estarão na rua da amargura. Seria mesmo verdade?

Freitas postou com o seguinte comentário: "Falando em patrulha nesses tempos sóbrios, dê uma olhada nos critérios estabelecidos nesse anúncio de vaga para professor de Sociologia/Filosofia, publicado esses dias em BH". Nas escolas deste "moderno" e sui generis país, seria essa a norma daqui por diante?

HPA - Como ter uma sexta e um final de semana animada lendo coisas deste tipo?

3 - UM CASO NA ARGENTINA E O DOS COMENTARISTAS DA AURI-VERDE
https://notienred.com/…/sacarian-a-victor-hugo-del-aire-po…/
O caso da Argentina está relatado neste texto anexo. O canal de TV C5N demitiu Roberto Navarro, o comandante de um programa nas tardes dos dias da semana, pelo simples fato de falar a verdade e mostrar as mentiras do Governo de Mauricio Macri, o cruel e insano neoliberal destruindo o pais hermano. Victor Hugo Morales seu parceiro de programa continuou no ar e o que faz? Dá total apoio ao amigo Navarro, em todos os programas seguintes. Fala muito a respeito da involuntária demissão. Hoje ocorre o inevitável, por causa deste apoio é também demitido do programa de TV.

Venho para o caso da Auri-Verde. Nesta semana uma penca de radialistas foram demitidos e ninguém falou deles em nenhum momento da restante programação da rádio ainda no ar. Sequer foram lembrados. O que gera revolta são, não os funcionários lá restantes e sob o medo de também perderem seus empregos, mas os comentaristas, os que aparecem na programação como convidados. Não sei nem se são remunerados. Pois bem, esses todos estão mantidos e em nenhum momento, nenhum desses sequer lembraram de todos os radialistas demitidos durante a semana passada. Os tais comentaristas, todos muito conhecidos na cidade, entram no ar no jornal da hora do almoço e, principalmente no horário do final da tarde, entre 17 e 19h. São convidados para debaterem temas levantados pela emissora e junto de algum jornalista ainda trabalhando por lá (a nova programação da Jovem Pan entra no ar dia 09/10). Todos figuras conhecidas, economistas, ex-vereadora, professores, advogados, consultores e fiquei ouvindo a fala deles essa semana para ver se em algum momento iriam se solidarizar com os antigos colegas de microfone. Nenhum deles emite um só pronunciamento, ou seja, é como se nada tivesse ocorrido.

Que dizer disso? Comparo a atitude de Victor Hugo Morales que aproveitou suas entradas ao vivo e defendeu o colega demitido e de todos os comentaristas bauruenses dentro da Auri-Verde, continuando comentando sobre temas fingindo nada estar ocorrendo. Não comento mais nada, nem cito os nomes dos tais comentaristas auriverdianos, figuras conhecidas do meio bauruense. Deixo só o tema no ar como boa discussão sobre atitudes. Bato palmas efusivas para a dupla argentina e me reservo a repetir a frase para os bauruenses que se omitiram de opinar o que todos os ouvintes queriam ouvir: "Sem palavras".

4 - BURRO VÉIO
Ontem eu lá parlando com minha orientadora, tentando de tudo quanto é jeito e maneira finalizar a coisa do mestrado a contento e eis que adentra a sala onde saia fumaça do meu cocorutcho, o professor e amigo Dino Magnoni. Foi lá me provocar ou incentivar, dar aquele empurrãozinho apoiativo no final da ladeira. Tascou uma pra cima de mim, se dirigindo à orientadora: “Esse é BURRO VÉIO, não muda mais, chegou até aqui e agora vai...”. Vou mesmo. Brincamos, rimos e mandamos a tensão pras cucuias. Minha maior tensão hoje não é nem por causa da reta final mestradina, mas por causa dessa situação desgranhenta onde estamos metidos, beira de precipício e tudo piorando mais e mais. Desalento pra mais de metro. Depois de encerrada a conversa, matutei sobre o tal do BURRO VÉIO e, creio eu, foi um baita elogio pra com minha pessoa. Burro véio aprendeu com o tempo a abrir porteira, passa em mata burro sem fincar o pé no buraco, sabe se fingir de cansado quando não quer mais carregar carga, engambela até a sombra, matreiro e com uns cacoetes pra lá de surpreendentes. É bem capaz de dar coice dos bons nos costados de golpistas, daqueles de quebrar ossos. Pois bem, cá estou assumindo o dito ontem pelo Dinão, se assim permitirem, sou um dos próprios.

OBS.: Escrevo este texto para fazer uma justa homenagem a Dino Magnoni. Hoje mesmo escrevi sobre a situação pra lá de confusa hoje dentro das universidades públicas e privadas, com uma direita tomando conta de tudo e o velho Dino, já um tanto alquebrado pelo tempo, não deixa a peteca cair. É um dos que lá dentro, não foge do pau e nem da raia. Esquerdista pra mais de metro. Enfrenta touro, boiada, manada, tempestades e vendavais. Seus textos aqui pelo facebook são um primor e sempre na boa pegada de uma esquerda mais do que necessária. Que mais posso dizer dele. Ah, já sei, é também do time dos BURROS VÉIOS. Os eternos resistentes.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

FRASES (160)


OS UNIVERSITÁRIOS DE DIREITA – NOVÍSSIMA MODALIDADE NA PRAÇA - ATÉ TU BRUTUS?

Sempre existiram, mas eram minoria. Minoria ou estavam na encolha, quietinhos e hoje estão não só com o braço de fora, mas o corpo todo. Acabo de ler o artigo mensal da Socialista Morena na nova ediçãode  Caros Amigos, a de setembro (chegando às bancas ontem), o “Museu de Grandes Novidades” e ali ela expressa algo que também vivenciei e sinto como neurose nos dias atuais. “nem em meus piores pesadelos poderia imaginar que, com os anos de faculdade tão longe da memória, assistiria o que estamos vendo hoje no Brasil de Michel Temer. Jovens com a mentalidade de velhinhos do século passado, capazes de se chocar com meia dúzia de quadros em uma exposição de arte. Me espanta ver com o quê eles se espantam. Rapazinhos e mocinhas aparentemente ‘modernos’, tatuados, com roupas descoladas, mas que se revelam, nas redes sociais, uns sinhozinhos e sinhozinhas. Filhos e filhas que parecem pedir aos pais que os prendam dentro de casa e só lhes permitam namorar na porta. Afe!”.

Isso foi só o começo, pois o que viria a seguir no seu texto é sobre algo que, do alto dos meus 57 anos estou vivenciando com meu mestrado e um retorno aos bancos escolares universitários. “Dói em mim ver gente com tanta liberdade nas mãos e tanto desejo de oprimir o próximo. Hoje, com tantas facilidades que a juventude tem para namorar, viajar e se informar, preferem virar bedéis da vida e da sexualidade alheias. Pessoas rasas, com zero sede de saber, de cultura. O único objetivo dessa parcela da juventude é ganhar dinheiro. Isso me decepciona. (...) Nos diretórios estudantis das faculdades brasileiras de 2017, disputam (e vencem) chapas de direita, imaginem. Na época em que estudei, a briga era entre vermelhos anarquistas versus comunistas. Ser de direita simplesmente não ornava com ser jovem. Ser de direita era coisa de velho. E acho que se certa maneira continua sendo. Este ‘jovens’ de direita são uns senhores rabugentos que veem ‘pecado’ em tudo. (...) careta, o Brasil está cada vez mais careta. Sairá dessa fase? Não sairá? Para almas libertárias como a minha, está sendo uma tortura assistir a este museu de grandes novidades”.

Eu que tive poucas esperanças com eleição, hoje não tenho mais nenhuma. Golpistas, rentistas, especulatistas, modernistas, mercadistas e tudo o mais não largarão o osso assim fácil. Ou viramos a mesa e damos novo rumo ao país, ou tudo seguirá no caminho da perdição. A juventude hoje nas universidades já está quase totalmente perdida. Pífia resistência, igual a ocorrendo fora dos muros universitários. Se a direita bota a fuça e consegue barrar uma exposição, dentro dos campus fazem o mesmo e já assumem lugares antes pouco imaginados. Nem sei se ainda existem Diretórios Acadêmicos hoje? Pouco ouço deles além das festas e para isso são bons, verdadeiros clubes empresas, no mais, perdição total. Sou de um tempo em que o jovem contestava, ira pras ruas e servia de bastião para tudo o mais. Diante de qualquer aberração, lá estavam eles, afiados e prontos pro que der e vier. A implícita pergunta da jornalista da Caros Amigos é a mesma que faço: se nem com eles podemos mais contar, ainda temos força para virar esse jogo?

OBS.: Leiam a Caros Amigos, meros R$ 13,50 e ali real possibilidade de temas ótimos para ampla discussão, como esse que aqui apresento nesse conflitoso momento. Informo que as bancas ainda não estão impedidas de vender publicações ao estilo dela, da Carta Capital, Le Monde e o que mais mesmo? Em breve, escreva isso, estarão botando fogo nas bancas que ousarem revender essas publicações. Aproveitemos...


A NOVA MODALIDADE DE AJUDA AOS SEM CRÉDITO
Alguns pela mídia massiva insistem em apregoar que com um pouco mais de esforço, abnegação coletiva sairemos da crise. A crise vai ter fim, mas não para a classe trabalhadora, entrando para esses numa fase sem volta (em novembro entra em uso a nova legislação trabalhista) e sim, para os abastados rentistas, o sempre beneficiado 1% da nação. Já para os aqui no mundo normal, ralação contínua, sem trégua, incessante luta para colocar comida em seus lares, comida na dispensa e manter contas em dia, existe uma nova modalidade de pedido para amigos via WhatsApp. A pessoa te liga, pergunta como você está e laconicamente pede se é possível que lhe seja suprida necessidade básica: “Você não poderia colocar um creditozinho no meu celular? Coisa pouca, só para não ficar desplugado do mundo?”. Em alguns casos, coloco (quando tenho e o amigo seja do peito), em outros ignoro, pois não sei quem irá colocar no meu amanhã quando ligar para algum escolhido em minha longa lista de amigos. Só ontem foram três pedidos, hoje meu celular ainda não tocou, mas antecipando informação, o bolso está vazio. Mal tenho para o almoço no restaurante da dona Maria, R$ 10 pilas. No momento estou escolhendo para quem ligarei logo mais após o café da manhã.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

RELATOS PORTENHOS / LATINOS (43)


OLHA A PATRULHA AÍ, GENTE!!!

PATRULHAMENTO E FOGUEIRA DA INQUISIÇÃO SENDO DEVIDAMENTE AQUECIDAS

Primeiro um caso ocorrido na Argentina. Ocorreu ontem. Uma universidade pública deixou estudantes estenderem dentro de suas instalações uma imensa faixa pedindo esclarecimentos sobre o misterioso desparecimento de Santiago Maldonado, um jovem militante da causa indígena, por quase 60 dias e após ser detido pela Gendarmeria, espécie de Polícia Rodoviária deles. O caso causa comoção nacional, enfim, é o retorno do país no rol dos promotores de desaparecidos políticos e todos exigem uma plausível resposta, inclusive em debate ocorrendo nessa universidade. Sabe o que ocorreu? O Governo Federal de Maurício Macri faz uma velada reprimenda pelo fato, numa clara intimidação, primeiro deixando um claro alerta para que outras entidades públicas não entrem no clamor nacional de pedir explicações por algo mais do que inexplicável. Depois, o mais cruel, o mesmo governo tenta encobrir provas, desmerece toda a mobilização ocorrendo país afora e finge não dar a importância que o fato merece. Faz mais. Forja provas, falsificam informações, mente nos comunicados oficiais, intimida testemunhas e demonstra como age um governo neoliberal, em completo desacordos com as normas ditas democráticas. Aqui uma clara evidência de como as relações não se dão de forma normal no quesito transparência. Intimidações estão se tornando normais nas relações políticas do governo Macri, algo inimaginável do anterior, o de Cristina Kirchner. Daí, quando ela pergunta nos debates que participa: “Me digam, o país hoje melhorou ou piorou?”. Evidente piora em todos os níveis, sentidos e noções. Leiam isso, do Página 12 de ontem: https://www.pagina12.com.ar/65326-la-autonomia-universitari….

Caso brasileiro nos mesmos moldes. Primeiro o esdrúxulo caso da censura promovida numa exposição come temática sexual no Rio Grande do Sul. Boçal a forma do pedido de encerramento da exposição. Pelos motivos sugeridos, claro retrocesso. Grupos evangélicos pentecostais, aliados a algo inimaginável até pouco tempo, grupos de traficantes evangélicos promovem a destruição de templos umbandistas, não permitindo mais seu normal funcionamento. O dono das Lojas Riachuelo, envolvido em trabalho escravo, monta esquema para abafar prosseguimento das investigações, com amplo apoio de parlamentares situacionistas. E nesta semana um caso esclarecedor de como existe um retrocesso, um perigoso andar para trás. Um jornalista dá uma entrevista contra os procedimentos desse movimento ultraconservador o MBL – Movimento Brasil Livre, do Kim Kataguiri. Na resposta de representantes do movimento, não conseguem responder à crítica feita, mas o fazem de outra forma. Na foto publicada do jornalista diante de sua estante, um livro de Marighela. Foi o que bastou para o início do desmerecimento do jornalista pelo simples fato de ler a biografia do líder comunista. Foi taxado de comunista pra baixo, como se esses fossem os piores deste mundo e quem possuir livros dessa natureza em suas estantes, merecedores do fogo da inquisição. E a resposta raivosa, incitando a violência recebe aplausos efusivos de parte da população. Vejam o link denunciando o fato: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/…/mbl-ataca-jornal…/. Na cadência deste retrocesso, em breve queima pública de livros, fechamento de templos umbandistas, pichação do muro de esquerdistas e por fim, fogueira em praça pública. Iremos deixar isso tudo ir tomando conta do país?

O conservadorismo precisa ser contido pelo bem deste país. Só isso. Por hoje é só, volto aos meus afazeres de leituras diárias obrigatórias, mas por favor não me venham aqui bestiais dizendo o que posso ou não ler, pois toco-lhes fogo no rabo. Argentina de Macri e Brasil de Temer estão destruindo com as liberdades democráticas até então vigentes. Isso me parece algo orquestrado, feito com a intenção de eternizar no poder essa bestialidade neoliberal, que não consegue implantar seus métodos sem violência e sem destruir seus adversários. Estamos a um pulinho de piorar na continuação desses desgovernos. Viva Trump e seus asseclas!

Lembrem-se sempre da canção de Chico Buarque, dos tempos onde tinha que assinar como Julinho da Adelaide:

Acorda, amor
Eu tive um pesadelo agora
Sonhei que tinha gente lá fora
Batendo no portão, que aflição
Era a dura, numa muito escura viatura
Minha nossa santa criatura
Chame, chame, chame lá
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão

Acorda, amor
Não é mais pesadelo nada
Tem gente já no vão de escada
Fazendo confusão, que aflição
São os homens
E eu aqui parado de pijama
Eu não gosto de passar vexame
Chame, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão

Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer



Acorda, amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre, o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção!

Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa, não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão)

Assistam ao vídeo e comparem o ontem com o que está vindo por aí: https://www.youtube.com/watch?v=kMmlXCcRjJc

terça-feira, 26 de setembro de 2017

BEIRA DE ESTRADA (82)


O BOTIJÃO DE GÁS CHEGA AOS R$ 100 REAIS ATÉ FINAL DO ANO E VEREADORES APÓISM PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA EM BAURU
O botijão chega aos R$ 70 reais e o preço só sobre, mais e mais. Bem pouco tempo atrás esteve congelado por bom tempo nos R$ 50 reais, mas isso já é coisa do passado. Abro os jornais e vejo o ministro vampiresco, Meirelles, afirmando que o país já está se recuperando, em franca ascensão. Balela, conversa pra boi dormir. Na imprensa massiva brasileira isso se repete, numa tentativa de demonstrar que o bicho já não é tão feio. Mas não é feio para quem?, pergunto eu. A coisa não está só feia, como horrorosa, com o caos financeiro tomando conta da vida ma imensa maioria dos brasileiros. O preço do gás é só a ponta do iceberg. Em Bauru o DAE – Departamento de Água e Esgoto sobe a conta d’água em 4,6%. Muitos, insuflados por alguns vereadores propondo a privatização da água, apregoam ser isso uma absurdo, mas escondem da população o quanto seriam aumentos patrocinados pela SABESP, comandada pelo “santo” Alckmin. Para vereadores desse quilate, o povo em suas bocas, mas a estaca nas costas desses. Vergonha esse entreguismo de tudo para as mãos de vorazes capitalistas predatórios, que só pensam em mais e mais grana nos seus bolsos.

Podem até dizer que misturo tudo. Faço propositalmente. E tudo deve ser mesmo misturado. Os vendilhões se parecem em tudo, possuem a mesma carinha de anjo, mas as piores intenções possíveis. Lobos em pele de cordeiro. Nada do que venha desses desgoverno Federal é confiável. Esses reajustes cruéis para os bolsos do povo, gás e combustível, deveriam ser motivo desse país estar em pé de guerra, mas ninguém se alevanta. Inertes estamos. Estáticos e derrotados. Prostrados diante dessa força maior, geradora de um coletivo medo e essa sobrevivência cada vez mais difícil. O povo está perdendo tudo, garantias, direitos, as leis que o defendiam, o emprego como até então conhecido e desunido, bestializado por uma mídia massiva insana, segue como cordeiro, massa de manobra e ainda, em alguns instantes, incentivando a privatização do que nos resta como solução. Compra a ideia de que privatizando vai melhorar. É enganado na cara dura e nem percebe, não se dá conta. Contribui para sua própria destruição enquanto pessoa digna e soberana.

Sento com um amigo dono de uma empresa de revenda de gás e ele me diz textualmente: “O botijão de gás chega aos R$ 100 reais até o final de ano”. O preço do combustível dispara e tudo continua como dantes. Fosse antes, essa bestial mídia massiva estaria agitando o povo contra o aumento. Por que não o fazem agora? Será que o povão não percebe essa manobra? Será que não percebem essa cruel manobra, incentivada por alguns vereadores de Bauru para triplicar o preço da água em Bauru. Bauru não precisa de SABESP e sim, de uma empresa de água pública enxuta (sic), correta e com a cidade interagindo com sua Diretoria, em algo onde todos ganharão. Precisamos de vereadores defendendo nossos interesses e não os de uns poucos. E hoje está difícil descobrir qual está do nosso lado? Essa avalanche de famílias hoje retirando seus filhos da escolha privada e colocando na pública, principalmente a municipal e menos a estadual é reflexo do que? Não existirá sinais de recuperação com esses bestiais no comando do país. Esses nunca pensarão em algo como subsídios públicos para passagens, gás, combustível, pois isso é inconcebível no modelo econômico que defendem. Não é difícil identificar quem está do lado do povo e quem lhe crava a estaca.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (93)


O 'DELÍCIAS DA VOVÓ" NA MARÍLIA/BAURU E O CRESCIMENTO DA FEIRA DO ROLO
Foto do Gerson Christianini

Sempre que vou pra Marília de carro, na volta paro ali na entrada de Fernão, não na principal, numa antes, entradinha de terra e ali uma barraca improvisada na beira da estrada. É dessas montadas e desmontadas todo dia, mesa feita de cavaletes e uma lona cobrindo tudo. Ela fica do lado de cá da pista, de quem vem de Marília no sentido de Bauru. Tenho uma história que gosto de repetir e pelo jeito que foi contada, faço questão de parar e sempre trazer algo.


Trata-se dA "Delícias da Vovó”. Não decorei o nome do sujeito boa praça que fica ali, faça sol ou chuva. Ele não é de Fernão, é de outra cidadezinha, pouco adiante, Ubirajara. Por lá não encontra emprego e daí surgiu a ideia de levar pra beira da pista os quitutes de sua avó. Doces variados, bem embalados, feitos com carinho de gente de cidade pequena, esmero na apresentação. Essa história foi lindamente contada aqui em detalhes no site Somos Todos Vendedores, do Gerson Christianini: http://somostodosvendedores.com.br/a-historia-do-delicias-…/

Certo dia lhe pergunto: “E sua avó, vejo sempre você aqui e nunca ela. Fale dela?”. Ele falou. Disse isso: “Minha avó já se foi faz tempo, sinto muito falta dela, boa pessoa, cozinheira como não se faz mais hoje”. Falou muito dela, contou histórias, relembrou até dos seus tempos de moleque e por fim chegou no ponto nevrálgico da coisa: “Então, ela se foi, mas deixou comigo as receitas e daí eu sigo em frente, aprendi, eu e a esposa a cozinhar como ela e continuamos aqui na beira da estrada a oferecer os doces do jeitinho que ela fazia”.

Rimos, eu e ele, pois é o que nos resta neste país onde a gente se vê obrigado a inventar um emprego. Na criatividade de cada um, um algo novo, encantador, lindo de ouvir, ver e no caso dele, de provar. Eu como sem susto, sendo receita mesmo de sua avó ou não, os doces são gostosos. Como pouco, a diabetes não me permite arroubos quituteiros. Fico mais no cheiro e nas histórias, essas, em cada parada uma nova, encanto para ouvidos cansados cono o meu.
A Feira do Rolo ganha novas quadras. Expansão...

Lembro-me dessa história por causa da crise pela qual o país está enrolado até o pescoço e se complicou ainda mais pelos descaminhos praticados pelos golpistas e larápios no comando deste antes “quase” soberano país. Hoje, tudo pela hora da morte, empregos cada vez mais temporários, terceirizados e onde o trabalhador não terá mais legislação para lhe defender (novembro começa isso pra valer). O sujeito tem que se virar e se vira como pode. Vai pra beira da pista e monta sua lona, estende uma faixa e passa seu recado. O danado lá de Ubirajara foi criativo e até sua avó entrou no meio. Vai longe, tomara. Ontem domingo, vi que a Feira do Rolo começa a querer crescer novamente e ganhar mais quarteirões. Doutra feita tentaram impedir seu crescimento e conter tudo ali no largo diante da Cia Paulista. Que desta vez não ocorra o mesmo, pois se mais rolistas surgem, sejamos ao menos sensíveis. Se o sujeito vai pra rua vender algo é para tentar se safar dessa desventurada crise judiando de tudo e todos. Por onde ando tem feiras tipo da do Rolo daqui, longas, várias quadras. Pois que esse pessoal possa estender seus panos no chão e ali tentar melhorar a renda de suas vidas. 

Deixem a coisa fluir.

domingo, 24 de setembro de 2017

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (107)


ENCLAUSURADO
Tem momentos que necessitamos de isolamento. Vivo o meu momento de reclusão. Cada um tem os seus motivos. Os meus tem um só afunilamento: tento terminar de forma honrosa minha tese de mestrado, algo começados há mais de dois anos atrás e agora, na fase final, ainda com alguns acertos, mas já vislumbrando o término.

E como a gente termina um negócio desses. O professor Dino Magnoni outro dia me disse: “Sente a bunda na cadeira e faça, se tranque e acabe”. Tento. Outro professor, Juarez Xavier repetiu tempos atrás: “Acelere, falta pouco, dedicação final”. Minha orientadora, Maria Cristina Gobbi disse trinta dias atrás: “Fase final, agora é a hora. Dedicação total, depois você volta ao normal”. Ana Bia Andrade, minha companheira de todas as horas, me vendo apartado de sua convivência, ela lá no apartamento e eu aqui no mafuá, liga constantemente e me cobra: “Fazendo o que? Acabe de uma vez”. Meu inquilino, me vendo envolvido e falando tanto do mesmo assunto hoje pela manhã veio com essa: “Esse negócio é um parto, hem! Nasce quando?”.

Muita gente anda preocupada comigo. Eu também. Ando meio fora do prumo, fora de órbita, fora dos acontecimentos. São tantos convites para ir aqui e ali, estar presente em eventos, escrever sobre as coisas do momento e eu dando um jeito de tentar não deixar nada passar batido, mas impossível cumprir uma agenda louvável. Minha agenda está de pernas para o ar e eu aqui, trancado, revisando tudo, relendo, retocando e promovendo acertos, ajustes.

Creio que mais uma semana eu consiga protocolar tudo e no final de outubro faço a defesa. Se me virem mais acabrunhado, fisionomia preocupada, falando sozinho, passando pelas pessoas sem reconhecer, não me tenham como desses que fingem não ver as pessoas. Longe disso. Tudo no momento está canalizado para não fazer feio nesse negócio onde estou metido e como peguei gosto pelo que estou escrevinhando, creio que sairá algo de palatável, aproveitável. Sigo em frente seguindo o que lá atrás me disse a orientadora: “Tudo só terá sentido se você produzir algo que saia do trivial, que chame a atenção, que incomode alguns, pois se ninguém notar nada, será mais um trabalho concluído, mas arquivado e esquecido numa estante”. Isso me calou fundo e daí tento cutucar algo.

Essas minhas justificativas para essa ausência de quase tudo o que rola do lado de fora do meu mafuá. Nem do golpe e desses insanos e bestiais sujeitos mal ajambrados que estão a nos dominar, creio tenha espezinhado a contento. Eles que me aguardem, pois volto logo. Por enquanto, estou aqui, recluso, com música instrumental na vitrolinha e fazendo o que já deveria ter concluído há um bom tempo. Por falar em tempo, respondam aí: Quanto foi o Corinthians? O Congresso já começou a julgar o Temer? A Rocinha já foi desocupada? O tremor no México já amainou? Será que a Ana jantou direito? Meu filho já foi para Araraquara?

As respostas eu vou juntando como cacos, naz vezes em que saio para algo, hoje uma passeadinha na feira, atender um sorveiteiro no meu portão, pegar um pedaço de carne do churrasco que o vizinho faz, acender a luz quando a noite chega e logo depois, voltar a sentar na dura cadeira e tentar acertar e definir de vez a batata quente diante de mim. Escrevo todos os dias no blog, algo fácil, sem pretensões, a coisa sai e vai pro papel sem problemas, já esse negócio de texto acadêmico, como é difícil isso. Me dói até as entranhas.

Até...

sábado, 23 de setembro de 2017

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (103)


POR QUE A GENTE SE ESCONDE? H.P. LOVERCRAFT E DALTON TREVISAN

Meu filho passou por aqui e ficamos horas conversando sobre um escritor que ele gosta muito, o norte-americano H.P. Lovecraft. E ele se deu a contar a triste história dele, nascido de uma família muito rica, o avô perdeu tudo e a família fica pobre de um dia para outro. Vê o pai enlouquecer, o avô falecer e a mãe também chegar a esquizofrenia. Foi uma transformação desde seus oito anos de idade e a sua tábua de salvação se deu pela escrita. Leu tudo o que lhe caiu às mãos e escrevia muito, sempre. Com o tempo foi conseguindo introduzir alguns de seus escritos em editoras, mas o estilo de ficção fantástica exigia cada vez mais e mais. Ele não parou de escrever um só instante de sua vida, uma produção atrás da outra, algo incessante, sem trégua.

E fui lhe perguntando como era possível aquilo. Primeiro fiquei intrigado do lugar onde sempre morou, a pequena cidade de Providence, em Rhode Island, hoje com cento e poucos mil habitantes. Sede de uma famosa universidade, a Brown. Fomos ao google saber mais desse lugar e descobrimos até a casa onde morou, uma pensão. Um casarão bonito, onde ocupava um quarto e dali, seu canto, onde escrevia e escrevia. Fiquei intrigado em saber como ele vivia, pois meu filho, que tudo sabe dele ia saciando minha curiosidade. Dizia que ele morreu relativamente cedo, aos cinquenta e pouco e por problemas estomacais, pois como morava só, comia muito enlatados. Comia e escrevia, saia pouco de casa e vivia ali trancado num quarto, com síndrome de pânico de multidões e produzindo, algo sem parar.
Num desses quartos ele escrevia.


Depois me conta que ele não chegou a conhecer a fama em vida. Viveu mal e porcamente a vida toda e hoje, reconhecido como um dos mais cults escritores norte-americanos, adorado por todos os famos escritores, sua obra está reproduzida por tudo quanto é canto. Em vida, fazia misérias para sobreviver e os editores lhe exigiam cada vez mais, contos em cima de contos, livros em cima de livros e ele nunca decepcionou, escreveu muito e sempre com qualidade. Olhei para algumas de suas fotos e ali uma pessoa pálida. O filho me revela que ele tinha um problema de pele, que o fazia ter uma temperatura fria, algo que ele nunca conseguiu resolver. Foi um isolado, trocava correspondência com alguns, mas saia pouco de casa e tinha pouco contato com estranhos. Os vizinhos e quem o conhecia devia acha-lo muito estranho.

Eu nada li dele, mas meu filho leu tudo e antes mesmo de querer ler, pois não sou chegado em terror fantástico, meu interesse se deu pela forma como viveu, como produziu, como tocou sua vida, nunca saindo do lugar onde sempre viveu. Um recluso. Viajamos juntos pelas fotos e em cada uma, uma nova viagem, enfim, como se dava sua vida naquela situação. Confesso a ele nada saber de Lovecraft, mas havia lido um livro de outro na mesma situação e ao citar o nome do livro, O Apanhador no Campo de Centeio, do J.D.Salinger, um que não se deixava fotografar e muitos do que o leram nunca viram foto sua, meu filho também já o havia lido. Conta algo também dele. Essa a escolha de sua vida, viver apartado dos afagos. Situações diferentes, pois Lovecraft nunca conseguiu fazer muita grana em vida, penúria e apertos, já Salinger, pelo que me consta nunca teve problemas nesse sentido. Ambos escolheram tocar suas vidas sem holofotes.


Cito o caso do brasileiro Dalton Trevisan, o Vampiro de Curitiba, que também odeia ser fotografado e abomina ser entrevistado e parado pelas ruas. Vive no seu mundo particular, escreve, lê muito e sai às compras sempre na mesma livraria do bairro onde mora, mas se recusa a entrar em rodinhas e conversas com estranhos. Voltamos ao google e achamos a casa onde nasceu em Curitiba, depois o bairro onde circula e até algumas fotos que as pessoas vão tirando dele sem que o perceba. Dalton sempre me intrigou, uma vez fiquei a perambular pelo bairro onde vivia pensando em trombar com ele numa esquina. Li alguns de seus livros, repasso um deles ao filho, que se interessa pelos seus curtíssimos contos, algo onde sempre tentei me espelhar para escrever de forma mais sucinta, breve. Não consigo, muito menos viver recolhido, pois o mafuá vive cheio de gente e gosto disso. Hoje cedo, duas visitas, a tarde mais duas e em todas interrompo meus escritos, a finalização do texto final do meu mestrado.

Meu filho se vai e fico a pensar em como seria viver isolado, sem muitos contatos externos. Isso me fez sentar aqui no computador, dar um breque em tudo o mais e colocar no papel a conversa tida com o filho. Foi um exercício ir reconstituindo o diálogo, a conversa, que nem me lembro dos motivos de ter se iniciado. Acho que o filho queria prosear e buscou um assunto para a conversa, buscou algo que me intreressasse. Acho ótimo isso, em cada passada dele por aqui, ele me instiga a produzir um texto novo sobre algo levantado na conversa. Como ando esquecido das coisas, quando ele levanta um assunto interessante, pego logo um papel e marco algo, para não me esquecer e depois pensar mais naquilo. Hoje escrevi logo que saiu, não deu nem tempo de anotar nada e o que me intriga neste momento são as casinhas onde moraram Lovecraft e Dalton Trevisan. São bem diferentes do mafuá. Viajo pensando nelas e assim o tempo se esvai no vão dos meus dedos. Escrito isso tudo, volto aos meus escritos, que nada tem a ver com essas divagações.
A primeira casa de Trevisan, nos Altos da XV. Ali tudo começou...

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

DICAS (164)


SÁBADO É DIA DE PROTESTAR CONTRA OS QUE QUEREM PRIVATIZAR O DAE
Isso de privatizar o DAE – Departamento de Água e Esgoto de Bauru não é de hoje. Muitos fazem de tudo e mais um pouco para tornar o DAE inviável, com um incentivado sucateamento, tudo para lá na frente, na bacia das almas a entidade pública ser repassada a preço de banana para a iniciativa privada. Guardemos bem os nomes desses todos, dilapidadores do patrimônio público. Fazem o jogo de que o Estado, nele incluído as Prefeituras não são eficientes para tocar negócios deste porte. Viceja hoje no estado de São Paulo, patrocinado pelo “santo” governador Geraldo Alckmin, a prática de um tal de “estado mínimo”, que nada mais é do que se livrar de tudo e repassar tudo para empresas privadas e quando não, como no caso do DAE, para a SABESP, a empresa ligada a esse governo estadual, mas onde os preços sobem para valores muito elevados. Ou seja, vivemos tempos onde o negócio é fazer dinheiro com tudo, gerar alta lucratividade e que se dane o povo e aquela velha premissa de que o estado deve ser o provedor de tudo a preços até subsidiados, com o intuito de favorecer a população.

O DAE é uma espécie de obsessão para abutres interessados em ver aquilo tudo destruído, em petição de miséria e forçando a Prefeitura Municipal a se desfazer de algo que num passado não tão remoto era considerada como uma das mais preciosas “jóias da coroa” públicas da cidade. Hoje, novamente vereadores insistem em retornarem a esse assunto da privatização, com a clara intenção de favorecer a tese do estado mínimo como solução para tudo. São os doentes desse sistema capitalista, onde o rentismo toma conta de tudo e ser neoliberal, defensor intransigente das leis desse insano e insensato mercado é para esses a solução de tudo. Ou nos unimos contra isso tudo ou esses vão fazer voar pelos ares tudo o que nos resta de empresas a nos propiciar preços baixos. No foco desses, a água, luz, gás, impostos, tudo. Só existe um meio de se contrapor à crueldade: movimentação popular.

O DAE tem problemas, necessitando de ampla discussão e busca de soluções e nenhuma passa pela privatização. Para fomentar isso, NELSON FIO, que esteve à frente da constituição de um hoje não mais existente Conselho Municipal da Água, onde décadas atrás essas questões todas eram discutidas em comum acordo com a diretoria, está à frente de um Manifesto contra a privatização ou terceirização do DAE. O ato ocorrerá amanhã, sábado, a partir das 10h, concentração na praça Rui Barbosa e com possibilidades de descer o calçadão da Batista. Pede-se a todos que compareçam e se unam aos funcionários ali representados, engrossando o coro dos protestos. Uma real possibilidade de bate papo com funcionários do DAE, todos esses que estão diuturnamente nas ruas trabalhando e amanhã, junto da comunidade usuária do DAE, ampliando o debate sobre os destinos desse essencial serviço público. Fio é velho conhecido desta cidade, esteve por anos ligados as hostes tucanas, mas desiludiu-se, pois percebeu na convivência que, esses não estão nem aí para salvaguardar os bens públicos, mas sim, deles se desfazer. Ao ter certeza disso, hoje investe contra todo o baú de maldades dos tucanos para com o que ainda nos resta de bens públicos.

Convido a todos para se juntarmos ao movimento e protestar na manhã deste sábado. Nas fotos uma comparação entre uma conta do DAE Bauru e uma da SABESP de Piratininga. Com movimentação popular e muita pressão sobre o prefeito e os vereadores existe a real possibilidade de não permitir o retrocesso em Bauru. Vamos juntos.

UMA PASTELADA MAIS QUE IMPORTANTE...
O que falar dos despreendimento da amiga de todas as horas, a querida Valquiria Correa? Essa é batuta e mais um pouco. Tocava até poucos dias um salão ali defronte a igreja Santo Antonio, Bela Vista e na maior parte do dia, faz e acontece, se vira nos trinta para dar o de melhor para sua irmã, com vida vegetativa após um grave acidente vascular. As necessidades só aumentam, despesas que não acabam mais e ela inventando coisas, desde rifas, bingos, pasteladas e tudo o mais para ir pagando parte de tudo o que lhe surge pela frente. Recentemente mudou e aceitou levar tudo o que tem para um imóvel cedido pelo sogro, na rua Sete de Setembro e ali já tudo sendo transformado em seu novo quartel general.Vê-la de desdobrando dia após dia para conseguir suprir a mana acamada com clínica, fraldas, alimento e remédios e algo para tocar qualquer um.


Amanhã, sábado, 23/09, no salão vicentino da paróquia Santo Antonio, na rua do mesmo nome nº 12-54, das 16h às 20h, ela vai estar realizando mais uma pastelada e contando com a ajuda de todos nós. Cada pastel sai por R$ 4,00 e pode ser pedido também via telefone pelo 996313102 ou com a ida ao local. Só não peçam para ela entregar, pois do jeito que está é bem capaz de ir e assim seu lucro se esvai. Vamos até ela, além de desfrutar do pastel, conversar, papear, ver como estão as coisas e transmitir confiança, amor e carinho para quem se doa tanto durante todos os dias. Acho até que se combinarmos, podíamos bem levar uns intrumentos e combinar de aparecer por lá para abarulhar o local, enchendo tudo de muita alegria.

Eu vou e você???

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

DIÁRIO DE CUBA (89)


PROTESTOU CONTRA O RACISMO E PERDEU O EMPREGO - NOS EUA É ASSIM, MACARTHISMO VERSÃO TRUMP CONDENA AO DESEMPREGO JOGADOR QUE RECLAMOU DE RACISMO DURANTE HINO

O quarterback Colin Kaepernick, do San Francisco 49ers, time de futebol americano se recusou a ficar de pé durante a execução do hino nacional americano antes de uma partida amistosa em Santa Clara, na Califórnia. Kaepernick, disse que permaneceu sentado no banco durante o hino para marcar posição contra a injustiça racial nos EUA.

- Não vou me levantar e mostrar orgulho pela bandeira de um país que oprime o povo negro e as pessoas de cor - declarou Kaepernick. Para mim, isso é maior que o futebol, e seria egoísta da minha parte virar a cara para esse assunto.

Kaepernick parecia referir-se aos recentes incidentes envolvendo policiais que usaram força excessiva diante de suspeitos negros. O atleta se disse preparado para a rejeição pública e reforçou que estava ali "fazendo o que achava certo".

Após o jogo, a equipe redigiu uma declaração ressaltando o apoio ao atleta:

- O hino nacional é e sempre será uma parte especial do cerimonial pré-jogo. Em respeito aos princípios americanos como liberdade de religião e liberdade de expressão, reconhecemos o direito de um indivíduo escolher participar - ou não - da celebração do hino nacional - disse o comunicado.

Até o próprio Trump botou seu truculento ego na briga, ameaçando publicamente os prprietários das equipes que viessem a assinar com o "inimigo". o jogador segue desempregado.

APROVEITANDO O TEMA, EIS ALGO DO BRASIL:


A pergunta que não quer calar: caberia um jogador hoje no futebol brasileiro ao estilo de Sócrates, de Afonsinho? Existem os que se posIcionam a favor dos golpistas, como Ronaldo e mesmo Neymar, mas os se posicionando contra o golpe e deixando isso bem claro, qual seria a reação? Qual a pressão sobre esses?
Aqui, pelo que me recordo, dois nos últimos tempos. O Alex que foi do Palmeiras e encerrou a carreira no Coritiba e um zagueiro do Flamengo, barbudo, Walace, hoje de volta ao Vitória. Lia na concentração, tirou até uma foto lendo a biografia do Marighella e com posicionamentos políticos bem definidos. Poucos são esclarecidos hoje no futebol. Enfim, leem quase nada. Vejam o link sobre ele: https://www.youtube.com/watch?v=bS0Kis3ftl8 . Inesquecível o Petkovic saindo em defesa do socialismo em seu país. Enfim, um jogador esclarecido. Quantos conseguiriam fazer o mesmo quando questionado por algo parecido? Vejam o link: https://www.youtube.com/watch?v=B80AsDP2IaM. E por fim, o que dizer do protesto como o que o Corinthians fez com algumas faixas em seus jogos, no seu estádio, causando perseguição até ao clube. O protesto contra a Globo, contra o golpe, etc. Geraram perseguições dos encastelados no poder, mas se fosse o contrário, uma velada aceitação.

Pensemos nisso tudo. Que jogador brasileiro hoje teria a coragem do Kaepernick?

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

ALGO DA INTERNET (132)


1.) A AURI-VERDE AGORA É JOVEM PAN – E O CASO ARGENTINO DA DEMISSÃO DE NAVARRO

A notícia fervilhando pelas ruas, becos, vielas e rodas de bate papo na cidade é sobre o que estaria acontecendo nas hostes da rádio Auri-Verde, mais de 60 anos no ar, frequência AM e até hoje nas mãos de gente aqui da terrinha "sem limites". Circulam boatos da demissão em massa, gente com mais de quarenta anos de rádio e hoje no olho da rua. Verdade ou não a programação já é outra. Durante a manhã toda a rádio só tocou música e das 11 às 13h, quando Rafael Antonio entraria com o noticiário, eis que adentra falando Leonardo de Souza, um novato por lá. Rafael ainda apresentou o programa esportivo de ontem a noite e de hoje em diante, veremos o que virá. Acertos devem estar sendo feitos e maioria da programação foi suprimida, exterminada, cancelada ou como queiram, deletada. Explicações ainda não existem e uma delas, talvez a única até agora veio pela voz do Leonardo ainda agorinha pouco: "Trata-se de uma reestruturação para chegada da FM". Na maioria do dia só música pelas ondas do rádio.

Faltam com a verdade. O que de fato ocorreu foi um leilão e nele, pasmem, não quiseram nem saber da abertura dos demais envelopes (dizem que a 96 tinha boa aferta) e foi sacramentada a venda para o conglomerado da Jovem Pan. Para quem não sabe a Jovem Pan hoje representa o que de mais conservador ocorre no modal rádio no Brasil, com uma programação toda na defesa intransigente do neoliberalismo.
Não que a Auri-Verde não faça o mesmo, mas de agora em diante, tudo deve ser institucionalizado com regras muito bem estabelecidas. Simples assim, se a rádio já estava deixando a desejar e pipocava, trazia aos seus microfones somente comentaristas na defesa do neoliberalismo e das leis de mercado, de agora em diante, deve piorar.

Rafael Antonio era um dos únicos ainda procurando fazer um programa com a participação popular, dando voz aos ouvintes e possibilitando o contraditório, algo salutar quando se fala em jornalismo livre e independente. O que virá pela frente é incognito, totalmente imprevisível. Muitos no olho da rua, desempregados e com algum apuro, saberemos em breve, daqui e dali, algo mais de como está sendo feita a transição. Bauru teve no passado muitas rádios, todas nas mãos de poderosos locais, ligados aos grupos de poder da cidade a última experiência um pouco mais liberta se deu com a 710, porém faliu e se sumiu do dial. Não espero nada de novo, não conto com nenhuma renovação na forma de fazer rádio, muito pelo contrário, creio estarmos diante de algo chegando para fazer o que a maioria das rádios brasileiras fazem muito bem hoje em dia: defender o status quo, o poder estabelecido e o modus operandi ditado pelas leis de mercado.

Fato semelhante ocorre no mesmo instante na Argentina, numa orquestração a tomar conta do continente latino-americano. Na emissora de TV, a C5N um jornalista a contestar os desmandos do governo neoliberal criminoso de Maurício Macri, voz quase única e dando picos de audiência por conseguir espaço para o contraponto. Seu nome Roberto Navarro, corajoso e a maior audiência na TV. Ele não só contestava como levava ao ar provas irrefutáveis da participação de gente do governo de Macri em falcatruas seguidas no poder. E isso dia após dia. Macri e os seus não mais toleraram a verdade dos fatos sendo exposta e o povo tomando consciência dos fatos como de fato ocorre. Depois de forte pressão, os proprietários da emissora tiraram ontem Navarro do ar. O mesmo já está em curso com o Grupo Octubre para que Victor Hugo Morales e seu programa pelas ondas da 750AM, o La Mañana também saia do ar. Estive lá em agosto e disse textualmente para Victor Hugo: “Não existe nada igual ao seu programa no Brasil, vocês são únicos no que fazem”. Navarro fazia o mesmo na TV e hoje, resta Victor Hugo e uns poucos em outras rádios, mas todos duramente perseguidos, teleguiados e prestes a perder o espaço. Assim age o neoliberalismo, cruel, insano, violento e criminoso, falseando a verdade por onde passe. Eles querem no ar somente a verdade segundo a versão lá deles, a mais mentirosa possível. Em Bauru, a Auri-Verde está distante de ser um primor no jornalismo dentro da verdade factual dos fatos, pois sempre praticou o de mão única, mas agora, eliminou de vez o que ainda restava de credibilidade em suas hostes.

Jornalismo sem mentiras no Brasil só mesmo pelos meios alternativos. Não espere encontrar nada de aproveitável pelas ondas do jornalismo massivo. Tutti buena bosta!

2.) ME CRITICAM PELO TEXTO DAS PLACAS E UM AMIGO NO DESESPERO E DESESPERANÇA
Hoje amanheço num dos meus piores dias. Ontem promovi uma discussão pelo facebook com duas pessoas, um casal de distintos cidadãos enxergando tudo de ruim na exposição feita por mim sobre as profissões degradantes, como a dos seguradores de placas. Minha ação de enfocar o tema deve ser mesmo detestável e bom mesmo é tudo hoje desembocar nessas profissões que não levam a nada. São paliativas, degradantes, servem somente para o trabalhador levar algum para preencher sua dispensa no final do dia, nada mais. É o que nos resta. E por tocar nisso como degradante, pau no HPA, que expõe as pessoas. Logo cedo encontro um amigo em prantos, num desespero desses que você se vê obrigado a parar tudo e lhe dar a devida atenção. É o tal do fundo do poço, uma doença que não é uma doença onde a pessoa precisa ser internada e tratada pela medicina habitual. O caso desse meu amigo é o da imensa maioria da massa trabalhadora brasileira, que não encontra mais emprego e não sabe mais o que fazer de suas vidas. Choram copiosamente pelos cantos e como outro amigo me diz, se reunem no parque Vitória Régia com seus curriculos nas mãos e sem saber o que fazer deste papel, a quem mais entregar.

O que falar e fazer em situações assim? Eu tento, mas vejo infrutífera a situação. Dialoguei a exaustão, incentivei para que não fizesse nada de loucura, mas não consegui lhe dar esperança de que a sua situação fosse melhorar. Nem a dele, nem a da imensa massa de desempregados hoje só a crescer no país. Na boca dos políticos hoje no poder, como a do ilegítimo e golpista presidente Michel Temer ontem na ONU, a mentira na ponta da língua, um país se recuperando e em franca evolução.
Descaradamente vendem o país na bacia das almas e dizem estarem salvando esse país do pior. Que raio de recuperação é essa que atende os interesses de uma ínfima minoria e nada faz pela imensa maioria dos desvalidos desta nação? País hipocrita que aceita isso calado e muitos coniventes.

Dialogar com pessoas que enxergam algo de altaneiro em empregos degradantes e não aceitam discutir política, como se ela estivesse dissociada de tudo o que nos ocorre, tudo isso uma grande perda de tempo. Isso desgasta, pois essa insensível parcela da população não está mais nem aí para a situação dos desvalidos. São na maioria instruídos, bem estabelecidos, com belas oportunidades durante suas vidas, mas insensíveis, distantes de buscar uma saída para a maioria, preferindo agir no varejo e não no atacado. Eu quando escrevi um texto sobre os que seguram placas para ganhar algum, evidente que não o fiz para denegrir e expor eles, mas para ressaltar uma situação do trabalhador, todos num beco sem saída. Os que ainda conseguem segurar placas comem e pagam algumas contas, já os como esse meu amigo, nem isso mais conseguem (ele mais de 50 anos), estão num desespero e gente assim fazem loucuras. Estamos na iminência de um bando de loucos, o bando dos sem esperanças sair por aí barbarizando tudo. Eu não estou aqui para conter nada, mas para tentar entender algo do que ocorre nas entranhas desse insano país. E não entendo mais nada. Vamos aceitar isso tudo como a coisa mais normal deste mundo, enfim, essa é a belezura do mundo capitalista...

3.) COMO PODE?
Eu não consigo entender como uma TV como a Globo, tão “fdp” como ela, mentirosa, falsa, enganadora, produzindo um jornalismo tão distante da realidade dos fatos, fazendo de tudo para defender os piores deste país, como ela consegue ser tudo isso e ao mesmo tempo produzir uma série como essa, cujo último capítulo assisti ontem, o “SOB PRESSÃO”? Como? Fico a me perguntar e as respostas podem ser muitas, mas ela sempre agiu assim, de um lado, algo de grande qualidade e do outro, o que de pior temos no país. Como pode?

Numa só das cenas de ontem, o médico que faz o papel principal, atende um jovem com problemas no corredor de um supermercado e é depois procurado por esse e seu pai, o dono de um dos maiores centros hospitalares particulares do Rio de Janeiro. Oferecem emprego e ele por ter salvo a vida do garoto. Ele atendendo há 14 anos num precário hospital de subúrbio, onde falta tudo, acaba aceitando. Na primeira cirurgia por lá é elogiado por toda equipe e ele não as aceita, diz: "Nessas condições, o que fiz aqui é fichinha”. Nisso vai fazer aquelas visitas para uma paciente no apartamento deste hospital para abastados e ela o recebe com aquela empáfia, grossa e bem condizente com parte de uma parcela da elite brasileira, a que paga e se mostra superior em tudo que faz, joga na cara isso a cada instante. Nisso ele atende o celular e são seus antigos colegas lá do hospital de subúrbio atendendo uma emergência, acidente num trem e muitos acidentados chegando. Sabe o que ele faz? Diante da cena ali no quarto com a dondoca, joga o jaleco longe e volta para o precário hospital público, onde vai salvar vidas e sem isso de ganhar muito, ter condições e tudo o mais, mas fazendo o que gosta, como gosta, ser útil e não mais um rico e fútil. Essa e tantas outras cenas me tocaram.

A série Sob Pressão não é mais uma simples série de televisão brasileira. Coproduzida pela Conspiração Filmes e Rede Globo, com direção de Andrucha Waddington e Mini Kerti, e direção artística de Andrucha Waddington e com atores de ponta, mostra algo de um Brasil que resiste e insiste. No google é possível assistir cada capítulo e ir acompanhando, o desenrolar de uma série que INCOMODA. Sei que, a classe médica brasileira não se sente representada pelo que ali vê, mas a situação brasileira está escancarada na tela e nas muitas cenas, cada uma demonstrando como essa classe, pelo menos o seu lado mercantil, está totalmente dissociado de onde deveria realmente estar. Sei também que praticamente na série não são retratados as equipes de Enfermagem, tão ou mais importantes que a dos médicos. Essa uma indesculpável falha, mas não desmerece o resultado final. Esse último capítulo da série me tocou, dormi mal por causa dela e agora despejo essas poucas linhas sobre o que vi na telinha e o triste papel representado por essa cruel e insana rede de TV.
https://www.youtube.com/watch?v=PFpn1g_rHG0

Como pode?, fico a repetir.