quinta-feira, 28 de setembro de 2017

FRASES (160)


OS UNIVERSITÁRIOS DE DIREITA – NOVÍSSIMA MODALIDADE NA PRAÇA - ATÉ TU BRUTUS?

Sempre existiram, mas eram minoria. Minoria ou estavam na encolha, quietinhos e hoje estão não só com o braço de fora, mas o corpo todo. Acabo de ler o artigo mensal da Socialista Morena na nova ediçãode  Caros Amigos, a de setembro (chegando às bancas ontem), o “Museu de Grandes Novidades” e ali ela expressa algo que também vivenciei e sinto como neurose nos dias atuais. “nem em meus piores pesadelos poderia imaginar que, com os anos de faculdade tão longe da memória, assistiria o que estamos vendo hoje no Brasil de Michel Temer. Jovens com a mentalidade de velhinhos do século passado, capazes de se chocar com meia dúzia de quadros em uma exposição de arte. Me espanta ver com o quê eles se espantam. Rapazinhos e mocinhas aparentemente ‘modernos’, tatuados, com roupas descoladas, mas que se revelam, nas redes sociais, uns sinhozinhos e sinhozinhas. Filhos e filhas que parecem pedir aos pais que os prendam dentro de casa e só lhes permitam namorar na porta. Afe!”.

Isso foi só o começo, pois o que viria a seguir no seu texto é sobre algo que, do alto dos meus 57 anos estou vivenciando com meu mestrado e um retorno aos bancos escolares universitários. “Dói em mim ver gente com tanta liberdade nas mãos e tanto desejo de oprimir o próximo. Hoje, com tantas facilidades que a juventude tem para namorar, viajar e se informar, preferem virar bedéis da vida e da sexualidade alheias. Pessoas rasas, com zero sede de saber, de cultura. O único objetivo dessa parcela da juventude é ganhar dinheiro. Isso me decepciona. (...) Nos diretórios estudantis das faculdades brasileiras de 2017, disputam (e vencem) chapas de direita, imaginem. Na época em que estudei, a briga era entre vermelhos anarquistas versus comunistas. Ser de direita simplesmente não ornava com ser jovem. Ser de direita era coisa de velho. E acho que se certa maneira continua sendo. Este ‘jovens’ de direita são uns senhores rabugentos que veem ‘pecado’ em tudo. (...) careta, o Brasil está cada vez mais careta. Sairá dessa fase? Não sairá? Para almas libertárias como a minha, está sendo uma tortura assistir a este museu de grandes novidades”.

Eu que tive poucas esperanças com eleição, hoje não tenho mais nenhuma. Golpistas, rentistas, especulatistas, modernistas, mercadistas e tudo o mais não largarão o osso assim fácil. Ou viramos a mesa e damos novo rumo ao país, ou tudo seguirá no caminho da perdição. A juventude hoje nas universidades já está quase totalmente perdida. Pífia resistência, igual a ocorrendo fora dos muros universitários. Se a direita bota a fuça e consegue barrar uma exposição, dentro dos campus fazem o mesmo e já assumem lugares antes pouco imaginados. Nem sei se ainda existem Diretórios Acadêmicos hoje? Pouco ouço deles além das festas e para isso são bons, verdadeiros clubes empresas, no mais, perdição total. Sou de um tempo em que o jovem contestava, ira pras ruas e servia de bastião para tudo o mais. Diante de qualquer aberração, lá estavam eles, afiados e prontos pro que der e vier. A implícita pergunta da jornalista da Caros Amigos é a mesma que faço: se nem com eles podemos mais contar, ainda temos força para virar esse jogo?

OBS.: Leiam a Caros Amigos, meros R$ 13,50 e ali real possibilidade de temas ótimos para ampla discussão, como esse que aqui apresento nesse conflitoso momento. Informo que as bancas ainda não estão impedidas de vender publicações ao estilo dela, da Carta Capital, Le Monde e o que mais mesmo? Em breve, escreva isso, estarão botando fogo nas bancas que ousarem revender essas publicações. Aproveitemos...


A NOVA MODALIDADE DE AJUDA AOS SEM CRÉDITO
Alguns pela mídia massiva insistem em apregoar que com um pouco mais de esforço, abnegação coletiva sairemos da crise. A crise vai ter fim, mas não para a classe trabalhadora, entrando para esses numa fase sem volta (em novembro entra em uso a nova legislação trabalhista) e sim, para os abastados rentistas, o sempre beneficiado 1% da nação. Já para os aqui no mundo normal, ralação contínua, sem trégua, incessante luta para colocar comida em seus lares, comida na dispensa e manter contas em dia, existe uma nova modalidade de pedido para amigos via WhatsApp. A pessoa te liga, pergunta como você está e laconicamente pede se é possível que lhe seja suprida necessidade básica: “Você não poderia colocar um creditozinho no meu celular? Coisa pouca, só para não ficar desplugado do mundo?”. Em alguns casos, coloco (quando tenho e o amigo seja do peito), em outros ignoro, pois não sei quem irá colocar no meu amanhã quando ligar para algum escolhido em minha longa lista de amigos. Só ontem foram três pedidos, hoje meu celular ainda não tocou, mas antecipando informação, o bolso está vazio. Mal tenho para o almoço no restaurante da dona Maria, R$ 10 pilas. No momento estou escolhendo para quem ligarei logo mais após o café da manhã.

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