sexta-feira, 6 de outubro de 2017

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (148)


LIGAM LÁ DA ‘CAIXA’ E A CURIOSIDADE MATA – O QUE TERIA FEITO O GAJO?
O telefone toca aqui no mafuá:

- Alô, eu poderia falar com o sr Vanderlei Veríssimo Lopes?


- Aqui não tem ninguém com esse nome. A senhora deve ter ligado errado.

- Mas esse não é o número ____ (e diz meu número)?

- Sim, esse é o número fixo aqui de minha casa, mas desconheço algo deste moço, não conheço. Percebo que deve ser alguma cobrança, ele deve proceis?

- Aqui é da Caixa (Caixa Econômica Federal) e não estou autorizada a dizer do que se trata. Só precisamos falar com ele, o sr tem certeza que não o conhece?

- Já lhe disse que não. Nunca vi, mais gordo, nem mais magro. Pelo visto o gajo aí deve ter aplicado um passa moleque em vocês, depois inventou um telefone e justamente o meu. Uma hora dessas deve estar longe, gastando a grana auferida e vocês tentando localizá-lo, mas infelizmente não poderei ajudar, pois não o conheço. Sinto em informar-lhe, mas creio ele lhes passou a perna.

- Isso não vem ao caso, meu senhor, só preciso saber se ele mora aí neste telefone?

- Aqui neste telefone não mora ninguém, nem eu moro nele. Ele, o telefone, o aparelho aliás, ele sim mora aqui em casa, está instalado aqui. Não tenho nada a ver com isso, mas sabe que já estou começando a me interessar em saber o que esse tal de Vanderlei fez aí para vocês para me ligarem pela sexta vez, mesmo tendo em todas repetido a mesma coisa. Fiquei curioso, conta para mim o que ele acabou aprontando?

- Não posso entrar em detalhes, meu senhor. Eu só estou interessada em localizá-lo, mas se não pode ou não quer me ajudar, terei que desligar.

- Desligue, mas por favor, não ligue mais procurando por ele, pois aqui moro eu e nem conta aí na Caixa possuo. Eu, que tive o meu fone informado irregularmente, ainda passo como suspeito de estar ocultando o cara. Ora, me desculpe, mas vá caçar coquinho.

E a eficiente funcionária desliga o fone sem me dizer ao menos um “adeus”. Foram exatas seis ligações e em todas repeti a mesma coisa. Em todas, pessoas diferentes, atendentes deste universo de cobradoras de telemarketing via mundo dito moderno. Na verdade, creio eles continuarão ligando, pois enquanto não encontrarem o sujeito não descansarão e eu já querendo saber o que ele fez, pois se fez tão bem feito, por que não copiar e fazer o mesmo? E assim vivemos, de pequenos em pequenos atos, deslizes, dribles, atalhos. Esperem aí, o telefone toca, seriam eles novamente? Vou atender.

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