quinta-feira, 5 de outubro de 2017

CENA BAURUENSE (165)


QUATRO BREVES HISTORIETAS CURTAS DA ALDEIA BAURUENSE


1.) SOBERBA PAULISTA
Ana Maria de Carvalho Guedes é professora das antigas. Não a considero nem de esquerda, muito menos de direita. De direita ela passa longe, pois segue numa outra trilha. É simplesmente lúcida, consciente e correta com o que faz e o que vê acontecendo ao seu redor. Ontem estávamos ambos no evento em prol da cantora Audren Ruth, lá no recinto da Humanidade Livre. Casa cheia, ela vendo o intenso movimento e poucos ajudando, permanece boas horas voluntariamente ajudando do lado de dentro do balcão. Abriu incontáveis garrafas de cerveja e servia sempre sorridente. Quase ao final, sentou sozinha numa mesa e degustou uma cerveja bem gelada. “Eu gosto de uma cerveja, não abro mão disso”, disse.

Sentei ao seu lado e puxei conversa. O papo rolou sobre essa intolerância dos tempos atuais e no que esse país se transformou em tão pouco tempo, tudo consumado de vez após a chegada dos golpistas ao poder. Juntamos na conversa algo bem paulista e também próprio da aldeia bauruense (“continua sendo aldeia, porém piorada”, disse). Aproveito e pergunto:

- Ana, me diga, passado esse ano e meio, o país do jeito que está, tudo piorado, quebradeira generalizada, grana curta, tudo ruim, você percebe a ficha desses tantos caindo? Será que aqueles todos, principalmente dos que saíram de verde-amarelo sabem ao menos reconhecer que agora tudo está muito pior que antes?

- Henrique, não seja bobo, a soberba do paulista não permite ele reconhecer. Todos estão penando, perdendo tudo, mas não vão dar o braço a torcer. Repare, só vejo gente na pior, mas continuam odiando o Lula, cada vez mais. Não vão ter a humildade de reconhecer nada do que ele fez e a culpa será sempre dele. Eu já comprei homéricas brigas com parentes, vizinhos e amigos, pois fazem questão de não enxergarem nada – me diz.

Concordei. Encerro a escrita com a reprodução de uma parte de artigo de Marcos Coimbra, na última Carta Capital (nº 972, 04/10), exatamente como o pobre, o miserável, o desempregado, enfim, o trabalhador enxerga o momento atual: “De Sul a Norte, as pessoas do povo são unânimes ao dizer que ‘as coisas estavam melhor quando Lula era presidente’. Simpatizantes ou não do ex-presidente e do PT, todos concordam que havia emprego, o País crescia, existiam muitos e bons programas sociais. Comparado com os dias atuais, era outro Brasil”.

Já o PAULISTA, esse continuará botando a culpa em Lula, Dilma e no PT, mesmo esses já estando fora do governo faz tempo. O que fazer com a tal soberba cegando paulistas? Tem jeito?

2.) O PESSOAL DOS CORREIOS RESISTE AO SEU MODO E JEITO, TRABALHANDO E BEM...
Recebo aqui no meu portão hoje pela manhã um carro de entrega de encomendas Sedex dos Correios e a funcionária, conhecida minha de tantas entregas, ao observar o pacote endereçado a mim, diz:

- Seu Henrique, o Correios resiste, pois veja bem, estamos em estado de greve, seu pedido saiu ontem de Guarulhos e já está aqui no seu portão, 10h30 da manhã. Com tudo o que tentam fazer com a gente, nós bravamenteresistimos e mantemos um serviço de qualidade.

Eu tenho que concordar. a tentativa de destruir os Correios não é de hoje, porém, muito mais intensificada após a chegada dos cruéis e insanos golpistas, os que destróem tudo e depois vendem, repassam a preç ode banana para a iniciativa privada. O que se observa sendo feito com essa empresa estatal é mais que um crime. Do outro lado de tudo, esses abnegados funcionários fazendo de tudo e mais um pouco para manterem o serviço, antes de excelência, hoje prejudicado por tanta maldade sob seus costados.

Eu apoio a luta destes trabalhadores e tenho a mais absoluta certeza da viabilidade dos Correios enquanto serviço público e posto isso para que fiquemos em permanente estad ode alerta com o baú de maldades despejado sob nossas cabeças nos últimos tempos. A melhor resposta para isso tudo foi a dada pelo ator José de Abreu, para um desses aí que queria privatizar a Petrobras: "Vai privatizar sua mãe".

3.) O BAURU DO JÓIA E DO SEU FILHO BRUNO 
Catalogando quem AINDA faz o original sanduíche bauru em Bauru, chego na praça da Paz e lá o trailler que o Jóia montou para seu filho, o Bruno. Conseguiu ser o primeiro de quem chega na praça vindo lá dos altos, descendo a rua que margeia a Nações. Lugar privilegiado e de destaque. No trailler estampado a foto mais famosa do seu Zé do Skinão, pai do Jóia, ele fazendo o famoso sanduíche quando ali na Rodrigues Alves. Esse BAURU NA PRAÇA DA PAZ se junta ao Ico do Bar Aeroporto, ao Jacir Braga lá no Beija Flor. O do Bar da Rosa é original? Esse do Jóia sei que é. Divulgando os que ainda fazem a receita da forma como o criador Casemiro fazia nos idos do largo do Paissandu.

4.) ALGUÉM TEM NOTÍCIA DO JACIR BRAGA, CHAPEIRO DO EX-SKINÃO?
O Jacir tem história na cidade, foi chapeiro e o cara que mais fez o original sanduíche bauru, pois esteve á frente do Skinão em todas suas fases, até o derradeiro momento. Montou seu próprio negócio, com trailler defronte sua casa no Beija Flor e ontem ouvi que teve um AVC. Alguém pode me dizer se as filhas continuam tocando o negócio? Notícias dele...

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