domingo, 14 de janeiro de 2018

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (123)


PETISTAS UNIDOS NO MAFUÁ COM NEDER E POR UM PAÍS SOBERANO

Convivo com este partido desde muito tempo. Não sou do seu núcleo criador, cheguei depois, mas mesmo no tempo em que me mantive afastado seguia a risca algo que certa vez disse pessoalmente à Luiza Erundina, quando esta saiu do partido: "Somos como uma rés desgarrada no pasto, sem rumo. Zanzamos e não encontramos outro porto seguro". Voltei a militar num momento onde o partido sofria as mais cruéis estocadas de sua longa trajetória. E o fiz pelo motivo de não ter encontrado nada parecido com ele pela aí. Voltei e, na verdade, nunca sai, pois durante todo tempo em que me mantive desfiliado, fui um dos mais arduos defensores do partido e dos governos de Lula e Dilma. Não só pela figura deles, mas pelo que via sendo contruído de bem pelo país. Muito foi feito e hoje sabemos, diante de tamanhã oposição, o conseguido foi mais que um feito histórico.

Milito sem nenhum tipo de vergonha de aqui estar e hoje, diante de tudo o que ocorreu ao país, a chegada dos golpistas e todo o baú de maldades despejados sob nossos costados, eis um sério e justo motivo para não sair da lida, da luta e de resistir mais e mais. O que vejo sendo feito contra o Lula é motivo não só para estar ao seu lado, mas para me postar como soldado e defender o Estado de Direito e fazer o que for possível e impossível contra a bestialidade em curso. Nunca havia presenciado tamanha perseguição a uma só pessoa, com tamanha crueldade e insanidade. O acusam de tudo e nunca conseguiram provar nada. Inventam coisas dia após adia e tudo cai como um castelo de cartas. A Lava Jato e esse juiz de primeira instância, Sergio Moro, desbragadamente desvirtuaram qualquer sentido de legalidade possível e jogaram na lata do lixo da História a credibilidade de uma das últimas confiáveis instituições brasileiras, o Judiciário. Tudo para pegar Lula e fazer o jogo dos instalados no poder com o golpe e insuflados pelos interesses norte-americanos. Não querendo um país soberano e altaneiro, destruir quem o quer é que fazem.

Combater o golpe é algo que faço desde muito antes dele ocorrer. Coloquei a cara para beter desde sempre, pois sempre entendi a maracutaia em curso com o Golpe, insano e cruel. Hoje, dia 14 de janeiro de 2018, a luta é outra, o golpe já está consolidado e já em curso as transformações que devolveram o país à condição de Colônia e quintal de interesses dos norte-americanos, com uma reforma da Previdência contra o trabalhador e o fim da Justiça do Trabalho e dos direitos trabalhistas. Reverter isso tudo é mais do que necessário. Mas como? Sou adepto de uma lema antigo e sempre útil: a união faz a força. Desunidos não chegaremos a lugar nenhum. Combater o golpe, golpistas e a continuidade deles no poder desunidos é o mesmo que perder tempo, lutar por lutar, mas ciente de que nunca os objetivos serão alcançados. desde que o golpe foi consumado e as forças de direita se uniram e destruiram a nossa soberania e estão no processo de entrega de todas nossas riquesas, vejo pouca união no confronto necessário.

Quando se intensifica a ação contra o ex-presidente Lula e o mais provável vencedor do pleito (se houver e o deixarem ocorrer sem percalços) eleitoral deste ano, o impedindo de concorrer e até o condenando sem provas, algo mais precisa ser feito e pelo bem do futuro deste país e, principalmente de nossos filhos. No PT sempre existiram muitos grupos divergentes, núcleos com procedimentos distintos, porèm com um ideal de luta em comum. Existiram desvios, muitos, mas hoje, quando diante de algo tão danoso para o país, como o golpe a impedir que a oposição dispute o poder com seu candidato e sendo ampliado o aprofundamento das tais reformas, as que destroem o país, se nada for feito, todos os que são contrários ao estado de coisas atual estarão perdendo o bonde da História. Permanecer quieto ou indiferente é fazer o jogo dos que destruiram o país.

Talvez essa venha a ser a última oportunidade de unificação de interesses de luta dentro do PT (e dos demais partidos ditos com cunho de esquerda), quando todos os grupos, núcleo e tendências, numa demonstração de altivez ideológica e política, abrindo mão de interesses pessoais, partem para algo coletivo, único, um centrar fogo contra o mal maior. Não me interesse citar esse ou aquele grupo como o que age mais acertadamente dentro do partido na cidade de Bauru. Isso não levará a nada neste momento. Faço parte de um deles, mas nem o cito neste texto, pois sei que, unidos poderemos até ter possibilidades de vergar esse podre estado de coisas hoje a tomar conta do país. Num impasse sobre um local para reunir militantes e na presença do deputado estadual Carlos Neder, em visita à cidade, no dia de ontem, o Mafuá foi sugerido como local de concentração de militantes. Prontamente aceitei e o que vi ali ocorrer me encheu de esperanças.

Carlos Neder é um deputado como poucos hoje em dia. Tem muito bem definido o que precisa ser feito e como se pode reverter a situação. Possui uma trajetória das mais dignas, um passado comprovadamente de resistência. Sabe o que faz. Falou a todos os presentes e com firmeza transmitiu confiança, ressaltando que sem união, nada feito. Três grupos ali reunidos, sem confrontos e pelo que entendi, prontos para atuarem em conjunto, combatendo não só o que estão a fazer com Lula, mas com o país num todo. Nos proximos dias a resolução sobre a ida para Porto Alegre RS, dia 24 no julgamento imparcial de Lula, ida para São Paulo onde provavelmente Lula estará na avenida Paulista ou mesmo, um ato em Bauru, diante da Justiça Federal, numa clara demonstração do descontentamento com sua atuação e perda de credibilidade, pelas decisões controversas dos últimos tempos. Algo de positivo foi sacramentado na reunião ocorrida no Mafuá e o melhor de tudo é um diálogo entre todos, superando as arestas e fazendo o enfrentamento que se faz necessário, contra o inimigo em comum. Inesquecível dia para uma militância pronta para atuar e só aguardando os sinais de que as lideranças estão decididas a lutar unidas.

Nas fotos um pouco do que pude registrar e nos próximos dias irei postando, dia após dia, as gravações que fiz, não só com o deputado em sua fala, mas com a participação de militantes bauruenses, inflamados e com um discurso dos mais unitários. Essa a contribuição mafuenta para que algo de grandioso possa ter nascido justamente neste local e que os fluídos daqui se irradiem até a vitória final, com a devolução do Brasil aos dignos brasileiros apostando sempre que um outro mundo é sempre mais do que possível.

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