sexta-feira, 16 de abril de 2021

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (155)


TEM COISA SÓ APRENDIDA NA BASE DA PORRADA - SUÉLLEN E OS CABEÇA DURAS
Tem sido assim na questão Bolsonaro. Conheço muitos que me contam envergonhados de como se deixaram levar e votaram no Bolsonaro. Fazem mea culpa divinal e são todos bem vindos dentro desse entendimento necessário para sairmos o mais rápido possível da situação onde nos encontramos. Aqui em Bauru já ocorre o mesmo. Não são poucos os já decepcionados com a administração da novíssima (sic) prefeita Suéllen Rosim. Com pouco mais de cem dias, sem nada de novo, tudo arcaico e reducionista, percebe-se que, juntando o lé com o cré, impossível continuar apostando fichas em algo tendo como base o fundamentalismo. Minha mana Helena Aquino uma dessas. Não tinha como convencê-la em não votar na jornalista. O fez mais por abominar o candidato concorrente, mas antes mesmo dela assumir já tinha abandonado o barco. Foi fácil, logo de cara, a prefeita aderiu declaradamente ao bolsonarismo como mola mestra de tudo. Pulou fora e hoje é uma das mais aguerridas a combater tudo o que representa a chegada do Patriotas ao Palácio das Cerejeiras.

Com ela e tantos outros foi fácil. O sonho se desfez antes mesmo de começar, mas com muita gente a coisa não é bem assim. Suéllen é midiática e vai tocando o barco através das redes sociais. Abarca incautos e iludidos. Assim segue e com estes, por mais que se fale, explique, mostre, aponte, demonstre, pouco resultado. Só o tempo mesmo irá lhes mostrar do engodo em que Bauru está enfurnado. Isso será possível na sucessão de fatos, somatória de despropósitos, administração claudicante e sem nada apresentar de resultados práticos. Isso, infelizmente, demanda tempo. Inexorável a desilusão, pois só de discursinho bonitinho, fala empoada, uma hora a casa cai e por falta de alicerce, base sólida. Eu já desistir de ficar tentando convencer os que não querem ser convencidos, pois se acham suficientemente garantidos pelo que já possuem de informação. Parto para outras. Não é desistir das pessoas, mas alguns, sabemos, só o tempo mesmo. Quando Bauru estiver no caos total, estes não terão mais como apoiando algo insustentável. Pelo andar da carruagem, isso não vai denotar tanto tempo, enfim, ninguém sobrevive o tempo todo só no falatório, sem nada substancioso para apresentar como resultados.

O LADO OBSCURO DE BAURU SENDO RESSALTADO, AGORA COM A INADEQUADA ESCOLHA PARA DIREÇÃO DO CAPES*
* Estava pronto para tecer considerações pesadas sobre a escolha, baseada no fundamentalismo deste desGoverno totalmente “fora do esquadro”, ainda mais porque envolve mais um bauruense fazendo parte do desvario atual, mas acabo me recolhendo e simplesmente reproduzindo três textos contundentes, definitivos sobre a escolha. Assim sendo, não se faz nem necessário eu emitir qualquer juízo de valor, pois ele está mais do que claro, límpido, evidente. Bauru se encolhe de vergonha em cada nova participação junto à destruição deste país, patrocinado por Bolsonaro & Cia. Leiam e conheçam a bauruense escolhida e tirem cada um suas próprias conclusões.

1.) “Rodamos a teoria do nepotismo para analisar a nova presidente da CAPES, Cláudia Mansani Queda de Toledo. Como nossas pesquisas quase sempre indicam, o poder no Brasil é familiar, hereditário e oligárquico, muitas vezes um poder de longa duração e que vem de antigas linhagens locais no tempo e no espaço. Cláudia Mansani Queda de Toledo é filha do falecido engenheiro e vereador José Queda (nome de Vila Tecnológica em Bauru) e de Clorinda Maria, irmã do médico Francisco Mansani Queda, uma família sempre inserida na política local e com várias candidaturas partidárias em Bauru. Cláudia Mansani Queda de Toledo casou com Flávio Eufrásio Carvalho de Toledo, do importante clã familiar Toledo, criadores do Centro Universitário de Bauru, antiga Instituição Toledo de Ensino (ITE), cuja família sempre esteve na direção e em várias instituições associadas. Flavio Eufrásio Carvalho de Toledo foi diretor da ITE, neto do fundador Antônio Eufrásio de Toledo, este nascido em 1901, em Cambuí (MG) e filho do promotor e alferes da Guerra do Paraguai, José Eufrásio de Toledo, casado com a professora Ana da Costa Toledo. Antônio Eufrásio de Toledo foi prefeito de Cruzeiro (SP) e foi contra a Revolução de 1930, antes de se mudar para a região de Bauru. A genealogia da família se entronca na Genealogia Paulistana, no Título Toledo Piza, de modo que é mais uma família da classe dominante tradicional (CDT), com suas conexões genealógicas no "Antigo Regime" do período Colonial da região, como nossas pesquisas muitas vezes confirmam. A família Toledo também possui muitas propriedades urbanas e rurais. Maurício Leite de Toledo, parente de Flávio Eufrásio e filho de Antônio Eufrásio, foi vereador em Bauru e deputado federal pela Arena, nos anos 70, pai de Antônio Afonso de Toledo, diretor administrativo do Centro Universitário Toledo. Para não dizer que todos eram de direita houve o polêmico caso de Marcio Leite de Toledo, integrante da Ação Libertadora Nacional, executado ou justiçado pelo remanescente do GTA-SP da própria organização em 1971, sob diversas acusações. Como verificamos, a família Toledo é um grande complexo de familiares e indivíduos com muitas conexões na instituição educacional privada, sempre conectados com políticos. Ao longo de décadas podemos encontrar muitas críticas e denúncias relacionadas - como o "escândalo da filantropia" (vide matéria de 20/1/2002 de Josias de Souza na FSP). Ulysses Guimarães foi professor e diretor no que se tornaria a ITE em Bauru, no início dos anos 50. O atual ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro e o ministro da AGU, ex-ministro da Justiça, pastor André Luiz Mendonça, estudaram direito e possuem importantes vínculos lá. A professora e advogada Cláudia Mansani Queda de Toledo, formada em direito pela ITE, doutorada pela mesma ITE e Reitora do Centro Universitário de Bauru (Instituto Toledo de Ensino), instituição com profundas conexões familiares na educação privada, com interesses na política e no Estado, como sempre demonstramos em casos empíricos e genealógicos”, esse texto é do sociólogo e professor da UFPR, Ricardo Costa de Oliveira.


2.) "A Dra. Toledo obteve seu doutorado em 2012 pela Instituição Toledo de Ensino (hoje Centro Universitário de Bauru), sediada em Bauru (SP). Consta no Curriculum Lattes que ela é atualmente a reitora desta instituição e que foi coordenadora de pós-graduação entre 1994 e 2000, ou seja, foi coordenadora de pós-graduação antes de ser doutora. Não consta em seu Curriculum Lattes onde obteve sua graduação, também não apresenta nenhuma experiência internacional, sua produção acadêmica é escassa e tem pouquíssima experiência com formação de recursos humanos - de fato sequer concluiu uma orientação de doutorado. Apesar de ser reitora desta instituição, seu endereço profissional é o do escritório de advocacia Queda e Toledo Sociedade de Advogados, da qual é sócia. O Centro Universitário de Bauru possui apenas um curso de pós-graduação - o de Sistema Constitucional de Garantia de Direitos - o mesmo no qual a indicada obteve seu doutorado. Na última avaliação da CAPES, esse programa obteve nota 2 no âmbito acadêmico que foi mantida após recurso; isso implicaria em seu fechamento. (...)O relatório da Plataforma Sucupira diz que, no curso coordenado por Queda de Toledo no Centro Universitário de Bauru, "35% dos docentes não ofereceram disciplinas, 20% não participou em projetos de pesquisa e 23% não orientou discentes". Quesitos da avaliação sobre corpo docente e produção intelectual receberam conceito fraco. A nota 2 foi mantida mesmo após pedido de reconsideração meses depois. "Mantém-se a nota considerando os critérios mínimos estabelecidos no documento de área. Embora se considere a importância e a história do curso para a região, não se observou um crescimento do programa em relação à área." Notas "0", "1" e "2" na avaliação quadrienal da Capes descredenciam um curso e têm recomendação para fechar. Desempenho com avaliação "3" ou "4" é considerado como médio e o curso pode funcionar. A nota máxima é 7.", texto extraído do https://g1.globo.com/.../nova-presidente-da-capes....

3.) “Uma nota longa, mas necessária! Da Sociedade Brasileira de Física. É preciso, sim, que o mérito prevaleça na escolha da presidência de um órgão acadêmico e de pesquisa! Aos que defendem os desmandos do atual governo, leiam, por favor! Nota em defesa da CAPES. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fundada em 1951, tem um papel fundamental na formação de recursos humanos de alto nível no Brasil. A CAPES é o órgão responsável por cadastrar, fiscalizar, financiar e avaliar os cursos de pós-graduação de todas as áreas e instituições do Brasil. A CAPES também atua na indução e coordenação de acordos internacionais de pós-graduação. Não há dúvidas que o exitoso sistema de avaliação criado pela CAPES é o principal responsável pela melhoria da pesquisa e da inovação tecnológica no Brasil. A presidência desta instituição deve ser ocupada por pessoas com respaldo no meio acadêmico e com profundo conhecimento dos sistemas de pós-graduação nacional e internacional. É fundamental que o (a) presidente da CAPES tenha experiência na gestão de programas de pós-graduação de excelência, que conheça outras áreas de conhecimento além da sua especialidade, que tenha coordenado importantes projetos científicos e que tenha formado recursos humanos de alto nível. Por isso, causa-nos profunda consternação a recente demissão sumária de Benedito Guimarães Aguiar Neto e a nomeação da advogada Cláudia Mansani Queda de Toledo para substituí-lo na presidência da CAPES. Uma análise de seu currículo disponível na Plataforma Lattes mostra que a indicada não possui as qualidades esperadas para o cargo. A Dra. Toledo obteve seu doutorado em 2012 pela Instituição Toledo de Ensino (hoje Centro Universitário de Bauru), sediada em Bauru (SP). Consta no Curriculum Lattes que ela é atualmente a reitora desta instituição e que foi coordenadora de pós-graduação entre 1994 e 2000, ou seja, foi coordenadora de pós-graduação antes de ser doutora. Não consta em seu Curriculum Lattes onde obteve sua graduação, também não apresenta nenhuma experiência internacional, sua produção acadêmica é escassa e tem pouquíssima experiência com formação de recursos humanos - de fato sequer concluiu uma orientação de doutorado.
Apesar de ser reitora desta instituição, seu endereço profissional é o do escritório de advocacia Queda e Toledo Sociedade de Advogados, da qual é sócia. O Centro Universitário de Bauru possui apenas um curso de pós-graduação - o de Sistema Constitucional de Garantia de Direitos - o mesmo no qual a indicada obteve seu doutorado. Na última avaliação da CAPES, esse programa obteve nota 2 no âmbito acadêmico que foi mantida após recurso; isso implicaria em seu fechamento. De acordo com sua página na internet, desde seu credenciamento em 2007, este programa formou poucos doutores e sua abrangência não passa da região da cidade de Bauru. O Centro Universitário de Bauru é de propriedade da família da Dra. Toledo e foi onde o atual Ministro da Educação, Dr. Milton Ribeiro, graduou-se em direito em 1990. Em suma, o currículo da Dra. Toledo não é compatível com o perfil desejado de presidentes da CAPES. Tememos, portanto, que a importante missão da CAPES esteja ameaçada com esta nomeação. Esperamos que o Ministério da Educação reveja a nomeação e indique alguém com histórico profissional e formação mais adequados para presidir a CAPES, garantindo assim a continuidade da formação de recursos humanos de alto nível, tão necessária para o desenvolvimento e soberania nacional. Diretoria da Sociedade Brasileira de Física Fórum Nacional de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em Física e Astronomia - Sociedade Astronômica Brasileira”.

Esse cargo exige no mínimo competência e não autoritarismo. Uma escolha totalmente sem fundamento, sem embasamento, bem ao modo Bolsonaro de ser. Ou seja, uma lástima. Toda a classe/categoria educacional já rejeitou a escolha. Não existe como sustentar tal escolha. Bauru novamente passando vergonha, muita vergonha a nível nacional. Podíamos ficar sem essa, mas como a fase não é boa, eis mais um capítulo dessa Bauru fora do compasso.

TENTANDO AMENIZAR O CLIMA PESADO
CONVERSAS NA PRAÇA AQUI EM FRENTE DE CASA
Nestes tempos a gente recebe quem vem nos visitar presencialmente no portão, quando muito na praça, debaixo de uma árvore e defronte a residência. receber em casa é algo que não faço há mais de ano e pelo visto devo continuar na falta de educação por mais um bom tempo. Hoje quem aqui esteve foi o editor de livros da Mireveja, o João Correia Filho, abarcando ótimos textos de gente aqui da terrinha. Comprei ontem pela forma virtual o livro do amigo professor Edson Fernandes, o "Tempos de Violência - Brutalidade, contravenção, estupro e suicídio no interior paulista do início do século XX". Brinquei com ele querer o livro, mas só se viesse autografado. Ele não se fez de rogado, morando por coincidência perto do Edson, coletou a dedicatória e cá esteve por mais de meia hora, quando confabulamos sobre isso de editar livros, de escrever e publicar em tempos de pandemia. João é meticuloso no que faz, rigoroso nos detalhes e nas minúcias, consegue obter ótimos resultados. O livro do Edson é por si só divinal, tema mais do que instigante e provocante, a história de Bauru contada pela visão dos perdedores, os que sofreram as agruras dos tais coronéis, mas tem mais. A apresentação é linda e ele me conta dos detalhes, de como alguém como qualquer autor pode lhe deixar o texto e deixar todas as demais etapas, que ele domina muito bem ao seu encargo. O livro que ora compro, por R$ 45 pratas deverá ser lido numa sentada, pois amanhã, sábado, 17/04, farei meu 41º bate papo Lado B - A Importância dos Desimportantes, com nada menos que o professor Edson Fernandes e nada melhor do que, falar com o cara tendo algum conhecimento de causa, para poder ampliar a boa discussão. João sabe provocar, instigar e colocar caraminholas na cabeça das pessoas, pelo menos do que, como eu, se arriscam a querer escrever, sem muito conhecimento da língua portuguesa e daí, num certo momento de suas vidas chegam a conclusão da necessidade de imortalizarem seu nome. Cá estamos os dois, fotografados por mim, tendo por fundo a praça mais bonita desta insólita Bauru, a Salim Haddad Neto, que tenho a felicidade de apreciá-la e cheirá-la todos os dias. Vocês aí do lado de lá desta maquininha de fazer doido nem imaginam o que rolou na nossa conversa. Creio que conseguiremos abalar os alicerces de alguma estrutura já um tanto corroída e carcomida pelo tempo. Viva o João, pois hoje me ampliou a visão por vertentes ainda não trilhadas!

3 comentários:

Anônimo disse...

Sua voz ativa, caro HPA, nos dá a certeza de que existe vida inteligente na terra branca e plana...
Abracitos, do nico!!

Mafuá do HPA disse...

Obrigado NICO, mas quem é o Nico, já quero conhecer.
Henrique - direto do Mafuá

Anônimo disse...

A escolha foi muito bem pensada, Bolsonaro está tentando criar em Bauru e região um ponto forte de resistência dos que apóiam seu governo. Temos que ficar muito atentos a isso.
Independente de competência, já foram escolhidos vários bauruenses para o governo, o astronauta, o ministro que substituiu o Moro e agora essa "pesquisadora, doutora"; para um dos cargos mais importantes da Educação superior no país. Sem mencionar que essa Suellen se elegeu chegando do nada e de uma forma muito "esquisita", depois esteve envolvida em acusações de racismo que sofreu, algo estranho que acabou em pizza.
Bauru é uma das cidades mais importantes do centro oeste paulista, e está sempre em evidência.
O golpe está aí, só não enxerga quem não quer.
Dominar o interior paulista é uma estratégia politicamente forte.
Ano que vem temos eleições presidenciais, certeza que teremos Doria na concorrência.
São Paulo é um Estado forte e sempre foi ninho do PSDB, e
onde se pode ganhar muitos votos e chegar a frente.
Mencionando que temos a questão das vacinas que felizmente ou infelizmente foi Dória que deu o passo a frente para termos a Coronavac.
Mencionando ainda que tbm temos vários prefeitos bolsonaristas na região.
O golpe para as eleições está sendo armado novamente.
Para finalizar pergunto. E a esquerda brasileira, o que está fazendo para as eleições presidenciais ano que vem ? Como está se preparando e a seus candidatos ?
Esperando o Lula que talvez nem se candidate, pois já tem uma idade muito avançada ?
Depois vamos chorar lágrimas de sangue novamente, como agora.
Mary Moretto