sexta-feira, 4 de março de 2022

BAURU POR AÍ (200)


OBRAS NA PEDRO DE TOLEDO E ALGO DA MOVIMENTAÇÃO DA ALCAIDE EM BUSCA DE RECONHECIMENTO
Leio que a prefeita fake de Bauru, a fundamentalista blogueira Suéllen Rosim está na ofensiva, tentando de todas as formas melhorar seus índices de aprovação junto da população bauruense. Ela, pelo visto, assimilou o golpe de estar encalacrada numa CEI – Comissão Especial de Inquérito e podendo até mesmo, se algo mais existir e vier à tona, ter seu mandato cassado, daí tenta reverter apresentando resultados com obras. O que seriam estes resultados? Nada melhor do que aparecer pra galera com obras. Tem maquinário novo já chegando para ser visto atuando em obras espalhadas pela cidade. E essas pululam pela aí.

Eu mesmo notei algo desta tentativa na avenida Pedro de Toledo, uma das mais movimentadas da cidade, acesso do centro da cidade para a vila Falcão, ali junto aos trilhos urbanos. Aquela avenida estava em completo abandono, não só as calçadas do lado da ferrovia, esburacadas e praticamente inviáveis para quem nela caminhava na ida ou volta ao trabalho, mas também nas praças do outro lado da rua. Desde uns dez dias, algo ali ocorre e a transformação já é sentida. A calçada férrea está sendo toda refeita, de fora a fora, desde o viaduto que leva para a vila Falcão, até junto do prédio da Estação da NOB. Trabalhadores atuam por ali de forma incessante e ao perguntar para um deles, recebo a notícia que a obra é bancada pelo poder público municipal, mas eles são de empresa terceirizada, contratada para tal finalidade. Em pelo menos três pequenas praças do outro lado da rua, uma movimentação também ocorre. A tão necessária revitalização, pelo que se vê ocorre.

Desconheço o projeto, como foi idealizado, debatido em que instâncias e se foram ouvidos os moradores, comerciantes e interessados. Desconheço também se fez parte de algum plano anteriormente traçado, ou se a ideia é mais uma dentre as que a alcaide toma, por pura e necessária autodefesa. Se me perguntarem se gosto do que vejo, impossível dizer o contrário, pois quem conhece o estado de como se encontrava a Pedro de Toledo, existia um consenso de que algo deveria acontecer e em caráter de urgência urgentíssima. Está acontecendo. Creio que na sequência, quando a calçada estiver pronta e as praças com nova roupagem, também o asfalto mereça atenção. Trata-se de um cartão de visitas da cidade, mas depois disso tudo, algo também poderia ser pensado e executado do lado de lá da cerca na calçada, pois passar por ali e ver a Estação da Sorocabana, nossa primeira estação férrea, com o telhado já afundando, é para muito mais de entristecimento. Perdeu-se há mais de uma década atrás, empreendimento grandioso de restauro da estação e construção de apartamentos populares na região, ideia do investidor Cortellini junto com o Sindicato dos Ferroviários. Por preciosismo político não deixaram o empreendimento vingar e agora, aquele local continua cada dia mais abandonado e sem nada no horizonte que vislumbre uma ação concreta de sua recuperação.

Acompanho diariamente a transformação da Pedro de Toledo e por enquanto, aplaudo, mas como também acompanhei como foram feitas as aquisições de última hora para a Educação, no final do ano passado, o algo mais que perturba o sono da prefeita, fico sempre com um pé atrás antes do elogio. Contrato público precisa ser explicado nos detalhes, ser muito bem entendido, para só depois, o elogio. Torço pela Pedro de Toledo e por obras enxutas, sem gastos desnecessários, tudo muito bem explicadinho e com resolutividade compreensível. Não precisamos de nada além disso. Enfim, gato escaldado tem muito mêdo de água fria.

Resposta dada de bate pronto:
- "Aqui no Mary Dota ela disse que ia revitalizar o canteiro da avenida principal e depois de 2 meses só revitalizou meia quadra e a rotatória. E a escala de trabalho pra fazer esses dois pedaços foi 2 dias trabalhando e 15 dias parados", Andréa Sevilha.
- "Tudo através de duas emendas, a da Pedro Toledo do indefectível capitão Augusto e a da Rodrigues Alves, do Rodrigo Agostinho. Nada vindo dela, aliás, nada parte dela. Faz nada e a emenda foi assinada ainda na gestão Gazzetta.Esse funcionário da obra, não tem culpa, pois foi enganado, provavelmente alguém da administração local disse que o recurso veio oriundo da prefeitura.A alcaide só choca os ovos que os outros botaram", Orlando André Gasparini.
-"Vale a pena conhecer os motivos que impediram a parceria Publico e Privada para revitalização com moradias e Restauro da estação da Nob, por você mencionada,,, Preciosismo, conceitos ultrapassados de restauro de centralidades defendidas no Condephaat (?) E Falta de conhecimento dos instrumentos do Estatuto da Cidade para Gestão de "Cidades Econômicas", tambêm falta de critérios técnicos para o EIV", José Xaides Alves.

CASA DO PROFESSOR MARCÃO
Toda vez que passo ali nos altos do jardim Bela Vista, esquinas das ruas Alto Purus e Francisco Alves, do outro lado o estádio distrital Horácio Alves Cunha, me deparo com essa casa e me veem na mente lembranças inenarráveis da adolescência. Ali é a casa do professor Marcão, mestre de Física nas escolas públicas estaduais e casado com uma das irmãs do Paulo Marelo, meu muito amigo daqueles tempos de bola na rua Beiruth. O Marcão, pouco mais velho que todos da turma, comparecia sempre nos nossos jogos de final de semana e era o craque dentre todos, o que sabia melhor tocar na pelota. Não se fazia de rogado, sabia jogar bem e se exibia. Era durão, jogava duro, sabia se impor. Certa vez, lembro, tivemos até umas rusgas no campo de jogo. O tempo passou, nos distanciamos, mas sempre nos reencontros, algo de sua profissão de professor e das agruras todas. Marcão mora nessa esquina desde sempre, ele sua esposa e nem sei mais se junto da prole. Passo ali e fico a me lembrar dele, de como com seu corpo esguio, magro e retinto, deve ter se desiludido por não ter seguido carreira com a bola. Preferiu a com o giz, ou melhor, era o que tinha. Foi um brilhante professor e depois de tanto tempo sem revê-lo, lembro de sua risada, escrachada, feita junto aos meninos que com ele aprendiam a jogar a bola (eu nunca aprendi). O fato é que, passo ali e sempre tenho vontade de bater palmas, chamar pelo morador e puxar conversa, mas me retraio, sempre correndo, outros compromissos. Enfim, a casa continua ali, quase do mesmo jeito de antanho, praticamente sem alterações, mas e ele, como estará? Tenho esses sentimentos ao passar diante de vários lugares cidade afora, lembranças que guardo junto de mim, algo ocorrido exatamente naquele lugar. Será isso coisa de velho?

DEZ MINUTOS DE "TOMATE" NA CÂMARA MUNICIPAL DE BAURU
https://www.facebook.com/watch/?v=381422473456982&ref=sharing

Foi na sessão desta semana, quando a vereadora Estela Almagro - PT, fazendo uso dos seus dez minutos na Tribuna, o usou totalmente para descrever algo sobre os DEZ ANOS do bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o BAURU SEM TOMATE É MIXTO. A vereadora começa fazendo um histórico da origem do Carnaval, "subversão de papéis sociais", possibilitado pela festa. Depois, adentra uma homenagem aos tomateiros pela resistência, persistência e insistência, algo desse necessário uso da festa não só como algo alegre, mas também sendo utilizado como crítica social, como fazemos e assim, festamos e alertamos, cutucamos a onça com a vara curta. Com uma amostragem de todas as estampas e enredos destes anos, algo da picardia que sempre permeou as ações dos integrantes desse conglomerado carnavalesco. Ficamos muito honrados com a utilização de todo tempo de fala da vereadora para conosco. Enfim, como usado por nós como slogan: "A gente faz festa, mas tá puto da vida".
EIS O TEXTO DAVEREADORA ESTELA ALMAGRO:
UMA DÉCADA DOS ‘TOMATEIROS' EM BAURU: CARNAVAL TRAZ A CRÍTICA À REALIDADE SOCIAL COM O BLOCO BAURUENSE QUE CHEGA AOS 10 ANOS
Tratamos da festa do Carnaval destacando os 10 anos do bloco Bauru Sem Tomate é Mixto, durante a nossa fala na Tribuna no rol de oradores da sessão ordinária da quinta-feira, dia 3.
Contextualizamos a festa popular “Carnaval” desde seu início até seu desenvolvimento como a festa do Entrudo no Brasil e na sua atualidade como grande expressão popular brasileira. O Carnaval também é um instrumento político de crítica social.
É no contexto de crítica à realidade e como espaço para a reflexão que se insere o bloco Bauru Sem Tomate é Mixto, que neste Carnaval completou 10 anos trazendo sempre forte apelo social e político aos seus desfiles, retratando das mazelas cotidianas de Bauru e seus protagonistas, em especial os políticos. No enredo 2022 os tomateiros mostram a queda da máscara do governo municipal, que aparece como realmente é a cada dia.
As temáticas destacadas no desfile de rua do “Tomate” são sempre enredos surgidos no debate coletivo e criado ano a ano por uma figura diferente. A cada ano se produz uma camisa com ilustração sintetizando o tema. Em 2013, primeiro ano de desfile, o tema foi “Faltou Água, Sobrou Buraco”, com a estampa de Leandro Gonçález. No ano seguinte (2014), o assunto foi “Alegria sem Mixaria”, ilustrado por Fausto Bergocce.
Em 2015, o enredo tratou de “Negocião Bauruzão”, com charge de Junião. No ano seguinte, “Bagunçando o Coreto”, arte de Maringoni. Em 2017, “A Casa da Eny Ainda é Aqui”, ilustração do Fernandão. O seguinte (2018) nova irreverência dos “Tomateiros”: “ Na Cidade dos Bruzindangas - de Bordel a Quartel em Cada Esquina um Coronel”, estampando na camisa arte do Greifo.

Em 2019, “Belas Mentiras”, estampadas na arte visual produzida por Mariane Santinello. No ano seguinte, “Cannã das Capivaras”, do artista plástico Silvio Selva, falecido neste ano. Em 2021 o tema foi “Bauru, Terra do Nunca Fechado”, com arte de Juliana Guido. Neste ano, o tema “Tirando a Máscara”, remete ao atual governo e tem a ilustração de Esso Maciel. Assim o “Tomate” segue firme na crítica social e brincando o Carnaval.

PARA ONDE FOI O DINHEIRO DA CULTURA?
Ninguém sabe, ninguém viu, mas o jornalista Nelson Gonçalves, em sua página Contraponto, foi atrás e levanta a lebre, aquela que foge para o meio do mato e é de difícil localização. De todo o dinheiro supostamente reservado para utilização da Cultura municipal, parte dele não é utilizada e se o foi, ainda sem explicações em que lugar. Ou seja, na administração fundamentalista da atual prefeita Suéllen Rosim, a Cultura, como já se sabe, enfim, "Silêncio, a Cultura Dorme" (como pixado nas paredes do Centro Cultural nas Nações Unidas), é como se não existisse. Dentro do atual estágio de menospreso e destruição, aniquilamento, eis a faceta oculta e neste momento sendo exposta, como uma fratura, dessas cujo após o acidente, o osso fica exposto, sangrando e exigindo providências mais do que urgentes. Elas virão da atual administração? O que faz a secretária de Cultura diante dessa denúncia? Pelo que se vê, não dá mais para jogar nada debaixo do tapete e fingir que nada está acontecendo.

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