2 - "Vou deixar este mundo sem me sentir triste. A vida já não me atrai. Vi e experimentei tudo. Odeio a era atual, estou farto dela! Vejo criaturas realmente detestáveis o tempo todo. Tudo é falso, tudo é substituído. Todo mundo ri um do outro sem olhar para si mesmo! Nem respeito pela palavra dada. Só o dinheiro é importante. Ouvimos falar de crimes o dia todo. Eu sei que vou deixar este mundo sem me sentir triste por isso! ” - Alain Delon.
(8/11/35 - 18/8/24)
"Escolas sem papel higiênico, falta de remédios em postos de saúde, quadras e parques jogados às traças, creches em quantidade insuficiente, transporte público caro, acúmulo de lixo e sensação de insegurança são desafios de muitas cidades. Mas para uma parte do eleitorado o principal tema a ser discutido nas eleições municipais é o terrorismo do Hamas ou a violência de Maduro. Sejam em debates na TV, em brigas nas ruas de grandes cidades ou em propaganda eleitoral (ilegalmente antecipada), a impressão é que estaremos escolhendo um ministro das Relações Exteriores ou um secretário-geral das Nações Unidas, em outubro, e não alguém para cuidar dos problemas do território em que vivemos.
É grave a situação no Oriente Médio após o ataque terrorista do Hamas deixar mais de 1.100 mortos em Israel e a resposta do governo de Benjamin Netanyahu ser um crime de guerra com quase 70 mil cadáveres em Gaza. Da mesma forma, é extremamente preocupante que o governo de Nicolás Maduro esteja escondendo as atas eleitorais que provariam o resultado da eleição e reprimindo violentamente os protestos da oposição.
Mas transformar os dois temas em assuntos centrais do pleito municipal interessa a 1) quem não é capaz de produzir um debate qualificado sobre as demandas da população da cidade em que deseja ser prefeito ou vereador; 2) a grupos interessados em excitar o eleitorado mais radical, acordando a ultrapolarização existente, para ser instrumentalizado na campanha. Em ambos os casos, perde o interesse da cidade.
Essa estratégia é, claro, hipócrita porque quando tratamos de Gaza/Israel e Venezuela, estamos falando de violações a direitos humanos. Ironicamente, muitos dos mesmos grupos e personagens que cobram um posicionamento sobre os direitos humanos fora do Brasil são aqueles que pisam nos direitos humanos aqui dentro com discursos misóginos, homotransfóbicos, fundamentalistas e violentos. Precisamos falar de direitos humanos sim, o respeito desse mínimo civilizacional lá fora, mas também aqui dentro, nos municípios. Só que falar sobre soluções para fora é muito mais fácil".
Luciana Franzolin partiu de Bauru algumas décadas atrás, após intensa vida bauruense. Nada muito diferente do que um dia fez Mauro Rasi, quando a cidade acabou ficando pequena diante de tanta coisa dentro de sua cabeça. Por aqui, possui intenso trabalho no campo da fotografia. Lembro de ter dado minha contribuição, pouco antes dela partir, numa bela exposição na feira dominical da Gustavo, entre caixotes e legumes. Depois a víamos pelas publicações, via Londres. Casou, se tornou mãe, retornou para Bauru por um tempo e depois partir para a ilha de Chipre, pertinho da Grécia, no meio do mar Mediterrâneo.
Sua vida continuou por lá, vendo o filho crescer. Teve um problemão de saúde e hoje, deu literalmente a volta por cima. Está novamente nas paradas de sucesso e toda sorridente, novo amor e novas perspectivas sobre a vida. Voltou para passagem rápida para rever a cidade, lugares e amigos. Estive, ou melhor, tive o prazer de estar junto dela e de Alkis Papadouris na manhã deste domingo, 18/08, revendo algo no centro de Bauru e circulando pela feira da Gustavo Maciel, culminando com uma foto dela diante da imagem de Eni Cesarino, no armazém defronte a Feira do Rolo.
Rever Luciana, após tantos anos fora de casa é algo divinal. Com qualquer um que volte depois de tanto tempo e vai revendo seus lugares - ela obrigatoriamente bateu cartão no Armazém Bar -, a sensação deve ser mais que deja vu. Luciana está se reinventando, com ótimo astral, de bem com a vida, no momento somente tentando redescobrir lugares por aqui que lhe são gratos. Eu e Ana Bia, junto do Silvado Camargo, seus dois diletos amigos, estivemos circulando com eles e em outra passagem obrigatória, na banca de livros do Carios, Alkis ganhou de presente um chapéu de palha, aba bem larga, para proteção das intempéries provenientes do sol. Lindo demais ver o mundo dar várias voltas entorno de si mesmo e Luciana passar por aqui, com saudade de sua cidade e nós, dela. Agora, nos instiga para irmos lá conhecer Nicósia, a capital chipriota, com 200 mil habitantes, vivenciando algo com o mar Mediterrâneo por todos os lados e poros.
O QUERIA SERIA BAURU CULTURALMENTE NÃO FOSSE O SESC? - EU NO ÚLTIMO DIA DIA DO JAZZ FESTIVAL, PARQUE VITÓRIA RÉGIA, ACOMPANHANDO O CANDIDATO VEREADOR CLAUDIO LAGO
Em termos de Cultura de verdade, Bauru deve literalmente as calças para o SESC, unidade BAuru. Eles continuam produzindo e realizando algo único dentro desta city. Inigualável trabalho. Na tarde deste domingo, 18/08, só a confirmação. No encerramento do Festival de Jazz, que aconteceu durante toda semana na parte interna do SESC, na rua Aureliano Cardia, hoje vieram para a praça pública e presentearam Bauru com mais um raro espetáculo. Isso hoje, fazem com extrema sapiência, diante das atividades da SMC - Secretaria Municipal de Cultura, cada vez mais acanhadas, sem nexo e sem padrão definido, ou seja, mais perdidos que cegos em tiroteio. Já fmos melhor melhor no quesito Cultura advinda das hostes públicas municipais e hoje, lamentavelmente, vivenciamos algo como o fundo do poço. Daí, o SESC nos salva.Estarei por estes dias publicando muito por aqui de minhas andanças junto do amigo, hoje candidato a vereador pelo PT, Claudio Lago. Ele já circula nestes meios culturais todos, conhecendo todos seus artífices e problemas, mas ver in loco é mais que necessário, não só para simples constatação, como para ver como poderão ser feitas políticas públicas que, verdadeiramente, possam atingir e atender as demandas todas, hoje tão em falta em Bauru. Lago conversou com muita gente, viu, ouviu, navegou como todos os presentes dentro do que acontece de bom na cidade, também proveniente de algo público, mas deu para sentir das deficiências do poder público municipal, hoje totoalmente ausente de vivências culturais.
O festival em si foi um arraso, um maravilhamento, culminando com seu encerramento a agrupar tanta gente em torno de boa música. Algo que, poderia estar vicejando por todos os poros bauruenses e não está, muito pela inércia e péssima gestão, sem olhos voltados para a Cultura, dessa aberração que é o desGoverno de Suéllen Rosim. Só a perda do montante possibilitado à Bauru pelas Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc II, verdadeiros casos de polícia, algo que deve gerar nos próximos dias uma manifestação de artistas e todos os demais interessados em fazer arte. Lago sabe que, a perda desses valores implica e muito na vida de tanta gente envolvida com essas questões, hoje menospresadas pelo insanidade de quem administra a cidade pelo viés fundamentalista.
Nas andanças deste HPA, junto de Claudio Lago, estaremos a cada instante, não só passando rapidamente por questões mais que necessárias, mas pulsando junto com quem ainda resiste, faz e acontece, como antevendo algo diferente, ousado, ou seja, outra proposta, a de ser, fazer e acontecer, fazendo com que Bauru reencontre ou construa caminhos diferentes, tornando possível que o clamor popular esteja latente, sendo o motor transformador, elevando Bauru a um patamar muiuto diferente do que vemos hoje. Eu e Lago sempre estivemos pela aí, basta ver minhas publicações. O que verão nestes próximos dias é somente a extensão de tudo o que já fazemos, estamos e temos a certeza, precisa ser feito dse forma diferente.
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