quarta-feira, 17 de outubro de 2007

UMA FRASE – GILETE PRESS (3)

Li muito sobre Paulo Freire. Seus ensinamentos servem para tocar minha vida nas mais variadas situações e nessa semana, mesmo com atraso de dois dias, quero homenagear os professores, pelo dia comemorado anteontem, com algumas coisas desse grande personagem humano, daqueles que são cada vez mais raros nos dias atuais. Quebro o protocolo e não cito somente uma frase, dele eu cito várias e mesmo assim é pouco. Vamos a elas:
-“Quando a gente diz: ‘a luta continua’, significa que não dá para parar. O problema que a provoca está aí presente. É possível e normal um desalento. O que não é possível é que o desalento vire um desencanto e passe a imobilizar.” Julho de 1991.

-“De anônimas gentes, sofridas gentes, exploradas gentes aprendi sobretudo que a paz é fundamental, indispensável, mas que a paz implica lutar por ela. A paz se cria, se constrói na e pela superação de realidades sociais perversas. A paz se cria, se constrói na construção incessante da justiça social. Por isso, não creio em nenhum esforço chamado de educação para a paz que, em lugar de desvelar o mundo das injustiças, o torna opaco e tenta miopisar as suas vítimas.” – ao receber o prêmio Educação para a Paz, da Unesco, Paris, 1986.

-“Não existe nada que me envergonhe de ser um professor. Eu sou um professor. Ensinar é absolutamente fundamental.”

Depois de alguns dias na prisão, Paulo Freire foi procurado por um oficial que disse a ele haver muitos recrutas analfabetos no quartel e, sendo ele um professor, se poderia alfabetizá-los. Resposta óbvia de Paulo Freire:
-“Mas, meu filho, é exatamente por fazer isso que estou preso!”

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