sexta-feira, 24 de outubro de 2008

UM COMENTÁRIO QUALQUER (22)

CINEMA NACIONAL ANTES DO PLEITO ELEITORAL
A campanha do 2º Turno para as eleições municipais de Bauru come solta nas ruas. Pau puro a três dias do pleito, mesmo a contenda já estando mais do que decidida (15% de vantagem para o 15 - Coincidência? A diferença vai é aumentar...). Não dá para ficar indiferente, mas nas horas vagas a vida segue. O trabalho continua intenso e após ele, nada melhor do que mergulhar de cabeça em algo inebriante: CINEMA NACIONAL. Acompanhado do filho, na quinta (ontem), assistimos junto dois filmes.

O primeiro no Cine'n Fun, 19h45, "Linha de Passe", do Walter Salles e Daniela Thomas, com um time de atores desconhecidos, tendo à frente a ganhadora de melhor atriz do último Festival de Cannes, Sandra Coverloni. Um soco no estômago dos acomodados ou dos que insistem em não enxergar a imensa legião dos "invisíveis", bem ao nosso lado. Um filme terceiro-mundista, visão ampliada e atual das periferias mundiais. Saimos atordoados do cinema.
Corremos de lá para o Cine Shopping, 21h30, "Ensaio sobre a Cegueira", do Fernando Meirelles, da obra do português José Saramago. Inebriante. Melhor do que tudo foi o interesse do filho de ler o livro (já estou providenciando). A cegueira pode vigorar até mesmo quando temos a certeza de tudo ver. Nossos olhos são uma espécie de filtro, onde só enxergamos o que queremos, o que nos convém.

Quase meia noite saímos da sala, sem sono e com uma vontade danada de conversar sobre o que havíamos visto (foi o que fizemos). Campanha eleitoral já definida, acertamos a ida, ainda para esse final de semana, assistir "Era uma vez...", do Breno Silveira. Outro filme sobre nossas periferias, ou seja, o Brasil que continua valendo a pena. Que bela safra de filmes, hem? Todos continuam em cartaz por aqui. Nunca tivemos tantos filmes nacionais em cartaz na cidade. Fica a dica para as brechas eleitorais de cada um.
PS.: Detalhes dos filmes: http://www.adorocinema.com.br/

Um comentário:

Anônimo disse...

RAZON
“Marx nunca tuvo tanta razón como ahora. Y las peores consecuencias de la crisis aún no se han manifestado. ¿Dónde estaba todo ese dinero(desbloqueado para rescatar a los bancos)? Estaba muy bien guardado. Luego apareció de repente, ¿para salvar qué? ¿Vidas? No, bancos. Siempre estamos más o menos ciegos, sobre todo para lo fundamental.”

(Del Premio Nobel de Literatura José Saramago, durante la presentación en Lisboa de la película Blindness, basada en su novela Ensayo sobre la
ceguera.)

PASCHOAL