ANDANÇAS E CONTATOS ANTES DE CONHECER O INTERIOR DA ILHA
Na chegada um simpático segurança, puxamos papo. Na conversa nos dia ser dirigente dos Combatentes Nacionais. Um senhor negro, alto, muito
simples e falante. Nós dá valiosas dicas para voltar ao centro por outros caminhos. Anotamos os horários para amanhã e na saída, vemos um taxista a devorar um dicionário português/espanhol, editado pela Melhoramentos brasileira. Puxamos conversa. O irmão está no Brasil, em Tocantins e a convite desse está a se preparar. "Se Deus ajudar", nos diz, "estarei morando c
om o irmãos até o final do ano". Um sonho e para isso junta o dinheiro da passagem. Conheço esse filme, pois também juntei o meu para aqui estar. E ele nos diz que fará a viagem sem maiores problemas, pode sair quando quiser, desde que tenha o valor para
pagar a passagem.
Na volta, uma parada inevitável. Do outro lado da rua vejo a Sala Charles Chaplin. Vamos até lá e amente do cinema, me encanto com a parede lotada de cartazes, preenchendo toda a parede no hall de entrada. Visual muito belo, colorido. O porteiro nos diz que muitos deles são vendidos numa loja do outro lado da rua, num daqueles cas
arões antigos. Outro se aproxima e notando nosso interesse, comunica que em abril acontecerá ali uma Mostra de Cinema Suiço. A entrada será de dois pesos. Dizemos a ele, que "no Brasil temos poucas salas de rua, pois a maioria estão em shoppings e predominam a exibição de filmes norte-americanos".
Eu até parei para transcrever sua resposta nesse diário: "Eles querem que façamos tudo do jeito deles, mas não devemos assistir somente os filmes vindos de lá, mesmo gostando do estilo utilizado. Aqui temos filmes do mundo todo. Inclusive, nesse momento, até africano".
Passamos defronte a corporação dos bombeiros. Peço para tirar fotos. Faço duas, uma de um
caminhão mais antigo e outra mais moderno. Gostei dos equipamentos. Estão bem servidos. Nisso, Marcos me chama a atenção: "Quantas vezes você já ouviu barulho de sirenes ligadas
pelas ruas? Nenhuma, nem de ambulância, polícia, bombeiro, nada". De fato, não havíamos presenciado nenhuma ocorrência desse tipo nas movimentadas ruas de Havana. Um comentário sem maiores pretensões, pois não quiz fazer comparações. Nenhuma provocação. Só um registro, como outro qualquer.
Seguimos no sentido da praia. Passamos novamente defronte a Embaixada dos EUA só para fotografar e filmar um outdoor defronte o prédio. Ao lado, dois grandes hotéis, luxuosos. Um senhor nos explica como funciona tudo: "Esse aí é de um grupo francês, eles constroem, o Estado
paga o salário dos funcionários e 51% dos lucros fica com o Estado,
o restante é dos proprietários. Não existe aqui o que ocorre no resto do mundo". E Estado controla a ação, limita o lucro e isso proporciona renda, dividendos para o país, que é eminentemente turístico. No entorno, alguns centro de compras, tudo no mesmo esquema. Nada de errado.
Algo nos impressiona ao caminhar pelas ruas: busto de Jose Marti estão espalhados por todos os lugares. Eles não escondem sua admiração pelos grandes vultos de sua história. Dois "jinetros" se aproximam. Ainda nem estamos na hora do almoço, mas o espaço de hoje está encerrado. Conto mais da próxima vez.
3 comentários:
Henrique entrei no blog agora a tarde e vi o post de Cuba, só uma correçãozinha, o hotel não é francês é espanhol, da rede Meliah, onde 51% pertence ao governo e ele paga os salarios para que não tenha discrepancia entre salarios, as outras 2 redes que operam os hoteis como a Isla Sul e a Gran Caribe são todas totalmente cubanas.
Quanto a parte de tupi-guarani com sotaque do Felipão está certa.
Marcos Paulo
A cada lida deste diário sinto viver um pouco desta fantástica experiencia, mas ao mesmo tempo uma inveja por não ter tido a oportunidade de viver mesmo uma aventura tão maravilhosa, cultural e idealista como essa.
Parabens ao diario e a Cuba.
Nicolas
Lindo lindo tudo isso.
Sempre se dá a idéia de que Cuba é uma miséria.
Muito lindo e muito bom mostrar a verdade.
Camila
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