sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

UMA AMIGA DO PEITO (14)

"ZEZÉ" E MEU PRIMEIRO PRESENTE DE NATAL
Não sou daqueles a ganhar muitos presentes de Natal. Ganho o suficiente, só dos mais próximos. Na verdade, não entro de cabeça no clima festivo desses dias. Fico mais na minha, leio mais, me reservo a permanecer no meu cantinho (no caso, o mafuá), cheio de pensamentos, escrevendo e refletindo. Participo de alguns encontros familiares inevitáveis, mas quando aqueles fogos espoucam no ar, na maioria das vezes estou só, no meu canto, muitas vezes até dormindo. Mas não escapo dos presentes. Não que deixe de gostar, pelo contrário, gosto muito. E o primeiro sempre marca positivamente.

O desse ano foi marcante. Minha amiga do peito, Maria José Ortolini, a Zézé (só para os íntimos), educadora como poucas, está presente em minha vida como uma das pessoas que acompanha de perto minha trajetória. Fui comentar com ela que gostava muito do jeito do cantor e compositor (agora também escritor) Moacyr Luz escrever sobre os botequins da vida. Não é que ela encomendou um dos livros do Moa, o “Guia de sobrevivência nos butiquins mais vagabundos”(editora Senac). Me entregou nessa semana após sairmos do cinema, quando fomos assistir ao excelente filme brasileiro “Romance”. Do livro eu falo aqui por esses dias, quando terminar de devorá-lo (é o terceiro numa filade espera), mas aproveito para umas linhas sobre minha amiga Zezé.

Ela é uma pessoa em plena transformação. Vive um momento completamente inusitado em sua vida, do qual nunca esperava passar. Pois é, o momento bateu à sua porta e ela, depois do baque, está conseguindo tirar tudo de letra. Enfronhou-se no trabalho e está curtindo mais a vida, conhecendo opções novas e reveladoras. Até sua maneira de pensar e encarar a vida está sofrendo alterações. É a mutação em pessoa. Uma grande amiga, daquelas que diz não me entender direito (nem eu me explico para mim mesmo). Ter uma amiga como ela ao lado é um alento. Ela entende o meu momento e eu respeito muito o dela. Sei que é daquelas em que se pode confiar. E confio. No mais, vive um momento de grande contentamento, com o casamento de uma das filhas. Vou estar lá, logo após o Natal, observar de longe sua felicidade e dar um abraço cordial (bem apertado), primeiro por ter se lembrado desse aqui e depois por ser a pessoa que é. Gosto muito da Zezé, uma pessoa especial, como poucas.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Saudades da Guanabara", música de Moacyr Luz e Aldir Blanc com interpretação de Beth Carvalho, esse é um dos hinos do RJ e uma das mais legais dele, para se ouvir ao chegar e ao sair do Rio.

Marcos Paulo Guerrillero