EU E DUÍLIO DUKA NO PRIMEIRO COMÍCIO DE DILMA, NO RIO DE JANEIRO, COM LULA
Acompanhamos tudo desde o início e quem primeiro localizamos foi Vladimir Palmeira, um petista da velha cepa, desses que não se vergam, aroeira pura. Na camiseta estampada no seu peito e dos
militantes à sua volta, um "PT de Rua", deu para entender de que lado ele continua militando. Na rodinha formada desde o início, Marcos Barbosa, do diretório municipal petista de São João do Meriti, era o empolgado criador das rimas cantadas pelas rodas, como "Mulher valente/ Dilma presidente", "Dilma guerreira/
Presidente brasileira" e uma "É DE UMA (arrastando como de fosse Dilma) mulher presidente que o Brasil precisa". Foram chegando gente por todos os lados e representando todos os partidos da coligação de Dilma no Rio. As bandeiras que mais de destacavam eras as envolvendo o nº 15, da reeleição de Sérgio Cabral, mas vi muitas do PT, PCdoB, PSB e do PDT. Uma chuva ameaça cair (e cai logo a seguir) e o que ouço de uma senhora de uns 70 anos, me faz resistir, comprar uma capa de chuva e não arredar pé da rua: "A ditadura não me assustou.
Por que uma chuva fará isso? Sou militante".
Um caminhão de som estaciona no cruzamento da presidente Vargas com a Rio Branco e em torno dele começa a descer os grupos entoando canções de apoio à Lula e Dilma. Eu e Duka seguimos juntos, conhecendo pessoas novas e reconhecendo outras. Um grupo dos
mais animados era o do PDT, esse o original, um que enverga o posicionamento trabalhista de Brizola, não o paulista, do Paulinho da Força. Com um Lula em cima de uma perna de pau e com uma imenso balão, chamam muito a atenção. Não resisto e vou para o meio da rua cumprimentar um dos melhores deputados de nossa Câmara, BRIZOLA NETO (http://www.tijolaco.com/).
Acompanho seu site e fui lhe dizer que ele possui uma atuação na defesa de Lula e do seu governo, maior até do que de alguns petistas. Me abraçando diz: "Defendo o Brasil, como meu avô" (Falo mais dele aqui qualquer dia desses). Duka encontra o craque de bola Bebeto, também candidato e tiro uma foto de ambos juntos.
Chegando perto da Cinelândia, eu e Duka corremos na frente e
tentamos um lugar na frente do palco. A chuva volta e fica aquela garoa fininha, persistente, molhando a todos. A praça foi lteralmente tomada e de um lugar privilegiado bem na frente do palanque não mais saímos. No palco, uma divisão interessante, tendo ao fundo, num local mais elevado alguns ministros e todos os candidatos presentes da coligação. Vi lá Bittar, Benedita, Biscaia,
Minc, Jandira Feghalli e Franklin Martins. Cantavam animadamente os slogans da campanha. Por volta das 19h20, sobem ao palco, Eduardo Paes (prefeito), Pezão (vice governador) e os candidatos ao senado, Lindenberg e Picianni. Esses começam a fazer uso do microfone. Logo a seguir chega Dilma, depois o governador e o presidente Lula. Foi a apoteose. Todos falaram, inclusive o candidato a vice Temer. Lula falou antes da candidata e de improviso, como gosta e sabe fazer. A
parte mais marcante: "Uma procuradora quer que passe diante de Dilma e não a reconheça. Eles tem medo de me ver vinculado à minha candidata, aquela que irá continuar fazendo o que fiz até agora. Isso eu não farei. Dilma é a minha candidata. O povo sabe disso".
Dilma falou bem, firme, de forma consistente, sem o desembaraço de outros, mas ainda no início de uma campanha, acabou por impressionar positivamente. Mesmo com a chuva o
comício foi magnetizante. Não me importo de ler que muitos que lá estavam seram cabos eleitorais, pois o que presenciei não foi bem isso. Vi sim, muitos destes, mas o povo estava lá e demonstrando um apoio incondicional à candidata de Lula. No Rio, ela ganhará de lavada. No fim,
Lula quebra o protocolo e debaixo de chuva desce do palanque e vem cumprimentar todos à frente (ele estava com paletó, presente de Evo Morales e disse "Esse não encolhe"). Eu e Duka aproveitamos e damos um forte aperto de mão em nosso presidente. Na volta para Bauru, ocorrida hoje à tarde, ao conferir nos jornais locais, algo preocupante, pois em nenhum deles uma linha sequer sobre o comício de Dilma. Reafirmo a preocupação quando constato que o site da Folha SP, mostra o dia-a-dia de duas candidaturas, a de Serra e de Marina, como se a da líder em todas as pesquisas não existisse. Algo de ruim no ar. Ruim elevado à quinta potência, pois abro o Jornal da Cidade e vejo o estardalhaço da visita de Alckmin na cidade e nada de Dilma nesse do Rio (foi o primeiro da campanha política e ao lado do presidente, um marco), além do pouco quando de sua vinda à Bauru. Que imparcialidade seria essa?
OBS.: Queria fazer um relato mais completo de tudo o que presenciei, porém, cheguei à pouco do Rio e estou cansado demais (quase nove horas de estrada). O interessante de tudo isso é que já deu para perceber como será a campanha este ano via imprensa. Em todas elas. Esse espaço será mais um a denunciar algo repugnante sendo montado em alguns bastidores. Esse assunto continurá rendendo.
Um comentário:
Henrique
O Jornal da Cidade, como você bem sabe, é um dos signatários da ANJ - Associação Nacional de Jornais e essa entidade está ligada à candidatura de Serra. Essa é a liberdade de expressão e de imprensa pregadas por ele. Se ainda assumissem estarem em plena campanha por Serra. Alckmim e candidatos do DEM, PSDB e PTB, ficaria mais honesta a coisa. Não o fazem e tentam passar imparcialidade não existente.
De sua viagem, bela experiência.
Paulo Lima
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