SILVIO RODRIGUES, O FAZ TUDO DA "REVISTA JÁ!"
Silvio é figura das mais conhecidas nos meios jornalísticos e comerciais da cidade de Bauru, pois anda de um lado para outro há exatos dezoito anos, tempo de circulação de uma revista, a "JÁ!", que existe e sobrevive sob sua fiscalização, coordenação e execução. É um faz tudo na mesma. Sabem aquela história do "Bloco do Eu Sózinho", que ainda perdura nos carnavais carioca? Silvio é a personificação exata do personagem. Sua revista só existe por causa de sua persistência (ou seria insistência/perseverança?). Tudo nasceu após a conclusão do curso de Jornalismo e da vontade de escrever e possuir um meio de comunicação só seu. Da dificuldade de um emprego onde pudesse escrever e falar o que quisesse, criou seu próprio meio, a revista. É seu emprego, seu ganho pão e sua forma de ir expondo seu ponto de vista sobre fatos e pessoas. Não é de dar murro em ponta de faca, de comprar brigas gratuitas, mas possui às suas e delas não se afasta. Valoroso justamente por insistir em manter (e conseguir) a regularidade mensal, quase no mesmo formato inicial. Vê-lo pelas ruas bauruenses, sempre à pé (não possui carro), com uma puída pasta debaixo do braço, caminhando de um cliente para outro, ruminando temas para as próximas edições é algo a nos encorajar. Sílvio é grandioso no que faz e na forma como faz. Mantém viva em Bauru algo que já foi muito executado nos primórdios do jornalismo bauruense (por aqui, nos anos 30 existiam muito mais jornais do que hoje em dia). Segue altaneiro, com um lembrete no expediante da revista: "A Revista Já! não mantém vínculos com quaisquer partidos políticos, grupos religiosos ou empresariais". E só por isso possui um duplicado valor. Conversar com ele pelas ruas de Bauru é sempre a certeza de um papo instigante, provocador e de se estar ganhando muito com o tempo ali dispendido.
Um comentário:
Henrique - Conheço o Silvio faz um tempão. Vejo sempre ele andando pelas ruas da cidade, sempre apressado e com sua pasta debaixo do braço. Conheço sua revista, já vi por aí em alguns consultórios médicos, mas não sabia que era dele. Gostei do escrito, de conseguir manter o sonho vivo e sobreviver da revista, que faz praticamente sózinho. Um grande batalhador. Merece a homenagem.
Daniel
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