A COPA DO MUNDO, O JOGO COM VICENTINHO, PATRIOTISMO E A SEGURANÇA NACIONAL
Depois do jogo e de estar com Vicentinho, circulo pelas ruas e vejo o tal do amor pela pátria, estampado na ponta das chuteiras. Pouca coisa além disso. Um patriotismo meia-boca, pois as camisas verde-amarelas serão aposentadas, guardadas e muitas delas até jogadas na lata do lixo.
Falar em patriotismo só diante de uma partida de futebol é coisa que não faço. Fujo disso. Torço sim, e muito, mas nada
além disso. Já defender a pátria é outra coisa e isso pouco (ou quase nada) presencio. Ontem tinha show no Alameda e fui com o filho para lá, não para ver um show de pagode local, com um grupo mela-cueca, o Sereno, mas para assistir um polêmico filme nacional, o "Segurança Nacional" (http://www.segurançanacional.com.br/), do diretor Roberto Carminati, com o Milton Gonçalves como Presidente da República, o Thiago Lacerda como agente da ABIN, a Ângela Vieira como assessora chefe do presidente e o Gracindo Junior como o deputado aliado do
narcotráfico. Tinha ouvido horrores do filme, do tipo "nos EUA fazem milhares ao dia melhores que esse", "um ufanismo a favor do Brasil" e "piegas e fantasioso". Assisti com os olhos da isenção. Não quero que o cinema nacional se equipare ao dos EUA, quero que ele produza e isso ocorre. Um roteiro bom, com falhas sim, mas assistível. Os EUA fazem filmes da defesa dos seus interesses todos os dias e nós
não podemos fazer os nossos? Das falhas não quero comentar, sou pela insistência nessas realizações. O tema, o narcotráfico e o sistema de radares do Sivan é mais do que atual. Do momento vivido ontem pelo país, todo meio de cabeça baixa, uma festa no Alameda com gente
pagoadeando e na sala de cinema, seis pessoas a assistirem algo sobre uma provável defesa de algo sobre um Brasil real, mais palpável, que a massa passa ao largo, simplesmente não nota. Foi inevitável uma comparação. Há uns 25 anos atrás estava no Rio no Carnaval, numa das excursões do seu Carrijo e num cinema ali ao lado, na Cinelândia passava o filme "Águia na Cabeça", com o Nuno Leal Maia. Fui eu, um norte-americano, uma dinamarquesa e dois amigos, que estavam juntos na viagem. Sai da sala em prantos por ver um Brasil real demais sendo retratado e eu ali a fazer festa. Juntei a festa que acontecia lá fora e o que vi na tela, um tão distante do outro. Ontem não sai em prantos, longe disso, mas bateu o mesmo sentimento vivido lá atrás. Eu não gosto só de usar verde-amarelo e de embandeirar meu carro e o muro de minha casa só em dias de Copa do Mundo. É disso que queria falar.
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4 comentários:
Henrique
Estava no Centro Sindical da CUT ontem, no fim do dia. Te vi por lá também e após a fala do Vicente, algo dito pelo Chicão, dos Eletricitários. Foi mais ou menos assim.
O Vicente é daqueles detputados que não decepcionam os trabalhadores e o seu partido. Esteve envolvido nos mais belos projetos do Congresso e todos voltados para o bem estar da classe trabalhadora. Se todos os nossos parlamentares atuassem como ele, teríamos um verdadeira representação, atuante, presente e voltada para o bem estar social. O Vicente é um dos nossos melhores quadros, um dos melhores deputados do Congresso Nacional.
E mais, ouvi ele ontem na rádio 94 FM, no programa da manhã e ao ser questionado sobre os problemas locais do PT de Bauru, teve a seguinte resposta:
No passado um atuante petista saia com o slogan de que havia sido guerrilheiro, pegado em armas e agora pedia o voto do povo. Com um discurso deste conseguia poucos votos. O discurso do PT mudou, ele hoje sabe que se quer participar do jogo político, dentro do que é permitido, tem que se adequar à legislação existente. Pensamos do mesmo jeito, mas o discurso teve que mudar para atingir o povo.
Estou com Vicente. Um deputado e tanto.
Francisco
Um Dunga, onze Sonecas e cento e noventa milhões de Zangados !
Eu vou, eu vou, eu vou pra casa, eu vou !!! ...
ELIZETE
A grande vantagem do Brasil na Copa de 2014 é que não voltaremos para casa.
Francisco Bonadio Costa
I couldn't refrain from commenting. Very well written!
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