ATACADÃO INAUGURADO AQUI E EM PARAOPEBA O ESCAMBO
Na verdade, prefiro as casas mais simples. Cheguei a conclusão de que alguns mercadinhos de bairro possuem preços mais convidativos do que os grandões. Nem todos, mas vasculho e acho. E
deles não saio. Isso sem contar, que o que mais ouço é que esses grandões dão não sei quantos empregos. Ninguém fez nada sério para mostrar se mais trouxe ou tirou, pois enquanto abre um desses grandões, fecham-se outros tantos nos bairros periféricos. É impossível agüentar e resistir com uma concorrência desse tamanho no seu calcanhar. Saudosista e de gostos simples, modestos, assisti um vídeo no Youtube nessa semana e recomendo a todos.


É sobre um comércio na cidade mineira de Itabirito MG. Uma típica venda ao estilo do interior brasileiro, dessas a vender de tudo. Fizeram um vídeo contando a história do comércio, uma mercearia familiar, passada de pai para filho, algo a encantar os olhos desse caipira. O lugar fica a apenas 55 quilômetros de Belo Horizonte e faz algo que não vejo hoje em quase lugar nenhum, praticam o escambo. Vendem de tudo, mas trocam de tudo, também. Um chega lá com galinhas e sai com
milho, outro traz feijão e não tendo como pagar a conta, troca pelo que quer e ainda pode sair com um troco. Recomendo a todos darem uma boa sentada e por sete curtos minutos matarem saudades de algo que ainda existe (já são quase 138 mil exibições). Publico isso hoje, justamente no dia da abertura de mais um desses baita gigantes, só para mostrar que de um jeito bem simples é também possível tocar a vida e dela extrair o que de melhor existe na face da Terra. Eu adoro histórias desse jeito. Cada um tire a conclusão que quiser. Para concluir, acredito que a Mercearia Paraopeba, com a simplicidade, a essência do pequeno negócio, não frutificaria por aqui e o primeiro a lhe causar estragos, problemas, seria a tal da Saúde Pública, que impediria seu funcionamento.

Assistam clicando aqui: http://www.youtube.com/watch?v=aUiWgtIGJwU
Em tempo: Descobri o vídeo lendo o texto "O futuro lá atrás", do crítico gastronômico Márcio Alemão, seção Plural/Refogado, revista Carta Capital edição 610, de 25/08/2010. Para conferir o texto na íntegra cliquem: http://www.cartacapital.com.br/cultura/o-futuro-la-atras

4 comentários:
Henrique
Fui assistir o vídeo que me indicaste e te digo, adorei. Como interiorano na antiga capital federal, fico meio que perdido sem essas simplicidades todas.
Lá no youtube descobri outro vídeo feito em cima deste primeiro. Um grupo musical, o Cachaça com Arnica, que não sei se é mineiro ou não, fez um samba lindo sobre a Mercearia Paraopeba.
Veja no:
http://www.youtube.com/watch?v=7XnZgPhw9yI&feature=related
Coisa linda. Eu também adoro comprar em pequenas mercearias. Aqui na Tijuca tem uma porção delas. Tem momentos que me sinto meio que numa cidade do interior por aqui. Os tiros que ouço ao longe me fazem voltar à realidade.
Paschoal
caro HENRIQUE
Muitas das mercearias rurais possuem isso de revender tudo. As de Tibiriçá são assim, as de outros locais também. Conhece o Bar da Rosa, ao lado da rodovia que liga Bauru a Marília, uma venda debaixo de umas árvores, no sentido de quem vem de lá para Bauru. Lá tem de tudo. Outra muito legal é a de Arealva, em Ribeirão Bonito, uma que estão divulgando junto ao turismo rural de Arealva. São lugares onde ãinda existem aquelas prateleiras ocupando a parede toda. O tempo pára em todas elas. A diferenla ládessa que voce escreveu é que acho que nenhuma dessas daqui pratica a troca de mercadorias.
Eu só vou no Wal Mart quando realmente preciso de alguma coisa de última hora e tudo o mais está fechado. Nada daquilo fica aqui e aquilo lá explora o funcionário ao máximo, sugam até a última gota. Nem sindicalizados eles podem ser. Você sabia disso?
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Aurora
Fui assistir ao Roda Viva comandado ontem pela Marília Gabriela e de uma coisa tenho certeza. Nunca, mas nunca mesmo o Heródoto perguntaria para o Eike sobre seu signo, se tem ascendente em não sei lá o que e se ele acredita em fun-chi (sei lá o que). A Marília pode ser boa, mas o seu perfil é bem diferente do que espero encontrar num programa de entrevista político como o Roda Viva. E a troca, sem explicações para nós, foi mesmo esquisita, vindo como se fosse algo normal dentro do quadro de mudanças que a emissora faz. Foi demissão da braba.
Marisa.
vamos lá:
Aurora: conheço um monte de botequins e mercearias como essas. A da Rosa lá na estrada dou sempre uma paradinha para um birinaite. A de Ribeirão Bonito, junto à cachoeira do Babalim, pertinho do rancho da minha ex-cunhada é local dos mais aprazíveis. Revi seu dono lá na Agrifam, justamente no projeto de turismo rural de Arealva. Vou até pensar na idéia de ir postando aqui um Guia de Botequins e afins de Bauru. Duro vai ser presenciar a barriga ir crescendo junto da idéia. Dá-lhe cerveja...
Paschoal: Fui ver o vídeo. Bom mesmo.
Marisa: Vi também a Marília Gabriel perguntando isso para o Heródoto e não achei pertinente para o espírito mantido pelo programa ao longo desses anos todos. E quanto à censura tuca, que quase ninguém toca, não dá para tapar o sol com a peneira. Foi demitido por esse assunto e ponto. Serra, o PSDB e a direção da emissora nos devem explicações.
Henrique - direto do mafuá
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