“O MUNDO NÃO SE RESUME SÓ A DINHEIRO”, UMA FRASE LAPIDAR
Eu tinha outra coisa para escrevinhar hoje, mas não posso passar batido o que me aconteceu ontem, domingo, 01/08. Dia do aniversário de Bauru, na parte da manhã, fui bater cartão na Feira do Rolo e na passada obrigatória pela Banca do Carioca, além da parada, uma estacionada. De lá não sai. Cheguei e fiquei. Foi um dos melhores domingos na feira e uma comemoração divinal do aniversário da cidade, num dos seus locais onde rola um dos papos mais descontraídos da cidade. Vou solicitar o tombamento do local, como dos mais aprazíveis da cidade, ponto de muito papo e cultura. Pedirei também a instalação de um cartão de ponto, para todos registrarem presença. O Carioca é também Chico, melhor dizendo, Francisco, mas por esses nomes eu não consigo chamá-lo, fico no primeiro, o mais conhecido. Nessa semana havia comprado uma remessa de duzentos livros. Trouxe alguns para a feira e arremato dois e mais três CDs, todos dentro de minhas parcas possibilidades (Frei Beto, Nivaldo Ornelas, Música Latina, Nelson Motta e Maria Bethânia). Por lá, o inusitado se repete e endoidece qualquer gente sã. A prova inconteste da ainda existência de um oásis de vida saudável por essas plagas. Compro os livros e CDs, com descontos e ainda tomo cerveja (nosso leite dominical) junto a outros clientes. Os que voltam sempre, todos bebem e acabam por perder a hora de voltar para casa. Nesse dia falávamos das pessoas que ficaram de doar livros para ele, dentre esses, o ex-técnico da Seleção Brasileira de Basquete feminino, o Antonio Carlos Barbosa. Eis que chega o dito cujo, com um saco plástico com alguns acepipes e deixa na banca. Promessa mais do que cumprida. Conversa vai, conversa vem, dona Enys, uma aposentada professora de Educação Física, das que voltam todo domingo, começa a se interessar pelos livros doados pelo Barbosa. Dentre outros tantos, escolhe dois e na hora de pagar, Carioca mostra sua face. Delicadamente diz a ela que dentre os escolhidos, mesmo precisando vender, levar grana para casa, não pode ainda vender os deixados pelo Barbosa, pois ainda não os leu. São vinte reais a menos e não existe meio de convencê-lo a fazer negócio. Eu e outro freqüentador assíduo, o jornalista Benedito Requena (Consultor para Assuntos Aleatórios da banca em assuntos livrescos) não temos como argumentar, pois conhecemos melhor do que ninguém o espírito do negócio livreiro tocado pelo nosso amigo. Esse o motivo de voltarmos todo o domingo. Carioca encerra a questão da venda dos livros de forma decisiva: “O mundo não se resume só a dinheiro. Quero ler primeiro e pronto. Vender só depois”. Bebemos mais do tal leite só para comemorar. O presencio comprando LPs, compra três pelo preço de um que irá vender, tudo as claras. Uma nova cliente leva cinco e mais dois de brinde. Outro, que também tomou do leite (ou cerveja, sei lá, já estava misturando sabores e odores), escolheu um pacote e no desconto final, fez o que chamamos de negócio da China. Na hora de ir embora, eis que desponta na curva, Adelino, o melhor lanterneiro (termo carioca para funileiro) da cidade, com uma vistosa camiseta com as cores do Mengo. O apresento ao Carioca, que em estado de graça pelo seu Flu estar liderando o Brasileiro, brinca e não perde a gozação. Em questão de minutos, pareciam amigos de longa data. De lá para casa, macarronada da mama, junto a uma mana e algumas opções dentro dos festejos de aniversário da cidade, mas a certeza mais do que absoluta, que a melhor comemoração havia ocorrido ali na feira, junto da banca de livros e CDs do Carioca. É assim que me recarrego para os embates que começam hoje, segunda brava de batente. E tenho dito.
Eu tinha outra coisa para escrevinhar hoje, mas não posso passar batido o que me aconteceu ontem, domingo, 01/08. Dia do aniversário de Bauru, na parte da manhã, fui bater cartão na Feira do Rolo e na passada obrigatória pela Banca do Carioca, além da parada, uma estacionada. De lá não sai. Cheguei e fiquei. Foi um dos melhores domingos na feira e uma comemoração divinal do aniversário da cidade, num dos seus locais onde rola um dos papos mais descontraídos da cidade. Vou solicitar o tombamento do local, como dos mais aprazíveis da cidade, ponto de muito papo e cultura. Pedirei também a instalação de um cartão de ponto, para todos registrarem presença. O Carioca é também Chico, melhor dizendo, Francisco, mas por esses nomes eu não consigo chamá-lo, fico no primeiro, o mais conhecido. Nessa semana havia comprado uma remessa de duzentos livros. Trouxe alguns para a feira e arremato dois e mais três CDs, todos dentro de minhas parcas possibilidades (Frei Beto, Nivaldo Ornelas, Música Latina, Nelson Motta e Maria Bethânia). Por lá, o inusitado se repete e endoidece qualquer gente sã. A prova inconteste da ainda existência de um oásis de vida saudável por essas plagas. Compro os livros e CDs, com descontos e ainda tomo cerveja (nosso leite dominical) junto a outros clientes. Os que voltam sempre, todos bebem e acabam por perder a hora de voltar para casa. Nesse dia falávamos das pessoas que ficaram de doar livros para ele, dentre esses, o ex-técnico da Seleção Brasileira de Basquete feminino, o Antonio Carlos Barbosa. Eis que chega o dito cujo, com um saco plástico com alguns acepipes e deixa na banca. Promessa mais do que cumprida. Conversa vai, conversa vem, dona Enys, uma aposentada professora de Educação Física, das que voltam todo domingo, começa a se interessar pelos livros doados pelo Barbosa. Dentre outros tantos, escolhe dois e na hora de pagar, Carioca mostra sua face. Delicadamente diz a ela que dentre os escolhidos, mesmo precisando vender, levar grana para casa, não pode ainda vender os deixados pelo Barbosa, pois ainda não os leu. São vinte reais a menos e não existe meio de convencê-lo a fazer negócio. Eu e outro freqüentador assíduo, o jornalista Benedito Requena (Consultor para Assuntos Aleatórios da banca em assuntos livrescos) não temos como argumentar, pois conhecemos melhor do que ninguém o espírito do negócio livreiro tocado pelo nosso amigo. Esse o motivo de voltarmos todo o domingo. Carioca encerra a questão da venda dos livros de forma decisiva: “O mundo não se resume só a dinheiro. Quero ler primeiro e pronto. Vender só depois”. Bebemos mais do tal leite só para comemorar. O presencio comprando LPs, compra três pelo preço de um que irá vender, tudo as claras. Uma nova cliente leva cinco e mais dois de brinde. Outro, que também tomou do leite (ou cerveja, sei lá, já estava misturando sabores e odores), escolheu um pacote e no desconto final, fez o que chamamos de negócio da China. Na hora de ir embora, eis que desponta na curva, Adelino, o melhor lanterneiro (termo carioca para funileiro) da cidade, com uma vistosa camiseta com as cores do Mengo. O apresento ao Carioca, que em estado de graça pelo seu Flu estar liderando o Brasileiro, brinca e não perde a gozação. Em questão de minutos, pareciam amigos de longa data. De lá para casa, macarronada da mama, junto a uma mana e algumas opções dentro dos festejos de aniversário da cidade, mas a certeza mais do que absoluta, que a melhor comemoração havia ocorrido ali na feira, junto da banca de livros e CDs do Carioca. É assim que me recarrego para os embates que começam hoje, segunda brava de batente. E tenho dito.
OBS.: Amanhã relato aqui por onde andei nas comemorações do aniversário. Fui rever e reverenciar amigos.
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